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quinta-feira, 20 de julho de 2023

HÁ UM EXCESSO DE MORTES, MAS NÃO SÃO INVESTIGADAS AS CAUSAS

 


No link seguinte,

https://www.unz.com/jcook/across-the-west-people-are-dying-in-greater-numbers-nobody-wants-to-learn-why/

 poderás ler na íntegra o artigo sobre o intrigante «blackout» das autoridades médicas, dos ministérios da Saúde e dos políticos, sobre um fenómeno extremamente preocupante: O excesso de mortes (todas as causas confundidas) nos países ocidentais, que têm ocorrido, nos últimos dois anos 2022 e 2023. Apenas falamos destes países, porque possuímos dados estatísticos de mortalidade relativamente mais fiáveis, que os de países do «Terceiro Mundo». 

O excesso de mortes não resulta de pessoas que morreram com o diagnóstico de COVID. Este excesso de mortes, causado pelo COVID, existiu nos anos 2020 e 2021. A partir dos finais de 2021/princípios de 2022, os números relativos a infeções, internamentos e mortes causadas pelo vírus diminuíram drasticamente. 

Os poucos cientistas - sem apoios institucionais - que decidiram inquirir sobre o assunto, excluem que se trate de «mortes Covid». Com efeito, o número de mortes registadas como causadas pelo COVID, desde 2022 e continuando em 2023, é muito baixo, não pode ser a causa direta responsável pelo referido excesso. O problema é que este excesso de mortes tem de vir de algum lado. Como é tão elevado (chega a valores de 10% a 15% de mortes em excesso em relação aos 5 anos anteriores a Jan. 2020), é um «elefante no meio da sala». O mais grave é que as «autoridades», desde os governos, investigação médica, faculdades de medicina e profissão médica, todos olham para o lado, como se este excesso não existisse, ou não tivesse importância.

 Jonathan Cook propõe uma interpretação para o comportamento insólito destes atores institucionais. A sua hipótese parece-me  fazer todo o sentido, em continuidade com os comportamentos que se observaram nos que são responsáveis pelos «lockdown» e pelas campanhas de vacinação em massa, utilizando as «vacinas de ARNm». 

A ocultação (ou, mesmo, falsificação) de causas de morte pelas estatísticas da saúde, é tecnicamente possível de ser feita. Porém, não é possível ocultar o número de óbitos globais de cada país. Desde o fim da crise do COVID, que ocorre este excesso de mortes. Sabemos que o número de mortes totais em qualquer país é, em geral, muito estável. Aumentos como estes, da ordem de 10-15%, são geralmente atribuíveis a situações excecionais: Uma epidemia, uma catástrofe natural (terramoto, inundações), uma guerra... Na ausência de tais situações, o número de óbitos na população (para cada país) deveria regressar aos valores de antes da pandemia de COVID, ou seja, de 2019 e anos anteriores. 

quarta-feira, 14 de junho de 2023

SOBRE AS MORTES EM EXCESSO NOS ANOS PÓS-COVID

 Já tinha refletido e comunicado previamente sobre o assunto. Por isso, presto a minha homenagem à coragem e lucidez deste médico reformado, Dr. Campbell. Deixo à vossa consideração os dois vídeos dele, que são muito significativos. 

Ele não aborda a hipótese do fenómeno ter sido causado pela generalizada vacinação com suposta «vacina» de ARNm; isso é compreensível, pois se arriscaria a ser excluído do Youtube ou, pelo menos, ver o seu site «desmonetizado». 

Basta, com efeito ter em conta que a quase totalidade das inoculações com a «vacina», ocorreram a partir do primeiro trimestre de 2021, em diante. Veja-se que a sucessão de excesso de mortes (em relação à média sobre os dez, ou cinco anos anteriores), numa série de países desenvolvidos, mostra que este fenómeno deveria ser sujeito a inquérito científico sério. 

Trata-se de 15 a 20% de excesso de mortes em 2022 e 2023, que não são de «COVID»: Só uma pequena minoria dos óbitos é declarada como tendo sido causada pelo COVID. Isto, em vários países ao mesmo tempo, o que exige uma explicação coerente com os factos: 

- Qual o ou quais os factor(es) que jogaram para que se observassem, no mesmo período, em todo o mundo, estes excessos de mortes? 

- Quais as causas imediatas dessas mortes? 

- Por que razão não existe resposta, ou sequer uma investigação em curso, dos organismos de saúde pública, nos países onde as estatísticas apontam claramente para um fenómeno massivo e localizado no tempo, de 2021 até ao presente? 

-Será que estão a fingir que está tudo normal, para que o público ignore a extensão da catástrofe sanitária que foi a «vacinação» contra o COVID?

Veja os dois vídeos abaixo e julgue por si próprio(a):


Vídeo nº1 do Dr. Campbell:





Video nº 2 do Dr. Campbell:

https://www.youtube.com/watch?v=hHXICFnF-do



 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O «SEGREDO» DA ECONOMIA CAPITALISTA OCIDENTAL


Preço em euros do ouro (quilogramas) durante os últimos 20 anos

Não é por «culpa» de Putin, ou da guerra na Ucrânia, ou da pandemia de COVID. 
Os mercados assinalam, desde há vinte anos, a perda acelerada e constante de valor aquisitivo das diversas divisas. No caso do ouro, metal monetário (significa que é considerado «dinheiro»), a sua subida não é real, pois apenas reflete a descida exponencial das divisas-fiat, sejam elas consideradas «fortes» ou não, em relação ao dólar. O dólar é apenas uma das divisas que está a ser mais intensamente impressa, pelo banco central respetivo (Federal Reserve), sendo também o euro (pelo Banco Central Europeu) e outras divisas ocidentais. A média corporativa é dominada por interesses (capitais) relacionados com a economia financeirizada. Por isso, será muito improvável que possas encontrar este gráfico acima, e estes comentários, em tais órgãos de «informação».
 Assim, a elite do dinheiro vai continuando a fazer os seus jogos. Quem perde são os que veem seu salário, sua pensão de reforma, suas poupanças, «encolherem». A inflação, é simplesmente a excessiva impressão de unidades monetárias, em relação aos bens disponíveis nos mercados. Na linguagem comum diz-se que tal ou tal item, ou o «custo de vida» em geral, está mais caro
Na realidade, o que acontece é que a inflação é criada pelos banqueiros, quer os dos bancos comerciais, quer dos bancos centrais. São eles que criam as unidades de valor em brutal excesso em relação ao total de mercadorias disponíveis para venda, nos mercados. A consequência inevitável é o «aumento» do preço dessas mercadorias, medidas em termos de unidades de valor que estão permanentemente encolhendo. 
Como os ricos e seus conselheiros sabem isso, vão jogando de forma a aumentarem o valor REAL das suas posses, obtendo bens que não estejam sujeitos à erosão da inflação (como imobiliário, terrenos agrícolas, matérias-primas, objetos de arte ou de coleção, ouro e prata ), contra ativos cujo poder de compra vai sendo erodido pela inflação (todos os bens financeiros, tais como: o próprio dinheiro, ativos bolsistas, fundos, obrigações estatais ou privadas, derivados, etc.).
Portanto, as pessoas só têm uma maneira de não serem trituradas, das suas posses não serem anuladas, neste período de involução e destruição acelerada do capital, sob todas as formas: É investirem em bens não financeiros. Estes, aconteça o que acontecer, guardarão a sua utilidade, haverá sempre quem queira comprá-los, terão tendência no longo prazo, a conservar o valor real, ou seja, não medido em divisas fiducitárias. É sabido que TODAS as divisas acabam por ter o seu valor descendo até zero
          Valores das divisas-fiat (escala logarítmica) em função do ouro, retirado de AQUI

São inúmeros os exemplos que nos dá a História, talvez os mais célebres sejam a depreciação do denário, no final do império romano, dos «assignats», na revolução francesa, ou dos «reichmark», na república  de Weimar. Mas o ouro, por contraste, no longo prazo, mantém o mesmo poder aquisitivo
Um dos mais importantes índices, é o preço do petróleo. Pois bem, em termos de gramas ou onças de ouro, o preço do barril de petróleo pouco variou desde 1950 até hoje, como se pode ver pelo gráfico abaixo:


Mas, se vires o mesmo gráfico, em termos de preço em dólares / barril de petróleo, no mesmo intervalo de tempo, verás oscilações brutais e um crescimento geral do preço em dólares.
 
Na figura seguinte, vê-se o preço do petróleo em EUROS (cinza) e onças de OURO:



Como se pode verificar, o preço do petróleo em ouro, permanece quase constante neste intervalo de tempo. 
O petróleo e todos os outros combustíveis, têm uma importância tal, que seu custo vai influenciar todos os outros preços, desde matérias-primas, a transportes, a alimentos, etc. 
Os políticos começaram a modificar os critérios para medição da inflação, no início dos anos 80, para poderem disfarçar a real perda de valor das divisas e continuarem a fazer o mesmo jogo, de gastar muito mais do que a receita dos diversos impostos permitia. Assim, puderam levar a cabo políticas deficitárias, com orçamentos aldrabados, tal como os montantes dos PIB.
Vê a comparação entre os índices oficiais, e índices de inflação calculados pelo método usado ANTES  das ditas alterações metodológicas, nos anos oitenta (a azul, com a metodologia anterior às modificações; a vermelho, as inflação segundo os critérios oficiais):




Não é nada misterioso, o modo como os ricos conseguem ser mais ricos, com a ajuda da classe política, associada com a classe capitalista, em geral. Se a classe capitalista não consegue corromper um certo político, acaba por destruí-lo, de uma maneira ou de outra. 
É assim que as pessoas humildes, com seu esforçado trabalho alimentam o enriquecimento ilegítimo dos que já são muito ricos. Os jornalistas e outros «fazedores de opinião», também estão comprados, pelo que não se pode esperar que eles nos forneçam as informações que eu delineei acima. 
Se quiseres saber mais e melhor sobre a realidade, aconselho-te a fazer a tua própria pesquisa! 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

MITOLOGIA COVIDIANA

Um estudo estatístico bem documentado, prova que a prevalência de casos de COVID é independente do grau mais ou menos restritivo das medidas sanitárias ditas «preventivas». O estudo compara os vários Estados dos Estados Unidos, nos quais alguns têm tomado atitudes marcadamente diferentes quanto às restrições a aplicar. 

Nomeadamente, o estudo debruça-se em detalhe sobre os efeitos dos confinamentos muito estritos, que aconteceram na Califórnia, por comparação com a Flórida, onde houve uma paragem dos confinamentos desde Setembro passado e onde não mais se repetiu esta situação. 

A comparação mostra que não houve estatisticamente diferença significativa e, a haver, ela seria favorável à Flórida. Com efeito, a população da Flórida é composta por uma percentagem superior de idosos em relação à Califórnia, um dos Estados com a população mais jovem dos EUA. 

Igualmente, o argumento dos californianos serem pouco cumpridores das restrições impostas, não colhe. Com efeito o estudo mostra - com o apoio de gráficos comparativos - que o comportamento social dos habitantes da Flórida tem sido mais «descontraído» que o da Califórnia, em todo este período. 

                     

https://mises.org/wire/almost-year-later-theres-still-no-evidence-showing-governments-can-control-spread-covid-19

Finalmente, a questão climática também não é pertinente, visto que ambos os Estados possuem um clima bastante ameno, onde a amplitude de temperaturas entre estação fria e quente é moderada.

O autor também se debruça sobre os dados estatísticos dos restantes Estados dos EUA. Verifica-se que não existe correlação entre as medidas mais estritas de confinamento e o grau de seriedade da epidemia, tanto nas mortes, como em relação a casos confirmados de COVID. O autor defende que a única correlação verificável tem a ver com factores sazonais e climáticos, esses sim, causando variações nos 50 Estados, sendo legítimo falar-se da «estação do COVID», assim como se fala da «estação da gripe».

Os fervorosos adeptos das medidas de distanciamento «social», de confinamento (ou prisão domiciliária, mais propriamente), das máscaras nos espaços públicos, mesmo abertos.... esses é que têm a obrigação de provar que estas medidas têm efectivo benefício para a população em geral. 

As campanhas massivas, tanto dos governos como da media convencional, não «provam» nada, mas têm espalhado a convicção da necessidade dessas medidas, quando toda a evidência é contrária a isso. 

Mais; o argumento de que os confinamentos evitariam a sobrecarga dos serviços de cuidados intensivos do sistema hospitalar é também falso, pois se verifica, como de costume no inverno, no hemisfério norte, um forte acréscimo do trabalho nas urgências hospitalares e nos cuidados de saúde, em geral, quer o país em causa esteja em confinamento estrito, quer não. 

A sazonalidade existe em relação a uma série de doenças, na população. As notícias divulgadas em Portugal, por exemplo,  da sobrecarga destas estruturas hospitalares, não só não referiam esta questão, como omitiam que os serviços «vulgares» de atendimento aos doentes, os centros locais de saúde, os hospitais de dia, etc, tinham sido sujeitos às restrições mais draconianas, afastando (intencionalmente?) doentes «normais» (ou seja, não COVID) do acesso e da utilização dos serviços locais e dos respectivos cuidados médicos. Claro que estes doentes não tinham outro recurso senão as urgências, que foram inundadas por imensas pessoas, algumas a precisar efectivamente de cuidados urgentes, mas outras apenas porque não tinham o acesso normal ao apoio médico nas unidades de saúde locais. 

As medidas tomadas em relação às estruturas locais de saúde foram um erro crasso (e mascarado) do governo português. A media, em vez de denunciar a imbecilidade de tais medidas (cujo efeito era previsível, logo à partida), atribui errónea e desonestamente o excesso de público nas urgências ao «COVID». 

Simplesmente, a estes propagandistas disfarçados de jornalistas, não lhes ocorreu que - estando o país inteiro «em confinamento» durante boa parte do inverno, apenas com algumas excepções pontuais - deveria haver menos pressão nas urgências, do que o habitual nesta época. Isto é, se os confinamentos e as outras medidas fossem realmente eficazes em evitar a saturação dos serviços de urgência nos hospitais!

Enfim, as campanhas de medo, de condicionamento da opinião pública, sucedem-se e a cidadania é simplesmente tratada como «gado», tanto pelo governo como pela media.

Só sabem fazer uma coisa: «mentir, mentir, mentir» como dizia Voltaire, ironicamente: «mintam e difamem, sempre alguma coisa ficará»... ou seja, já no tempo dele, verificava-se que a desinformação tinha um efeito, mesmo quando era óbvia a mentira ou distorção, para pessoas com um mínimo de espírito crítico.   

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

PROF. RAOULT DESTROI MITOS RELATIVOS AOS NÚMEROS DO COVID


 Infelizmente, a pseudo-elite científica que se pavoneia nos jornais e tvs (em especial neste país, Portugal), está completamente divorciada da realidade. Os dados fornecidos com total objectividade, pelo Prof. Raoult, demonstram que a pandemia foi jogada no registo sensacionalista, para amedrontar o público incauto. 
Mostra também um artigo, de uma das maiores autoridades mundiais em epidemiologia o Prof Ioanides da Univ. de Standford (EUA), que  compara os regimes de confinamento e demonstra que estes não tiveram o suposto papel benéfico de travar a pandemia. 

É muito difícil «esgrimir» argumentos racionalmente com pessoas desonestas nos media dominantes, que «ignoram» os dados e conclusões científicas das maiores autoridades na matéria, quando estas não lhes agradam... 

Tais pessoas «têm as costas quentes», porque os proprietários dos grandes media são bilionários interessados em criar e alimentar o síndroma de pânico, para melhor impor as medidas liberticidas. 

Estas medidas podem verificar-se em termos práticos, seja por confinamentos sem sustentação sanitária, mas que são um bom ensaio ou treino para futuros estados de sítio, seja em termos de legislação também, com a ultrapassagem das liberdades fundamentais inscritas nas constituições. Por fim, a implementação discreta da «grande reiniciação» (Great Reset) está em curso, de um modo que lhes permite controlar o processo.

Mas, aqueles criados dos grandes senhores feudais são dispensáveis como quaisquer outros, neste universo distópico de economia robotizada, onde se prepara a redução radical dos efectivos de «gado» humano...

Porém, os neo-malthusianos que se escondem atrás de  associações e fundações «filantrópicas» são demasiado ambiciosos. Eles não terão possibilidade de controlar o mundo. O mundo é demasiado complexo, não poderá jamais ser controlado por uma entidade, mesmo que ela recrute os mais devotos adeptos e os mais inteligentes (embora sem ética) cientistas.

A deriva autoritária e seus projectos megalomaníacos defendidos, entre outros, pelo Fórum de Davos irão ruir, quando uma faixa grande da população compreender como a estiveram a alimentar de mentiras.

Grande número de pessoas já está lúcida e alerta. Estas, não serão susceptíveis de serem enganadas pelos novos «hitlers», mas ajudarão a abrir os olhos das restantes.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

COMO É CALCULADO O ÍNDICE DE INFLAÇÃO?

Esta reflexão ocorreu-me pela leitura dum excelente artigo de Charles Hugh Smith, intitulado «tenha cuidado sobre o que deseja». Com efeito, no supracitado artigo demonstra que o índice de inflação para os EUA está completamente dissociado da realidade. Os valores descontam toda uma série de factores de aumento de preço em produtos diversos. Por exemplo, novos carros vêm com melhorias ao nível de sistemas de segurança e de vários acessórios, sendo benefícios reais e como tal contabilizados nesse sistema de avaliação de preços, mas realmente trata-se de um cálculo artificioso, pois pura e simplesmente o comprador do carro novo não tem a opção - em muitos casos - de comprar o tal novo modelo, mas por menos uns 10 mil dólares e sem os tais benefícios que estavam ausentes na série anterior. Esse mesmo fenómeno é geral e notório em equipamentos electrónicos e computadores. Os que calculam os preços descontam sistematicamente a parte no preço que eles estimam ser devida a inovações incorporadas no novo produto, por comparação com o anterior. Os casos mais escandalosos são os dos custos da saúde e dos estudos. Como se estes factores não tivessem uma incidência elevada nas despesas das famílias. Dirão que o fenómeno é mais preocupante num país como os EUA, onde a saúde é cara, essencialmente entregue a companhias de seguros privadas, onde as universidades também são privadas e cobram somas abismais para um ensino nem sempre de grande qualidade. Sim, é verdade. Mas na Europa e em Portugal, as mesmas coisas ocorrem, os mesmos aumentos para os mesmos serviços, com a única diferença que, neste país,  muito mais pobre que aquilo que se costuma pensar quando se invoca «a Europa», um número impressionante de pessoas não tem sequer real acesso a saúde de qualidade e o número dos que frequentam o ensino até ao nível de licenciatura ou mais é muito menor, do que nos restantes países do «espaço euro». 

O valor da inflação em Portugal é uma construção dos governos e administrações, um fraco reflexo, ou mesmo uma completa ficção, daquilo que os portugueses comuns experimentam no dia a dia. Porém, este «índice» estabelece uma série de valores de aumentos, desde as pensões até aos ordenados da função pública. É com base neste índice que são calculados os aumentos das rendas de casa, ou as prestações sociais. 
Por causa deste número fictício e completamente manipulado, o próprio PIB é calculado usando como índice «deflator», um valor muito menor do que deveria ser, permitindo exibir uma ligeira progressão, quando, na verdade, o país se encontra em depressão há vários anos a esta parte.  

A tabela abaixo, retirado desta página, mostra como as inflações mensais são tão erráticas, o que não deixa de colocar várias interrogações. 

Tabelas - IPC Portugal actuais e histórico

IPC PT últimos meses

 períodoinflação
 agosto 20171,136 %
 julho 20170,902 %
 junho 20170,909 %
 maio 20171,451 %
 abril 20171,979 %
 março 20171,370 %
 fevereiro 20171,553 %
 janeiro 20171,331 %
 dezembro 20160,878 %
 novembro 20160,575 %

IPC PT últimos anos

 períodoinflação
 agosto 20171,136 %
 agosto 20160,724 %
 agosto 20150,658 %
 agosto 2014-0,359 %
 agosto 20130,153 %
 agosto 20123,077 %
 agosto 20112,906 %
 agosto 20101,980 %
 agosto 2009-1,330 %
 agosto 20083,015 %

Outros números de inflação

 países/regiõesinflaçãoperíodo
 IHPC DE1,789 %agosto 2017
 IHPC BE1,998 %agosto 2017
 IHPC EUR1,497 %agosto 2017
 IHPC FR0,993 %agosto 2017
 IHPC NL1,500 %agosto 2017
 IPC BE2,009 %setembro 2017
 IPC US1,939 %agosto 2017
 IPC NL1,400 %agosto 2017
 IPC JP0,602 %agosto 2017
 IPC RU3,293 %agosto 2017


A primeira das quais é saber se, sendo o país largamente importador, que efeito terão as oscilações doutras divisas e das suas cotações, relativamente ao euro. Verifica-se, se colocarmos em paralelo uma tabela com cotações do euro em dólares, em libras ou noutras moedas, que existe um maior aumento da inflação quando o euro em sido mais forte em relação a todas as moedas com as quais Portugal faz comércio frequente (ver valores de Agosto de 2017, em que a cotação do euro atingiu um máximo em relação ao dólar). Isto é bastante insólito. 
A segunda interrogação incide sobre as oscilações importantes de inflação de um mês para o outro: não sabemos se os cálculos contemplam a existência, ou não, de fatores corretivos devidos à sazonalidade de certas despesas (por exemplo, gabardinas em Agosto ou artigos de praia em Dezembro). A terceira interrogação e talvez a mais importante é a que tem a ver com a ausência completa de referências sobre os critérios e procedimentos estatísticos utilizados. 
Provavelmente, uma pessoa muito interessada, poderá pedir ao INE (Instituo Nacional de Estatística) algumas informações sobre os critérios usados para cálculo do índice de inflação. Mas, a imensa maioria contenta-se em aceitar o «dado» de que a «inflação de Agosto de 2017 foi de 1,136%» coisa que é impossível de validar ou de invalidar. É decretada assim, sendo todos os cálculos (pelo menos os oficiais) baseados nestes dados numéricos. 
Daqui decorrem duas consequências importantes: como estes dados estão geralmente fora da realidade e enviesados no sentido de diminuírem o valor real da inflação, as pessoas vão perdendo poder de compra, vão sentindo cada vez maior aperto  mas não sabem ao certo o que se passa. Têm a sensação vaga do seu ordenado ou pensão valer cada vez menos, mas sem - porém - poderem relacionar com os dados mais gerais da situação económica. 
Outra consequência: as pessoas podem ouvir que a situação do país está a melhorar e que - por azar - elas estão pior, mas que a situação das pessoas terá melhorado, em média. Satisfaz portanto o papel de propaganda discreta do governo e de contenção das despesas do mesmo, em relação a obrigações do Estado, desde pensões e prestações sociais, até aos ordenados dos funcionários. 

De facto, estes números são tão falsos em relação à realidade económica das famílias e das empresas - do país em geral - como eram os dados estatísticos do bloco soviético, na era da guerra fria (nos anos 50 a 80 do século passado). 
O facto de economistas e investigadores se basearem em dados completamente falseados mostra até que ponto a economia não é uma ciência, mas apenas um discurso feito à medida das necessidades de justificar este ou aquele discurso de poder, como esclareci em detalhe aqui.

A nossa capacidade em tomar decisões acertadas, quer ao nível pessoal, quer ao nível de empresas, está completamente dependente da nossa capacidade em avaliar com justeza a dinâmica da situação económica, seja a um nível global, regional ou nacional. Se tais instrumentos forem escamoteados ou falseados, é inevitável que as pessoas cometam erros de avaliação, tanto maiores quanto mais forte for a sua crença na propaganda disfarçada em «factos económicos», produzida pelas agências governamentais  ou afins.

O cálculo dos índices de inflação, é - em resumo - uma enorme trapaça, servida pelos governos, para enganar as pessoas comuns, os «servos da gleba» modernos.