quarta-feira, 22 de novembro de 2023
FOI HÁ 60 ANOS - 'COME ON' - THE ROLLING STONES
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Chuck Berry para combater o MORALISMO WOKE
Sabes que Chuck Berry é dos poucos responsáveis pelo nascimento de um estilo de música - o Rock and Roll - que se prolonga até hoje, desde os anos 1950?
Como ele conseguiu arrastar consigo toda uma juventude principalmente branca, oriunda da classe operária, a geração que nasceu no final da II. Guerra Mundial!?
Deu-lhes o som endiabrado, feito de simples sequências de acordes e de «riffs» de guitarra elétrica, aquilo dava para dançar.
Em relação às letras, não eram composições eruditas, porém estavam em sintonia com sentimentos dessa juventude que acorria aos concertos, comprava os discos e reproduzia em grupos de garagem os sucessos dos precursores.
Foi uma autêntica libertação que abateu os preconceitos de separação de raças e, também, de classes. A geração dos anos 50 foi homenageada pelos grupos e cantores ídolos da década seguinte, os Beatles, os Rolling Stones, etc, etc.
[Oiça aqui os Beatles:]
Sweet Little Sixteen (Live At The BBC For "Pop Go The Beatles" / 23rd July, 1963)
Sem Chuck Berry, nada disso teria sido assim! Claro que ele não foi o único, basta pensar em Otis Redding, Ray Charles e outros, com uma audiência jovem e sem preconceitos raciais:
sábado, 6 de fevereiro de 2021
A GERAÇÃO DE MÚSICA ROCK E POP DOS ANOS SESSENTA
Muitas pessoas, incluindo as que não conheceram «ao vivo», apreciam a música dos anos sessenta. É preciso ser-se musicalmente surdo ou não ter qualquer réstia de energia, para não se apreciar os «furacões» musicais que surgiram - no mundo anglo-saxónico, principalmente - nos anos sessenta.
https://www.youtube.com/watch?v=SfLa2tFAqa4
De qualquer modo, as transformações ocorridas na sociedade não podem ser compreendidas, sem se ter em conta a participação da cultura, em particular da música pop.
Teve porém aspectos negativos, nas expressões musicais doutros países, nomeadamente, em França, Espanha, Itália, etc., onde cantores e grupos se puseram a cantar versões nas suas línguas nacionais, dos êxitos dos EUA e britânicos. Depois, alguns começaram a compor directamente em inglês, apesar de não terem verdadeiras raízes culturais anglo-saxónicas. Mas, a música era também um negócio.
Os anos que se seguiram, ainda tiveram alguma pujança e viram surgir algumas novas estrelas de música pop e rock. Diga-se que, muitas destas, começaram a ser conhecidas nos finais dos anos sessenta. A geração do festival de Woodstock (1969), foi uma espécie de florescimento de tudo o que tinha sido incubado ao longo da década.
Depois, houve algo interessante, de um ponto de vista sociológico, o revivalismo dos anos 60.
Este revivalismo começou logo a uma década ou duas de distância. Ou seja, houve um retomar dos êxitos e sobretudo das fórmulas de sucesso. Ainda aqui, o dinheiro soou mais forte. O sucesso, com retomas de êxitos dos grupos e artistas dos anos sessenta, estava razoavelmente garantido, pois havia sempre um público que vivera os tais anos e aderia ao que tinha sido tão significativo na sua adolescência.
Não digo que o veio de criatividade da música pop e rock se tenha esgotado, mas é sempre difícil ser-se original num contexto em que tudo o que se possa fazer remete, de uma forma ou de outra, para estilos caldeados 60 anos atrás: Como aguentar a confrontação com a primeira geração, com aquela frescura, espontaneidade, adesão entusiástica da juventude que (correcta ou incorrectamente) via na música o veículo para sua própria emancipação?