Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

terça-feira, 18 de julho de 2023

DEMOCRACIA É IMPOSSÍVEL NA AUSÊNCIA DE LIVRE ACESSO À INFORMAÇÃO

 Num artigo recente, Caitlin Johnstone recorda um vídeo de 2010 de Julian Assange, da maior importância para compreendermos os imensos obstáculos que encontramos em exercer coletivamente a cidadania, termos voz nos assuntos públicos. É que se vive na opacidade total, devido à ocultação intencional e à propaganda enganadora dos que governam e seus agentes mediáticos. 

É sobre esta ausência de dados concretos e credíveis, sobre o funcionamento das instituições, de que Julian Assange fala.



Citação:

“Podemos escrever sobre os nossos problemas políticos, podemos - todos nós- fazer campanhas por qualquer coisa na qual acreditemos, podemos adotar as etiquetas políticas que quisermos, mas eu digo-vos que isto realmente está totalmente falido,” disse Assange.

“E a razão disto, de que está tudo falido e de que todas as correntes políticas atuais estão falidas e também as suas linhas próprias de pensamento político, deve-se ao facto não fazermos ideia do que se passa. Apenas quando conhecermos as estruturas básicas das nossas instituições, como elas operam na prática, estas organizações gigantescas, como se comportam internamente, não apenas através de histórias contadas, mas através de numerosos documentos internos - até sabermos isso, como poderemos nós eventualmente efetuar um diagnóstico? Como poderemos decidir em que direção seguir, enquanto não soubermos onde estamos? Nem sequer temos um mapa do sítio onde estamos. Portanto, a nossa primeira tarefa é de construir uma espécie de herança intelectual, que descreva onde estamos. E quando soubermos onde estamos, podemos esperar que vamos conseguir determinar uma nova direção. Mas, até lá, penso que todas as teorias políticas - claro, em grau maior ou menor - estão falidas.”


Veja o documentário «Guerra Contra o Jornalismo»

 

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