Beethoven - Concerto para Piano em Sol opus 58
Piano- Helène Grimaud
Orquestra de Paris- Christoph Eschenbach
Dizem que «onde há vida, há esperança» e eu assim desejo que seja. Talvez por isso, não escuto certos acordes sem um frémito.
Um frémito devido à transcendência que flui desta música, num caudal imenso. Um frémito de esperança, sim! Por causa da grande arte imortal de alguns, a que literalmente transcende a morte.
A vida está disseminada pelo universo e concentra-se em certos indivíduos, onde coalescem as energias universais.
As mentes e sensibilidades fora do comum, superam os limites do espaço e do tempo, transportam-nos para outras dimensões do espaço-tempo.
Eu sinto-me a flutuar ou a ser transportado no espaço inter-estelar, consoante o andamento, quando oiço este concerto para piano nº4 de Beethoven.
Mais uma vez, Helène Grimaud é exemplar. A expressão enérgica e dinâmica, aliada à precisão e pureza de técnica, são impressionantes.
A grande arte do compositor de Bona exige os melhores intérpretes; é o que acontece com esta talentosa solista.