A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

DOMENICO SCARLATTI NA GUITARRA CLÁSSICA



Algo de muito especial na história da música ocorreu com Domenico Scarlatti (Nápoles 26 de Outubro 1685 - Madrid, 23 de Julho 1757). Os «exercícios» e as sonatas, especificamente para o cravo, são simultaneamente excelente música adaptável e adaptada a variados instrumentos de corda e tecla, o clavicórdio, ou o forte-piano mas também de corda dedilhada, como se pode apreciar neste recital de guitarra clássica.

A música instrumental de Domenico é popular e aristocrática, ao mesmo tempo. As formas mais puras da sonata bipartita são postas ao serviço de uma profusão de temas, muitos dos quais com inegável sabor popular. Sem dúvida, influenciaram as circunstâncias muito especiais em que produziu a sua obra, na qualidade de músico e professor da Infanta Maria Bárbara de Bragança, que depois foi Rainha de Espanha... A sua obra é ímpar pela quantidade e qualidade das sonatas, única na sua diversidade e coerência, no reportório de cravo da Península Ibérica.

Penso ser adequado considerar Domenico Scarlatti como músico ibérico de origem italiana (napolitana), pois exerceu os seus talentos na Corte portuguesa a partir de 1719, como professor da Infanta e, depois como músico na corte em Madrid, a partir de 1733, quando esta infanta se tornou rainha de Espanha. Scarlatti exerceu durante longos anos este cargo, com os seus extraordinários talentos de compositor e de cravista, até ao fim da vida. Além das peças para cravo, compôs peças litúrgicas, cantatas e óperas. Mas, a parte mais célebre da sua obra são as 555 sonatas para cravo. 

Esta obra monumental tem sido servida por notáveis cravistas, pianistas e guitarristas pois, pela estrutura e carácter, muitas sonatas, embora escritas para o cravo, adaptam-se perfeitamente a outros instrumentos. 


sábado, 3 de abril de 2021

[Manlio Dinucci] Exercício da NATO “Defender-Europa”; chegada do exército dos EUA

Imagem: Cônsul Geral Meghan Gregonis, do consulado dos EUA em Munique, dá as boas-vindas ao Coronel Patrick Disney,  da 1ª Divisão de Cavalaria, à chegada ao aeroporto de Nuremberg, Alemanha, a 5 de março de 2020.

Retirado de

Nem tudo na Europa está paralisado pelo bloqueio anti-Covid: na verdade, o gigantesco exercício anual do Exército dos EUA, Defender-Europe, que até junho se mobilizou em território europeu, e além disso, dezenas de milhares de soldados com milhares de tanques e outros meios, foi posto em movimento. O Defender-Europe 21 não apenas retoma o programa 2020, redimensionado devido à Covid, mas o amplifica.

Por que motivo o “Defensor da Europa” vem do outro lado do Atlântico? Os 30 Ministros das Relações Exteriores da NATO (Luigi Di Maio, para a Itália), que se reuniram fisicamente em Bruxelas nos dias 23 e 24 de março, explicaram: “A Rússia, com seu comportamento agressivo, mina e desestabiliza seus vizinhos e tenta interferir na região dos Balcãs”. Um cenário construído com a técnica de inversão da realidade: por exemplo, acusando a Rússia de tentar interferir na região dos Balcãs, onde a NATO “interferiu” em 1999 ao lançar 1.100 aeronaves, 23.000 bombas e mísseis sobre a Jugoslávia.

Diante do grito de socorro dos Aliados, o Exército dos EUA vem para “defender a Europa”. O Defender-Europe 21, sob o comando do Exército dos Estados Unidos na Europa e na África, mobiliza 28 mil soldados dos Estados Unidos e 25 aliados e parceiros da NATO: eles realizarão operações em mais de 30 áreas de treino em 12 países, incluindo exercícios de fogo e mísseis. A Força Aérea e a Marinha dos EUA também participarão.

Em março, teve início a transferência de milhares de soldados, de 1.200 veículos blindados e doutros equipamentos pesados ​​dos Estados Unidos para a Europa. Eles estão a aterrar em 13 aeroportos e 4 portos europeus, incluindo em Itália. Em abril, mais de 1.000 equipamentos pesados ​​serão transferidos de três depósitos pré-posicionados do Exército dos EUA - em Itália (provavelmente Camp Darby), Alemanha e Holanda - para várias áreas de treino na Europa; serão transportados por camiões, comboios e navios. Em maio, quatro exercícios principais acontecerão em 12 países, incluindo na Itália. Num dos jogos de guerra, mais de 5.000 soldados de 11 países irão espalhar-se pela Europa, para exercícios de fogo.

Embora os cidadãos italianos e europeus continuem a ser proibidos de circular livremente, por razões de “segurança”, esta proibição não se aplica aos milhares de soldados que se deslocam livremente dum país europeu para outro. Eles terão um “passaporte Covid” fornecido, não pela UE, mas pelo Exército dos EUA, o que garante que eles estão sujeitos a “medidas estritas de prevenção e mitigação da Covid”.

Os Estados Unidos não vêm apenas para “defender a Europa”. O grande exercício - explicou o Exército dos EUA na Europa e na África em sua declaração - “demonstra nossa capacidade em servir como parceiro estratégico de segurança nas regiões dos Balcãs Ocidentais e do Mar Negro, ao mesmo tempo que sustentamos nossas capacidades no norte da Europa, Cáucaso, Ucrânia e África”. Por esta razão, o Defender-Europe 21 "utiliza as principais rotas terrestres e marítimas que ligam a Europa, à Ásia e à África".

O generoso “Defensor” não se esquece da África. Em junho, novamente no âmbito do Defender-Europe 21, vai “defender” a Tunísia, Marrocos e o Senegal, numa vasta operação militar do Norte de África, até à África do Oeste, do Mediterrâneo até ao Atlântico. Será dirigido pelo Exército dos EUA por meio da Força-Tarefa(«Task force») do Sul da Europa, com sede em Vicenza (norte de Itália). A declaração oficial explica: “ O exercício do Leão Africano é projectado para conter actividades malignas no Norte da África e no Sul da Europa e para defender o teatro da agressão militar adversária”. Não especifica quem são os “maléficos”, mas a referência à Rússia e à China é evidente.

O “Defensor da Europa” não se fica por aqui. O V Corpo do Exército dos EUA participa do Defender-Europe 21. O V Corpo, depois de ter sido reactivado em Fort Knox (Kentucky), estabeleceu seu quartel-general avançado em Poznan (Polónia), de onde comandará operações ao longo do flanco oriental da NATO. Participam do exercício as novas Brigadas de assistência das Forças de Segurança, unidades especiais do Exército dos EUA que treinam e lideram as forças dos países parceiros da NATO (como a Ucrânia e a Geórgia) em operações militares.

Mesmo que não se saiba quanto custará o Defender-Europe 21, nós, cidadãos dos países participantes, sabemos que pagaremos o custo com o nosso dinheiro público, enquanto os nossos recursos para enfrentar a crise pandémica são escassos. Os gastos militares italianos aumentaram este ano para 27,5 milhares de milhões de euros, ou seja, 75 milhões de euros por dia. No entanto, a Itália tem a satisfação de participar do Defender-Europe 21, não apenas com suas próprias forças armadas, mas como país anfitrião. Terá, portanto, a honra de receber o exercício final sob Comando dos Estados Unidos em junho, com a participação do V Corpo do Exército dos Estados Unidos de Fort Knox.

[Este artigo foi publicado originalmente em italiano no Il Manifesto.
Manlio Dinucci é Pesquisador Associado do Center for Research on Globalization.]




sexta-feira, 2 de abril de 2021

TRILOGIA MACABRA DOS GLOBALISTAS MALTHUSIANOS


 

1- Confinamento / Lockdown: Destruição da economia e do tecido social.  São causa directa de maior sofrimento individual e social (incluindo mortes), que os reais casos de COVID:

manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/04/a-feia-realidade-dos-lockdown.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/02/mensagem-de-alerta-internacional-sobre.html

2- Testes de detecção do ARN viral totalmente inadequados

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/11/nao-ha-pandemia-de-corona-mas-pandemia.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/10/razao-pela-qual-os-governos-estao.html

3- «Vacinas» que não eliminam o agente viral na população, nem protegem os vacinados de serem contaminados e contaminantes

https://www.globalresearch.ca/great-vaccine-scam-even-establishment-experts-scientists-admit-jabs-ineffective/5741593

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/03/knut-wittkowski-phd-criamos-as.html


Os testes pcr são completamente inadequados - segundo os mais credenciados cientistas, incluindo o inventor da técnica - para detectar as infecções virais, para determinar quem tem vírus activo. Além disso, o modo como é feito o teste, com mais de 35 ciclos de replicação do DNA, garante que existirão muitos falsos positivos. Assim, os «positivos» são sobre-avaliados e fraudulentamente contabilizados como «casos». 

Com uma contabilidade falsa, os governos ocidentais «justificam» as medidas anti-COVID mas, na verdade, elas são somente formas arbitrárias de manter a população sob controlo. Trata-se de uma experimentação global, sobre muitos milhões de pessoas/cobaias, sujeitas a psicose induzida, de medo permanente, a um confinamento que lhes retira as mais elementares liberdades e garantias. Em suma, um golpe de estado anti-democrático, disfarçado de «emergência sanitária». 

Um dos aspectos mais gravosos desta farsa é a utilização das pessoas mais idosas como cobaias para «vacinas experimentais», que são afinal uma forma de clonagem e que não têm efeito protector. Pelo contrário, tornam muito mais fácil a selecção de mutantes virais que escapam aos anti-corpos dos indivíduos. 

Com isto, as multinacionais farmacêuticas, não apenas realizam lucros chorudos à custa dos contribuintes, visto que o dinheiro que os Estados pagam às farmacêuticas provém dos orçamentos públicos, como têm assegurada a continuidade desses mesmos lucros, pois se prevê que haja necessidade de fazer novas campanhas de vacinação, pelo menos, com frequência anual...

Apesar de todas as evidências sólidas e sérias, a media e as redes sociais, ao serviço de grandes interesses ocultos, têm silenciado ou difamado as posições de cientistas honestos, mas promovem campanhas de desinformação e propaganda, para persuadir a população de que a «salvação» é serem todas as pessoas, incluindo as crianças, vacinadas! 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

A FEIA REALIDADE DOS «LOCKDOWN» CONFERÊNCIA DE NICK HUDSON


Abaixo, o link para a explicação do projecto Panda relacionado com o COVID.


Algumas passagens da conferência de Nick foram transcritas no referido link acima. Na parte de baixo de cada imagem censurada,  no final, encontra-se um podcast, com a transcrição audio do vídeo da conferência.


Vídeo da conferência (REPOSTADO no Youtube)



Podecast da conferência: https://open.spotify.com/episode/0nmyK6fXroujWW0se9hGie?go=1&utm_source=embed_v3&t=0&nd=1 
 

2ª Parte:

Podecast: https://www.biznews.com/undictated/2021/03/30/covid-19-lockdown-panda

quarta-feira, 31 de março de 2021

NEW YORK TIMES E A CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO CONTRA CHINA E RÚSSIA


As linhas abaixo são a tradução de um excelente artigo de «Moon Of Alabama». O artigo completo (em inglês) encontra-se aqui

«... Eis a declaração conjunta do encontro Lavrov-Wang Yi que contradiz a insinuação do New York Times :

O mundo entrou num período de elevada turbulência e de mudança rápida. Neste contexto, apelamos à comunidade internacional para pôr de lado quaisquer diferenças e fortalecer a compreensão mútua, edificando a cooperação no interesse da segurança global e da estabilidade geopolítica,  para contribuir para uma ordem mundial mais justa, mais democrática e racional.
  1. Todos os direitos humanos são universais, indivisíveis e interrelacionados...
  2. A democracia é uma das realizações da humanidade...
  3. A Lei Internacional é uma condição importante para a continuação do desenvolvimento da humanidade. ...
  4. Ao promover a cooperação multilateral, a comunidade internacional tem de aderir a princípios tais como a abertura e a igualdade, a abordagem não ideológica.... 

(Nota: para avaliar como o NYT distorce e inventa declarações, veja o que disse o ministro dos negócios estrangeiros chinês Wang Yi )

O Ministério dos Negócios Estrangeiros Chinês informa sobre  a publicação da Declaração em Quatro Pontos, citando Wang Yi :

Hoje, iremos publicar a declaração conjunta sobre vários assuntos relativos à governança global, expondo a essência de conceitos fundamentais tais como direitos humanos, democracia, ordem internacional e multilateralismo, reflectindo as exigências colectivas da comunidade internacional, em especial, dos países em desenvolvimento. Apelamos a todos os países a participar e a melhorar a governança global no espírito de abertura, inclusão e igualdade, abandonando a mentalidade de soma zero e o preconceito ideológico, pondo fim à interferência nos assuntos internos de qualquer país, favorecendo o bem-estar dos povos de todos os países através de diálogo e cooperação e construção conjunta de uma comunidade com um futuro partilhado para toda a humanidade.

Em caso algum a China rejeitou os direitos humanos, a democracia ou o direito. O autor do New York Times simplesmente fabricou isso. »

Leia artigo completo em inglês, aqui

Meu comentário: Sei que estas declarações são formais, sei que existe uma distância entre as declarações e as realidades no terreno. 

Mesmo assim, o que fez o NYT é essencialmente desinformar, pois as pessoas poderão ser levadas a acreditar que a posição oficial conjunta dos ministros dos negócios estrangeiros dos dois países é de arrogância, de querer «dar lições aos EUA» e de desprezo pelo direito e legalidade internacionais. 

Este tipo de falsificação é recorrente e estende-se a uma série de artigos, deste e doutros jornais, quando se trata da Rússia e/ou da China. 

Os media, ditos «de referência», transformaram-se em armas de propaganda, sem qualquer objectividade, apostados em condicionar a opinião pública e a fazê-la aceitar como «inimigos» estes países...   

É este o nível confrangedor do direito à informação - e, logo, à própria democracia -  nos EUA e nalguns outros países ocidentais.

PS: Estamos já na 3ªguerra mundial, pois se aplica a célebre citação, atribuída a Ésquilo: «Na guerra, a verdade é a primeira vítima.»

terça-feira, 30 de março de 2021

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA - PARTE X

 


Se regressar mentalmente a alguns (poucos) anos atrás, reconheço que, se alguém me viesse contar sobre o quotidiano actual na sociedade, eu não acreditaria

Por isso, aconselho-vos a leitura do texto futurístico, de TE Creus, talvez ficcional, talvez antecipatório.

Este intróito leva-me a considerar a realidade da trapaça do COVID de frente: com efeito, nunca é demais repeti-lo, não é por o vírus ser real e por haver mortes reais, que tudo aquilo que os «esclarecidos» dirigentes e seus conselheiros têm dito e defendido é lógico, é científico, é realista, é humano.

Mas, ainda mais grave, é a passividade e conivência de quase toda a esquerda, cobarde, enfeudada ao sistema, comprada - quanto mais não seja - pelas mordomias (as migalhas) que lhe concede a oligarquia, nos diversos países e mesmo a nível mundial. É detestável o papel que estão a fazer , pois muitos se situam na «vanguarda» da «luta pelo desmascarar dos ditos conspiracionistas» , quando, na verdade, estão a colaborar sem vergonha e sem remates de consciência (ambas coisas de que sempre careceram) na morte da liberdade de expressão.

Os Klaus Schwab, os Bill Gates e os George Soros deste mundo podem sorrir, satisfeitos: em pouco tempo, conseguiram neutralizar discretamente os que se vangloriavam de ser os defensores dos trabalhadores, os que estão na primeira linha da defesa dos direitos humanos, etc... É caso mesmo para dizer, não apenas os neutralizaram como os recrutaram (veja-se o caso de BLM «black lives matter», ou de AF «antifa» e muitos outros pelo mundo fora).

Que amigos (e outros) não gostem do que escrevi, paciência! O facto é que denunciei há um ano, (ver aqui, também aqui) o maior golpe jamais realizado, ao nível global: pois essa análise é corroborada agora, por pessoas muito mais informadas e competentes do que eu. É aquilo que tem de ser dito; assim como aquilo que irei dizer a seguir:

Não seria possível tudo o que vemos: os despedimentos em massa, o esmagamento da capacidade reivindicativa dos trabalhadores, o atirar milhões de pessoas para a precariedade, logo para a doença mental, a depressão e o suicídio... nem tão pouco, a continuação das guerras de desgaste, cruéis e punindo as populações civis inocentes, no Iémen, na Síria, no Afeganistão, ou a ameaça muito séria de guerra a quente, com pontos de fricção em várias zonas no globo (essencialmente nas fronteiras da Rússia e da China), com o triunfo nos neo-cons do Estado profundo nas «eleições» americanas, que deram «a vitória» a um caquético fantoche, às ordens dos bilionários. Não seria possível isto tudo, sem uma traição secular de grande parte da esquerda. Na verdade, ela já tinha traído há muito, só que não tinha tido ensejo de revelar o que era, essencialmente.

Nunca mais voltará o mundo de antes, pois estamos em plena 3ª Guerra Mundial, a qual se compõe de complexas batalhas em diversas frentes, que vão das sanções, com efeitos devastadores nas populações civis dos países «inimigos» (vejam as vítimas no Irão ou na Venezuela, são as crianças, os doentes, os pobres, não são os militares de alta patente nem os governantes, que isso seja bem claro), às guerras por procuração e até à vigilância generalizada e militarização da sociedade civil, nos países dominantes.

Mas, nem tudo são trevas. Assiste-se ao acordar de uma consciência mais humana, mais próxima das muitas espiritualidades que nos legaram milhares de anos de História. 

O cristianismo, o budismo, o islamismo e todas as espiritualidades, não têm «culpa» das distorções, da hipocrisia e da falsidade dos que dizem professar tais religiões...

única luz de esperança que vejo agora, provém das pessoas que sinceramente aderem a qualquer religião, seja a que está mais próxima da minha cultura e modo de sentir, seja de outra. 

Muitos não compreendem que haja valores espirituais, pois os «valores» que eles conhecem, traduzem-se apenas em cifrões, em cotações bolsistas, etc.: São os materialistas vulgares e filosóficos... Para eles, a vida é o desfrutar, o prazer, não têm nenhum respeito ou preocupação com a verdadeira amizade, com o verdadeiro amor, com tudo aquilo que é intrinsecamente humano.   

Eles estão - aparentemente  - triunfantes: Os muito ricos enriqueceram ainda mais, desde há um ano. Sobretudo, consolidaram o seu poder. Para isso, jogou a descida dos padrões morais, sobretudo no mundo «rico», a ideologia do consumismo, hedonismo e egoísmo ostensivos. Também a traição dos chamados intelectuais, com especial destaque para os auto-proclamados defensores dos oprimidos, dos explorados, etc...

Claro que uma grande crise também está prenhe de grandes oportunidades; não apenas de destruição. Eu antevejo que as oportunidades não se limitarão à nova configuração do poder económico, mas também haverá uma «varridela» enérgica nas chamadas elites, nos políticos, na própria tecnocracia. 

Convido os leitores a procurar tudo o que não é relatado, filmado ou transmitido pela média corporativa, mas por fora. Aí, por vezes, encontram-se as mais interessantes e originais formas de pensamento e de organização. 

Os fascistas tecnocráticos são muito persistentes, mas existe já uma resistência: pessoas e grupos, considerados marginais hoje, mas que nos trazem a brisa fresca do futuro, não contaminada pela podridão do presente. Nada está definitivamente traçado.

domingo, 28 de março de 2021

UM MUNDO FRÁGIL -POR NÓS FRAGILIZADO

 

Sabemos que o nosso mundo é intrínseca e irremediavelmente frágil. Sobretudo, fragilizado pela estupidez humana. 

Não bastava a estupidez dos políticos que nos arrastaram para uma nova crise sanitária, ainda maior que a perigosidade do vírus SARS-Cov-2 original. 

Com efeito, os «lockdowns» repetidos (e não «o COVID»!) estão a arrastar o mundo inteiro para uma depressão profundíssima, com consequências humanas terríveis. 

Além disso, os «lockdowns» funcionaram como processo de selecção de novas estirpes, que escapam assim à imunidade natural das populações, ou à imunidade artificial, induzida pelas vacinas. 

Aliás, as vacinas deixaram de ser eficazes, incapazes de travar os variantes, cuja propagação é facilitada pela não-construção duma imunidade de grupo, nas populações (entrevista aqui, do Prof Wittkovski).

Como uma crise nunca vem só, temos agora um navio de mercadorias a bloquear - há vários dias *- o Canal de Suez, por onde passam mercadorias e, sobretudo, o petróleo para a Europa.

         

Foto acima (tirada na estação internacional espacial), do navio encalhado no canal de Suez

Os circuitos de comércio, mesmo sem guerra nenhuma, mesmo sem sabotagem, podem ser gravemente perturbados. 

Os sistemas informáticos, sobre os quais se baseia a economia mundial, são igualmente ou ainda mais, frágeis. Nem é preciso «hackers»; pensemos que os sistemas informáticos podem ser seriamente danificados por uma tempestade electromagnética ou outro acontecimento natural. Isso significaria, não apenas a paragem de toda a vida económica (banca, bolsas, negócios, comércio), como também de estruturas hospitalares, de segurança, do controlo aéreo, etc... 

Mas há pior: Agora, os falcões estão ao comando. Os dirigentes dos EUA, Reino Unido e de outros países, súbditos do império Anglo-americano, fazem uma política belicista, hostilizando a China, a Rússia e o Irão. Querem provocar a guerra, segundo a ideia idiota e criminosa de que a poderão ganhar. 

A guerra mundial híbrida, já está em curso, pelo menos desde 2014, onde vale tudo, menos (... por enquanto) a utilização das armas nucleares. Ela tem causado imensas perdas humanas e materiais. Os próprios dirigentes «ocidentais» (inclui também Austrália e Nova Zelândia...), estão apostados em criar e manter a tensão permanente, um confronto, uma Guerra Fria Nº2

Mas os povos, de um lado e doutro da nova «cortina de ferro», só têm a perder. Enquanto não puserem em causa as suas oligarquias, estas vão causar mais e mais danos, mais e mais miséria, mais e mais crise económica. Tudo isto pode acabar em guerra generalizada. 

Não preciso ser profeta, basta ver a sucessão de catástrofes:

- Umas, ditas «naturais», mas proporcionadas pelo desrespeito das leis da Natureza. 

- Outras, claramente causadas pelos humanos, em especial pela gula dos que dominam o sistema económico. Por mais que falem das crises dos mercados, como se fossem resultantes de forças da Natureza. 

Se as pessoas acordarem e disserem «NÃO!», talvez se consiga evitar uma catástrofe bem pior que a crise dita «do COVID». 

Mas, duvido que exista, de momento, plena consciência da gravidade da situação. Infelizmente, noto um alheamento, um sentimento de impotência, de fatalismo. Isso é estímulo para os poderosos continuarem as suas actividades criminosas.

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* Demorou 6 dias o desencalhar do navio, no Canal de Suez: https://sputniknews.com/world/202103291082477070-giant-cargo-ship-ever-given-reportedly-refloated-in-suez-canal/