Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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sábado, 3 de abril de 2021

[Manlio Dinucci] Exercício da NATO “Defender-Europa”; chegada do exército dos EUA

Imagem: Cônsul Geral Meghan Gregonis, do consulado dos EUA em Munique, dá as boas-vindas ao Coronel Patrick Disney,  da 1ª Divisão de Cavalaria, à chegada ao aeroporto de Nuremberg, Alemanha, a 5 de março de 2020.

Retirado de

Nem tudo na Europa está paralisado pelo bloqueio anti-Covid: na verdade, o gigantesco exercício anual do Exército dos EUA, Defender-Europe, que até junho se mobilizou em território europeu, e além disso, dezenas de milhares de soldados com milhares de tanques e outros meios, foi posto em movimento. O Defender-Europe 21 não apenas retoma o programa 2020, redimensionado devido à Covid, mas o amplifica.

Por que motivo o “Defensor da Europa” vem do outro lado do Atlântico? Os 30 Ministros das Relações Exteriores da NATO (Luigi Di Maio, para a Itália), que se reuniram fisicamente em Bruxelas nos dias 23 e 24 de março, explicaram: “A Rússia, com seu comportamento agressivo, mina e desestabiliza seus vizinhos e tenta interferir na região dos Balcãs”. Um cenário construído com a técnica de inversão da realidade: por exemplo, acusando a Rússia de tentar interferir na região dos Balcãs, onde a NATO “interferiu” em 1999 ao lançar 1.100 aeronaves, 23.000 bombas e mísseis sobre a Jugoslávia.

Diante do grito de socorro dos Aliados, o Exército dos EUA vem para “defender a Europa”. O Defender-Europe 21, sob o comando do Exército dos Estados Unidos na Europa e na África, mobiliza 28 mil soldados dos Estados Unidos e 25 aliados e parceiros da NATO: eles realizarão operações em mais de 30 áreas de treino em 12 países, incluindo exercícios de fogo e mísseis. A Força Aérea e a Marinha dos EUA também participarão.

Em março, teve início a transferência de milhares de soldados, de 1.200 veículos blindados e doutros equipamentos pesados ​​dos Estados Unidos para a Europa. Eles estão a aterrar em 13 aeroportos e 4 portos europeus, incluindo em Itália. Em abril, mais de 1.000 equipamentos pesados ​​serão transferidos de três depósitos pré-posicionados do Exército dos EUA - em Itália (provavelmente Camp Darby), Alemanha e Holanda - para várias áreas de treino na Europa; serão transportados por camiões, comboios e navios. Em maio, quatro exercícios principais acontecerão em 12 países, incluindo na Itália. Num dos jogos de guerra, mais de 5.000 soldados de 11 países irão espalhar-se pela Europa, para exercícios de fogo.

Embora os cidadãos italianos e europeus continuem a ser proibidos de circular livremente, por razões de “segurança”, esta proibição não se aplica aos milhares de soldados que se deslocam livremente dum país europeu para outro. Eles terão um “passaporte Covid” fornecido, não pela UE, mas pelo Exército dos EUA, o que garante que eles estão sujeitos a “medidas estritas de prevenção e mitigação da Covid”.

Os Estados Unidos não vêm apenas para “defender a Europa”. O grande exercício - explicou o Exército dos EUA na Europa e na África em sua declaração - “demonstra nossa capacidade em servir como parceiro estratégico de segurança nas regiões dos Balcãs Ocidentais e do Mar Negro, ao mesmo tempo que sustentamos nossas capacidades no norte da Europa, Cáucaso, Ucrânia e África”. Por esta razão, o Defender-Europe 21 "utiliza as principais rotas terrestres e marítimas que ligam a Europa, à Ásia e à África".

O generoso “Defensor” não se esquece da África. Em junho, novamente no âmbito do Defender-Europe 21, vai “defender” a Tunísia, Marrocos e o Senegal, numa vasta operação militar do Norte de África, até à África do Oeste, do Mediterrâneo até ao Atlântico. Será dirigido pelo Exército dos EUA por meio da Força-Tarefa(«Task force») do Sul da Europa, com sede em Vicenza (norte de Itália). A declaração oficial explica: “ O exercício do Leão Africano é projectado para conter actividades malignas no Norte da África e no Sul da Europa e para defender o teatro da agressão militar adversária”. Não especifica quem são os “maléficos”, mas a referência à Rússia e à China é evidente.

O “Defensor da Europa” não se fica por aqui. O V Corpo do Exército dos EUA participa do Defender-Europe 21. O V Corpo, depois de ter sido reactivado em Fort Knox (Kentucky), estabeleceu seu quartel-general avançado em Poznan (Polónia), de onde comandará operações ao longo do flanco oriental da NATO. Participam do exercício as novas Brigadas de assistência das Forças de Segurança, unidades especiais do Exército dos EUA que treinam e lideram as forças dos países parceiros da NATO (como a Ucrânia e a Geórgia) em operações militares.

Mesmo que não se saiba quanto custará o Defender-Europe 21, nós, cidadãos dos países participantes, sabemos que pagaremos o custo com o nosso dinheiro público, enquanto os nossos recursos para enfrentar a crise pandémica são escassos. Os gastos militares italianos aumentaram este ano para 27,5 milhares de milhões de euros, ou seja, 75 milhões de euros por dia. No entanto, a Itália tem a satisfação de participar do Defender-Europe 21, não apenas com suas próprias forças armadas, mas como país anfitrião. Terá, portanto, a honra de receber o exercício final sob Comando dos Estados Unidos em junho, com a participação do V Corpo do Exército dos Estados Unidos de Fort Knox.

[Este artigo foi publicado originalmente em italiano no Il Manifesto.
Manlio Dinucci é Pesquisador Associado do Center for Research on Globalization.]




quinta-feira, 26 de março de 2020

[Manlio Dinucci] O DR. STRANGELOVE CUIDA DA NOSSA SAÚDE


                   



Perante o Coronavírus - declara o US European Command (Comando Europeu dos Estados Unidos) – “a nossa primeira preocupação é proteger a saúde das nossas forças e a das forças dos nossos Aliados. Portanto, anuncia que reduziu o número de soldados do exercício Defender Europe 20 (Defensor da Europa 20). Mas esse mesmo exercício continua.
Em 16 de Março, o Comando afirma que “desde Janeiro o US Army enviou 6.000 soldados dos Estados Unidos para a Europa”, com 12.000 peças de equipamento (desde armamentos pessoais a tanques) e que foi “completado o movimento de soldados e equipamentos, de vários portos para áreas de treino na Alemanha e na Polónia.” Além de que, “9.000 soldados dos EUA estacionados na Europa”, também participam no exercício.
Ø O objectivo declarado pelos USA é “instalar uma força de combate credível na Europa, de apoio à NATO”, evidentemente, contra a “agressão russa”.
Ø O objectivo verdadeiro - escrevemos há dois meses e meio, no il manifesto (o único jornal que então dava notícias do Defender Europe 20 ) - é semear tensão e alimentar a ideia do inimigo.
O cenário declarado do exercício nunca poderia verificar-se, também porque um confronto armado entre a NATO e a Rússia seria, inevitavelmente, nuclear. Esse é o cenário real para o qual se treinam as forças americanas, na Europa. Confirma-o o General Tod D. Wolters, Chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos e, como tal, Comandante Supremo Aliado na Europa.
Numa audiência no Senado dos Estados Unidos, em 25 de Fevereiro de 2020, declara que “as forças nucleares, garantia suprema da segurança dos Aliados, apoiam todas as operações militares dos EUA na Europa".(1) O que significa que o Defender Europe 20 é um exercício não só de forças convencionais (não nucleares), mas também de forças nucleares.
Em 18 de Março, foi comunicado que dois bombardeiros nucleares B-2 Spirit, que fazem parte da task-force que chegou dos USA em 9 de Março, decolaram de Fairford, em Inglaterra, para treinar na Islândia e no Atlântico Norte, juntamente com três caças noruegueses F-35. Esses dois tipos de aviões foram projectados para o uso das novas bombas nucleares B61-12, que os EUA instalarão, em breve, em Itália e noutros países europeus, substituindo as actuais B-61.
Wolters eslarece na audiência do Senado, qual é a função das forças nucleares USA na Europa. Quando a Senadora Fischer lhe pergunta o que pensa do não primeiro uso das armas nucleares, o General responde: “Senadora, sou defensor de uma política flexível de primeiro uso”. Aquele que, na Europa, detém nas suas mãos as armas nucleares USA/NATO, declara oficialmente, baseado num critério “flexível”, ser partidário do primeiro uso para o first strike - para o ataque nuclear de surpresa.
Perante uma declaração desta gravidade, que obriga os generais russos a colocar o dedo no gatilho nuclear, silêncio absoluto dos governos, dos parlamentos e dos grandes meios de comunicação mediática da Europa.
Na mesma audiência, o General Wolters afirma que
Ø “Desde 2015, a Aliança deu mais importância à aplicação das capacidades nucleares” e que
Ø “O Comando Europeu dos Estados Unidos apoia plenamente as recomendações, contidas na Nuclear Posture Review 2018, para instalar o míssil balístico de baixa potência W76-2”.
A ogiva nuclear de baixa potência W76-2, já instalada em mísseis lançados de submarinos (anunciou o Pentágono, em 4 de Fevereiro), pode também ser instalada em mísseis balísticos com base no solo, perto do território inimigo. É particularmente perigosa. As armas nucleares de menor potência – alertam, também, especialistas americanos competentes - aumentam a tentação de usá-las primeiro, podem levar os comandantes a pressionar porque, num ataque, usa-se a bomba nuclear, sabendo que a “chuva de partículas radioactivas/fall out” seria limitada”. Seria como lançar um fósforo aceso num barril de pólvora.

il manifesto, 24 de Março de 2020

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Página 14 -- Parágrafo #3



sábado, 14 de março de 2020

«DEFENDER 2020» da NATO VAI REALIZAR-SE. Saiba porquê...

                Defender-Europe 20, Bremerhaven

Apesar da retirada da Finlândia e da Noruega do exercício Cold Response, o não-adiamento do exercício Defender 2020 da NATO, envolvendo 37 mil soldados, de vários países, dos quais 30 mil dos EUA, mostra que não lhes importa, aos senhores da guerra, a saúde e a segurança dos cidadãos europeus. 
Estão preocupados, apenas, com a venda de armas aos seus vassalos europeus (biliões de dólares):

Caso não haja adiamento, isso significa que os militares americanos da NATO foram - de alguma forma -  imunizados contra o Covid-19, mas não os militares dos países europeus, nem as populações.  
A eficácia dessa protecção será testada no terreno, com as manobras na Europa....
Uma hipótese que escrevi recentemente neste blog:
«Não seria impossível que as investigações envolvam soldados americanos - sem o saberem - injectados antes de partirem para a Europa com uma vacina, ou com um cocktail de anti-corpos contra o coronavírus que tenha uma função semelhante. Lembremos que, no caso da invasão do Iraque em 2003, muitos soldados americanos adoeceram devido ao excesso de estímulo do seu sistema imunitário, causado por vacinas múltiplas, naquilo que foi considerado uma doença misteriosa. Tal como no passado, não deveria surpreender-nos que os EUA se preparem para testar as várias versões de vacina e/ou de soro anti-covid-19. »

                            New Scientist Default Image

Segundo artigo do New Scientist, o mundo já estava avisado da possibilidade de novo coronavírus se espalhar. A utilização de existentes vacinas de SARS ou MERS (outros coronavírus), ou de adaptações destas, seria uma forma expedita de manter imunes - com uma elevada probabilidade - as tropas dos EUA/NATO, face a uma população indefesa.
O «DEFENDER 2020» assemelha-se a um exercício de ocupação de território inimigo infestado com uma  doença viral mortífera, para a qual só as tropas ocupantes possuem imunização.

terça-feira, 10 de março de 2020

[Manlio Dinucci] E AGORA ESTÃO A CHEGAR 20 MIL MILITARES DOS EUA À EUROPA


Não deixa de ser insólito e preocupante que perante os esforços conjugados de todos os países europeus para conter a pandemia do coronavírus, não seja adiado o gigantesco exercício militar da NATO previsto para Abril, que vai implicar somente a maior movimentação de tropas da NATO neste continente, desde o fim da IIª Guerra Mundial.* 
Ainda mais estranho aparece este facto, face ao conjunto de notícias provenientes dos próprios EUA, segundo as quais haverá uma enorme contaminação na população e um número elevado de mortes, causadas pelo vírus.
Para cúmulo, está previsto um mega-concerto para inaugurar o exercício da NATO, com a banda de «rock» do contingente europeu dos EUA na NATO. Já chegou à Polónia uma parte da força dos EUA que participará nestes «jogos de guerra» em tamanho real.
A passividade dos governos, o black out informativo e a falta de mobilização de forças populares significativas contra este acontecimento insólito e inquietante, fazem-me perguntar:

- Estarão os militares dos EUA imunizados** contra o coronavírus?
- E os militares dos outros países da NATO que participarão no exercício (incluindo Portugal) estarão também eles imunizados?
- Estas movimentações de soldados, que podem ser portadores de vírus, não irão fragilizar ainda mais a população civil, em termos de possibilidade de contágio?
- Quais os verdadeiros motivos para que tal exercício maciço se mantenha, numa altura destas, algo que se pode adiar, não se trata de conter um perigo, uma ameaça, iminente? 

A cidadania dos países da NATO deveria exigir em termos enérgicos, aos respectivos governos, que este exercício seja cancelado ou pelo menos adiado.

Ler o artigo de Manlio Dinucci, traduzido em português: 

Na Europa fechada pelo vírus, a União Europeia abre as portas ao exército USA

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* 20 mil soldados vindos dos EUA + 10 mil estacionados na Europa + 7 mil soldados de 10 países europeus da NATO

Além disso, uma operação logística gigantesca envolvendo muitos milhares de tanques, armas, meios de transporte... 

** Sabe-se, de fonte segura, que a DARPA está envolvida em pesquisa para imunizar selectivamente tropas, face a uma bioarma libertada num teatro de operações. 
Não seria impossível que as investigações envolvam soldados americanos - sem o saberem - injectados antes de partirem para a Europa com uma vacina, ou com um cocktail de anti-corpos contra o coronavírus que tenha uma função semelhante. Lembremos que, no caso da invasão do Iraque em 2003, muitos soldados americanos adoeceram devido ao excesso de estímulo do seu sistema imunitário, causado por vacinas múltiplas, naquilo que foi considerado uma doença misteriosa. Tal como no passado, não deveria surpreender-nos que os EUA se preparem para testar as várias versões de vacina e/ou de soro anti-covid-19
O cenário desta «invasão» no terreno europeu, o seu não adiamento, pode ser ocasião para testar vacinas. Poderão comparar o efeito de protecção nas suas tropas, com a não protecção ou protecção apenas por meios convencionais, nas tropas dos países aliados e na população civil.



terça-feira, 3 de março de 2020

[Manlio Dinucci] TRINTA MIL SOLDADOS USA NA EUROPA, SEM MÁSCARA

                 
Manlio Dinucci

Os Estados Unidos subiram o alerta do Coronavírus para a Itália, do nível 3 (“evitar viagens não essenciais”), elevando-o para 4, para a Lombardia e Veneto (“não viajar”), o mesmo que para a China. A American Airlines e a Delta Air Lines suspenderam todos os voos entre Nova York e Milão. Os cidadãos USA que vão à Alemanha, Polónia e outros países europeus, no nível de alerta 2, devem “adoptar precauções acrescidas”.
Há, no entanto, uma categoria de cidadãos USA isentos dessas normas: os 20.000 soldados que começam a chegar dos Estados Unidos aos portos e aeroportos europeus para o exercício Defender Europe 20 (Defensor da Europa 20), o maior destacamento de tropas USA, na Europa, nos últimos 25 anos. Compreendendo os que já estão presentes, participarão em Abril e Maio, cerca de 30.000 soldados USA, apoiados por 7.000 dos 17 países membros e parceiros da NATO, entre os quais, a Itália.

                     

A primeira unidade blindada chegou do porto de Savannah, nos EUA, ao de Bremerhaven, na Alemanha. Em resumo, chegam dos USA a 6 portos europeus (na Bélgica, Holanda, Alemanha, Letónia, Estónia) 20.000 peças de equipamentos militares. Outras 13.000 peças são fornecidas pelos depósitos pré-posicionados pelo US Army Europe (Exército dos EUA, na Europa), principalmente na Alemanha, Holanda e Bélgica. Tais operações, informa o US Army Europe, “requerem a participação de dezenas de milhares de militares e civis de muitas nações”.
                    

Chega, ao mesmo tempo, dos USA a 7 aeroportos europeus, o grosso do contingente dos 20.000 soldados. Entre estes, 6.000 da Guarda Nacional, provenientes de 15 Estados: Arizona, Flórida, Montana, Nova York, Virgínia e outros. No início do exercício, em Abril – comunica o US Army Europe - os 30.000 soldados USA “espalhar-se-ão por toda a região europeia” para “proteger a Europa de qualquer ameaça potencial”, com clara referência à “ameaça russa”.

                     

O General Tod Wolters - que comanda as forças USA, na Europa e, ao mesmo tempo, as forças da NATO como Comandante Supremo Aliado na Europa - assegura que “a União Europeia, a NATO e o Comando Europeu dos Estados Unidos trabalharam em conjunto para melhorar as infraestruturas”. Isto permitirá que os comboios militares se movam rapidamente, ao longo de 4.000 km de rotas de trânsito. Dezenas de milhares de soldados atravessarão as fronteiras para realizar exercícios em dez países. Na Polónia chegarão a 12 áreas de treino, 16.000 soldados USA com cerca de 2.500 veículos. Os pára-quedistas USA da 173ª Brigada, estacionados em Veneto e os italianos da Brigada Folgore, estacionados na Toscana, irão à Letónia para um exercício conjunto de lançamento de bombas.
O Defender Europe 20 está a ser efectuado para “aumentar a capacidade de instalar rapidamente uma grande força de combate dos Estados Unidos na Europa”. Portanto, desenvolvem-se com horários e procedimentos que tornam praticamente impossível sujeitar dezenas de milhares de soldados às regras de saúde do Coronavírus e impedir que, durante os períodos de descanso, entrem em contacto com os habitantes. Além do mais, o US Army Europe Rock Band realizará uma série de concertos gratuitos na Alemanha, Polónia e Lituânia, que atrairão um grande público. As 30.000 tropas USA que “se espalharão pela região europeia” estão, de facto, isentas das normas preventivas sobre o Coronavírus que se aplicam aos civis. Basta a garantia dada pelo US Army Europe de que “estamos a monitorar o Coronavírus” e que as “nossas forças estão de boa saúde”.

                   

Ao mesmo tempo, é ignorado o impacto ambiental de um exercício militar de tal envergadura. Participarão tanques USA Abrams, pesando 70 toneladas e com armadura de urânio empobrecido, que consomem 400 litros de combustível por 100 km, produzindo forte inquinamento para obter a potência máxima.
Em tal situação, o que fazem as autoridades nacionais e as da União Europeia, o que faz a Organização Mundial da Saúde? Além de tapar a boca e o nariz, colocam a máscara sobre os olhos.

il manifesto, 03 de Março de 2020

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DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO


Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Webpage: NO WAR NO NATO


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

RÚSSIA E CHINA: EXERCÍCIOS MILITARES CONJUNTOS E GRANDES PROJECTOS EURO-ASIÁTICOS





O VÍDEO ACIMA,  SOBRE OS EXERCÍCIOS MILITARES de VOSTOK enfatiza a dimensão dos meios envolvidos e a presença dum contingente e de equipamento chineses.

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O artigo sobre o FÓRUM DO LESTE DA ÁSIA EM VLADIVOSTOK descreve a integração em curso das economias e dos caminhos comerciais terrestres, que em breve permitirão o trânsito de mercadorias da península coreana, através da Sibéria, até aos mercados da Europa.
                 
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Tanto num caso como noutro, existe um efeito de «blackout» na media ocidental. Não são noticiados ou são, mas de forma tão secundária, que é como se não tivessem nenhuma importância, os factos que podem fazer duvidar da adequação das medidas punitivas dos EUA em relação a potências concorrentes. Entretanto o reinado do dólar com tudo o que ele implica, está a chegar ao fim, como se atreve a dizer cada vez maior número de  personalidades do mundo da finança.

Os «neocon», os «falcões», os lacaios do império, não querem que o público saiba isto; estão desesperados porque todos os planos de domínio mundial estão a ir por água abaixo. Num mundo onde o controlo da média se tornou tão importante, eles tentam desesperadamente controlar a percepção das massas, tentam controlar a narrativa, mas já não conseguem. 
Tornou-se inviável uma censura generalizada, apenas lhes resta a lavagem ao cérebro generalizada, mas mesmo isso é muito difícil de alcançar: Neste contexto, a possibilidade de uma guerra generalizada, apenas pode ser mitigada pela exibição de força militar, do lado oposto.