segunda-feira, 27 de maio de 2024

Playlist: TALENTOS LATINO-AMERICANOS [Segundas-f. musicais nº2]

 ESTA «PLAYLIST» É DEMASIADO VASTA. ABRE JANELAS - TANTAS QUANTAS AS CANÇÕES - PARA O QUE DE EXCELENTE EXISTE NESTA CULTURA, RESULTANTE DA FUSÃO DE POVOS DO MUNDO INTEIRO. 

Tantos estilos, tantas inspirações e sentimentos tão diversos! Aqui, podes ouvir uma pequena e incompleta amostra da música latino-americana! Cada composição ou interpretação vale por si. 

Cada uma destas canções tem uma história associada. Deixo aos meus leitores a tarefa de descobrirem qual a sua génese e as peripécias associadas às  diversas interpretações !



domingo, 26 de maio de 2024

Craig Murray: O IMPULSO PARA A GUERRA

No Ocidente, qualquer desvio de qualquer ponto da arquitectura das crenças neoliberais é um desafio para todo o sistema e, portanto, deve ser erradicado.

O primeiro-ministro Robert Fico no Parlamento da UE em Estrasburgo, em julho de 2016.” (Parlamento Europeu, Flickr, CC BY-NC-ND)

O encolher de ombros coletivo com que a mídia ocidental e a classe política notaram a tentativa de assassinato do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, vem revelando.

Consegue imaginar a indignação e a emoção que teriam sido expressadas pelas potências ocidentais se não fosse Fico, mas sim um líder pró-Ucrânia e anti-Rússia dentro da UE, que tivesse sido atacado? As novas encomendas de armas que teriam sido apresentadas aos fabricantes de armas, as tropas que teriam sido mobilizadas, os sabres que teriam sido sacudidos?

Em vez disso, temos os meios de comunicação social a dizer-nos que Fico se opôs ao envio de armas para a Ucrânia e se opôs a ameaçar a Rússia. Disseram-nos que ele não aceitou a narrativa dominante sobre as vacinações contra a Covid. A mídia não diz que ele merecia levar um tiro, mas eles vêm muito, muito perto.

Os colegas líderes da UE seguiram a forma correta ao fazer declarações de choque e repulsa pelo ataque a Fico, mas foram formais e superficiais. A mensagem “na verdade não é um de nós” foi muito clara.

Existe agora um conjunto ordenado de crenças neoliberais que qualquer pessoa numa nação ocidental que participe em assuntos públicos deve subscrever, ou elas estarão fora de questão.

Não subscrever todas estas crenças faz de você um “populista”, um “teórico da conspiração”, um “fantoche de Putin” ou um “idiota útil”.

Estas são algumas das “crenças-chave”:

1) A riqueza só é criada por um pequeno número de capitalistas ultra-ricos, dos quais depende, em última análise, o emprego de todos os outros.
2) As leis que regem as estruturas financeiras devem, portanto, tender a concentrar a riqueza nestes indivíduos, para que possam distribuí-la como quiserem.
3) A moeda criada pelo Estado só deve ser concentrada e distribuída a instituições financeiras privadas.
4) Os gastos públicos são sempre menos eficientes que os gastos privados.
5) A Rússia, a China e o Irão representam uma ameaça existencial para o Ocidente. Isso compreende tanto uma ameaça económica como uma ameaça física e militar.
6) O colonialismo foi uma bênção para o mundo, trazendo desenvolvimento económico, comércio e educação a pessoas de culturas inferiores.
7) O Islão é uma ameaça aos valores ocidentais e ao desenvolvimento mundial.
8) Israel é um projecto necessário para difundir os valores ocidentais no incivilizado Médio Oriente.
9) A segurança exige a dedicação de recursos muito substanciais à produção de armas e à condução de guerras contínuas.
10) Nada deve ameaçar os interesses militares e da indústria armamentista. Nenhuma batalha contra a corrupção ou o crime pode substituir a necessidade de o complexo industrial militar de segurança ser completamente incontestado e internamente supremo.

Ortodoxias Dependentes

TikTok. (Solen Feyissa, Flickr, CC BY-SA 2.0)

Dentro desta arquitectura de crenças, outras ortodoxias dependem, tais como a forma correcta de responder a uma pandemia complexa, ou o apoio à NATO e a impunidade para os serviços de segurança. (O apoio a Israel é provavelmente melhor retratado como um ponto dependente, mas com o tema de Gaza tão proeminente neste momento, mudei-o figurativamente para a estrutura principal.)

Qualquer desvio em qualquer ponto de crença é um desafio para todo o sistema e, portanto, deve ser erradicado. Notarão que não há espaço algum, nesta arquitectura de pensamento, para valores como a liberdade de expressão ou a liberdade de reunião. Eles simplesmente não cabem. Nem é possível nesta arquitectura incorporar a democracia real, o que daria às pessoas a escolha daquilo em que acreditar.

Se aceitarmos esta arquitectura de pensamento, então devemos argumentar que o genocídio em Gaza é uma coisa boa, e ameaça toda a estrutura se afirmarmos que não é uma coisa boa. É por isso que temos assistido ao espectáculo de políticos que desafiam e depois reprimem o seu próprio povo, dispostos a colocar todo o seu capital político ao serviço do sionismo genocida.

As palavras lutam para transmitir os horrores que todos vimos em Gaza, e de forma alguma diminui o terrível sofrimento nem a extensão do crime observar que causou uma grande ruptura no sistema de crenças neoliberal que não pode ser escondida do povo .

Gaza tem ramificações que levam a questionamentos em todo o sistema. Porque é que o Tik Tok está a ser proibido, para impedir que as pessoas obtenham informações sobre Gaza? Por que é um problema que a plataforma seja propriedade da China?

O que a China fez que a torna inimiga? A China não tem planos militares para o Ocidente. Das compras recentes que a maioria de nós fez de bens físicos, uma grande proporção veio da China. Por que um parceiro comercial importante é um “inimigo”?

Por que a Rússia é nossa inimiga? A noção de que o exército russo irá desembarcar em Wash é totalmente implausível. O Estado russo, ao longo de séculos e de regimes extremamente diferentes, nunca teve a menor vontade de invadir as Ilhas Britânicas. No Reino Unido, sob vários governos, durante quase três séculos, charlatães têm alegado uma ameaça de invasão russa para justificar maiores despesas com a defesa.

Por que a necessidade de ter “inimigos”?


[Craig Murray é autor, locutor e ativista dos direitos humanos. Foi embaixador britânico no Uzbequistão de agosto de 2002 a outubro de 2004 e reitor da Universidade de Dundee de 2007 a 2010. Sua cobertura depende inteiramente do apoio do leitor. As assinaturas para manter este blog funcionando são recebidas com gratidão.]

Este artigo é de CraigMurray.org.uk.

sábado, 25 de maio de 2024

PARA QUE ESTÃO A SER SACRIFICADOS MUITOS MILHARES DE SOLDADOS UCRANIANOS?

Em definitivo, o olhar desapaixonado de alguém que vê as coisas objetivamente, levaria esse observador a garantir que não há qualquer hipótese que a Ucrânia, mesmo com apoio logístico e pessoal especial da OTAN (embora disfarçados de voluntários) possa ganhar a guerra com a Rússia. Nem mesmo obter uma espécie de «empate», em que seria possível o governo de Kiev negociar, de um modo que possa colocar algumas condições.
A «negociação» segundo o governo russo, será apenas relativa às condições concretas da rendição. É este o resultado desastroso que a OTAN e os governos mais belicistas têm estado persistentemente a negar, como se não soubessem que - agora, pelo menos - este é um dado adquirido.
A sua preocupação é manterem-se no poder nos seus respetivos países, não o de salvar o povo da Ucrânia. Este povo foi ludibriado e depois atirado para um «caldeirão infernal», em que a maioria dos homens em idade de serviço militar foram «gastos», mortos ou feridos com gravidade, perante o exército russo, muito melhor organizado, mais bem equipado, com armas muito mais avançadas, que os sistemas de vária origem fornecidos por países da OTAN ao exército da Ucrânia.
Para mim, não é apenas questão militar como, sobretudo, política e mesmo civilizacional.
A questão é a seguinte:
- A razão de ser para continuar uma guerra, quando os recursos humanos e outros de uma nação estão quase exaustos, só pode existir na circunstância dessa população estar disposta a lutar, custe o que custar, para preservar a independência.
Mas, a realidade é o oposto do cenário acima delineado, de um levantamento da população para preservar a sua independência. Na realidade, os agentes da divisão, separando a etnia russófona ucraniana com perseguições e atos terroristas contra civis, são os mesmos que efetuaram o golpe de Maidan. Foi um golpe violento, com pleno apoio dos EUA, da Alemanha, da França do Reino Unido e da OTAN, em 2014.
Rapidamente, o regime golpista perdeu o apoio popular, sobretudo em regiões de maioria russófona. Realmente, o regime de Kiev é uma ditadura duríssima. Este regime, que proibiu todas as atividades e suspendeu todos os partidos de oposição, já não tem sequer «legitimidade formal»: Zelenski entrou - a partir de dia 21 de Maio passado - numa situação de ilegalidade face à própria constituição. É por ordem deste «democrata» que a polícia política faz caça ao homem nas ruas: os que são apanhados e arrastados à força para camiões, vão para a frente de combate como carne para canhão (literalmente!). Os homens que restam são de idade acima dos 50 anos! Agora, o governo de Zelensky tenta fazer com que governos vizinhos entreguem refugiados ucranianos masculinos que fugiram da carnificina. Estes ucranianos têm a lei internacional do lado deles, como refugiados legítimos. Mas, não me espantaria que governos ocidentais ignorassem o direito de asilo, um direito humano fundamental! Além disso, o regime de Kiev quer tornar obrigatória a incorporação das mulheres no exército, em postos de combate.
É muito clara a utilização do povo ucraniano para satisfazer a ambição hegemónica de políticos ocidentais, que sonham com a derrota da Rússia, como aliás Napoleão sonhou (e muito caro lhe custou) e Hitler também (e foi-lhe fatal, como sabemos).
Mais uma vez, o povo russo está a ser confrontado com uma imensa coligação hostil que - na realidade - não representa a vontade dos povos, cujas bandeiras são desfraldadas à frente das sedes da OTAN. Esta, tem sido interveniente direta e principal no solo da Ucrânia, servindo-se dos seus recursos e da sua população.
Os governos ocidentais querem mostrar que são muito firmes e que não negoceiam com os russos. Os dirigentes dos EUA e da OTAN arrogantemente rejeitaram todas as propostas de negociações feitas pela diplomacia russa, em variadíssimas ocasiões, desde 2007, pelo menos, quase até à data da entrada das forças russas na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
É absurdo e revelador da enorme cobardia política dos dirigentes ocidentais, incentivarem a continuação das hostilidades, sabendo-se que - a cada dia que passa - mais milhares de soldados ucranianos serão mortos ou feridos, não havendo uma saída militar; a continuação destes combates é sem sentido. A conclusão de que o exército ucraniano está derrotado é sem apelo. Alguém que tenha respeito e compaixão pelas vidas humanas de ambos os lados do conflito, tem de apelar para o cessar-fogo imediato e negociações de paz, sem pré-condições.

Tudo o que se passou nestes dois anos e meio, torna muito urgente que forças políticas, correntes cívicas, grupos de cidadãos e personalidades, se reúnam e procurem estratégias que possam, a prazo, conduzir ao desmantelamento da OTAN em benefício das próprias populações dos países membros, assim como de outros povos.
Note-se que muitos povos têm sido vítimas da utilização da OTAN como instrumento do imperialismo: Não apenas na Ucrânia, como no Afeganistão, no Iraque, na ex-Jugoslávia, na Síria, na Líbia e vários Estados africanos, nomeadamente, do Sahel.
A questão colocada no título, deveria ter resposta pelos dirigentes políticos e militares do «Ocidente». Mas, nem os jornalistas dos media mainstream se atrevem a colocá-la: Não os deixam sair do «script» acordado, aquando das entrevistas.
Na verdade, a resposta é muito simples: A Ucrânia e sua população foram instrumentalizadas numa guerra por procuração dos países da OTAN (sobretudo, os mais poderosos) contra a Rússia.
Ao nível do parlamento europeu, as questões pertinentes e a realidade da situação são abordadas (que eu saiba) somente por uma deputada e um deputado irlandeses. Tirando estes, não vejo nenhuma outra força parlamentar ou individualidade.
A mordaça tem sido cada vez mais apertada, para que não haja debate contraditório de qualquer espécie. A ascensão do autoritarismo e do militarismo fazem-se sempre a expensas da democracia. Por outras palavras, verificou-se sistematicamente no passado e verifica-se no presente, que as situações de guerra fabricadas pelas «elites» oligárquicas são o oposto da democracia.

Alguns documentos:






sexta-feira, 24 de maio de 2024

ASTRA-ZENECA RETIRA A VACINA ANTI-COVID DO MERCADO


 Os poderes políticos e os potentados farmacêuticos - culpados diretos da tragédia dos efeitos secundários (incluindo muitas mortes comprovadas) da vacina anti-covid - estão a encetar a manobra de «limitação dos danos». 
Como é que procedem? Começam por fazer «mea culpa» parcial, mas não reconhecem ter ignorado os avisos de médicos e investigadores sérios, que preveniram e com plena razão, sobre os perigos de uma vacina não suficientemente testada.

Alexandra Henrion-Caude* é uma prestigiosa investigadora francesa, especialista em ARNs.  
É indispensável ouvir atentamente alguém que denuncia a gravidade dos factos e que desmascara a campanha de branqueamento dos efeitos vacinais. 
Entretanto, a media (corrupta) continua a atribuir a fantasmagóricos «grupos anti-vax», tudo o que seja crítica da vacina COVID!

É muito importante haver um despertar da opinião pública, pela simples razão de que os potentados farmacêuticos - com o beneplácito das agências estatais de controlo de medicamentos e vacinas - estão preparando novas vacinas para outras doenças infeciosas, usando a mesma tecnologia com ARNm modificado, utilizada na «vacina» anti-COVID. 

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* Henrion-Caude é autora de um livro de divulgação científica «Os aprendizes de feiticeiro» em que - entre muitos outros assuntos - explica que tal como outros pedaços de ARN, em experiências publicadas anteriormente ao aparecimento do vírus Sars-Cov2, os pequenos ARNs resultantes da degradação parcial da vacina com ARNm, podem migrar para dentro do núcleo, produzindo alterações da expressão dos genes. Estas perturbações podem originar modificações oncogénicas: Isto explicaria o aparecimento dos «turbo-cancros» pós-vacinas anti-COVID. 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

VISITA AO MONTADO DO FREIXO DO MEIO

 




O Montado do Freixo do Meio é uma enorme quinta devotada à agricultura ecológica e sustentável, com uma componente importante de educação ambiental sobretudo dirigida às jovens gerações, mas também adequada a todas as idades.
Tive o privilégio de «descobrir» recentemente este Montado, graças a uma amiga, associada ao mesmo desde há mais de uma década.
Na primeira visita, tive ocasião de comprar produtos locais, tais como legumes, frutas, mel e vinho. Estes produtos vêm, quer da própria herdade do Freixo, quer de outras unidades, seguindo práticas sustentáveis e saudáveis.
Na segunda vez, participámos numa visita guiada, orientada pelo Prof. Manuel Calado (arqueólogo). Ele tem desenvolvido uma intensa atividade de investigação no terreno, estudando estruturas e artefactos do período neolítico, ou mais recentes. A vertente educacional era evidente: Numa construção circular, que podia acolher uma turma de alunos, Manuel Calado descreveu o modo de vida neolítico do alto Alentejo com a simplicidade que apenas se alcança com um grande saber prévio.
Reconstituiu um círculo de pedras ou cromelech, copiando as dimensões relativas e a disposição no terreno, do monumento autêntico, que não é visitável. Perto de vestígios de habitações circulares dum povoamento neolítico, construiu duas casas-cabanas, segundo o que se conhece atualmente, partindo de vestígios e de implementos encontrados, utilizando técnicas e instrumentos (de pedra, osso, vime, cana, etc.) que usavam no período neolítico.
A cultura culinária também teve (nas duas visitas) lugar de honra: na primeira visita, almoçámos cozido de carne de porco, com puré de bolota e batatas; na segunda visita, vitela no forno com arroz. Ambos almoços nos deram inteira satisfação. Muitas pessoas passam por aqui, quer para atividades relacionadas com agroecologia, quer para feiras periódicas mensais onde se podem comprar produtos locais, deste montado e de outros. São produtos genuínos, quer tenham, ou não, o selo de «agricultura biológica».

O Montado do Freixo possui uma estrutura de apoio muito eficiente, permitindo reservar almoço ou participação em visita ou noutra atividade, através da página https://freixodomeio.pt/

terça-feira, 21 de maio de 2024

OPUS. VOL. III 16 VIAGEM




 Na poltrona viajo sem mexer

Ciente dos perigos da estrada

Enquanto os pesadelos do sonho

Só nos dão um mau acordar

Passageiro.


Só percorro vales e montes

Montado na imaginação e basta

A realidade já não é perigosa

Nem nos traz grandes surpresas: 

Tornou-se chata.


Percorrendo avenidas e atalhos

Recolho imagens únicas e vivas

Mais vivas que as da vida real 

De tão reais que as exteriores

Empalidecem.


E como a matéria colorida,

Também a matéria sonora

Um tango ou sinfonia,

Entra pelos ouvidos adentro: 

Sublime


Não aconselho viagens 

Com drogas ou licores 

O viajante dos sonhos

Deve estar ao leme

Do navio


E quando acordo na realidade

Que tem de ser, quotidiana

Acordo com profunda tristeza

De visionar um mau filme

É o que é!


segunda-feira, 20 de maio de 2024

Segundas-feiras musicais, Nº1: Dueto Keaton/Chaplin


 Para estrear a nova série, «Segundas-feiras musicais», decidi oferecer-vos algo que junta dois ingredientes meus preferidos, «música e  humor»!

Buster Keaton e Charlie Chaplin interpretam para nós um sketch que possui imenso humor, mas tem igualmente conteúdo musical verdadeiro.

Quem gostar deste vídeo, vai procurar saber mais sobre Chaplin o músico, o interprete e o compositor!