ESTA «PLAYLIST» É DEMASIADO VASTA. ABRE JANELAS - TANTAS QUANTAS AS CANÇÕES - PARA O QUE DE EXCELENTE EXISTE NESTA CULTURA, RESULTANTE DA FUSÃO DE POVOS DO MUNDO INTEIRO.
Tantos estilos, tantas inspirações e sentimentos tão diversos! Aqui, podes ouvir uma pequena e incompleta amostra da música latino-americana! Cada composição ou interpretação vale por si.
Cada uma destas canções tem uma história associada. Deixo aos meus leitores a tarefa de descobrirem qual a sua génese e as peripécias associadas às diversas interpretações !
Astor Piazzolla já tinha sido homenageado por mim, neste blog. Porém, achei que era boa oportunidade de mostrar a sua música em todo o seu esplendor.
Não sei bem como, mas sinto-me em sintonia profunda com ela, embora eu não seja argentino, nem de qualquer outro país da América Latina. Mas, isto só é possível, tal como para outros portugueses e latinos, porque a Cultura Latina é - de facto - a nossa cultura comum, com imensas facetas, dimensões e contrastes.
Ela, cultura Latina, está distante o suficiente das culturas Germânica, Anglo-Saxónica, Eslava, para se poderem diferenciar as várias tradições. Tanto no plano erudito, como no da música popular, noto que os monumentos musicais latinos e anglo/germânicos são perfeitamente distintos. Ter-se uma boa cultura musical geral, não impede que se tenha preferências estilísticas próprias.
As minhas idiossincrasias emocionais relacionam-se mais com o Sul e com a Latinidade, embora - por educação e habituação - tenha estudado a boa música anglo-saxónica e germânica (erudita e popular), que tem sido produzida.
Desejo-vos uma boa audição!!
Lista de faixas:
0:00:00Oblivion
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Nike Hutchisson, cello0:03:35Libertango
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Nike Hutchisson, cello0:06:27Adiós Nonino (Live)
Orchestra da Camera Fiorentina, Giuseppe Lanzetta
Mario Stefano Pietrodarchi, accordion0:11:50Milonga del Ángel (Live)
Orchestra da Camera Fiorentina, Giuseppe Lanzetta
Mario Stefano Pietrodarchi, accordion0:15:16Meditango (Live)
Orchestra da Camera Fiorentina, Giuseppe Lanzetta
Mario Stefano Pietrodarchi, accordion
0:20:48Violentango (Live)
Orchestra da Camera Fiorentina, Giuseppe Lanzetta
Mario Stefano Pietrodarchi, accordion
0:24:16Lo Que Vendrá
Ankordis Trio
0:27:52Ave Maria
Ankordis Trio0:33:30Vuelvo Al Sur
Ankordis Trio0:37:03María De Buenos Aires: Alevare
Ankordis Trio0:42:50María De Buenos Aires: Balada Para Un Organito Loco
Ankordis Trio0:50:32María De Buenos Aires: Yo Soy María
Ankordis Trio0:53:34Cuatro Estaciones Porteñas (The Four Seasons of Buenos Aires), I. Verano Porteño (Live)
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Mikael Samsonov, cello0:59:34Cuatro Estaciones Porteñas (The Four Seasons of Buenos Aires), III. Primavera Porteña (Live)
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Mikael Samsonov, cello1:05:01Cuatro Estaciones Porteñas (The Four Seasons of Buenos Aires), III. Otoño Porteño (Live)
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Mikael Samsonov, cello1:11:58Le Grand Tango (Live)
Metamorphose String Orchestra, Pavel Lyubomudrov
Mikael Samsonov, cello
Astor Pantaleón Piazzolla (March 11, 1921 – July 4, 1992) was an Argentine tango composer, bandoneon player, and arranger. His works revolutionized the traditional tango into a new style termed nuevo tango, incorporating elements from jazz and classical music. A virtuoso bandoneonist, he regularly performed his own compositions with a variety of ensembles. In 1992, American music critic Stephen Holden described Piazzolla as "the world's foremost composer of Tango music". (Source: Wikipedia)
É preciso ouvir, ouvir sem pensar, ouvir por dentro do silêncio.
Quando o Verão se ausenta e se torna Inverno, vem-nos uma nostalgia indefinida.
A solidão é um estranho sonho, um sonho sem conclusão. Como caminhar no nevoeiro. Como ouvir por dentro as vozes dos nossos entes falecidos.
Mas, entoando no silêncio a melodia antiga, podes revigorar as fibras da alma, as pulsações do coração. No silêncio, o regresso da serenidade.
Embala nossa mente aquela antiga melodia, ouvida na infância, que sobe à superfície. Voltamos ao que éramos há muito tempo. Ou que sempre fomos sem consciência de o ser.
Tínhamos sido arrastados pela corrente da vida; agora regressamos ao âmago.
A solidão é necessária, como necessário é o silêncio.
Hércules Gomes traz-nos uma famosa obra de compositora imprescindível da cultura lusófona e latina: Chiquinha Gonzaga(Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 — Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935). As suas músicas fizeram sonhar nossas bisavós e bisavôs, em torno de 1900, para quem o Brasil era a «Terra Prometida», muito mais que a «América» (... ou seja, os EUA). O público português estava bem ao corrente da vida na «alta sociedade» brasileira, das suas intrigas e paixões, que alimentavam a crónica dos jornais, de lá e de cá. Acredito que nos salões de festas de Portugal também se ouviam tais composições, ao som das quais se dançava alegremente, misturando valsas com chorinhos, tangos com lundus e maxixes com polcas!