Este filme ganhou a palma de ouro do festival de Cannes mas não foi exibido comercialmente em muitos sítios. Em Portugal, apenas apareceu brevemente numa mostra do filme Chinês em 2015, salvo erro.
É um filme incrível, na maneira como relata uma história verídica e bem realizado, até ao pormenor. Revela-nos a profundidade da alma mongol, uma das últimas culturas nómadas do planeta. Os lobos em alcateia não são amestrados, são selvagens. Não sei como conseguiram filmar algumas das sequências com alcateias...
Fábrica de Alternativas* (Algés), Quinta-feira 25 de Abril
Para celebrar a data da liberdade e o dia em que um país cinzento brilhou de cor e esperança teremos o nosso habitual jantar pelas 20H00 (já com a sabor e tempero do chef Cláudio), seguido do magnifico filme de Sérgio Tréfaut "outro país", onde se podem ver os fotográficos e filmagens de diversas personalidades que vieram a Portugal testemunhar esses momentos únicos e belos da nossa história. Quem já viu é uma oportunidade para rever, quem nunca viu não perca.
A Fábrica de Alternativas exibe em Novembro um ciclo dedicado ao grande mestre do humor Charlie Chaplin. O ciclo inicia-se com “O grande ditador” no dia 1 e “Tempos modernos” no dia 8, prossegue com “Luzes da cidade” no dia 15 e “O garoto de Charlot” no dia 22 e termina com “A Condessa de Hong Kong” no dia 29.
A ingenuidade, a inocência dos ignorantes, a ilusão, a miragem dum mundo de celulóide, mais real que o real...
Sim, compreende-se que algumas pessoas tenham saudades da guerra-fria e queiram restabelecer os muros que dividiram ao meio continentes e povos: Dum lado, os maus, do outro, os bons; dum lado, os dogmas e do outro, as verdades; dum lado, a ideologia perniciosa, do outro, a democracia verdadeira... Reparem que uns e outros davam a si próprios o papel nobre, elevado, moral...
Porém, as pessoas que nasceram por volta de 1989, ou depois disso, apenas podem olhar com estranheza e alheamento o universo dos seus avós, ou bisavós... dos que viveram - desde 1947 - a instalação e continuação da tal «Guerra Fria», que foi tão conveniente para a dominação dos «senhores do mundo».
Tendo eu nascido em 1954, tenho memórias e não tenho saudades da época que terminou com a queda do Muro de Berlim.
As ideologias caducas, apesar de reconhecidas como tal, perduraram, porém... muito para além da situação que lhes podia dar alguma razão de ser.
Hoje em dia, a ideologia identitária, o nacionalismo, as versões fundamentalistas das várias religiões, substituem-se às ideologias simétricas do comunismo e do anti-comunismo, com as quais doutrinaram as gerações que viveram em plena guerra fria.
Estas ideologias identitárias estão construídas sobre preconceitos, deturpações da história, etc. tal qual como aquelas que substituíram. Por vezes, trata-se até de meras variações das mesmas, sob capa de algo «novo».
As de agora são tão absurdas e perigosas como as suas antecessoras. Aliás, muitas vezes subvertem completamente valores e ensinamentos das religiões ou doutrinas filosóficas que dizem professar. Transformando-se em instrumentos de poder, procuram justificar o domínio de uns (os «eleitos»), sobre os outros.
Afinal de contas, tais ideologias são construções que incitam e encobrem, ou mesmo participam directamente nos genocídios, nas limpezas étnicas, nas barbáries e crimes contra a humanidade...
É difícil combater o veneno da intolerância, do fanatismo, do ódio, do desprezo pelo outro, sem dúvida.
Mas, por isso mesmo, pessoas com responsabilidades nos domínios cívico, político, artístico, académico, etc. deveriam exercer esclarecimento e revelar a fraqueza e falsidade dos pseudo conceitos que estão na sua origem.
São estas as pessoas que têm maior audiência e maior papel na formação das jovens gerações. Porém, isto não significa que as outras, as pessoas «comuns», devam basear seu comportamento no delas e transformá-las em «ídolos». Devem pensar por elas próprias, determinar o que devem ou não fazer, sem modelos impostos.
Afinal, talvez o conhecimento do que foi realmente a tal «guerra fria nº1», seja um bom antídoto para que os mais jovens não se deixem manipular pelos nostálgicos da mesma.
A produção da indústria do cinema nos EUA está relacionada com a sexualidade perversa de Harvey Weinstein e de muitos outros. Hollywood está cheio de perversos sexuais e de pedófilos...
Pessoalmente, há muito tempo que evito ver filmes de Hollywood. O seu aparente brilhantismo vive apenas de orçamentos monstruosos. Quanto a talento propriamente dito, há muito pouco quer a nível realizadores, quer de actores. Quanto aos efeitos especiais, são efectivamente impressionantes, mas são produzidos em laboratório, por batalhões de técnicos anónimos.
Por outro lado, a indústria cinematográfica dos EUA abafa completamente a indústria doutros países e zonas do globo, conseguindo fazer com que nas salas de cinema de Portugal e de muitos outros países quase só passem filmes dessa proveniência, assim como nas televisões, inclusive em canais dedicados à «7ª arte» em exclusivo.
As feministas deveriam boicotar, com toda a energia, a indústria de Hollywood pois, não apenas a imagem da mulher aí representada é simplesmente a de um objecto sexual, como isso acontece também na realidade sórdida dos negócios de grandes empresários, como Weinstein: as actrizes que queriam ser contratadas já sabiam - e revelaram-no - que tinham de submeter-se à gula sexual deste ou de outros, que controlam o negócio.
Uma civilização onde a dissolução moral ou ética é observável em todo o lado e onde a aceitação acrítica das pessoas permite todas as perversidades, desde que sejam perpetradas por famosos, poderosos e multimilionários... é uma civilização em decadência. Hollywood é sintoma de que o seu fim está próximo.
«My foolish heart» é o título do filme saído em 1949, realizado por Mark Robson e com as estrelas Dana Andrews e Susan Hayward.
Jane Morgan não foi a primeira interprete desta bela canção. Mas de todas as interpretações que ouvi, talvez seja a que me agrada mais.
Letra:
The night is like a lovely tune Beware my foolish heart How white the ever constant moon Take care my foolish heart
There's a line between love and fascination That's hard to see, on an evening such as this For they both give the very same sensation When you're locked in the magic of a kiss
Her lips are much too close to mine Beware my foolish heart But should our eager lips combine Then let the fire start
For this time it isn't fascination Or a dream that will fade and fall apart It's love, this time it's love My foolish heart