sexta-feira, 26 de abril de 2024
RECUERDOS DE LA ALHAMBRA + REFLEXÃO HISTÓRICA
terça-feira, 23 de abril de 2024
PORQUE BIDEN APOIA GOVERNO GENOCIDA DE NETANYAHU ?
segunda-feira, 22 de abril de 2024
OPUS VOL. III, 14. GRITO DOS OPRIMIDOS DA TERRA
Quase todos se designam como ambientalistas
Está na moda; mas, quantos estão genuinamente
A lutar pelo ambiente, o que inclui os humanos?
Onde estão os ambientalistas quando se trata
De manifestar contra a guerra
Exigindo paz imediata, salvando vidas
E salvando a ecosfera, impactada
Pelo desastre ecológico das guerras?
Que protesto contra a hipocrisia
Dos dirigentes que falam contra
Mas enviam armas e munições
A um dos lados, para eternizar
O bom negócio para a indústria
Dos armamentos?
Não lhes importa o ambiente
Nem tão pouco as pessoas
São ecologistas da treta
Que se indignam apenas
Com um dos lados e calam
Críticas a quem lhes paga!
A Terra, essa, não tem
Quem a defenda
Apenas a regeneração
Natural, no longo prazo
Se os homens entretanto
Não tiverem conseguido
Tudo destruir!
domingo, 21 de abril de 2024
UCRÂNIA ESTÁ A ATINGIR O PONTO DE COLAPSO
SCOTT RITTER: PERDEMOS O CONTROLO DO MUNDO PORQUE NOS RECUSAMOS A COMPREENDER O QUE SE PASSA
sábado, 20 de abril de 2024
O TRIUNFO DA ESTUPIDEZ
Os ocidentais, pelo menos os que detêm mais poder, seja ele económico ou político, são capazes de ficar muito orgulhosos porque «fizeram uma tonelada de dinheiro». É assim que pensam, realmente. Confundem as coisas. Não têm a mínima noção da realidade económica. São capazes de ficar extasiados perante a subida das bolsas e das ações nas quais apostaram, porém, não têm em conta que a divisa na qual essas mesmas são avaliadas (e todos os ativos, geralmente), se deprecia em proporção tão grande como a «valorização» dos seus ativos.
Nunca na História se acumularam tantos erros estratégicos, pela chamada elite. Os poderosos, nos anos noventa, decidiram que os países pobres, do Terceiro Mundo, eram os locais apropriados para deslocalizar as suas empresas. «Matavam de uma cajadada, dois coelhos»: Obtinham enormes lucros com estas deslocalizações e conseguiam controlar a classe trabalhadora dos próprios países, sujeitando-a à precariedade, ao desemprego, à diminuição do seu nível de vida. Na realidade, estavam a serrar o ramo sobre o qual se sentavam; numa sociedade capitalista o mercado (dos bens materiais e dos serviços) é que dita o lucro: Se não houver escoamento para a mercadoria, os seus fabricantes podem ter acumulado muita mais-valia (potencial) no processo de produção, isso não produz qualquer lucro líquido, pois no final, eles só podem concretizar a operação pela venda dos tais produtos acabados. Se não há compradores, ou porque o produto proposto não lhes interessa ou porque estão debilitados economicamente e não podem gastar dinheiro em coisas não essenciais, os capitalistas irão, com certeza, para a falência. E assim foi.
Os produtos elaborados no «Oriente» eram muito mais baratos e mais satisfatórios. Portanto, tinham colocação garantida tanto nos povos do oriente, como do ocidente. A desindustrialização foi um desastre para o capitalismo ocidental, promovido pelo mesmo e resultou num maior crescimento da capacidade produtiva e do poderio económico das economias orientais.
Outra das belas operações dos ocidentais foi a sua obsessiva venda de ouro, quer estivesse guardado em cofres-fortes de bancos comerciais, ou nos bancos centrais dos diversos Estados.
Os países recetores foram aqueles com excedentes comerciais crónicos. Foram acumulando ouro, tanto quanto podiam, sabendo que o preço a que lhes era vendido, era um preço de saldo.
O ouro está agora em mãos fortes. Ele foi cedido por mãos fracas. Infelizmente, não apenas as mãos eram fracas, também as cabeças: Com efeito, acreditaram numa espécie de ladainha que «justificava» as vendas massivas do ouro como ele sendo «a pet rock» («uma rocha de estimação»).
Mas o ouro é dinheiro verdadeiro, há mais de 5000 anos, que não sobe nem desce, pelo contrário são as divisas fiat que sobem e descem constantemente. Se assim não fosse, não haveria nenhuma lógica para os bancos centrais de todo o Mundo acumularem este metal especial.
Agora, vê-se que quem possui o ouro, possui o poder. O mais extraordinário, é que a classe possidente no Ocidente se convenceu das suas próprias falácias, acreditou na sua própria propaganda.
Nunca se viu um grau tão grande de autoderrota. Não tenho pena das classes possidentes ocidentais, tenho compaixão pelas pessoas trabalhadoras, exploradas, enganadas, espoliadas dentro desse tal «jardim do Paraíso» do Ocidente (como diz Josep Borrell).
Afinal eles, trabalhadores dos países ocidentais, devem sentir-se ainda mais infelizes, perante os milhões de pessoas que deixaram de ser pobres e que ascenderam ao nível de «classe média» no Oriente, enquanto elas, no Ocidente, desciam para o inferno da pobreza.
Não vale a pena, sequer, esgrimir argumentos com os falsos «especialistas» ou «economistas da treta», que enxameiam os nossos media corporativos: Se uma pessoa quer olhar os factos por si mesmos, sem se distrair pelas argumentações sofísticas, tem de concordar comigo:
- Nos finais do século XX e nos princípios deste século, a classe dominante dos nossos países ocidentais, possuída de vertigem do poder e da sua invencibilidade, provocou a sua própria queda.
quinta-feira, 18 de abril de 2024
HOMENAGEM A LIANE AUGUSTIN [Playlist]
Uma criança de seis anos passeia em Viena de Áustria, em 1960, pela mão do Pai e da Mãe. Estes, fazem-lhe visitar magníficos palácios, museus, salas de concerto e o famoso teatro de marionetas, onde ouve e vê pela primeira vez a ópera de Mozart «A Flauta Mágica». Nesta idade, não se tem recordações nítidas do que se viu, ouviu ou testemunhou. Mas fica o encantamento. E ficaram os discos - comprados e trazidos para Lisboa, pelos pais - de Liane Augustin e do seu trio do Bohème Bar.
Hoje em dia, reconheço a qualidade excecional de Liane, que tanto se adapta perfeitamente a interpretar canções vienenses, como grandes nomes da canção francesa, ou da ópera dos Três Vinténs, de Brecht/Weil, da qual se tem uma excelente gravação com partes selecionadas.
O fascínio pela artista Liane Augustin é perfeitamente natural, pois representa uma tradição de continuidade desde antes da IIª GuerraMundial, até às primeiras décadas do pós-guerra, seleccionando aquilo que existe de melhor, tanto na canção de cabaret, como na canção francesa, anglo-saxónica e italiana, além da alemã.
Esta qualidade é difícil de apreciar, dada a técnica pouco sofisticada de gravação, em discos mono, sem captação diferenciada da voz em relação ao acompanhamento instrumental. O estado de conservação dos discos de vinil que serviram para as regravações, podem afastar um público mais exigente em relação à qualidade técnica. Mas, eu proponho que «afinemos» o ouvido, tentando captar a autenticidade da voz e acompanhamento instrumental nestas gravações.
LISTA DE CANÇÕES INTERPRETADAS POR LIANE AUGUSTIN
HISTÓRIA DA SUBIDA AO PODER DOS XIITAS NO IRÃO (e relações «secretas» com Israel)