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sábado, 13 de março de 2021

[RUSSELL BRAND] EDWARD SNOWDEN, A REAL RAZÃO PORQUE ELE NÃO É PERDOADO.

                              

 Desmascara a hipocrisia oficial, a ausência de qualquer diferença entre administrações nos EUA. Obama, Trump ou  Biden... no que toca ao essencial, estão todos de acordo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

ACORDOS ENTRE EMPRESAS TECH. COM PENTÁGONO E AGÊNCIAS DO GOVERNO DOS EUA


«A real razão pela qual há censura nas plataformas das grandes tecnológicas: contratos com o Pentágono»

Na realidade, trata-se de uma relação triangular. Como explica muito bem Kim Iversen, as empresas de consultores, recheadas de ex-membros do governo ou de futuros membros da administração eleita, proporcionam a abundante produção de contratos entre as grandes empresas tecnológicas - Google, Amazon, Microsoft - com o Pentágono, o Governo e suas agências de «Inteligência» (CIA, FBI, etc). 

Como eu dizia num artigo publicado há uns dias atrás, é o fascismo tecnocrático, onde se dá a fusão entre o Estado/Governo e as grandes corporações. 

Kim teme, com razão, que isto signifique a intensificação da perseguição e exclusão de «youtuber» independentes, como ela, assim como a supressão de tudo o que seja verdadeiramente crítico do governo e do sistema instalado. 

Eu acrescento que a íntima relação dos prováveis nomeados para cargos governamentais da próxima administração dos USA, com o complexo militar-industrial, através dessas tais empresas de consultoria, significa uma provável intensificação da política belicista, agressiva, militarista e imperialista por parte do Império.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O EXACERBAR DA UNI-POLARIDADE

 


Na media dominante no meu país (Portugal), como na media dominante na Europa, é vulgar verem-se notícias e análises que tomam como facto auto-evidente que os EUA sejam os nossos «aliados». Esta visão das coisas pode muito bem ser devida, em parte, ao facto de muitas pessoas nesses meios estarem sob influência ou mesmo sob pagamento das agências que levam a cabo a guerra ideológica do Tio Sam. Mas, mais além disso, a própria sociedade está muito condicionada, por anos e decénios de propaganda da guerra-fria: para muitos, «vêm aí os russos» é equivalente ao «vêm aí os comunistas».

O complexo de falsidades que se tece nos discursos, mesmo nos auto-designados anti-sistema, leva a que alguns factos fundamentais sejam constantemente ignorados. Ora, são estes os que têm relevância maior, quando se fala de política internacional, de relações entre Estados. Vou, de seguida, tentar esclarecer um pouco as questões.

1- A «Aliança Atlântica», embora formalmente seja uma estrutura supra-nacional, cujos membros são Estados soberanos e com igual assento nos seus órgãos políticos, tal não acontece no domínio militar. Tem sido sempre, sem interrupção, um general dos EUA o chefe das forças da NATO na Europa, com poder para tomar um vasto número de decisões, a partir do momento que exista, ou que «decretem» que existe, perigo para a segurança de algum aliado ou da aliança no seu todo. 

A NATO, tinha, segundo os seus fundadores, a função de defesa contra um inimigo do Leste, que eles viam como ameaçador, com poderio militar suficiente para invadir o Ocidente do continente europeu. Pelo menos, esta era a sua retórica, a sua justificação para erguer, logo a seguir à IIª Guerra Mundial, esta aliança claramente dirigida contra a URSS e o bloco de Leste. Mas, a URSS desfez-se, o Pacto de Varsóvia desapareceu, as forças políticas que estão no poder em todos os países do ex-bloco soviético, ou são francamente neo-liberais ou mesmo não o sendo, não exibem qualquer veleidade agressiva contra os países da Europa ocidental, membros da NATO. 

É evidente que a razão de ser da NATO desapareceu e que os que estão nos postos de comando (civis incluídos) tentam desesperadamente encontrar razões para fazer prolongar a sua existência. Porém a NATO - neste contexto- tornou-se uma espécie de «polícia mundial», muito para além da zona geográfica do seu suposto âmbito. Além disso, o complexo militar-industrial (principalmente americano) tem sido beneficiário da compra - cada vez mais abundante - de armamento e equipamento sofisticado, proveniente dos EUA. Em relação aos armamentos, ultrapassam os piores tempos da «guerra -fria», os volumes produzidos e vendidos (aos Estados), as somas gastas (e lucros das empresas de armamento), a quantidade de laboratórios de investigação e mão-de-obra altamente especializada, etc.    

São em número superior a 800, as bases militares dos EUA no estrangeiro, em todos os continentes,  sem contar com as instalações de forças aliadas, mas que podem em qualquer momento ser usadas pelas tropas dos EUA. Isto significa que a hegemonia dos EUA, ao nível mundial se afirma sobretudo pela ameaça, chantagem surda ou declarada, de uso da força contra países que não se submetem, mas mesmo contra países ditos aliados que não aceitam submeter-se na íntegra às directrizes de Washington.

2- A política dos governos dos EUA, com a conivência de alguns governos aliados, tem um cunho anti-liberal, na sua essência: É anti mercado livre, anti livre concorrência. 

Igualmente, é anti-direitos humanos, pois apenas os invoca (com ou sem razão) quando lhe convém diabolizar um governo estrangeiro, uma nação, se esta não se submete. Mas, os governos que se submetem ao poderio imperial americano podem exercer as piores violações dos direitos humanos, sem que os dirigentes dos EUA e das ditas «democracias ocidentais» levantem um dedo: em África, Médio Oriente, América Latina, Ásia, por todo o lado onde ocorram atentados aos direitos humanos, violenta opressão, supressão de opositores, se os criminosos estiverem «no campo ocidental» (ou seja, regimes submissos ao Ocidente), não terão qualquer problema.

3- A ingerência nos assuntos internos, das agências e mesmo de diplomatas em posto nos diversos países, está institucionalizada, como sendo o «comportamento normal» no caso dos EUA, incluindo em países ditos «amigos», aliados. Mas, se porventura os mesmos comportamentos forem atribuídos à Rússia ou à China (ou a outros, aliados destes), estes comportamentos são classificados como graves e perigosos. A ingerência dos EUA dá-se, em geral, através de ONGs subsidiadas por grandes multimilionários, como George Soros, ou por dinheiro público do próprio orçamento dos EUA, ou ainda pelo dinheiro «negro», resultante de operações «secretas» da CIA, como as relacionadas com tráfico de droga (em larga escala) como está profusamente documentado, nomeadamente, no Afeganistão, em vários países da América Central, no chamado «Triângulo Dourado», etc. 

4- Os EUA são o único país no mundo que invoca «uma extra-territorialidade» das suas leis. Consegue impor - unilateralmente -sanções e aterrorizar os governos  e empresas de países europeus, que queiram fazer negócio, comerciar com o Irão, com a Rússia, etc. Grandes bancos franceses e suíços foram multados nos EUA, por fazerem - fora dos EUA - negócios perfeitamente legais, segundo as leis internacionais e dos seus próprios países. 

5- A propaganda e a intimidação que exercem os EUA, mesmo em direcção aos seus mais fieis aliados  (incluindo Portugal, que, segundo entrevista do Embaixador dos EUA.... teria de «escolher» entre a China e eles próprios...), radica na sua doutrina de «superioridade moral», de «nação escolhida», de ser «a nação indispensável». Mas, pelos seus actos*, o governo dos EUA deve ser designado por «governo-pária». Pois este termo corresponde a uma potência que não reconhece as normas e o direito internacional, quando se trata da sua própria acção. Considera-se acima da lei internacional, recusando e ameaçando o Tribunal Penal Internacional de Haia, caso este avance com a instrução de processo contra os EUA, pelos seus crimes de guerra. 

Muito mais poderia referir. O que afirmo acima, tem muitas provas materiais a apoiar. São factos reconhecidos por políticos, jornalistas, juristas, em todo o mundo. Uma parte importante de tais personalidades, que inquiriram e denunciaram comportamentos dos dirigentes dos EUA, são cidadãos deste país. Estou  convencido que o povo dos EUA tem sido mantido numa redoma de propaganda e de narrativas falsas ou distorcidas. As pessoas, iludidas, pensam que o seu «patriotismo» se deve exprimir quando a sua nação é posta em causa. Mas aqui, não se trata da nação em si mesma, trata-se de dirigentes concretos, responsáveis materiais e morais por muitos crimes cometidos, pelas políticas de violência contra Estados e povos, que não eram nenhuma ameaça para os EUA.  


sexta-feira, 3 de julho de 2020

FALÊNCIA DO IMPÉRIO E CEGUEIRA SELECTIVA

                             

As pessoas estão de tal maneira condicionadas pela narrativa da media de massas, que não se apercebem como as suas percepções do mundo estão dependentes e influenciadas por 24/24 e 7/7 de «notícias», cujo conteúdo obsessivo nos faz adoptar uma visão, não apenas sobre aquilo que se passa a milhares de km de distância, como sobre sociedades com problemáticas que não são as nossas.  
Por outro lado, as mais escandalosas falhas de um sistema que se auto-proclama como democrático, não nos incomodam. Prossegue a saga kafkiana de Julian Assange, não só dele, afinal, pois é a morte do jornalismo independente em todo o mundo, que está em jogo. Mas, a media está nas mãos de interesses tais, que este assunto é quase eliminado,  para proveito dos poderes globalistas e sua ditadura mundial fascista em progressão deslizante. 


As pessoas de esquerda na Europa ocidental adoptam frequentemente uma postura de vassalagem ao imperialismo dos EUA, sem sequer perceber como estão mentalmente colonizadas, através da ideologia dos direitos humanos, a esse poder. 

                          Now ‘anti-racist protesters’ are desecrating statues of elk and mermaids, can we please just call them vandals?
                                       Fotos de estátuas de veado e da sereia de Andersen vandalizadas.

Esta ideologia é apenas uma arma de arremesso daquele poder, destituído que quaisquer considerações humanitárias verdadeiras. Na verdade, o Estado Profundo dos EUA (Deep State), é quem detém a capacidade para desencadear «revoluções coloridas», em qualquer parte do mundo, para avançar a agenda desse mesmo Estado Profundo. 
Agora, é a vez dos próprios EUA, com a onda de pseudo revolucionários e actos de vandalismo com ausência real de perigosidade para o referido Estado, visto que tudo o que concentra a fúria destrutiva dos activistas são símbolos... Acaso verdadeiros revolucionários iriam desencadear uma ofensiva... para derrubar estátuas dos personagens históricos? 
- Ou iriam antes organizar a ofensiva contra os verdadeiros responsáveis das injustiças e da opressão? Ao desviarem, assim, a ira popular do poderio dos bancos, das multinacionais, das agências de controlo das massas, como a CIA, o FBI, a NSA, etc. não estarão eles (BLM, Antifa, etc) a fazer o jogo, ou mesmo a ser os agentes desse mesmo poder?

sábado, 21 de março de 2020

[MAX PARRY] Será que a pandemia global é um produto da agenda malthusiana da elite e da guerra biológica dos EUA?

                         

MAX PARRY •16 DE MARÇO DE 2020 

Em 11 de Março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, oficialmente, o surto em curso da doença de coronavírus (COVID-19) como sendo uma pandemia global, a primeira desde a gripe suína H1N1, em 2009. Referida, inicialmente, na cidade de Wuhan, na China Central, em Dezembro, apenas quatro meses depois, existem agora mais de 150.000 casos em mais de 130 países, que colocaram muitos deles em confinamento total, enquanto a economia mundial foi conduzida a uma paralisação virtual. Embora a República Popular da China tenha sido o primeiro país a anunciar a presença do COVID-19, existe uma suposição generalizada de que o coronavírus (SARS-CoV-2) deve ter surgido na capital da província de Hubei e que não foi objecto de investigação suficiente pela comunicação mediática corporativa ocidental.
A questão de saber se o coronavírus COVID-19 poderia ter resultado do exército dos EUA foi levantada de forma controversa, pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Liljian Zhao, que twittou um artigo do site Center for Research on Globalization que, posteriormente, se espalhou como se fosse um vírus. Ao fingir preocupação com a propagação da “desinformação”, a cobertura da comunicação mediática ocidental evitou uniformemente o fornecimento do artigo que Zhao havia partilhado nas redes sociais, enquanto, previsivelmente, afastava a argumentação como sendo uma “teoria da conspiração”. Entretanto, o Chefe de Defesa Civil do Irão também disse que o coronavírus podia ser um ataque biológico à China e ao Irão, visto que a República Islâmica foi a terceira nação mais abalada, com mais de 12.000 casos, incluindo muitos dos mais altos níveis do seu Governo, com vários altos funcionários infectados. Ao contrário de tal escândalo da comunicação mediática, é completamente razoável e deve ser permitido especular sobre as origens do vírus. O facto da proposta de Zhao ter recebido uma resposta tão hostil do ‘establishment’ americano indica como é delicada a câmara de eco da propaganda desse mesmo ‘establishment’.

Embora se presuma que a doença tenha sido transmitida pela primeira vez através da zoonose, dado que o primeiro agrupamento de casos foi ligado a um mercado de marisco de Wuhan, que vendia animais selvagens exóticos, no final de Dezembro, de facto, o primeiro caso conhecido foi pesquisado até ao início desse mês e pode não ter acontecido, originalmente, através de um animal. Muitos da direita política até sugeriram que o coronavírus é um efeito da guerra biológica chinesa que escapou, inesperadamente, de um laboratório em Wuhan, uma teoria espalhada nas páginas do The Washington Times, um jornal de propaganda da direita, que pertence ao fundador do culto da Igreja da Unificação da Coreia, Sun Myung Moon, e o Epoch Times, da seita religiosa igualmente fascista de exilados chineses, o Falun Gong, ligado à CIA. No entanto, é verdade que o Instituto de Virologia Wuhan tem laços estreitos com o Laboratório Nacional de Galveston, na Universidade do Texas, um dos maiores laboratórios do programa de Defesa Biológica, do Pentágono. Embora não haja nenhuma evidência de que o governo chinês seja responsável pelo COVID-19, nem a República Popular da China tenha antecedentes de se envolver em guerra biológica, há uma abundância de provas de que o governo dos EUA está envolvido, há muito tempo, no fabrico e uso de armas biológicas, desde a guerra da Coreia.

Quando, pela primeira vez, foram feitas acusações pela Coreia do Norte e pela China, de que os EUA estavam a usar micróbios e guerra biológica na Guerra da Coreia, de 1950 a 1953, as mesmas foram totalmente rejeitadas por Washington como um embuste, e repudiadas pela OMS já preparada pelo Ocidente. Nas décadas seguintes, os EUA continuavam a negar esse facto, enquanto se fragmentava o debate académico sobre o assunto. No entanto, um relatório não redigido de 1952 sobre uma investigação patrocinada pelo Conselho Mundial da Paz e conduzida por uma Comissão Científica Internacional, chefiada por Sir Joseph Needham, um bioquímico britânico de alta reputação na sua época, foi descoberta em 2018 e apresenta ampla fundamentação dos argumentos, incluindo testemunhas oculares, provas fotográficas e confissões documentadas de prisioneiros de guerra americanos. O que é mais perturbador ainda, é que a investigação indica ligações directas entre o programa de guerra biológica dos EUA e o programa de guerra microbiana da Unidade 731, uma unidade clandestina de guerra biológica e química do Japão Imperial, durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a Guerra Fria, os pesquisadores japoneses receberam secretamente imunidade e foram recrutados pelos EUA, em troca do seu conhecimento em experiências com seres humanos, juntamente com muitos “antigos cientistas” nazis da Operação Paperclip
A Unidade 731 do Exército Imperial Japonês recolheu dados não só através da realização de experiências mortais em seres humanos, mas também de testes ambientais de “bombas de epidemias”, lançando-as nas cidades chinesas para ver se elas poderiam iniciar surtos de doenças. Muitas dessas tácticas foram continuadas pelos EUA, na Guerra da Coreia. De acordo com Stephen Kinzer, jornalista e autor de Poisoner in Chief: Sidney Gottlieb and the CIA Search for Mind Control, o Projecto MK-ULTRA da CIA, que foi coordenado com os Laboratórios de Guerra Biológica do Exército dos EUA, foi:
“... Essencialmente, uma continuação do trabalho que começou nos campos de concentração japoneses e nazis. Não só se baseava, principalmente, nessas experiências, mas a CIA contratou os vivissecionistas e os torturadores que tinham trabalhado no Japão e nos campos de concentração nazis, para explicar o que descobriram, a fim de podermos desenvolver as suas pesquisas.”
Frank Olson, um dos cientistas de guerra biológica e funcionário da CIA no programa, que morreu em circunstâncias misteriosas, em 1953, é o tema da série de documentários e dramas da Netflix Wormwood, dirigida por Errol Morris e com o conhecido jornalista Seymour Hersh, que revela que Olson pode ter sido um potencial denunciante do governo nas actividades da CIA e nos crimes de guerra biológica dos EUA. Vale a pena salientar que o uso de tais agentes na Guerra da Coreia incluía alvos chineses, o último e único grande conflito armado entre os EUA e a China, portanto, se a pandemia do COVID-19 for comprovadamente um produto da guerra biológica dos EUA contra Pequim, não seria a primeira vez.

Oficialmente, diz-se que os EUA abandonaram o programa de armas biológicas em 1969, mas a sua instalação em Fort Detrick, no Maryland, continuou a efectuar pesquisas sobre agentes patogénicos e vírus mortais com o objectivo declarado de defesa biológica, como também de combater surtos de doenças, desenvolver vacinas e outros problemas de saúde pública. No entanto, precisamente no ano passado, as pesquisas sobre vírus fatais e armas biológicas foram suspensas devido à preocupação de que alguns desses vírus poderiam ter escapado, acidentalmente. A última vez que a pesquisa de guerra microbiológica de Fort Detrick foi suspensa, foi em 2009, depois do Pentágono ter encontrado discrepâncias no inventário dos seus agentes infecciosos, no mesmo ano da última pandemia do surto de gripe suína, H1N1.
Fort Detrick está sob restrições mais rígidas desde que os ataques de antrax, em 2001, foram atribuídos a Bruce Ivins, um pesquisador perito em biodefesa dessa instalação. O suposto culpado, biólogo do exército, suicidou-se em 2008, depois de saber que o FBI o acusaria de terrorismo, o que, se fosse provado como verdadeiro, significaria que a própria pesquisa de biodefesa do Pentágono, tinha sido conduzida mais além do que proteger o público americano do bioterrorismo - embora haja muitas provas que sugerem que Ivins foi apanhado numa armadilha montada pelos federais. Como a jornalista Whitney Webb descobriu, o ramo da Pesquisa Médica do Exército dos EUA, com sede em Maryland, cooperou com o Instituto de Virologia Wuhan mencionado antes, durante décadas.
Brincar com organismos que podem produzir doenças é uma prática regular do Pentágono. Em 2005, cientistas dos EUA anunciaram que tinham tornado a criar com sucesso, o vírus da gripe aviária em laboratório, a qual matou, pelo menos, 50 milhões de pessoas em todo o mundo, em 1918, amplamente conhecida como a 'gripe espanhola'. Na verdade, o nome é impróprio, porque foi desproporcionalmente atribuído à Espanha, que era neutra na Primeira Guerra Mundial e não estava sujeita à mesma censura da imprensa em tempo de guerra para manter o moral, como na Alemanha, no Reino Unido, em França e nos EUA, cuja comunicação social, inicialmente, desvalorizou os efeitos da pandemia nos seus respectivos países. A fonte geográfica da gripe espanhola ainda é objecto de muito debate, mas a primeira observação da doença ocorreu numa instalação militar dos EUA em Fort Riley, no Kansas, em 1918. Desnecessário será dizer que os riscos envolvidos na ressurreição de uma doença que exterminou mais de um quarto da população mundial não são insignificantes, mas não impediram o Instituto de Patologia das Forças Armadas dos EUA de extrair o código genético da gripe espanhola, do cadáver exumado de uma mulher nativa do Alasca, congelada no chão onde morreu da doença, numa cidade Inuit, em 1918.
                  
            Soldados doentes com gripe espanhola em Fort Riley, Kansas, em 1918

Não há provas directas que demonstrem que a gripe suína de 2009, referida como sendo originada no México, através da zoonose de porcos, foi qualquer fuga da gripe espanhola restaurada, mas o surto anterior de gripe suína de 1976, começou numa base militar dos EUA, em Fort Dix, Nova Jersey, assim como a gripe espanhola de 1918. Depois da Administração Gerald R. Ford ter agido antes de ser aconselhado e ter anunciado que estava pendente uma epidemia de gripe, após a morte de um único soldado, foi administrado a um número impressionante 45 milhões de pessoas, um programa imediato de imunização em massa sem testes adequados sobre os efeitos colaterais, precisamente um quarto de toda a população dos EUA na época, que acabou por matar mais americanos do que a própria doença. O escândalo semeou para sempre as sementes da desconfiança pública em relação à inoculação, depois de mais de 450 pessoas desenvolveram a Síndrome de Guillain-Barré e 25 terem morrido devido à imunização, antes da mesma ser interrompida.

Se esse programa obrigatório de vacinação fosse levado a cabo, novamente, nos EUA para o COVID-19, o governo teria de tranquilizar o público sobre a sua negligência anterior e que esses efeitos colaterais não seriam repetidos, um cenário improvável após a quebra de confiança corporativa exposta em Wall Street nos últimos anos envolvendo grandes empresas farmacêuticas. Mesmo assim, a Big Pharma já está em parceria com o exército dos EUA para desenvolver uma vacina para o coronavírus que precisaria de ser testada e avaliada antes do licenciamento pela Food and Drug Administration (FDA) e recomendada para ser usada pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças ( CDC), ambos parceiros da OMS, cujo maior contribuidor financeiro é o governo dos EUA.
Um dos outros maiores benfeitores da OMS é a Fundação Bill e Melinda Gates, com quem mantém uma parceria sobre vacinação. O bilionário fundador da Microsoft Corporation usou a sua enorme riqueza para evitar pagar impostos sob o disfarce de filantropia, e os seus empreendimentos privados de “caridade” concentraram-se, principalmente, na produção de vacinas para países em desenvolvimento e na suposta luta contra a pobreza global, especialmente em África. À superfície, pode parecer um trabalho bem intencionado, mas, como muitos projectos designados como altruístas, é um esquema que permite às pessoas influentes pela sua enorme riqueza, como Gates, influenciar a política global e obter poder político sem serem responsabilizados pelos seus actos, ao investir para “consertar” problemas sociais causados ​​pelo próprio sistema que os enriqueceu, sendo a sua verdadeira agenda, a expansão do neoliberalismo. As consequências desse procedimento podem ser vistas em projectos de caridade que envolvem Gates no Congo, que forçou o negócio da agricultura local a usar sementes de OGM (Organismos Geneticamente Modificados), que só beneficiaram empresas privadas como a Monsanto.
Ainda mais perturbador é que, no que diz respeito às preocupações ambientais com as mudanças climáticas provocadas pelo Homem, Gates declarou publicamente os seus pontos de vista sobre como impedir o crescimento da população humana. Numa conferência TED de 2010, Gates declarou:
“Primeiro, temos a população. O mundo hoje tem 6.8 biliões de pessoas. Está a encaminhar-se para cerca de 9 biliões. Agora ponderemos: se fizermos um óptimo trabalho nas novas vacinas, nos serviços de saúde e nos serviços de saúde reprodutora, reduziremos essa mesma população talvez 10 ou 15%.”
Por outras palavras, um dos homens mais ricos do mundo admitiu, em público, que acredita que as vacinas devem ser usadas para o despovoamento, assim como ele está a investir financeiramente no desenvolvimento e na entrega das mesmas vacinas aos países do hemisfério sul. O mito misantrópico da ‘superpopulação’ forçado por Gates e pela elite não só sugere que o despovoamento é uma solução para desacelerar o aquecimento do clima, mas mantém a lógica de um componente essencial da eugenia com a ideia implícita de que a qualidade de vida da espécie humana pode ser melhorada, desencorajando a reprodução humana. Como os países em desenvolvimento têm as maiores taxas de mortalidade infantil, as famílias têm mais filhos na esperança de que alguns deles sobrevivam. Portanto, é evidente o racismo e o classismo inerentes a este conceito.
Visto que a grande maioria das emissões de carbono é produzida por uma pequena lista de empresas de combustíveis fósseis e o maior poluidor do mundo é o exército dos EUA, promover esta falácia perigosa é a maneira perfeita para a elite dominante transferir a responsabilidade das mudanças climáticas para o mundo dos pobres. Infelizmente, esta mentira perigosa foi popularizada no movimento ambiental dominante e a pseudo-esquerda, com exemplos como o BirthStrike, um grupo de activistas principalmente mulheres, que protestam contra a falta de regulamentação sobre a crise ecológica, recusando-se a ter filhos que foram irresponsavelmente transmitidos pelos políticos “progressistas” populares, como a congressista dos EUA, Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY). O ‘AOC’, também é o rosto do Novo Acordo Verde do Partido Democrata, que tem laços preocupantes com o programa de desenvolvimento sustentável da Agenda 21, das Nações Unidas, que exige “alcançar uma população mais sustentável”.
A falsa noção de “superpopulação” tornou-se a viga mestra do movimento ambiental moderno, graças à publicação do best-seller do cientista americano Paul Ehrlich, The Population Bomb, em 1968, um criticismo alarmista que, desde então, ficou famoso pela sua imprecisão de previsões do dia do juízo final, que resultou da crença equivocada que nunca foi concretizada. Os profetas da desgraça de hoje, em relação ao clima, que é, sem dúvida, um problema sério, repetem, em muitos aspectos, as falsas profecias de Ehrlich, que são consideradas uma renovação moderna do influente economista e filósofo britânico do século XVIII, Thomas Malthus. Nenhum teórico foi mais odiado por Karl Marx e pelo movimento operário do que Malthus, cujas teorias pseudo-científicas sobre demografia foram derrotadas intelectualmente até que encontrassem uma nova vida no eco-fascismo de Ehrlich. Por mais que os “bombardeiros da população” de hoje, como Bill Gates, possam evitar as ideias malthusianas mais explicitamente racistas de que o norte global deve controlar a população dos países em desenvolvimento, eles ainda os defendem tacitamente, argumentando que o tamanho da própria população é uma fonte de pobreza e de mudanças climáticas.
Bill Gates citou o magnata dos negócios John D. Rockefeller, o homem mais rico da História americana que tinha um monopólio ainda maior no sector de petróleo, como Gates já teve na indústria dos computadores, como uma inspiração para usar a sua riqueza para investir na pesquisa médica, como sendo o foco da sua filantropia. No entanto, Gates tem algo em comum com a família Rockefeller nas suas visões sobre a população, pois a Fundação Rockefeller foi o maior doador do movimento eugénico americano nas décadas de 1920 e 1930, e ajudou a estabelecer a sua filial alemã, subsidiando mesmo o Instituto Kaiser Wilhelm de Antropologia, Hereditariedade Humana e Eugenia, no qual o médico nazi, Josef Mengele, trabalhou antes das suas experiências de guerra. Apesar de ser possível traçar uma linha entre o movimento eugénico americano e os programas do regime nazista, que os réus de Nuremberg tentaram usar como justificação em tribunal, das suas atrocidades, o neto de Rockefeller, John Rockefeller III continuou o legado familiar do interesse na demografia com o fundação da ONG do Conselho da População, que efectua pesquisas sobre “saúde reprodutiva” (esterilização) nos países em desenvolvimento. O governo nazi também foi o primeiro a aprovar uma legislação para salvaguarda do meio ambiente que eles equiparam à identidade nacional alemã, outra intersecção inesperada entre a política castanha e a verde.
Numa coincidência surpreendente, a Fundação Gates organizou um evento, precisamente em Outubro passado, conjuntamente com o Centro Johns Hopkins para Segurança da Saúde e o Fórum Económico Mundial, chamado Evento 201, uma simulação de pandemia que reuniu personalidades de elite do governo, de empresas e de especialistas da saúde para planear a possibilidade de um surto mundial. O próprio Gates alerta sobre pandemias há anos e escreveu ameaçadoramente que o mundo deveria “preparar-se para as epidemias da mesma maneira que os militares se preparam para a guerra”. O cenário fictício do Evento 201 foi um coronavírus chamado CAPS de porcos do Brasil, que infectou pessoas em todo o mundo e após um ano e meio de actividade, causou dezenas de milhões de mortes e provocou um colapso financeiro mundial. Desde o início do verdadeiro coronavírus COVID-19, o próprio Gates deixou a Microsoft para se concentrar na sua filantropia enquanto a sua Fundação está ocupada a diligenciar obter uma vacina.
Muitos observaram que algumas características do COVID-19 têm uma semelhança com o HIV, o que não poderia ter acontecido organicamente. O recente documentário Cold Case Hammarskjöld, que ganhou um prémio no Festival de Cinema de Sundance do ano passado, apresenta uma teoria assustadora de que uma organização supremacista branca sul-africana propagou, deliberadamente, o HIV/AIDS entre os negros africanos através de vacinas, nas décadas anteriores. O filme começa como uma investigação do misterioso acidente de avião na Rodésia do Norte, que matou o diplomata sueco e Secretário Geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjöld, em 1961. Em 1998, um documento criado por uma organização paramilitar sombria chamada Instituto Sul-Africano de Pesquisa Marítima (SAIMR) foi descoberto pela Assembleia da Justiça da Comissão da Verdade e Reconciliação, na África do Sul do pós-apartheid, que indicou que Hammarskjöld foi vítima de um assassinato. Não só os cineastas descobrem nas suas investigações, a probabilidade distinta de que o avião foi abatido por um mercenário belga empregado pelo SAIMR, que estava a trabalhar sob as ordens do MI6 e da CIA, mas a revelação mais impressionante é uma confissão gravada de um antigo soldado do SAIMR de ter, deliberadamente, espalhado o HIV/AIDS entre negros africanos, através da imunização. Se o que é reivindicado sobre o SAIMR é verdadeiro e se eles estavam ligados aos serviços secretos ocidentais, o facto de que o vírus COVID-19 poderia ser algo deliberadamente espalhado, não está fora do campo de possibilidade.
Talvez isto prove ser o caso de que a versão do coronavírus da imprensa amarela que começa com a transferência zoonótica da doença, depois do consumo de um pangolim ou morcego selvagem por um 'paciente zero', em Wuhan, seja precisa. No entanto, a pandemia deve ser um aviso assustador da agenda eco-fascista da elite e o perigo contínuo em que o complexo industrial-militar coloca a população mundial, ao continuar a efectuar pesquisas perigosas sobre agentes patogénicos mortais, no qual o risco supera amplamente os benefícios. Se o surto levou muitos a suspeitar da narrativa oficial, é exactamente devido à história da guerra biológica dos EUA e da visão de mundo potencialmente genocida e pessimista da elite, de que a única maneira de impedir o desaparecimento da Humanidade é desbastando o rebanho.


Max Parry, jornalista independente e analista geopolítico. Os seus trabalhos literários apareceram amplamente nos sites alternativos. Max pode ser contactado através do email maxrparry@live.com
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

[Manlio Dinucci] GRÉCIA - VENDA DE BASES MILITARES AOS EUA

                          



O Parlamento grego ratificou o “Acordo de Cooperação para Defesa Mútua”, que concede aos Estados Unidos o uso de todas as bases militares gregas. Elas servirão às forças armadas USA não só para armazenar armamentos, reabastecer-se e treinar, mas também para operações de “resposta às emergências”, ou seja, para missões de ataque.

Particularmente importante, é a base aérea de Larissa, onde a Força Aérea dos EUA já instalou drones MQ-9 Reaper, e a de Stefanovikio, onde o Exército dos EUA já introduziu helicópteros Apache e Black Hawk.

O Acordo foi definido pelo Ministro da Defesa grego, Nikos Panagiotopoulos, “vantajoso para os nossos interesses nacionais, pois aumenta a importância da Grécia na planificação USA”. Importância que a Grécia tem já há algum tempo: basta recordar o golpe de Estado sangrento dos coronéis, organizado em 1967, no âmbito da operação Stay-Behind dirigida pela CIA, seguida em Itália pela temporada de massacres iniciada com a Piazza Fontana, em 1969.

Naquele mesmo ano, instalou-se na Grécia, em Souda Bay, na ilha de Creta, um Destacamento Naval USA proveniente da base de Sigonella, na Sicília, às ordens do Comando USA de Nápoles. Hoje, Souda Bay é uma das mais importantes bases aeronavais USA/NATO no Mediterrâneo, usada nas guerras no Médio Oriente e no Norte de África. Em Souda Bay, o Pentágono investirá outros 6 milhões de euros, que se juntarão aos 12 que investirá em Larissa, anuncia Panagiotopoulos, apresentando-o como um grande negócio para a Grécia.

No entanto, o Primeiro Ministro Kyriakos Mitsotakis indica com precisão que Atenas já assinou com o Pentágono, um acordo para o reforço da sua frota de F-16, que custará à Grécia 1,5 bilião de dólares e que também está interessada em comprar aos USA, drones e caças F-35.

A Grécia também se destaca por ser na NATO, depois da Bulgária, o aliado europeu que destina há muito tempo, a maior percentagem do PIB (2,3%) para a despesa militar.

O Acordo também garante aos Estados Unidos “o uso ilimitado do porto de Alexandroupolis”. Está localizado no mar Egeu, perto do Estreito de Dardanelos que, ligando no território turco, o Mediterrâneo e o Mar Negro, constitui uma rota fundamental de trânsito marítimo, sobretudo para a Rússia. Além do mais, a vizinha Trácia Oriental (a pequena parte europeia da Turquia) é o ponto em que chega da Rússia através do Mar Negro, o gasoduto TurkStream.

O “investimento estratégico”, que Washington já está a efectuar nas infraestruturas portuárias, visa fazer de Alexandroupolis, uma das bases militares USA mais importantes da região, capaz de bloquear o acesso dos navios russos ao Mediterrâneo e, ao mesmo tempo, neutralizar a China, que pretende fazer do Pireu, um porto de escala importante da Nova Rota da Seda.

“Estamos a trabalhar com outros parceiros democráticos da região para repelir protagonistas malignos, como a Rússia e a China, acima de tudo a Rússia, que usa a energia como instrumento da sua influência malévola”, declara o Embaixador dos EUA em Atenas, Geoffrey Pyatt, salientando que “Alexandroupolis desempenha um papel crucial para a segurança energética e para a estabilidade da Europa”.

Nesse âmbito, insere-se o “Acordo de Cooperação para a Defesa Mútua” com os USA, que o Parlamento grego ratificou com 175 votos a favor, do centro-direita ao governo (Nova Democracia e outros) e 33 contra (Partido Comunista e outros), enquanto 80 declararam “presente”, de acordo com a fórmula do Congresso USA, equivalente à abstenção, em uso no Parlamento grego. O Syriza, a “Coligação da Esquerda Radical” liderada por Alex Tsipras, absteve-se. Partido este, que esteve primeiro no Governo, agora está na oposição, num país que depois de ser forçado a vender a própria economia, agora vende não só as suas bases militares, mas o pouco que resta da sua soberania.

il manifesto, 11 de Fevereiro de 2020







DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO

Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

ALGUNS FACTOS... SOBRE CARTÉIS E LAVAGENS DE DINHEIRO DA DROGA

                                    

[extraído do artigo do Prof. Michel Chossudovsky: «George H. Walker Bush: The Bush Family and the Mexican Drug Cartel»]

ALGUNS FACTOS...

Donald Trump ofereceu-se para intervir no México, isto é, «perseguir os cartéis da droga» no seguimento de «brutal assassínio duma família dos EUA no México». O presidente mexicano declinou a oferta generosa de Trump.
Numa entrevista recente, o presidente Trump confirmou que sua administração está ponderando caracterizar os «cartéis da droga» como «terroristas», semelhantes a Al Qaida (salvo que são «terroristas católicos»).
Eles seriam, daí por diante, designados por Washington como «organizações terroristas estrangeiras».
Qual é o propósito? 
Criar uma «justificação» para operações militares «contra-terroristas» lideradas pelos EUA no interior do México e noutros pontos da América Latina?
Alargar a «Guerra contra o Terrorismo» à América Latina? «Responsabilidade de proteger», confrontar os 'narco-terroristas'...
Algumas verdades não ditas:
1. Al Qaida e organizações terroristas aparentadas (incluíndo a ISIS) no Médio Oriente, África e Sudeste asiático, são criações da CIA.
2. A CIA protege o tráfico multi-bilionário de drogas, assim como os cartéis mexicanos. Além disso, é estimado que 300 biliões de dólares (anualmente) sejam lavados em casinos, em toda a América, incluindo Las Vegas e Atlantic City ... Assim como em Macau. Adivinhe qual é o proprietário de casinos mais rico do mundo...
3. Quer nos EUA, quer na América Latina, são conhecidos políticos com ligações ao tráfico de drogas:
Recuando aos anos de 1990, George H. W. Bush, o papá de Bush Junior, tinha estreitos laços pessoais com Carlos Salinas de Gortari (antigo presidente do México) e com o seu papá Raul Salinas Lozano o qual, de acordo com o Dallas Morning News (27 de Fevereiro de 1997) era «a figura liderando os negócios de narcóticos, que também envolviam o seu filho, Raul Salinas de Gortari» … O mesmo Raul, íntimo amigo de Jeb Bush, (ex-governador da Flórida) e irmão de George W. Bush.  
Além das ligações com a família Salinas de Gortari, a família Bush tinha ligações com a família Bin Laden. 
Será isto relevante?

terça-feira, 29 de outubro de 2019

«O CALIFA, FILME CIA ENTRE A FICÇÃO E A REALIDADE»


POR Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra 
TRADUÇÃO DE : Maria Luísa de Vasconcellos





ITALIANO PORTUGUÊS

“Foi como assistir a um filme”, disse o Presidente Trump, depois de testemunhar a eliminação de Abu Bakr al Baghdadi, o Califa, Chefe do ISIS, transmitido na Situation Room da Casa Branca. Aqui, em 2011, o Presidente Obama assistia à eliminação do então inimigo número um, Osama Bin Laden, Chefe da Al Qaeda. O mesmo argumento: os serviços secretos dos EUA tinham localizado,há muito tempo, o inimigo; este não é capturado, mas eliminado: Bin Laden é morto; al Baghdadi suicida-se ou é “suicidado”; o corpo desaparece: o de Bin Laden é sepultado no mar,os restos de al Baghdadi, desintegrados pelo cinto de explosivos,também esses são espalhados no mar. O mesmo produtor do filme: a Comunidade de Inteligência, formada por 17 organizações federais. Além da CIA (Agência Central de Inteligência), existe a DIA (Agência de Inteligência de Defesa), mas cada sector das Forças Armadas, bem como o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna, têm o seu próprio serviço secreto.


Para as acções militares, a Comunidade de Inteligência usa o Comando das Forças Especiais, instalado em, pelo menos, 75 países, cuja missão oficial compreende, além da “acção directa para eliminar ou capturar inimigos”, a “guerra não convencional conduzida por forças externas, treinadas e organizadas pelo Comando ". É, exactamente, o que começou na Síria, em 2011, no mesmo ano em que a guerra USA/NATO destrói a Líbia. Demonstram-no as provas documentadas, já publicadas em ‘il manifesto’.

- Por exemplo, em Março de 2013, o New York Times publicou uma pesquisa detalhada sobre a rede da CIA, através da qual chegam à Turquia e à Jordânia, com o financiamento da Arábia Saudita e de outras monarquias do Golfo, rios de armas para os militantes islâmicos treinados pelo Comando de Forças Especiais USA, antes de serem infiltradas na Síria. 

- Em Maio de 2013, um mês após ter fundado o ISIS, al Baghdadi, encontra na Síria uma delegação do Senado dos Estados Unidos chefiada por John McCain na Síria, como mostra a documentação fotográfica. 


- Em Maio de 2015, um documento do Pentágono datado de 12 de Agosto de 2012 é desclassificado pela Judicial Watch, no qual se afirma que há “a possibilidade de estabelecer um principado salafita na Síria oriental, e é exactamente o que os países ocidentais desejam, os Estados do Golfo e a Turquia, que apoiam a oposição”. 

- Em Julho de 2016, é desclassificado pelo Wikileaks um email de 2012 no qual a Secretária de Estado, Hillary Clinton, escreve que, dada a relação Irão-Síria, “a destituição de Assad constituiria um imenso benefício para Israel, diminuindo o medo de perder o monopólio nuclear.” Isso explica por que motivo, não obstante os EUA e os seus aliados iniciarem, em 2014, a campanha militar contra o ISIS, as forças do ISIS podem avançar sem perturbações em espaços abertos, com longas colunas de veículos armados.


A intervenção militar russa em 2015, de apoio às forças de Damasco, reverte o destino do conflito. O objectivo estratégico de Moscovo é impedir a demolição do estado sírio, que provocaria um caos do tipo líbio, vantajoso para os USA e para a NATO, para atacar o Irão e cercar a Rússia.


Os Estados Unidos, irracionais, continuam a jogar a cartada da fragmentação da Síria, apoiando os independentistas curdos e depois abandonando-os para não perder a Turquia, posto avançado da NATO na região.


Neste contexto, compreende-se por que al Baghdadi, como Bin Laden (anteriormente aliado dos USA contra a Rússia, na guerra do Afeganistão), não podia ser capturado para ser processado publicamente, mas que devia desaparecer fisicamente para fazer desaparecer as provas do seu verdadeiro papel na estratégia USA. Por isso, a Trump agradou tanto o filme com um final feliz.


il manifesto, 29 de Outubro de 2019

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

JORNALISMO COMPRADO NOS MEDIA - UMA LIÇÃO DO JORNALISTA UDO ULFKOTTE






Uma conferência pelo falecido jornalista do Züd Deutcher Zeitung, contando a sua experiência pessoal, que mostra como os jornalistas dos media mais importantes são literalmente recrutados pela CIA.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Manlio Dinucci: «O F-35 na agenda secreta de Pompeo em Roma»





 O caça furtivo F-35 torna-se invisível não só ao radar, mas também à política: nos comunicados dos encontros do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em Roma, não há vestígios. No entanto, o ‘Corriere della Sera’ revela que Pompeo solicitou à Itália  para pagar os atrasos dos caças adquiridos e para desbloquear a encomenda de uma compra posterior, recebendo de Conte a garantia de que "seremos leais aos pactos".

A Itália comprou até agora, 14 caças F-35 da americana Lockheed Martin, 13 dos quais já entregues,estão "completamente financiados". Anunciou no Senado, em 3 de Junho, a então Ministra da Defesa, Elisabetta Trenta (M5S), anunciando outras aquisições que elevarão o total a 28 caças até 2022. A Itália comprometeu-se a comprar 90, com uma despesa prevista de 14 biliões de euros. A essa despesa, junta-se a da actualização contínua do software (o conjunto dos programas operacionais) do caça de que a Lockheed Martin mantém exclusividade: somente para os aviões comprados até agora, a Itália deve despender cerca de meio bilião de euros. 

A Itália não é só compradora, mas fabricante do F-35, como parceira de segundo nível. A Leonardo (anteriormente Finmeccanica) - a maior indústria militar italiana, da qual o Ministério da Economia e Finanças é o principal accionista, com uma quota de cerca de 30% - administra a linha de montagem e testes do F-35 na fábrica de Faco de Cameri (Piemonte), de onde saem os caças destinados à Itália e à Holanda. A Leonardo também produz asas completas para os aviões montados nos EUA, utilizando materiais produzidos nas fábricas de Foggia (Puglia), Nola (Campania) e Venegono (Lombardia). O governo dos EUA seleccionou a fábrica de Cameri como centro regional europeu para manutenção e actualização da fuselagem.

O emprego na Faco é de cerca de mil trabalhadores, dos quais muitos são precários, apenas um sexto do esperado. As despesas para a construção da fábrica e a aquisição dos caças são muito superiores ao valor dos contratos estipulados pelas empresas italianas para a produção do F-35. E não devemos esquecer o facto de que, embora os ganhos vão quase inteiramente para os cofres das empresas privadas, as despesas saem do erário público, fazendo aumentar a despesa militar italiana, que já atingiu os 70 milhões de euros por dia. 

O Secretário de Estado, Mike Pompeo, nos encontros com o Presidente Mattarella e com o Primeiro Ministro Conte, sublinhou a necessidade da Itália e de outros aliados europeus "aumentarem os seus investimentos na defesa colectiva da NATO". Certamente, nas reuniões confidenciais, este pedido foi feito por Pompeu com tons não diplomáticos, mas peremptórios. Certamente, enquanto o Departamento de Estado elogia a Itália porque "alberga mais de 30 mil soldados e funcionários do Pentágono em cinco grandes bases e mais de 50 sub-instalações", Mike Pompeo solicitou, em reuniões confidenciais, poder instalar outras bases militares em Itália (talvez em troca de algum alívio das taxas aduaneiras dos EUA sobre o parmesão italiano). 

Certamente, na agenda secreta de Pompeo, estava também o ajuste para próxima chegada,  a Itália, das novas bombas nucleares USA B61-12, que substituirão as actuais B-61. Uma nova arma nuclear projectada especialmente para os caças bombardeiros F-35A, seis dos quais pertencentes à Força Aérea Italiana, receberam, em Outubro, o certificado da NATO de plena capacidade operacional.

Mike Pompeo, em Roma, não se ocupou só de coisas materiais, como o F-35 e o queijo Parmesão. Num simpósio no Vaticano, fez um discurso em 1º de Outubro, sobre "Dignidade Humana e Fé nas Sociedades Livres": afirmou que "os Estados Unidos chegaram um pouco depois de São Pedro, mas protegeram sempre a liberdade religiosa" e, com ela, a "dignidade humana"; acusou a China, Cuba, Irão e Síria de suprimirem essas liberdades. Palavras proferidas, com uma grande cruz como fundo, por um homem santo que, no momento em que se tornou chefe da CIA, declarou ao Congresso que tinha considerado" a reintrodução do 'waterboarding' e de outras medidas de interrogatório aprimorado", ou seja, a tortura. 

il manifesto, 7 de Outubro de 2019

(traduzido do italiano por Luísa Vasconcellos)

domingo, 15 de setembro de 2019

PEPE ESCOBAR: «Somos todos reféns do 11/09»

"Para o desespero dos neocons estadunidenses, toda a fúria e som combinada do 11/09 e a Guerra Global ao Terror/Operação de Contingenciamento Ultramar, em menos de 2 décadas, acaba em metástases representadas não somente por um rival mas também na parceria estratégica Rússia-China. Esse é o 'inimigo' real – não a Al-Qaeda, uma mera invenção do imaginário da CIA, reabilitada e higienizada na forma de 'rebeldes moderados' na Síria", escreve o correspondente Pepe Escobar