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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O Vaticano e seu poder temporal


Se nos cingirmos a aspetos objetivos, o Vaticano não deveria ser considerado como um Estado. Faltam-lhe atributos essenciais a um verdadeiro Estado. A «Santa Sé» joga na ambiguidade, herdada dos Acordos de Latrão e da Concordata com o Estado Italiano, de 1929 (no auge do poder do Duce). Como entidade estatal, o Vaticano deveria ter um órgão de governo próprio, mas a Cúria Romana não é isso, ela não tem o poder de tomar decisões, mas somente de aconselhar o Papa.
Em termos de diplomacia, o Vaticano tem embaixadas designadas por nunciaturas apostólicas. A partir destas, interfere muitas vezes nos assuntos internos dos Estados.
Enfim, na Igreja Católica, os seus membros devem obediência absoluta ao Papa, desde os graus mais baixos até aos de bispo e cardeal. Eles têm o chamado «munus eclesiástico», uma espécie de imunidade, face às leis dos países respetivos. Servem-se disso para se envolverem em assuntos temporais de toda a espécie. 
Nenhum Estado no mundo, além do Vaticano, tem estas características. Micro-estados, como San Marino, Mónaco, Lieschtenstein, ou outros, possuem as suas instituições civis, órgãos de governo, administração, tribunais, etc. No caso do Vaticano, as funções eclesiais e administrativas confundem-se, sobrepõem-se. 
O Vaticano  é governado por um chefe (o Papa) «por direito divino», ou seja, é uma teocracia. Enquanto Estado, é um anacronismo. 
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PS1: Veja-se o caso da morte suspeita de João Paulo I: mostra como por debaixo da «santidade» das funções do Vaticano, se desenvolvem as mais cínicas estratégias de poder.
 

domingo, 21 de junho de 2020

FRANCISCO Iº E OS SEGREDOS DO VATICANO



Tu, que estás lendo estas palavras, provavelmente não possuis uma ideia muito concreta de todos os aspectos encobertos que rodeiam o papado de Francisco. 
- Quem se senta no trono de São Pedro? Que personagem é ele, por detrás da figura promovida pelos meios sociais de massas? 
- Que fios ligam o Vaticano de hoje e de ontem, a muitas intrigas envolvendo o mundo político e económico contemporâneo? 
Todos nós sabemos algo sobre este assunto, mas muito pouco de concreto e, sobretudo, não relacionamos os factos entre si. 

Este inquérito tem uma clara orientação, sem dúvida. Mas, não se oculta atrás de uma espécie de santidade, de falsa objectividade. 
Publico este vídeo de quase 3 horas, porque me parece ser fonte inestimável de informação. Ela vai muito para além da personagem do Papa actual. É um manancial de referências de grande interesse para  compreensão da História. Acredito que outros possam aqui recolher informação válida e relacionar muitos dados entre si.
A perspectiva em relação aos acontecimentos descritos, é a do autor, como é evidente; o facto de eu a publicar não significa total acordo com ela, nem que possa garantir a validade do que é relatado. 

ÍNDICE TEMÁTICO (Abajo link con Fuentes utilizadas) 00:00 - Introducción 07:00 - Primeros años de Bergoglio 12:00 - ¿Quiénes son realmente los Jesuitas? 31:23 - Guardia de Hierro, la Logia P2 y los Años de Plomo 1:14:27 - El Ocaso del Jesuita 1:26:02 - Resurrección: El Giro a la Izquierda 1:32:09 - El Cardenal y los Kirchner 1:39:58 - Camino al Poder 2:03:49 - Golpe a Benedicto XVI 2:19:48 - Francisco I, Rey de Roma 2:40:23 - El Papa Ecologista, la "Primavera Americana" y el Futuro de la Humanidad ||| Aquí un listado con la mayor parte de las FUENTES utilizadas para la realización del Documental: https://drive.google.com/file/d/1om6DtYNrFkFyh2_NkwmotyOu1LDfEIGc/view





segunda-feira, 25 de novembro de 2019

REVELAÇÕES SOBRE A MORTE DO PAPA JOÃO PAULO 1º




Podemos avaliar a força do establishment, que tem sistematicamente abafado os escritos, inclusive livros muito bem documentados (caso de «Em Nome de Deus» de D. Yallop) sobre os claros indícios de crime na morte do papa João Paulo I, falecido em condições misteriosas no Vaticano a 28 de Setembro de 1978 e a sua relação com os escândalos do Banco do Vaticano e a existência de ligações entre as altas hierarquias católicas e a loja maçónica, fascista e golpista, P2.

Agora, um mafioso (António Raimondi), um dos co-autores do crime e primo do Cardeal Marcinkus (o outro assassino), vem confessar* como os dois efectuaram o crime. Ele diz-se condenado a morrer em breve, devido a cancro.
O silêncio total sobre a notícia* do mês de Outubro deste ano, da parte da media em Portugal e noutros países, demonstra o enorme controlo, a censura totalitária que se abateu sobre toda a informação, sobretudo a que põe em causa os poderes instalados. 

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Manlio Dinucci: «O F-35 na agenda secreta de Pompeo em Roma»





 O caça furtivo F-35 torna-se invisível não só ao radar, mas também à política: nos comunicados dos encontros do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em Roma, não há vestígios. No entanto, o ‘Corriere della Sera’ revela que Pompeo solicitou à Itália  para pagar os atrasos dos caças adquiridos e para desbloquear a encomenda de uma compra posterior, recebendo de Conte a garantia de que "seremos leais aos pactos".

A Itália comprou até agora, 14 caças F-35 da americana Lockheed Martin, 13 dos quais já entregues,estão "completamente financiados". Anunciou no Senado, em 3 de Junho, a então Ministra da Defesa, Elisabetta Trenta (M5S), anunciando outras aquisições que elevarão o total a 28 caças até 2022. A Itália comprometeu-se a comprar 90, com uma despesa prevista de 14 biliões de euros. A essa despesa, junta-se a da actualização contínua do software (o conjunto dos programas operacionais) do caça de que a Lockheed Martin mantém exclusividade: somente para os aviões comprados até agora, a Itália deve despender cerca de meio bilião de euros. 

A Itália não é só compradora, mas fabricante do F-35, como parceira de segundo nível. A Leonardo (anteriormente Finmeccanica) - a maior indústria militar italiana, da qual o Ministério da Economia e Finanças é o principal accionista, com uma quota de cerca de 30% - administra a linha de montagem e testes do F-35 na fábrica de Faco de Cameri (Piemonte), de onde saem os caças destinados à Itália e à Holanda. A Leonardo também produz asas completas para os aviões montados nos EUA, utilizando materiais produzidos nas fábricas de Foggia (Puglia), Nola (Campania) e Venegono (Lombardia). O governo dos EUA seleccionou a fábrica de Cameri como centro regional europeu para manutenção e actualização da fuselagem.

O emprego na Faco é de cerca de mil trabalhadores, dos quais muitos são precários, apenas um sexto do esperado. As despesas para a construção da fábrica e a aquisição dos caças são muito superiores ao valor dos contratos estipulados pelas empresas italianas para a produção do F-35. E não devemos esquecer o facto de que, embora os ganhos vão quase inteiramente para os cofres das empresas privadas, as despesas saem do erário público, fazendo aumentar a despesa militar italiana, que já atingiu os 70 milhões de euros por dia. 

O Secretário de Estado, Mike Pompeo, nos encontros com o Presidente Mattarella e com o Primeiro Ministro Conte, sublinhou a necessidade da Itália e de outros aliados europeus "aumentarem os seus investimentos na defesa colectiva da NATO". Certamente, nas reuniões confidenciais, este pedido foi feito por Pompeu com tons não diplomáticos, mas peremptórios. Certamente, enquanto o Departamento de Estado elogia a Itália porque "alberga mais de 30 mil soldados e funcionários do Pentágono em cinco grandes bases e mais de 50 sub-instalações", Mike Pompeo solicitou, em reuniões confidenciais, poder instalar outras bases militares em Itália (talvez em troca de algum alívio das taxas aduaneiras dos EUA sobre o parmesão italiano). 

Certamente, na agenda secreta de Pompeo, estava também o ajuste para próxima chegada,  a Itália, das novas bombas nucleares USA B61-12, que substituirão as actuais B-61. Uma nova arma nuclear projectada especialmente para os caças bombardeiros F-35A, seis dos quais pertencentes à Força Aérea Italiana, receberam, em Outubro, o certificado da NATO de plena capacidade operacional.

Mike Pompeo, em Roma, não se ocupou só de coisas materiais, como o F-35 e o queijo Parmesão. Num simpósio no Vaticano, fez um discurso em 1º de Outubro, sobre "Dignidade Humana e Fé nas Sociedades Livres": afirmou que "os Estados Unidos chegaram um pouco depois de São Pedro, mas protegeram sempre a liberdade religiosa" e, com ela, a "dignidade humana"; acusou a China, Cuba, Irão e Síria de suprimirem essas liberdades. Palavras proferidas, com uma grande cruz como fundo, por um homem santo que, no momento em que se tornou chefe da CIA, declarou ao Congresso que tinha considerado" a reintrodução do 'waterboarding' e de outras medidas de interrogatório aprimorado", ou seja, a tortura. 

il manifesto, 7 de Outubro de 2019

(traduzido do italiano por Luísa Vasconcellos)