As pessoas estão de tal maneira condicionadas pela narrativa da media de massas, que não se apercebem como as suas percepções do mundo estão dependentes e influenciadas por 24/24 e 7/7 de «notícias», cujo conteúdo obsessivo nos faz adoptar uma visão, não apenas sobre aquilo que se passa a milhares de km de distância, como sobre sociedades com problemáticas que não são as nossas.
Por outro lado, as mais escandalosas falhas de um sistema que se auto-proclama como democrático, não nos incomodam. Prossegue a saga kafkiana de Julian Assange, não só dele, afinal, pois é a morte do jornalismo independente em todo o mundo, que está em jogo. Mas, a media está nas mãos de interesses tais, que este assunto é quase eliminado, para proveito dos poderes globalistas e sua ditadura mundial fascista em progressão deslizante.
As pessoas de esquerda na Europa ocidental adoptam frequentemente uma postura de vassalagem ao imperialismo dos EUA, sem sequer perceber como estão mentalmente colonizadas, através da ideologia dos direitos humanos, a esse poder.
Fotos de estátuas de veado e da sereia de Andersen vandalizadas.
Esta ideologia é apenas uma arma de arremesso daquele poder, destituído que quaisquer considerações humanitárias verdadeiras. Na verdade, o Estado Profundo dos EUA (Deep State), é quem detém a capacidade para desencadear «revoluções coloridas», em qualquer parte do mundo, para avançar a agenda desse mesmo Estado Profundo.
Agora, é a vez dos próprios EUA, com a onda de pseudo revolucionários e actos de vandalismo com ausência real de perigosidade para o referido Estado, visto que tudo o que concentra a fúria destrutiva dos activistas são símbolos... Acaso verdadeiros revolucionários iriam desencadear uma ofensiva... para derrubar estátuas dos personagens históricos?
- Ou iriam antes organizar a ofensiva contra os verdadeiros responsáveis das injustiças e da opressão? Ao desviarem, assim, a ira popular do poderio dos bancos, das multinacionais, das agências de controlo das massas, como a CIA, o FBI, a NSA, etc. não estarão eles (BLM, Antifa, etc) a fazer o jogo, ou mesmo a ser os agentes desse mesmo poder?
Este breve inquérito de Tele Sur pode ajudar a compreender os meandros do globalismo e da «galáxia» George Soros.
Entre as ONGs por ele financiadas inclui-se a Open Society Foundation, Human Rights Watch, Black Lives Matter e muitas outras.
- Como construiu ele o seu império financeiro? - Onde e como aplica os muitos biliões de que dispõe? - Porque razão os multimilionários usam frequentemente a capa da filantropia?
Há meses que se desenrola uma revolta popular, protagonizada sobretudo por jovens, a propósito da tentativa de fazer passar uma lei, pela Assembleia Legislativa local, que permitiria a extradição de criminosos em fuga presentes no território de Hong-Kong para o território em que o crime foi cometido.
Esta iniciativa legislativa partiu da governadora de Hong-Kong Carry Lam, a qual tomou como pretexto o caso de um criminoso comum, acusado de homicídio em Taiwan, que se refugiara em Hong-Kong. Segundo a legislação corrente, o poder judicial de Hong-Kong não tem autoridade para julgar o caso. Daí, a proposta de lei de extradição. Note-se que as autoridades de Taiwan vieram afirmar que a hipotética extradição do criminoso para Taiwan nem sequer se poderia concretizar, visto não existir reconhecimento do governo de Taiwan por parte das autoridades de Hong-Kong e vice-versa.
Os manifestantes viram na manobra o desejo das autoridades de Hong-Kong em tornar possível a extradição para a China continental de criminosos, mas também de dissidentes políticos do regime da República Popular da China, que se tenham refugiado em Hong-Kong.
Recordemos que o território beneficia de estatuto especial ao nível Legislativo e de Governo, com instituições estabelecidas antes da passagem deste território para soberania chinesa em 1997. Este estatuto só estará caducado em 2049, quando ocorrer o completar do período de transição, ou devolução, de Hong-Kong à China.
No início, o movimento massivo conseguiu que o governo de Hong-Kong suspendesse o processo legislativo em curso para aprovação da polémica lei. Porém, os protestos continuaram porque eles pensam que o poder político apenas quer recuar um passo, mas mantendo em «banho Maria» a referida legislação sobre extradição. Além disso, os manifestantes consideram que o governo de Hong-Kong é uma marionete de Pequim.
No Domingo passado, os manifestantes invadiram o aeroporto de Hong-Kong, causando uma interrupção dos voos, que se repercutiu até Segunda-Feira (12 de Agosto). O motivo desta invasão foi protestar contra a lesão grave no rosto e num olho, de uma manifestante, por um polícia de choque que usou bala de borracha a uma pequena distância. A irmã da vítima diz que ela não fez nada, apenas se inclinou para olhar, numa paragem de autocarro.
O poder político em Hong-Kong tem estado paralisado face à onda de protestos, por vezes muito violentos, usando tácticas de guerrilha urbana, com cocktails molotov, além de pedras e outros objectos lançados por manifestantes com cara tapada, que se deslocam rapidamente e investem de surpresa contra símbolos do poder, incluindo comissariados de polícia.
O South China Morning Post, que se publica em Hong-Kong, um dos mais prestigiados quotidianos de língua inglesa da região, tem dado um pormenorizado relato dos acontecimentos. Num editorial, a redacção considera que o governo de Hong-Kong tem de compreender que precisa de tomar decisões políticas, que a acção policial, por si só, não será capaz de resolver o problema.
Provavelmente, existem influências dos EUA e países ocidentais insuflando estes protestos, mas o facto é que a problemática que os desencadeou e a forma desastrada como a crise tem sido gerida pelo poder político de Hong-Kong são aspectos absolutamente locais e não importados.
Pequim está em apuros porque está sob pressão económica, devido à guerra comercial com os EUA, tendo sido forçado diminuir o valor do Yuan para defender as exportações.