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quarta-feira, 5 de junho de 2024
segunda-feira, 8 de novembro de 2021
ARTURO MARQUEZ - Danzon n°2
Gustavo Dudamel dirige a orquestra de jovens da Venezuela
- Arturo Marquez é um compositor mexicano
sexta-feira, 3 de julho de 2020
POÇAS DE CUATRO CIÉNEGAS (MÉXICO) REVELADORAS DA EVOLUÇÃO
Um magnífico artigo de divulgação científica de Rodrigo Pérez Ortega revela-nos a riqueza estonteante de vida de poças a uns 1000 km a Norte da Cidade de México (ver também vídeo, aqui).
Cuatro Ciénegas situa-se numa bacia com poças coloridas no meio do deserto mexicano de Chihuahua.
A microbióloga mexicana Souza Saldívar e seu marido, têm estudado as mais de 300 poças (pozas) espalhadas por cerca de 800 km quadrados entre pântanos e montanhas majestosas.
As águas destas pozas, cuja química é muito particular, encerram uma população bacteriana extremamente especializada, vivendo há muitos milhões de anos no mesmo local, como se pode confirmar pelos estromatólitos bacterianos que atapetam as partes profundas das mesmas.
Cada «poza» é um autêntico ecossistema em miniatura, contendo variadíssimas espécies de bactérias, muitas das quais são arquebactérias (um super-reino das bactérias, que poderia estar na origem dos eucariotas, seres com núcleo). Além disso, as várias espécies possuem seus próprios vírus (bactériofagos). Além das espécies bacterianas, existem muitas outras formas de vida, incluindo uma tartaruga que somente se pode encontrar nesta zona.
O artigo descreve em pormenor a diversidade extraordinária da vida microbiana e seria demasiado longo fazer a sua tradução integral. Mas, vale a pena lê-lo, na revista Science.
O artigo utiliza a expressão de «Arcas Perdidas» (evocativo de profusão de vida) para descrever estas formações:
Encontram-se em piscinas (ou «pozas») pouco profundas, ricas em minerais e lagoas, com condições análogas aos oceanos antigos, os pontos quentes para a diversidade microbiana.
As «almofadas flutuantes» («floating matts») de Cuatro Ciénegas estão associadas com as bactérias do Super-Reino Archea; os investigadores chamam-nas «catedrais de arquebactérias».
[todas as fotos foram retiradas do artigo citado]
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
ALGUNS FACTOS... SOBRE CARTÉIS E LAVAGENS DE DINHEIRO DA DROGA
[extraído do artigo do Prof. Michel Chossudovsky: «George H. Walker Bush: The Bush Family and the Mexican Drug Cartel»]
ALGUNS FACTOS...
Donald Trump ofereceu-se para intervir no México, isto é, «perseguir os cartéis da droga» no seguimento de «brutal assassínio duma família dos EUA no México». O presidente mexicano declinou a oferta generosa de Trump.
Numa entrevista recente, o presidente Trump confirmou que sua administração está ponderando caracterizar os «cartéis da droga» como «terroristas», semelhantes a Al Qaida (salvo que são «terroristas católicos»).
Eles seriam, daí por diante, designados por Washington como «organizações terroristas estrangeiras».
Qual é o propósito?
Criar uma «justificação» para operações militares «contra-terroristas» lideradas pelos EUA no interior do México e noutros pontos da América Latina?
Alargar a «Guerra contra o Terrorismo» à América Latina? «Responsabilidade de proteger», confrontar os 'narco-terroristas'...
Algumas verdades não ditas:
1. Al Qaida e organizações terroristas aparentadas (incluíndo a ISIS) no Médio Oriente, África e Sudeste asiático, são criações da CIA.
2. A CIA protege o tráfico multi-bilionário de drogas, assim como os cartéis mexicanos. Além disso, é estimado que 300 biliões de dólares (anualmente) sejam lavados em casinos, em toda a América, incluindo Las Vegas e Atlantic City ... Assim como em Macau. Adivinhe qual é o proprietário de casinos mais rico do mundo...
3. Quer nos EUA, quer na América Latina, são conhecidos políticos com ligações ao tráfico de drogas:
Recuando aos anos de 1990, George H. W. Bush, o papá de Bush Junior, tinha estreitos laços pessoais com Carlos Salinas de Gortari (antigo presidente do México) e com o seu papá Raul Salinas Lozano o qual, de acordo com o Dallas Morning News (27 de Fevereiro de 1997) era «a figura liderando os negócios de narcóticos, que também envolviam o seu filho, Raul Salinas de Gortari» … O mesmo Raul, íntimo amigo de Jeb Bush, (ex-governador da Flórida) e irmão de George W. Bush.
Além das ligações com a família Salinas de Gortari, a família Bush tinha ligações com a família Bin Laden.
Será isto relevante?
Será isto relevante?
[ler artigo completo, em George H. Walker Bush: The Bush Family and the Mexican Drug Cartel ]
sábado, 9 de setembro de 2017
TSUNAMIS, SISMOS E FURACÕES
Todos nós sabemos acerca das catástrofes naturais que se abatem, num ponto ou noutro do globo.
Recentemente, um sismo devastador assolou uma parte do México. O receio de um tsunami acompanhando o terramoto está sempre presente, nestas ocasiões.
Os furacões tropicais Harvey e Irma devastaram o Texas e as Caraíbas, causando prejuízos incalculáveis, além dos mortos, dos feridos e dos muito milhares de deslocados.
Todas estas ocorrências são de natureza pouco previsível no que toca às circunstâncias em que ocorrem e ao tempo em que ocorrem.
Porém, nenhuma destas ocorrências é uma surpresa completa, pois conhecem-se as falhas na crosta terrestre, a atividade do magma e o desenvolvimento de tensões no rebordo de placas geológicas, que estão na origem dos sismos.
Analogamente, são conhecidos os movimentos das massas de ar e de humidade nas zonas tropicais e equatoriais, que estão na origem de furacões, os quais têm muito mais probabilidade de se formar em determinadas áreas do globo, do que noutras.
Estamos relativamente bem informados sobre estes acontecimentos naturais, que consideramos fatalidades fora do alcance dos homens.
Porém, as circunstâncias em que as sociedades humanas enfrentam estas ocorrências podem agravar ou - pelo contrário - minorar, numa grande medida, os aspetos piores de tais tragédias. Sobre as referidas circunstâncias, já nos informam muito menos, já é pouco discutido, a não ser -talvez- nos próprios países onde tais ocorrências se verificam.
O domínio da atividade económica, pelo contrário, pode dizer-se que é inteiramente dependente da capacidade e da visão humana. Neste domínio, usam-se com frequência expressões como «tsunami», «terramoto», «furacão», etc. para designar metaforicamente os períodos de crise e o seu desencadear, mais ou menos súbito. No entanto, não somos informados nem sobre as forças subjacentes a tais situações de crise, nem sobre todas as medidas que as sociedades poderiam tomar para impossibilitar ou diminuir muito o impacto de tais crises.
Com efeito, as forças em jogo são suscetíveis de serem conhecidas e estudadas, tão bem ou melhor que as forças em jogo nos fenómenos geológicos ou climáticos.
Claro que, tal como na Geologia ou Climatologia, haverá - na economia e na política - uma investigação científica e um debate entre especialistas.
Mas a conversa entre especialistas, por si só, não irá permitir, ao nível do público em geral, uma compreensão mais aprofundada e portanto uma atitude preventiva e racional, no que toca aos modos das sociedades produzirem, consumirem, se organizarem.
Em tais domínios do saber, creio que há muito mais ignorância do público em geral, há muito menos preocupação em fornecer os instrumentos cognitivos durante a escolaridade, a um nível não específico. Ou apenas terão acesso a estes saberes, os alunos do ensino secundário ou superior que tenham escolhido áreas de especialidade relacionadas de perto com a economia.
O mesmo se passa em relação à informação «mainstream», que noticia acontecimentos, quer políticos, quer económicos, sem nunca os contextualizar ou, sequer, dar pistas que permitiriam aos mais curiosos consultar trabalhos mais aprofundados e completos.
Penso que a analogia entre catástrofes naturais e político-económicas pode ser adequada ao nível das consequências humanas.
Mas não é de todo adequado usarmos um modelo como os sismos ou os furacões, no sentido mecânico: não são análogas as forças que estão em jogo, no caso das catástrofes naturais e nas catástrofes desencadeadas pelos humanos.
Porém, existe uma tendência em usar e abusar da metáfora natural para «explicar» o mecanismo de fenómenos da economia.
Assim, produz-se um discurso que tem as aparências de científico, mas é vazio de conteúdo verdadeiro. Ele veicula apenas preconceitos embutidos no pensamento dos produtores e recetores do discurso.
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