quinta-feira, 27 de março de 2025

NEUTRALITY STUDIES: «ENCALHADOS NO REINO DA FANTASIA»

 

British MP, Lord Skidelsky


Pascal Lottaz de Neutrality Studies traz-nos  mais uma notável entrevista, de um membro da Câmara dos Lords, que exprime o hiato que se tem alargado nos últimos tempos, entre a realidade e as fantasias, daí o título desta peça: «Struck in Fantasyland» . 
Na minha opinião, o que diz Lord Skidelsky não é somente uma evidência que eu já tinha percebido, ao compulsar nestes últimos anos, materiais para as minhas crónicas neste blog; é sobretudo um apelo - implícito - à ação, das pessoas com sentido do real, para que retomem as coisas em mãos, para que acabe esta deriva «histérica» em relação à guerra Russo-Ucraniana, sobretudo na Europa da U.E. e no Reino Unido.

PS1 (28/03/2023): Martin Armstrong, no seu blog, mostra que os dirigentes dos principais países europeus da OTAN estão perfeitamente alinhados com o regime de Kiev. Estão dispostos a desencadear uma guerra directa OTAN - Rússia. Não hesitarão perante nada, desde ataques de «falsa bandeira», até à entrada em força de soldados da OTAN, combatendo ao lado da Ucrânia, a pretexto de serem «tropas de interposição», obrigando os russos a lutar contra eles. 
Segundo Martin Armstrong, vários dirigentes europeus da OTAN estão «na cama» com os neocons.

terça-feira, 25 de março de 2025

Jonathan Cook: «O Novo Fascismo»

Jonathan Cook é um britânico radicado em Nazareth (Palestina), que tem mantido um constante fluxo de informação independente, em língua inglesa, sobre o conflito israelo-palestiniano. Ele tem sido uma das fontes mais fidedignas sobre as guerras israelo-árabes e a ocupação dos Territórios da Palestina.

Podeis estar contra ou a favor dos seus pontos de vista, mas não podeis negar a objetividade e relevância dos dados que ele tem vindo a divulgar ao longo dos anos. 

Devemos tomá-lo muito a sério, quando diz que Israel é modelo («template») para o que se tem estado a passar na Europa e nos EUA, nas guerras contra as liberdades. No Reino Unido e em vários países da U.E. (incluindo a Alemanha, mas não exclusivamente) fabricaram leis que equiparam a solidariedade com o povo palestiniano, com «conivência com terroristas». Na mesma ocasião, as notícias sobre terrorismo de Estado, em Israel e nos «civilizados» países ocidentais, são suprimidas. Em vários casos, a sua denúncia tem sido mesmo criminalizada e não os atos destes Estados, propriamente terroristas!

 https://open.substack.com/pub/jonathancook/p/the-new-fascism-israel-is-the-template?utm_source=share&utm_medium=android&r=9hbco 


O fascismo nunca desapareceu das nossas sociedades, das nossas instituições,  das mentalidades de muitos concidadãos.  Esta é  a verdade que Jonathan Cook nos mostra. A conivência com o genocídio dos palestinianos às mãos dos sionistas de Israel não  seria sequer possível e ainda menos defendida por larga base do establishment, caso o fascismo tivesse sido completamente derrotado, após a II Guerra Mundial.

segunda-feira, 24 de março de 2025

PORTUGAL, «O COLAPSO EM CÂMARA LENTA»

 No vídeo seguinte são apontadas algumas das graves disfunções, que têm sido responsáveis pela crise. Esta tem sido mais longa e mais profunda que noutros países europeus. Na realidade, conjugam-se três crises, ou três componentes de uma mesma crise estrutural: demográfica, económica e social.

Na realidade, as raíses do fenómeno português podem ser procuradas bem longe, na História. Porém, no relativo curto prazo, situo a deriva agravada a partir do ano de 2015 quando, saído de uma grave recessão e com num processo anémico de crescimento, o país foi governado pelo centro-esquerda, tendo antes estado entregue ao centro-direita. 

Na realidade, trata-se de duas versões da classe dominante. Esta burguesia local tem estado vassalizada - principalmente - aos senhores da UE, à Comissão Europeia e aos governos dos países mais fortes (Alemanha e França sobretudo). 

A opção do governo P«S» de Carlos Costa, foi de  dar rédea larga à exploração de curtíssimo prazo resultante da bonança momentânea com o turismo, criando condições para uma enganadora retoma económica. Enganadora, pois não se baseava em desenvolvimento estratégico, como seria o caso, se houvesse real investimento em infraestruturas e em formação. Mesmo nos sectores «dos ovos de ouro», turismo e imobiliário, não havia real estratégia. O imobiliário foi entregue a empreendores exclusivamente virados para a construção ou reabilitação de elevados custos finais, destinada à fina camada de portugueses endinheirados e -sobretudo - aos muitos estrangeiros, principalmente da UE, mas também dos EUA, do Brasil, da China, etc. Estes superricos viam a compra de imobiliário em Portugal, como sendo um investimento com boas hipóteses de valorização. Era também avaliado este país como sendo «seguro», em termos de proteção da propriedade capitalista. 

Com a crise do COVID primeiro e depois com a deterioração do clima económico na UE, entrou-se em recessão. Esta, tem sido negada pelas estatísticas enviesadas. Mas, as condições precárias dos não-beneficiários com o «mini-boom» turístico, foram tornando-se cada vez piores. Muitos partiram para o estrangeiro, sobretudo jovens, como está documentado no vídeo. Mas, esta emigração em massa só trouxe prejuízo ao país, pois acentuou a condição de país exportador de mão-de-obra e cuja juventude - altamente qualificada- por falta de emprego adequado, é obrigada a fazer carreira no estrangeiro (a «drenagem dos cérebros» ou «brain drain»). 

A dependência estrutural de Portugal não é uma fatalidade, porém:

 Portugal possui boas condições naturais, climáticas e geográficas, para arrancar para um desenvolvimento autónomo. Mas, para isso, seria necessário que a camada dirigente dos partidos de governo tivesse uma perspectiva patriótica. Ora, esta camada é totalmente o oposto: sofre dum complexo de inferioridade face ao estrangeiro, em todos os setores do espectro político: de direita, de centro e de esquerda. O mais frequente, é digladiarem-se para arrancar mais benesses ao Estado, através do controlo da media de massas. 

A casta governante está inteiramente devotada aos interesses corporativos; sua sujeição canina ao imperialismo e à OTAN, são outro sinal claro disso.




domingo, 23 de março de 2025

PROPAGANDA 21 (Nº26): DUAS GUERRAS, UM CÉREBRO, ZERO CONSISTÊNCIA

 


Análise de como a propaganda profunda age ao nível do sentimento das pessoas; o lado racional não é posto em causa; por isso as pessoas pensam que estão em controlo do que pensam e que não se deixam influenciar pela propaganda mas estão completamente erradas. Veja no vídeo acima a demonstração.


PS: Depois de ver o vídeo acima, não ficará surpreendido por uma notícia como a seguinte ...

Israel’s Hellish Attack on the Palestinians

The Genocide Continues 


... ser completamente obliterada dos noticiários mainstream!

sábado, 22 de março de 2025

CRÓNICA DA IIIº GUERRA MUNDIAL, Nº41: O EUROPEÍSMO DESCONCERTADO REVELA SUA VERDADEIRA FACE

Uma interessante discussão sobre o militarismo, por Michael Roberts:  

https://thenextrecession.wordpress.com/2025/03/22/from-welfare-to-warfare-military-keynesianism/



Meu comentário:

Tenho ideia de que o «Keynesianismo de guerra» foi positivo na altura da 2ªGuerra Mundial, sobretudo para os EUA, pois ajudou a derrotar os poderes do Eixo e simultaneamente foi a saída para a longa e terrível depressão na economia americana e mundial, que durou de 1929 a 1941, mais de uma década.

Mas, em consequência do Mundo resultante do fim da IIª Guerra Mundial, nomeadamente, a formação do bloco soviético, o império americano quis manter as suas indústrias de guerra intactas para derrotar os soviéticos e seus aliados...Assim, nos anos 50 e 60 as despesas de guerra continuaram, não havendo reconversão significativa das indústrias de guerra (sobredimensionadas, mesmo para o contexto da então nova guerra-fria). Depois, o Complexo Militar Industrial foi tomando mais e mais poder na política, na administração, no Pentágono, na CIA, etc, até que, definitiva e totalmente, tomou conta dos assuntos correntes (a última tentativa para derrotá-lo, foi devida a JFK…).

Nos dias de hoje, não existe possibilidade prática, num lapso de tempo inferior a dez anos, das indústrias militares - presentes e futuras - da UE atingirem um nível remotamente semelhante ao que possuem, tanto a China, como a Rússia (e estes são dois aliados de facto). Este atual entusiasmo militar é baseado em tomar seus desejos pela realidade (wishful thinking), por pessoas que estavam tão seguras do apoio americano, que nunca encararam a possibilidade deste apoio acabar, como está acontecendo agora.
Porém, uma despesa «furiosa» de rearmamento, a ter lugar, irá arruinar todos os países da UE; será um suicídio económico e social. Sendo assim, cabe aos povos europeus acordarem, verem como foram enganados e tomarem seu destino em suas próprias mãos, varrendo a clique militarista, parasitária e oligárquica que domina a UE.

sexta-feira, 21 de março de 2025

COMO É QUE SE «FAZ» POLÍTICA NOS DIAS DE HOJE?

 Não irei fazer-vos uma recitação do que eu julgaria ser a maneira «correta» de fazer política, por outras palavras, de uma casta (ou grupo, ou classe, ou camarilha) se dirigir ao povo, ao «bom povo», do alto da sua sabedoria, para o iluminar sobre os caminhos que (supostamente) os meus colegas de partido (ou de máfia, ou de seita, ou de religião) desejam que «passe» para os cérebros «lentos» dos meus concidadãos.

Certamente, este conceito de «fazer política» está muito atrasado no tempo: Só alguns «iluminados» (sejam eles moderados ou extremistas, revolucionários ou reaccionários, de esquerda ou de direita) se dedicam a fazê-la assim, exactamente como o fazem desde há mais de cinquenta anos e nunca desaprenderam! 

Não, creio que todos temos diante dos olhos (pelo menos dos olhos da mente) esses imensos cartazes publicitários, que enchem literalmente a paisagem, com as suas cores primárias e as caras sedutoras e sorridentes, acompanhando os slogans eleitorais. Estes, curiosamente, destacam-se por não veícular qualquer ideia, apenas banalidades, sentimentos, truísmos ou seja, o vazio. O vazio é a forma política que assumiu a propaganda visual dirigida às massas. Este vazio é acompanhado, na «media de massas» pelo reforço dos preconceitos, dos lugares-comuns, do «vêem; nós somos como vocês: Votem em nós, porque nós é que vos compreendemos», etc. 

Esta tática resulta, porque toda a formação do cidadão se transformou - desde há muito tempo - em mera «formatação»: 

- Não é mais do que uma constante e vigorosa lavagem ao cérebro. Lavam-te o cérebro a toda a hora, mas sobretudo quando, diante do écran do televisor ou na Internet, segues um pseudo «debate», onde apenas se afirmam as personalidades narcísicas seleccionadas como «adversários», numa justa verbal sobre qualquer coisa, sobre uma coisa qualquer. O tema é - em geral - algo susceptível de «agarrar» a audiência, de lhe dar um «frisson», de a fazer sentir-se inteligente, esclarecida, do lado do bem, etc...

A decisão de voto que te querem forçar a tomar é irrelevante, no melhor dos casos, apenas mais uma camada de servidão e de engano suplementar. A faculdade de «escolha», tida como o supra-sumo do que chamam «democracia», é como entre dois detergentes: um com embalagem castanha e o outro, ocre. Ou - se preferires - chocolate embalado em papel prateado ou dourado mas, nos 2 casos, com o mesmo gosto a mixórdia sintética.

E lá vamos nós cantando e rindo! Estamos na véspera do alargamento da IIIª Guerra Mundial que começou - como as duas outras - em solo europeu.  Só que, desta vez se aproxima dos 30 anos - de 1999 a 2025:

Esta IIIª Guerra Mundial começou, pelo menos, quando a aviação da OTAN/NATO, bombardeou a Sérvia (hospitais, escolas, embaixadas e edifícios civis, em Belgrado e noutras cidades) e não em resposta a qualquer ameaça que o regime sérvio da altura tivesse feito à OTAN, ou a seus membros. Tratava-se de «libertar» o Kosovo, a região sérvia agora controlada pelos EUA/OTAN que aí possuem uma mega base militar. Um território sob ocupação, onde o povo autóctone, sérvio e kosovar, sobrevive miseravelmente.

E lá vamos nós cantando e rindo... 

Para não estragar o coro angelical, continua-se dando porrada, prendendo e expulsando os pacifistas que se atrevem a defender o povo da Palestina, porque «todos os habitantes de Gaza são do Hamas» (palavras do ministro de defesa israelita e doutros responsáveis do governo). 

Mas, como dizem ao povo (ao bom povo!) que eles (pacifistas) são terroristas disfarçados, está tudo esclarecido: Qualquer manifestação de solidariedade, de compreensão, de simpatia humana para com eles, seria demonstração de cumplicidade com o horrendo crime de assustar as almas dos bons. Entenda-se: desde os cristãos sionistas, passando pelos valentes soldados do IDF orgulhosos dos seus crimes de guerra, aos torturadores dos campos onde sofrem milhares de «terroristas» civis, incluindo mulheres e crianças.

Este discurso já está a tornar-se demasiado «radical»! Para amenizá-lo, deixo a humorística nota final:

O povo da minha aldeia está confuso com a catadupa de insultos da propaganda anti-russa, na comunicação (anti)social, fazendo-se eco das vozes «politicamente esclarecidas»: Sempre confiou na grande utilidade e no pacifismo das mulas ruças*, com séculos de bons serviços enquanto auxiliares em todo o tipo de trabalhos, principalmente nos campos. 

_______

*Ruço: o tom de pelagem dos animais, entre o cinzento o castanho.


PS: Entretanto, em Portugal, tem-se uma amostra do panorama europeu de profunda crise de legitimidade das oligarquias e da sua total incompetência. Traduz-se numa nova ronda eleitoral, a 3ª em três anos, após dissolução  do governo e da maioria parlamentar...

 

 

segunda-feira, 17 de março de 2025

AS SEREIAS DA GUERRA GRITAM ESTRIDENTES

...e o povo cego e confiante nos seus chefes nem suspeita que vão mobilizar para a corrida armamentista as suas poupanças, os fundos das suas pensões e todo o cash que está nos bancos através da maior golpada de todos os tempos: a imposição do euro como divisa digital obrigatória, emitida pelo BCE.
 
🚨 «EU to Use 10 Trillion Euros of Citizens' Savings for Its Militarization Plans», VEJA no YouTube:

sexta-feira, 14 de março de 2025

Informe de la ONU demuestra que Israel es culpable de violencia sexual generalizada.

 ORIGINAL (EM INGLÊS) NO SITE SEGUINTE:

https://open.substack.com/pub/the307/p/un-report-proves-israel-is-guilty?utm_source=share&utm_medium=android&r=9hbco


Israel es declarado culpable de los crímenes de los que acusó falsamente a los palestinos. 

The Dissident Mar 14, 2025

 La Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos ha publicado un informe profundo y profundamente perturbador sobre el uso generalizado de la violencia sexual y de género por parte de Israel contra los palestinos durante el genocidio en Gaza. En este artículo revisaré algunas de las partes más importantes del informe. Se desmiente el engaño de la violación masiva del 7 de octubre. En el informe, la ONU señala que las falsas acusaciones de violaciones masivas cometidas por Hamás el 7 de octubre se utilizaron para justificar atrocidades reales contra los palestinos. 
En el informe señalan que “las acusaciones de violencia sexual contra mujeres israelíes el 7 de octubre de 2023 han dado lugar a intentos de reconstruir la masculinidad nacional israelí a través de la agresión”. 
El informe también señaló que: los funcionarios israelíes han utilizado la violencia sexual cometida contra mujeres israelíes el 7 de octubre para movilizar apoyo a las operaciones militares de las fuerzas de seguridad israelíes en la Franja de Gaza y continuar la guerra, refiriéndose a Hamás como "un régimen violador" que ha utilizado la violencia sexual como arma para aterrorizar a la población israelí mientras "la comunidad internacional permanece en silencio". 
 También señalaron que “este mensaje ha sido amplificado y difundido por las fuerzas de seguridad israelíes en videos de hombres palestinos detenidos que presuntamente confesan actos de violación y otras formas de violencia sexual durante los ataques del 7 de octubre”. 
Más adelante el informe señala que estos vídeos fueron extraídos bajo tortura, escribiendo que la Comisión revisó varios vídeos en los que los detenidos eran interrogados por miembros de las FSI, mientras eran colocados en una posición extremadamente vulnerable, completamente subyugados, cuando confesaban haber presenciado o cometido violaciones y otros delitos graves. También se expusieron los nombres y rostros de los detenidos. 
La Comisión considera que la distribución de dichos vídeos, con fines puramente propagandísticos, constituye una violación del debido proceso y de las garantías de un juicio justo. 
En vista de las circunstancias aparentemente coercitivas de las confesiones que aparecen en los vídeos, la Comisión no acepta dichas confesiones como prueba de los crímenes confesados. 
Una investigación del Times of London concluyó que “en todos los videos y fotografías de Hamás no había representaciones de violaciones”. 
El periódico también “contrató a un destacado investigador israelí de la red oscura para buscar evidencia de esas imágenes, incluido material de archivo”, quien dijo: “No se pudo encontrar ninguna”. Moran Gez, un fiscal israelí centrado en el 7 de octubre, también admitió

(CONTINUAÇÃO EM INGLÊS NO SITE:





quinta-feira, 13 de março de 2025

UM PORTUGAL DESCONHECIDO, NO CENTRO E NORTE



 Esta reportagem descreve a vida simples e plena de uma súbdita britânica, que escolheu viver na autonomia e na verdade duma vida mergulhada na natureza. Mas não pensem que ela «romantiza» as suas condições concretas de sobrevivência. Com efeito, vêem-se painéis fotovoltaícos para gerar eletricidade; a casa está bem reconstruída e deve ser confortável no inverno e nas outras estações. Ela sabe tirar proveito da natureza e da ciência agrícola e doutras, que lhe traz a nossa época. 
Esta Senhora, como outras pessoas, nem sempre «eremitas», veio desenvolver o seu projeto de vida natural, autossustentada, em distritos do interior Centro e Norte de Portugal. 
Algumas «neo-colonizações» agrupam várias famílias em aldeias, que foram habitadas durante séculos e que acabaram por morrer com o desaparecimento dos seus últimos habitantes autóctones. 
Assim seja: é bem melhor que estas aldeias renasçam, graças à inteligente e ecológica escolha de estrangeiros (holandeses, alemães, britânicos, etc), do que serem abandonadas ao deserto «verde» (de eucalíptos) ou acaparadas para projetos de agricultura comercial, usando as técnicas agressivas do agronegócio. 

Desde há muito tempo que tenho chamado a atenção para a existência dum enorme potencial nas zonas rurais portuguesas, incluindo as despovoadas pela emigração massiva e continuada. Muitas zonas são óptimas para cultivo (com as técnicas adequadas) de produtos de elevada qualidade, sem haver recurso a técnicas agressoras do ambiente (adubos sintéticos, herbicidas, inseticidas  e fungicidas, a culturas exóticas ou de alto rendimento, etc). 

Os produtos obtidos, não apenas podem satisfazer as necessidades das comunidades recém-instaladas, como podem ser exportados para outros países, nomeadamente, para o Norte da Europa, onde a sua qualidade é devidamente apreciada. 

A juventude portuguesa, salvo raras e honrosas exceções, prefere ainda manter-se na órbita dos empregos urbanos, agarrada ao paradigma de «promoção social» que tem vigorado desde há duas ou mais gerações atrás. 

Talvez um dia descubram o enorme potencial que lhes deixaram os seus avós; assim o espero!

terça-feira, 11 de março de 2025

LUNA: «URGENTE MENSAGEM AOS EUROPEUS, VINDA DO VIETNAME»

 


 VERDADEIRA NATUREZA DO IMPERIALISMO DOS EUA.


PS1: 

Segundo Thierry Meyssan, a reviravolta de Trump em relação a Zelensky deveu-se ao facto deste ter ordenado o bombardeio das refinarias da Chevron e da Mobil. 

Confirma-se que os EUA têm uma política e uma geoestratégia guiadas pelos seus interesses corporativos.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Christine Lagarde anuncia lançamento da divisa digital do ECB


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COMENTÁRIO DE MANUEL BANET:

A pressa com que esta medida, francamente controversa, é anunciada, chega ao ponto de ultrapassar as ténues regras formais de separação dos poderes, adoptadas pela U

COM EFEITO, CHRISTINE LAGARDE E O ECB NÃO TÊM NENHUM PODER DE DECISÃO NESTE ÂMBITO: APENAS TÊM LEGITIMIDADE, SEGUNDO A LEGISLAÇÃO DA UE, O CONSELHO DE MINISTROS DA UE, QUE DEVERÁ DECIDIR POR UNANIMIDADE OU POR MAIORIA QUALIFICADA, ALÉM DO PARLAMENTO EUROPEU, QUE TERÁ DE RATIFICAR TAL DECISÃO. 
EU NÃO TENHO QUAISQUER ILUSÕES SOBRE OS MECANISMOS DITOS «DEMOCRÁTICOS» DA UE, MAS FICO SURPREENDIDO PELA PRESSÃO EXERCIDA POR CHRISTINE LAGARDE, QUE VAI AO PONTO DE SUBVERTER ESSES MECANISMOS, PONDO EM CAUSA OS ÓRGÃOS ACIMA REFERDOS DA UE. 
Isto quer dizer que eles estão em pânico, que estão a ver que a união é uma utopia, que se deveria falar de «desunião europeia» tanto neste, como em quase todos os domínios de políticas atuais da UE.
Note-se também que os EUA têm o projeto de CBDC praticamente inviabilizado, visto que as assembleias legislativas de dois Estados (que eu saiba, talvez haja mais) produziram leis que proíbem a qualquer instância impor o dinheiro digital no seu território. Portanto, essas divisas digitais, de iniciativa do banco central (a FED, nos EUA) seriam proíbidas de circular nestes Estados, caso fossem instituídas ao nível federal!
A fuga para a frente é uma manobra típica de autoritários que se vêm desautorizados, pelos povos e pelas circunstâncias concretas. Assim, eles querem aproveitar o caos resultante da política histérica, aberrante e suicidária, dos Estados mais fortes dentro da UE, para imporem um 'diktat', que iria consolidar o poder da eurocracia e da oligarquia que nos (des)governa.

TULSI GABBARD DIZ A VERDADE EM RELAÇÃO À UCRÂNIA E AO PAPEL DOS EUA NA GUERRA


 A não perder! Como membro da Administração atual do Governo Trump, Tulsi Gabbard diz aquilo que muitos de nós - pacifistas - denunciámos.... mas fomos ignorados, ou arrastados na lama ou perseguidos... 

domingo, 9 de março de 2025

JONATHAN COOK: REFÉNS ISRAELENSES E CESSAR-FOGO

Jonathan Cook: Reféns israelenses e o cessar-fogo



Há uma razão premente para manter nossa atenção focada na diretiva Hannibal, escreve Jonathan Cook. Ela se relaciona com o que está acontecendo agora.

Palestinos em Gaza em 29 de janeiro, após o cessar-fogo anunciado no início do mês. (Jaber Jehad Badwan, Wikimedia Commons, CC BY-SA 4.0)

Por Jonathan Cook
Jonathan-Cook.net

Aqueles de nós que continuamos falando sobre o uso que Israel fez da chamada diretiva Hannibal em 7 de outubro de 2023 — na qual Israel matou seus próprios cidadãos para impedir que fossem capturados pelo Hamas — fomos difamados por desculpar os crimes do Hamas naquele dia.

Não é por isso que sinalizamos o problema.

Em parte, isso se deve ao fato de que algumas das imagens mais horripilantes de 7 de outubro, de corpos carbonizados e carros e casas destruídos em Israel — apresentadas como evidência de uma barbárie especial que é supostamente típica dos palestinos — foram quase certamente causadas por Israel invocando sua diretiva de terra arrasada naquele dia.

Essas imagens se tornaram centrais na onda de propaganda lançada por Israel e seus apologistas para justificar o massacre em massa de crianças de Gaza nos 17 meses seguintes.

Mas há também uma razão muito mais urgente e premente para manter nossa atenção focada no papel da diretiva de Hannibal. E ela se relaciona com o que está acontecendo agora.  

[O presidente Donald Trump emitiu ameaças militares sobre as consequências de não entregar reféns israelenses que, segundo o Hamas, se forem realizadas, violariam os termos do cessar-fogo .]

Israel e os EUA ainda estão aplicando a diretiva de Hannibal — contra os prisioneiros israelenses mantidos em Gaza. 

O ponto da diretiva sempre foi impedir que o inimigo pudesse usar reféns israelenses como alavanca para atrair Israel para negociações — principalmente para pressioná-lo a entregar qualquer um dos milhares de reféns palestinos que mantém em seus campos de prisão e tortura . Muitos deles nunca foram acusados ​​ou julgados.

Israel e os EUA nos dizem que precisam bombardear Gaza — no que equivale a um genocídio "plausível", de acordo com a mais alta corte do mundo — para forçar o Hamas a devolver os prisioneiros israelenses. Mas, na verdade, Israel e os EUA estão matando imprudentemente esses mesmos prisioneiros por meio de suas ações.

Why? So they don’t have to negotiate over a ceasefire. So they can carry on with the genocide, without pressure to deal with the fate of the Israelis held in Gaza.

“Bring Them Home” — a giant lights sign by artist Nadav Barnea at Charles Bronfman Auditorium, Heichal Hatarbut, Tel Aviv, Jan. 3, 2024. (Yossipik, Wikimedia Commons, CC BY-SA 4.0)

It was exactly the same reckless approach on Oct. 7, when Israel showed it was indifferent as to whether Israelis lived or died so long as they weren’t taken captive.

[See: What We’re Not Hearing About Oct 7]

That’s why — in one instance we know about — the Israeli military fired into a home in Kibbutz Be’eri, knowing that there were a dozen or more Israelis inside, including children.

The army was completely indifferent as to whether those Israelis would be killed as a result. All but two were. Those witnesses are the main reason we know what really happened.

That’s why Israel’s Apache helicopters recklessly fired on hundreds of cars fleeing the Nova music festival, indifferent to whether the cars contained Hamas fighters or Israeli citizens.

Even the former defence minister, Yoav Gallant, admits the directive was invoked that day.

We’ll never know how many Israelis were killed – in part because Israel will never let us know. It’s even buried many of the destroyed cars to stop a forensic investigation.

But what we do know with certainty is that the Israeli military killed many Israelis on Oct. 7.

Western media have studiously refused to report on the issue of the Hannibal directive, even though it is all over the Israeli media. (See hereherehere and here.)

That is more than just a failure by Western media outlets. It is a crime against journalism — if not complicity in the genocide itself.

Western publics need to know that the Hannibal directive was invoked for a very simple reason: It is a crucial piece of information for assessing the credibility of Israeli and U.S. claims that they are trying to get the Israeli captives back alive and to properly weigh Israel’s motives in returning to the genocide in Gaza.

Notice how, in Trump’s latest deranged tweet, he accuses Hamas of “murdering” the Israelis held in Gaza. That’s pure, Israeli-inspired disinformation.

It is clear that most, if not all, of the dead captives were killed not by their Hamas captors but by Israel’s massive, reckless 15-month bombardment of the tiny territory of Gaza. That same bombardment, the equivalent of six Hiroshimas, has leveled Gaza and killed many tens of thousands — maybe hundreds of thousands — of Palestinians.

Why is Trump so eager to misdirect us?

Because he wants to win our support for Israel’s continuation of its slaughter of the people of Gaza and justify his own decision to supply, as his predecessor did, the weapons needed to continue that genocide.

After all, Trump makes his own genocidal intent expressly clear in addressing “the people of Gaza” and telling them that they will all be “DEAD” if the Israeli captives aren’t handed over. Yet “the people of Gaza” have no control over whether the captives are released.


Notice too that Trump calls Hamas “sick and twisted” for holding on to the bodies of dead Israeli captives, even though it is Israel that is violating the ceasefire agreement that would see those bodies returned.

This has become a further rationalisation by Israel and the U.S. for killing “the people of Gaza.” But Hamas learnt the value of using dead bodies as bargaining chips directly from Israel.

For years, the Israeli government has had a policy of refusing to return to their families the corpses of those Palestinians it has killed, including while in its torture camps. This violation of international law long predates Oct. 7. The Israeli courts have repeatedly approved the policy, accepting the government’s view that the bodies should be held as “bargaining chips.” It gave its backing again in January.

So if Hamas is “sick and twisted,” it is only because Israel is even more sick and twisted. If Trump thinks the people of Gaza deserve a genocide because of their leaders’ “sick and twisted” decisions, should he not be consistent and argue that the people of Israel deserve a similar fate for their own leaders’ “sick and twisted” decisions?

A campaign of lies and disinformation have helped to shred international law over the past year and half. And one of the biggest lies is the pretence that, in slaughtering Gaza’s children, Israel has been acting in the interests of Israelis held in the enclave.

Jonathan Cook is an award-winning British journalist. He was based in Nazareth, Israel, for 20 years. He returned to the U.K. in 2021. He is the author of three books on the Israel-Palestine conflict: Blood and Religion: The Unmasking of the Jewish State (2006), Israel and the Clash of Civilisations: Iraq, Iran and the Plan to Remake the Middle East (2008) and Disappearing Palestine: Israel’s Experiments in Human Despair (2008). If you appreciate his articles, please consider offering your financial support

This article is from the author’s blog, Jonathan Cook.net.

The views expressed are solely those of the author and may or may not reflect those of Consortium News.

sábado, 8 de março de 2025

#SolutionsWatch : James CORBETT "THE WHITE PILL"

 #SolutionsWatch

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There are people out there trying to get you to swallow the black pill. They say you are weak, powerless and pathetic and that your only power is to select which oligarchs will rule over you. Today, James Corbett and friends deliver the white pill truth: that you are powerful, that you are important and that you can take actions that will change the world for the better.

Don’t miss this important, star-studded edition of #SolutionsWatch on how to ditch the whole black/blue/white/red pill paradigm and achieve positive change in the real world.

Sources, shownotes and links – as well as audio versions and download options – can be found here. Previous episodes of #SolutionsWatch can be found here and here.

Governos das oligarquias servem-nos treta da «austeridade» para fazer passar o rearmamento

Um artigo que devíamos ler pausadamente, para compreender a profundidade da traição das elites, incluindo do país que tem liderado a U€  - a Alemanha de Merkel e de  Scholz!

[...] And there we have it in the last paragraph, Europe must become like the US. An imperial power with outsized defence spending and downsized social spending - all because of “big bad Russia”. War spending good, oligarch war profiteering good, social spending bad, taxes on rich people bad. While the US becomes more like Milei’s Argentina. [...]


Ver também a entrevista de Glenn Diesen com Rachel Blevin



Glenn Diesen’s Substack