evento cataclísmico que devastou a capital portuguesa e outras regiões, seguido por um maremoto e incêndios que causaram milhares de mortes e uma destruição quase total da cidade. Este sismo é considerado um dos mais importantes e mortíferos da história e deu origem à sismologia moderna.
O POVO MAIS RICO DO MUNDO É O CHINÊS , NÃO O AMERICANO
"O rendimento líquido das famílias médias é basicamente nada. Nós temos problemas graves na nossa economia»" – Carl Icahn.
Quatro anos depois de derrotar militarmente os EUA, em 1955, Mao disse aos seus colegas: «Se não conseguirmos ultrapassar a América em 100 anos, não merecemos existir. Deveríamos ser varridos da face da terra». Menos de setenta anos depois, a China ultrapassou a América.
Hoje, os chineses são muito mais ricos que os cidadãos da América e da Europa, vivem mais tempo, com vidas mais saudáveis e seus filhos formam-se - em grande número -em cursos superiores nas áreas de Matemática, Informática e Engenharia.
Mas, antes de examinar a subida da China, vejamos o declínio do Ocidente:
A maioria dos americanos poupou menos de $10 000. Apenas 0.1% possui $5 milhões (ou mais), sendo este o mínimo para uma reforma sem sobressaltos.
“Duas vezes por semana a YMCA organiza distribuição gratuita de comida para a comunidade de ex-militares, e cada semana, há mais famílias na fila do que refeições para servir.” NBC News, 8/2/25.
A taxa oficial de pobreza nos EUA é de 11.6%, com 38 milhões de pessoas a viverem na pobreza. US Census
“A maior parte dos americanos não ganha o suficiente para garantir os custos básicos de vida, segundo uma análise,”
Em 2007, um comprador mediano de casa nos EUA, tinha 39 anos. Hoje, tem 56.
Em 2025, o dinamarquês médio trabalha 6500 horas por cada ano de pensão de reforma. Os chineses trabalham 4600 horas.
No ano passado, a riqueza média na cidade alemã mais rica, Berlim, era de $89 000, diz o Bundesbank.
Como é que a China realizou isto
Em termos reais, o rendimento dos trabalhadores americanos não subiu desde 1975, as suas poupanças têm diminuído constantemente desde 1989 e os resultados são incontestáveis.
Os trabalhores chineses, por contraste, duplicaram os seus rendimentos cada 10-12 anos, desde 1955 e pouparam 35% dos seus rendimentos cada ano. Em 2020, as famílias medianas urbanas na China, tinham um património de $200 000. Em 2025, este será de $250 000.
Os nossos media e governos irão continuar a suprimir os dados sobre estas mudanças, enquanto for possível. Mas, uma vez que isto for um conhecimento comum, ele irá mudar permanentemente o mundo.
A energia que se desprende desta Passacaglia, por Haendel, tem a virtude de nos dar alento para continuar. É por isso que publico aqui vídeos musicais. São escolhidos pela qualidade dos interpretes e das próprias composições. Por vezes, são pouco conhecidos.
Chegou um ponto para Van der Leyen, a representante da elite globalista e para Trump, em que ambos acumulam erros sobre erros. Querem «endireitar» a situação e ainda se atolam mais, porque os povos do chamado Sul, já não os temem e muito menos os respeitam.
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PS1: A recente farsa sangrenta da tentativa de decapitação da direção do Hamas em Doha, acaba por se virar conra Netanyahu e Trump. Segundo a discussão abaixo, está fora de questão que o comando regional dos EUA (com uma importante base militar no Qatar) não soubesse de antemão do golpe assassino:
Sobretudo, esta longa entrevista de Glenn Diesen ao famoso John Helmer* (*jornalista australiano residindo há mais de 30 anos em Moscovo),vem nos aclarar quais os objetivos estratégicos que Rússia por um lado, e EUA e europeus da OTAN por outro, procuram alcançar para o início duma negociação de paz
FERRAT CHANTE ARAGON é uma playlist criada exclusivamente com canções baseadas em poemas de Aragon, compostas e interpretadas por Jean Ferrat.
Muito me lembro do álbum de 1971 : as suas melodias tão apropriadas aos conteúdos, fizeram-me amar (ainda mais) a poesia do grande e ímpar poeta francês.
Hoje constato que as canções reunidas neste álbum não envelheceram!
O mon jardin d'eau fraîche et d'ombre Ma danse d'être mon cœur sombre Mon ciel des étoiles sans nombre, ma barque au loin douce à ramer Heureux celui qui devient sourd au chant s'il n'est de son amour Aveugle au jour d'après son jour, ses yeux sur toi seule fermés
Heureux celui qui meurt d'aimer Heureux celui qui meurt d'aimer
D'aimer si fort ses lèvres closes qu'il n'ait besoin de nulle chose Hormis le souvenir des roses, à jamais de toi parfumées Celui qui meurt même à douleur à qui sans toi le monde est leurre Et n'en retient que tes couleurs, il lui suffit qu'il t'ait nommée
Heureux celui qui meurt d'aimer Heureux celui qui meurt d'aimer
Mon enfant dit-il ma chère âme, le temps de te connaître ô femme L'éternité n'est qu'une pâme, au feu dont je suis consumé Il a dit ô femme et qu'il taise, le nom qui ressemble à la braise À la bouche rouge à la fraise, à jamais dans ses dents formée
Heureux celui qui meurt d'aimer Heureux celui qui meurt d'aimer
Il a dit ô femme et s'achève, ainsi la vie, ainsi le rêve Et soit sur la place de grève ou dans le lit accoutumé Jeunes amants vous dont c'est l'âge, entre la ronde et le voyage Fou s'épargnant qui se croit sage, criez à qui vous veut blâmer
Heureux celui qui meurt d'aimer Heureux celui qui meurt d'aimer
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Há uma musicalidade instrínseca nos poemas de Louis Aragon (o nome literário do médico Louis Andrieux). Não sei se deva atribuí-la à sua frequentação assídua dos poetas franceses medievos, renascentistas e do classicismo, se à libertação da palavra e da imaginação onírica, durante os anos de participação nas aventuras coletivas do Dadaísmo e Surrealismo.
Muito se fala sobre as divergências ideológicas nestes grupos literários. Acabavam por ser mais os dissidentes, que os que permaneciam fiéis aos princípios estéticos e doutrinários destes movimentos.
Mas, para mim, a participação de Aragon em vanguardas literárias, assim como a posterior adesão ao PCF, interessam-me relativamente pouco. As suas produções literárias (recolhas de poemas e romances), pelo contrário, são a parte da biografia que nos levam a reconhecer a grandeza do poeta.
Note-se que outros grandes nomes da canção francesa homenagearam a poesia de Aragon: Leo Ferré, Georges Brassens, Françoise Hardy, Catherine Sauvage e muitos mais...
A língua do diálogo de Sophie com Alexander é o inglês. Mas, tem dobragem em francês (falado) que cobre as vozes originais. Talvez exista uma versão sem dobragem, permitindo ouvir/ler em inglês.
De qualquer maneira o diálogo é denso e cheio de pontos muito interessantes e sobretudo cuja probabilidade de serem veículados pela media corporativa ocidental é próxima de zero.
Taiwan é um dos principais assuntos da conversa, mas não o único.
Quando, em Janeiro deste ano, Trump e a sua equipa tomaram conta das rédeas da Casa Branca, parecia ser um momento favorável às relações bilaterais Indo-Americanas. Havia, pelo menos do lado de Nova Delhi, a esperança de que a atitude «equidistante» dos indianos em relação a disputas asiáticas, mormente com a China, valeriam à Índia uma atitude mais condescendente da potência hegemónica.
Mas, qual quê?
Os indianos estão muito dependentes do petróleo russo para a sua economia, eles não podiam sancionar o principal fornecedor de energia para as suas atividades industriais e agrícolas, sem provocar imediatamente um colapso.
Pensaram que os americanos teriam o bom senso de fechar os olhos em relação à aplicação das sanções contra a Rússia, pela Índia. Tanto mais que estes dois últimos países têm sido, ao longo de décadas, excelentes parceiros estratégicos, não apenas no petróleo, como em relação a centrais nucleares (de tecnologia russa), a armas e dispositivos (grande parte de origem russa) e ao grande volume de trocas comerciais.
Mas os EUA, viam a situação de maneira totalmente diferente: Viam-na ao «modo imperial», ou seja, eles decretaram as tais sanções às exportações de petróleo russo e todos tinham de as aplicar, sob pena de ficarem eles próprios sujeitos a sanções «secundárias», apenas pelo facto de terem desrespeitado o «decreto» do Império (note-se que este é que é ilegal, face à lei internacional, pois sanções só podem ser válidas se sancionadas pelo Conselho de Segurança da ONU, o que - obviamente - não é o caso).
Assim, de uma penada, os americanos ficaram sem um país neutro, mas com possibilidade de se tornar aliado, integrando a «OTAN do Indo-Pacífico», a aliança militar (QUAD), destinada a bloquear a «progressão» chinesa no continente asiático.
Pelo contrário, os indianos perceberam que - para eles - era vital sanarem as divergências com a China, cujo inimigo comum estava realmente disposto a intensificar a guerra económica (taxas de 50% nas tarifas alfandegárias para exportações indianas destinadas aos EUA) e, de provocação em provocação, ir até ao ponto de guerra «física», para manter a sua suzerania naquela parte do mundo.
Os chineses perceberam perfeitamente a situação da Índia. Devem ter aplanado o terreno o mais possível, para que os acordos em múltiplas áreas económicas e de defesa fossem firmados, enquanto as disputas territoriais - causas de fricção do passado - eram discretamente remetidas para resolução por via diplomática, excluíndo a repetição de episódios bélicos nos Himalaias.
Razão têm os chineses, nas redes sociais, em chamar o presidente dos EUA, «camarada Trump»! Quem mais tem feito pelos interesses geoestratégicos da República Popular da China, senão o «camarada» e sua Administração?
- Permite-nos compreender a paranóia e brutalidade dos imperadores.
- Tem ramificações até à atualidade, pois há uma tendência de certos cidadãos chineses, a fazerem um paralelo com o tempo de Mao, olvidando as crueldades, para apenas reterem a unificação debaixo do poder imperial.
- Do ponto de vista tecnológico, verifica-se um desenvolvimento muito maior, em relação à civilização greco-romana, das artes militares, da cerâmica, da metalurgia, da mineração, da circulação monetária e do comércio, etc.
- O chamado "modo de produção asiático", termo cunhado por Karl Marx, implica a centralização extrema do poder político e concomitante controlo sobre todos os aspectos do império, desde a produção agricola, a organização social, até ao controlo do pensamento através da submissão dos intelectuais (sobretudo, dos sábios confucionistas).
- Mas existia propriedade agrária na posse de senhores feudais.
Este esquema de poder absoluto implicava a vassalagem geral de reis e nobres. Eram privilegiados, vivendo na corte. Mas, no fundo, eram reféns do imperador.
PEDRO E O LOBO continua a ser uma das histórias mais ouvidas no mundo inteiro graças à grande música de Prokofiev, que soube tornar acessível o prazer musical a tantas gerações de crianças. Estas podiam ignorar tudo dos aspectos técnicos da música. Porém a sua memória musical ficou gravada com as melodias identificadoras e os timbres dos instrumentos correspondentes aos personagens: Pedro, o Avô, os caçadores, o gato, o pato, o passarinho... e o lobo.
Eu tive o privilégio de ter recebido como prenda este mesmo disco, oferta dos meus pais. Digo isto, porque é um excelente meio pedagógico para os pequeninos despertarem para a arte dos sons. Penso que continua a desempenhar perfeitamente este papel, nos dias de hoje.
Larry Johnson é um ex-analista da CIA. Com outros , membros na reforma de serviços de inteligência dos EUA, tem feito intervenções públicas na qualidade de cidadão. Eles estão bem cientes das realidades dos países tidos como "inimigos" do Ocidente. Os seus pontos de vista públicos são norteados pelo que creem ser os interesses verdadeiros dos EUA e do seu povo. Infelizmente, de um lado e do outro do Atlântico, o que tem maior capacidade de influenciar os políticos no poder, são os lobbyistas e através deles, os interesses do grande capital.
Já tenho muitas vezes referido a perversão dos regimes ditos democráticos no Ocidente: A caricatura de legalidade democrática transformou-se ( em poucos anos ) em ditadura dos privilegiados que põem o interesse individual acima dos legítimos interesses da população. Portanto, estamos na transição para Estados totalitários como Hannah Arendt tão bem caracterizou, em relação ao século XX
Veja e oiça a entrevista com um autor expondo documentos que permaneceram secretos até há pouco tempo. Talvez a sua perspectiva sobre o assassinato dos Kennedy e a sua relação com a geopolítica fique modificada!
A oligarquia que nos desgoverna, possui dois discursos, duas narrativas: - Uma, dirigida às massas, que se pode considerar obra de propaganda; é apenas o discurso conveniente para forçar a plebe a se curvar e aceitar os sacrifícios em nome da "paz, da democracia e da civilização ".
Claro que este discurso não tem nenhuma coerência com a acção política e governativa por eles realizadas. Nem tem que ter. Tal discurso destina-se a distorcer a realidade, a encurralar o espírito das pessoas num misto de afirmações falaciosas, que se substituem aos factos e de emoções que têm a sua raiz no medo resultante de representações fantasmagóricas do inimigo. Estas representações são, na maioria das vezes, projecções disfarçadas das intenções da oligarquia, mas atribuídas ao outro campo, aos inimigos.
- Mas, existe um outro discurso, que não consta nos media controlados pelo poder. Um discurso interno aos círculos da oligarquia. Este não se pode ler no sentido próprio. Ele nunca é explicito, nunca se traduz em palavras claras. Ele mantém-se restricto ao círculo fechado dos poderosos, nunca dai extravasa. Porém ele é legível para os analistas que não se deixam enredar em palavras, mas dedicam o seu tempo a analisar os factos; as acções concretas, não o palavreado que os criados do poder atiram como um manto, para encobrir as acções.
Laura Ruggeri avança com o conceito de «Thatcherismo de Guerra»; ela desmente que estejamos a regressar a um "Keynesianismo de Guerra " , como muitos têm afirmado de forma pouco rigorosa.
Penso que é um conceito com capacidade de nos revelar o verdadeiro intuito da classe dirigente, qual o seu verdadeiro objectivo em forçar a sociedade e a ecomia a se reconverterem, com explícita vontade de levar a guerra às fronteiras da Rússia.
Não irei adiantar mais, aqui, pois aconselho vivamente a leitura do artigo de Laura Ruggieri.
What we are witnessing in the West is not "Military Keynesianism", which was rooted in the post-World War II economic boom, but "War Thatcherism" — governments hype national security concerns to implement far-reaching neoliberal restructuring and fiscal austerity that would otherwise encounter significant resistance. This approach entails a deliberate reallocation of resources, shifting budget priorities from social welfare programs to military and defense-related expenditures — a reconfiguration of the economic landscape.
War Thatcherism involves more deregulation, privatization, and labour market flexibility (i.e. labour precarity and worker exploitation) under the pretext of national security threats while governments reduce their social obligations.
Take Germany as an example. Berlin is touting investment in defense R&D and manufacturing as a path to economic growth and competitiveness. It may promote growth in countries that have access to affordable energy resources, but this is definitely not the case of Germany, and the majority of EU countries, after losing Russian gas (“thank you, USA”)
Cuts to welfare programs will only exacerbate socioeconomic inequalities and undermine the foundations of societal cohesion, fostering alienation, resentment and dissent.
Dissent, whether expressed through protests, strikes, or other forms of collective action, provides authorities with a convenient justification for imposing draconian measures to curb political freedoms.
In the name of maintaining public order, EU countries will continue to expand surveillance, restrict the freedom of assembly, limit free speech, and enhance their repressive powers. These measures, invariably framed as ‘necessary to restore stability’, serve to bolster authority in the absence of true sovereignty and further erode whatever is left (very little!) of democratic norms and accountability.
▪️War Thatcherism is a fraudulent scheme that benefits transnational elites, impoverishes and enslaves Europeans. Once they are destitute, powerless and fully zombified, they can be turned into cannon fodder.
Taiwan tem uma longa história. Uma história que antecede de milénios a presença do poder imperial chinês na ilha.
Foi a partir de Taiwan e de outros pontos da costa asiática, que se deu o povoamento das ilhas dos arquipélagos da Polinésia e parte da Indonésia. Existem evidências, do ponto de vista antropológico, linguísticas e - mais recentemente - do ADN destes povos, que demonstram essa antiga dispersão.
No século XV, antes dos portugueses terem aí chegado, Taiwan era parte do império chinês. Mas a população autóctone era muito maioritária. Os comerciantes vindos do continente e alguns membros da administração eram os poucos habitantes da etnia Han (muito maioritária, hoje, na China continental).
Com o tempo e o intercâmbio com os «bárbaros do sul» (nome dado aos portugueses), assim como com outros aventureiros e piratas que frequentavam as águas da região, a percentagem da etnia originária foi decrescendo e aumentando a da etnia Han, dominante no continente.
Mas, uma transição mais acentuada ocorreu no final do século XIX, com a invasão e colonização nipónica da ilha. Os japoneses expandiram-se em Taiwan, tal como noutras paragens do Extremo-oriente, à procura de recursos e de posições estratégicas, que lhes permitissem consolidar o império «do Sol nascente». A colonização japonesa de Taiwan terá sido menos brutal que a doutros países e povos (como foi o caso da Coreia), mas deixou más memórias a muitos taiwaneses.
Na guerra entre japoneses e americanos, no final da IIª Guerra Mundial, as tropas de ocupação japonesas foram obrigadas a render-se, em Taiwan, aos americanos. Estes entregaram o governo de Taiwan ao Kuo Min Tang. Na guerra civil entre os exércitos do partido comunista e nacionalistas de Chian Cai Tchek as tropas derrotadas deste último refugiaram-se em Taiwan, sendo transportadas em navios de guerra americanos.
Chian Cai Tchek foi um general que, inicialmente, se aliou aos comunistas soviéticos. Esteve próximo do nascente Partido Comunista Chinês mas, passado algum tempo, tomou a chefia duma facção nacionalista, que se confrontou de modo sangrento com os comunistas. Esta guerra civil decorreu em simultâneo com a invasão japonesa. A luta contra o invasor motivou algumas tréguas entre os exércitos chineses inimigos, mas não houve realmente uma frente duradoira contra o invasor.
Os comunistas chineses acusam as forças nacionalistas de fazerem o jogo do invasor, ao não tomarem a ofensiva quando tinham oportunidade de o fazer, etc. É difícil avaliar os papéis de uns e de outros na terrível situação de guerra civil e no meio de uma invasão estrangeira.
O certo é que comunistas e nacionalistas foram jogetes das superpotências vencedoras da 2ª Guerra Mundial, os soviéticos e os americanos. Durante muitos anos, a China Popular não foi reconhecida oficialmente pelo «Ocidente», havendo uma delegação da «República da China» (de Taiwan) nas Nações Unidas. Apesar disso, os ocidentais faziam comércio com a China comunista (através de Macau e de Hong Kong).
Quando Nixon e Kissinger fizeram a grande viragem, que permitiu que o governo da China Popular fosse reconhecido como o legítimo para toda a China e se abriam as portas da ONU, muitas instituições multilaterais receberam representantes oficiais da China Popular e os diplomatas de Taiwan perderam o estatuto de representantes da China, em virtude dos acordos Sino-Americanos e de tudo o que se seguiu.
Hoje em dia, a polémica é alimentada pelos americanos, ao darem o dito por não dito (em relação à promessa de não expansão da OTAN para Leste, também faltaram aos compromissos):
- Segundo os acordos de 1971, há só uma China; essa entidade é representada pelo governo de Pequim. Oficialmente, continua a ser esta a posição dos EUA e da imensa maioria dos países representados na ONU, salvo uns poucos, que ainda mantêm relações diplomáticas com Taiwan.
Em Taiwan, existe um governo de um partido diferente daquele que tem governado nos decénios passados. Este partido, o DPP, diz oficialmente perseguir o objetivo da independência de Taiwan. Ora, este partido tem uma maioria estreita nas eleições e conta com forte oposição do Kuo Min Tang (o partido fundado por Chian Cai Tchek), que não aceita a política separatista.
A economia da ilha está fortemente interconectada com a China continental. As matérias-primas, em particular alimentares, são importadas em grande parte do continente. As indústrias de microinformática e semicondutores, como a empresa TSMC, têm como principal destino de exportação a China Popular. Há grandes investimentos de capitais de Taiwan, na China continental. Para muitos milhares de pessoas e para a economia de Taiwan, um corte de laços comerciais com a China continental seria uma catástrofe.
A ambição americana é acirrar as inimizades, provocar o governo de Pequim a intensificar medidas que possam ser vistas como «estrangulamento» da ilha, para criar condições dum conflito aceso, em que eles (EUA) iriam socorrer o governo taiwanês, «ameaçado pelos totalitários». Até agora, esta manobra não tem surtido efeito, quer pela sabedoria e experiência acumulada de chineses, de ambos os lados do Estreito de Taiwan, quer porque as simulações do Pentágono têm mostrado que, numa confrontação militar, os EUA, inevitalvemente, iriam perder.
Glenn Gould consegue cativar a minha atenção do princípio ao fim, desfiando cada andamento de cada partita como uma narração única.
A qualidade destas interpretações foi reconhecida com a designação de «Gravações do Século», ou seja, são gravações de referência para intérpretes e apreciadores de música barroca.
Para Dmitri Orlov não há dúvida que a sociedade ucraniana está destruída, para além de qualquer recuperação, pelo menos, na duração de nossas vidas. Já o falecido Gonçalo Lira e outros, apontavam o facto da demografia ter atingido um ponto de não retorno.
Os neocons americanos e demais imperialistas, têm um plano de «repovoar» a Ucrânia com emigrantes de países que eles também destruíram ou ajudaram a destruir. Estes proporcionariam trabalhadores manuais para os projectos industriais, agrícolas e, sobretudo, de mineração (lítio, metais estratégicos...). Quanto à agricultura, com os solos mais férteis comprados por grandes empresas de agronegócio, seria baseada em adubagem química e aplicações de insecticidas, em culturas OGM.
Não me espanta nada que , depois da destruição física deste povo, venha a fase da colonização, no duplo sentido de exploração dos autóctones e de importação de emigrantes e de colonos, de países africanos e do Oriente próximo.
A Rússia não está interessada em ser «sócia» nesta empresa de neocolonização, por duas razões simples de se perceber:
- 1º Seria acusada de explorar e escravizar os ucranianos, levantando mais rancor, alimentando prováveis movimentos de sabotagem ou de guerrilha anti-russa.
- 2º A imensidão da Rússia e a quantidade de riquezas minerais inexploradas são largamente suficientes para garantir um futuro de bem-estar para a população, se as referidas riquezas ficarem em mãos nacionais russas e controladas pelo poder político, de forma a não serem sujeitas à predação de capitalistas nacionais e internacionais.
De qualquer maneira, aconselho-vos a ouvir Orlov. Dmitri foi viver nos EUA com os seus pais, quando menino e regressou à pátria russa há poucos anos. Tem numerosos livros, um dos quais é particularmente interessante, pois estabelece o paralelo entre a decadência e colapso do império americano e do império soviético:
- Ele prevê que o caos e miséria nos EUA ultrapassem a catastrofe dos anos 1990 da Rússia pós-soviética, de predação pelos oligarcas (locais e internacionais). Nos anos da presidência de Bóris Iéltsin, a Rússia sofreu uma «hecatombe» populacional, devido ao brusco desaparecimento das estruturas sociais que sustentavam a população mais pobre, mais idosa...
Se as 15 medidas forem concretizadas plenamente, será uma transformação profunda da Igreja Católica. Mas se estas reformas forem sabotadas por dentro, será apenas mais uma colecção de boas intenções.
A dispersão dos neandertais em todo o continente euroasiático proporcionou o aparecimento de formas regionais, encontros e cruzamentos com Homo sapiens e Homo denisovans. Deriva daí, que os humanos contemporâneos, que não sejam subsaarianos, possuem cerca de 1 a 2% de genoma neandertaliano. Em termos de sequência genética, pode-se dizer que a espécie humana de hoje tem várias origens, pode-se considerar que a formação de híbridos entre "raças " (hoje extintas) contribuiu de modo decisivo para as capacidades diferenciais de adaptação aos ambientes particulares. Por exemplo: Adaptações ao frio extremo nas populações do Norte Europeu e Siberiano, respectivamente, através da assimilação de genes neandertais e denisovanos.
Estas descobertas, não só modificam profundamente a maneira como concebemos os processos de evolução humana no passado longínquo, como têm importância para as populações contemporâneas: Correlacionam-se certas resistências ou susceptibilidades a doenças, com certos pedaços de genoma, com certos variantes de genes, herdados das outras espécies humanas, que se cruzaram com nossos antepassados diretos, Homo sapiens.
Estou a falar-vos da «Beggars Opera» de John Gay, com música de Christoph Pepusch, estreada em Janeiro de 1728. A gravação aqui apresentada, foi gravada em 1991, na Igreja St. Paul em New Southgate, Londres, Reino Unido.
Esta peça de teatro musical, que foi um sucesso em Londres na época, mostra os caracteres de personagens com a crueza satírica duma crítica social, a mais impiedosa que este século produziu.
ACONTECE QUE ESTE SÉCULO XVIII, FOI...
- O século do triunfo do capitalismo mercantil
- O século das «Luzes» e da liberdade de crítica nos países que não estavam sujeitos à Inquisição
- O século em que se deu a secessão da colónia americana da coroa britânica, em resultado da guerra revolucionária, com a independência dos Estados Unidos.
- O século em que eclodiu a Revolução Francesa, com todas as suas peripécias épicas e sangrentas.
Esta peça serviu de inspiração à dupla Brecht-Weill para a famosíssima «Ópera de Três Vinténs» (1928).
Ambas as óperas possuem uma estrutura mais aproximada ao teatro popular: Ambas têm numerosas partes faladas (não com recitativos cantados, como era norma na ópera «séria»). As partes cantadas são de sabor popular, com letras e melodias fáceis de memorizar. Os acompanhamentos evocam música de fanfarra ou de teatro de rua, sublinhando a natureza «reles» dos personagens (um sub-mundo de criminosos, prostitutas, proxenetas, receptadores, agiotas... ) por oposição ao que se considerava ser assunto próprio da ópera, como as paixões de «altos personagens», como os reis, os príncipes e os heróis...
A contribuição destas obras para a transformação da visão sobre o teatro e a ópera, pode ser avaliada pelo facto destas terem tido, em quase 300 anos, uma carreira notável nos palcos, no cinema, nas gravações em disco e na adesão do público, incluindo público «popular» não apreciador de obras musicais eruditas.
O contra-tenor James BOWMAN, acompanhado pela ACADEMY OF ANCIENT MUSIC, sob a direcção de Christopher HOGWOOD - Música em instrumentos da época.
Antonio VIVALDI ( 1678-1741)
STABAT MATER
1 Stabat mater dolorosa
2 Cuius animam gementem
3 O quam tristis et afflicta
4 Quis est homo
5 Quis non posset contristari
6 Pro peccatis suae gentis
7 Eia mater, fons amoris
8 Fac ut ardeat cor meum
9 Amen
Gravação original: 1976 / ADD
Alguns compositores conseguem encher-nos de maravilhamento com singelas combinações de notas, em melodias sustentadas num tecido harmónico. É o caso de Vivaldi, na beleza do seu Stabat Mater e de muitas outras obras sacras, que incluem Gloria, Dixit Dominus, Salve Regina e um grande número de motetes.
O conjunto da obra vocal de António Vivaldi, em especial a de caráter sacro, seria por si só suficiente para colocá-lo em lugar cimeiro da música barroca, mesmo que sua obra instrumental fosse completamente desconhecida.