terça-feira, 5 de setembro de 2023

MENTALIDADE DE GUERRA ESTÁ A EMPURRAR UCRÂNIA E EUROPA PARA O SUICÍDIO [Pascal Lottaz]


 Não é difícil definir o campo da justiça e da lealdade para com todos os povos: A justiça e a consideração por todos os povos, em especial os que sofrem de uma guerra cruenta (e nunca por sua culpa, ao contrário dos chefes respetivos) obrigam a que se exija o cessar-fogo imediato, seguido de verdadeiras conversações de paz, com todos os intervenientes diretos e indiretos desta guerra. Esta foi a minha posição desde o início da invasão russa e mantenho-a. A destruição física e moral desta guerra só tem paralelo com as duas últimas guerras mundiais. Na verdade, trata-se também de uma guerra mundial, pois ocorre no plano da economia mundial (sanções, boicotes) e também na media global, sendo totalmente acertada a frase de que «numa guerra, a primeira baixa é a verdade». 

 Iniciativas para a paz nunca são demasiado cedo ou demasiado tarde. Elas são bem-vindas, pois evitarão o sofrimento pelas vidas que se perdem, ou pelos que ficam estropiados para sempre. 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

JANE MORGAN . FASCINATION

Tudo o que é sublime é simples, embora algo não seja necessariamente sublime, só por ser simples! 
É o caso da melodia e letra desta canção, servidas pela voz perfeita de Jane Morgan, no tema musical do filme de 1957, «Love in the Afternoon», com Audrey Hepburn, Gary Cooper e Maurice Chevalier. 
As imagens do filme também são magníficas! 




 Da banda sonora de "Love in the Afternoon ''


Fascination
It was fascination, I know
And it might have ended right there at the start
Just a passing glance, just a brief romance
And I might have gone on my way empty-hearted

It was fascination, I know
Seeing you alone with the moonlight above
Then I touched your hand and next moment I kissed you
Fascination turned to love

                 PROTAGONISTA DO FILME, AUDREY HEPBURN

domingo, 3 de setembro de 2023

TUDO O QUE O GOVERNO DIZ É PARA DISTRAÍ-LO DA AMEAÇA ÀS NOSSAS LIBERDADES


 Neil Oliver no seu melhor, diz uma série de verdades normalmente omitidas nas narrativas da media corporativa e discursos das forças políticas do espectro parlamentar. 
Para melhor compreensão, podes usar as legendas automáticas em inglês,  premindo o botão «CC».

sábado, 2 de setembro de 2023

TRÊS MOMENTOS HISTÓRICOS DO «NEOLIBERALISMO»

 É preciso, de uma vez por todas, desmascarar o «neoliberalismo», como teoria económica e sobretudo, como teoria política dos Estados. 

I) A existência de uma corrente forte designada como neoliberalismo, pode atribuir-se - na origem - à «Escola de Chicago» e economistas do chamado «reaganismo», nos anos 1980. 

Mas, ainda antes disso, os «meninos de Chicago» (Chicago boys) estiveram associados à subversão do regime socialista de Allende, no Chile em 1973, com a contestação orquestrada na sombra pela CIA, conduzindo ao golpe sangrento e fascista de Pinochet, em 11 de Setembro de 73. Foi a partir desse 11 de Setembro, que os arautos do neoliberalismo tiveram oportunidade de aplicar as suas teses de privatização radical das grandes empresas estatais, de privatização da segurança social e saúde (entregando-a às empresas seguradoras), com um pano de fundo de ditadura violenta. No Chile de Pinochet havia quotidianamente «desaparecidos», a tortura e os assassinatos pela polícia política e polícia militar eram comuns, apesar da censura férrea a toda a informação impedir que se soubesse a maior parte do que se passava. Grande parte da população, em especial a mais pobre, ficou na miséria. A «lei» do livre mercado, significou que as condições de exploração se tornaram muito  semelhantes às do século XIX. O lucro das grandes corporações subiu, graças à exploração sem vergonha das pessoas e dos recursos naturais (como o cobre,  outros minérios, pescas, agricultura...). Há pessoas suficientemente estúpidas para dizerem que «as reformas» orientadas pela escola de Chicago, no Chile de Pinochet, foram um sucesso. Claro que esta narrativa é uma afronta às dezenas de milhares de mortos e às centenas de milhares de presos políticos. Este regime de terror, sob a proteção dos EUA, durou bem mais que um decénio e a transição para a democracia foi muito condicionada pelos próprios termos que Pinochet e seus acólitos impuseram.

II) Um outro dos «triunfos» do neoliberalismo foi o desmantelamento do chamado «Estado Social» ou «Welfare State». Não houve viragem política verdadeira dos eleitores, mas antes corrupção de governos social-democratas e socialistas, em toda a Europa. As hostes neoliberais penetraram profundamente o «socialismo reformista» e a IIª Internacional. Esta influência, teleguiada pelo Estado profundo dos EUA e os interesses corporativos que ele serve, permitiu que se tornasse «doutrina» a ideia segundo a qual o sector público é mal gerido e sujeito a clientelismos partidários, enquanto o setor privado (ou privatizado) tem a «propriedade mágica de rentabilizar as empresas, é muito mais eficiente, tem uma gestão rigorosa, o capital não tolera que os recursos sejam desbaratados » etc. 

Como sabemos, a canalização de ajudas e de benesses que acompanharam a entrega de setores rentáveis à «iniciativa privada», enquanto se deixavam em mãos estatais os setores não rentáveis, torna esta narrativa «num conto de fadas», ou numa ladainha que não prova nada, mas que esconde uma coisa importante: A intensificação da exploração dos trabalhadores, pela via direta nas empresas privatizadas e indireta, pois são-lhe retirados muitos direitos sociais legitimamente adquiridos.

III) Finalmente, o chamado neoliberalismo é a expressão na teoria económica, política e geoestratégia do imperialismo americano. Isso implicou a cedência total dos referidos social-democratas e socialistas europeus e, num âmbito global, do chamado «Ocidente». Os governos da UE, muitos destes considerados de centro-esquerda, têm mostrado a sua subordinação total à política belicista dos EUA, em especial no que toca à guerra levada a cabo pelos EUA em solo europeu via OTAN, e usando o Estado falido e fascistoide da Ucrânia como  ariete. Esta, insere-se na guerra sem tréguas contra a Rússia: Os neocons, que dominam a política externa e «de defesa» dos EUA desde há mais de 2 décadas, querem ver a Rússia destruída, reduzida a uma série de «bantustões», incapazes de fazer frente aos EUA. O público dos países da UE é inundado de propaganda de guerra, que distorce completamente a realidade e impede que ele se coloque como protagonista. O seu interesse natural seria de  tomar um claro partido contra a guerra, mas ele tem-se deixado manipular. 

A guerra anunciada contra a China, a pretexto de um território que é reconhecido por todos formalmente como pertencente à China, é ilustrativa da agressividade imperialista, dos que se designam de «neoliberais». Taiwan está internacionalmente reconhecida sob soberania chinesa. A constante provocação contra a China pode despoletar a IIIª Guerra Mundial, ou o alargamento da Guerra Mundial já existente. Os «neoliberais» imperialistas estão a fazer correr o risco de generalização e escalada de conflito entre potências nucleares. 

Concluindo: O «neoliberalismo» não tem nada de novo, nem tem nada de liberal no sentido da corrente nascida no século XVIII

Os verdadeiros liberais do passado, não apenas propunham a liberdade do comércio, como eram defensores da liberdade política, dum governo representativo, com câmaras eleitas, representantes dos cidadãos e dos seus interesses, defensores de constituições promovendo a liberdade de opinião e de organização da oposição.

Os que usam abusivamente a etiqueta «liberal», os neoliberais, apenas querem que o capital e seus detentores reinem sem entraves, que os poderosos esmaguem os fracos... Nem sequer resta no pensamento deles a «liberdade de comércio», constantemente espezinhada pelas sanções unilaterais contra as nações que não se dobram ao seu diktat. 

Na verdade, os neoliberais são defensores duma liberdade sem limites, para exploração dos trabalhadores, dos fracos e dos povos do Terceiro Mundo, às mãos das grandes corporações. Usam o termo «liberalismo» para melhor enganarem as pessoas.  


quinta-feira, 31 de agosto de 2023

MORNING HAS BROKEN (Cantado por CAT STEVENS)

Um hino em glória a Deus e de gratidão pela beleza da vida, que nos é dada gratuitamente, basta saber recebê-la como a erva que recebe o orvalho.

                                          https://www.youtube.com/watch?v=DmAOBosGlHY

Morning has broken
like the first morning,
blackbird has spoken
like the first bird.
Praise for the singing!
Praise for the morning!
Praise for them, springing
fresh from the world!


Sweet the rain’s new fall
sunlit from heaven,
like the first dewfall
on the first grass.
Praise for the sweetness
of the wet garden,
sprung in completeness
where God’s feet pass.


Mine is the sunlight!
Mine is the morning
born of the one light
Eden saw play!
Praise with elation,
praise every morning,
God’s recreation
of the new day! (*)




Autora:

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(*) Tradução de Manuel Banet


Ao romper do dia
como no primeiro,
o melro cantou,
como a primeira ave.
Alegrai-vos pelo canto!
Alegrai-vos pela manhã!
Alegrai-vos pela frescura
Irrompendo na Criação!

Suave chuva tombando
iluminada do céu,
como o primeiro orvalho
na primeira erva.
Alegrai-vos pela doçura
do jardim húmido,
irrompendo perfeito
sob os pés de Deus.


Minha é a luz do Sol!
Minha é a manhã
saída da luz única
que o Éden iluminou!
Alegrai-vos esfuziantes,
Gratos por cada manhã,
A recreação Divina
de um novo dia!

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

NOVO PARADIGMA NA FÍSICA - STEVE WOLFRAM

 No primeiro destes três vídeos, Stephen Wolfram explica a importância de um quadro conceptual totalmente diferente para dar conta da imprevisão intrínseca, ou seja , da impossibilidade de mapear os percursos possíveis dum conjunto de partículas: Ele formula a 2a. Lei da Termodinâmica de um modo  assaz original.




Um segundo vídeo reflete  sobre a importância  na ciência, que tiveram as ideias completamente "fora da caixa" e a sua rejeição pelos contemporâneos, mesmo os mais ilustres cientistas.

https://www.youtube.com/watch?v=ofeg1P0yHUQ


O terceiro vídeo, mais filosófico, mostra que o novo paradigma proposto por Wolfram escapa à Física e situa-se no terreno da Metafísica. Mas, o autor deste vídeo defende que é uma necessidade. Não usa a expressão "Metafísica" ao de leve. Se seguirmos o raciocínio dele, devemos concluir que a revolução encetada por Wolfram não é meramente na Ciência: tem repercussões no plano da Filosofia.

https://www.youtube.com/watch?v=-jNMh8uuqQY

terça-feira, 29 de agosto de 2023

ALASDAIR MCLEOD: PROTEGENDO-SE DO FIM DAS DIVISAS FIAT

https://www.goldmoney.com/research/hedging-the-end-of-fiat


Do artigo de A. McLeod:

«Ao se discutir a aplicabilidade de bitcoin enquanto dinheiro, a sua inadequação como meio a partir do qual o crédito toma o seu valor foi mencionado e, também, que os entusiastas não tiveram em conta essa função essencial. De facto, a criação de crédito bancário é vista por muitos, quer no campo dos defensores do ouro, quer das cripto-divisas, como um mal e portanto, dizem que um dos benefícios principais do bitcoin é de nos vermos livres dos criadores do crédito. Os que seguem esta linha de raciocínio, falham na compreensão de que todo o dinheiro e as obrigações de pagá-lo, são de facto crédito, pois representam o armazenamento provisório de produção não consumida.  Porque todo o nosso consumo tem origem na produção, logo o meio de troca, seja ele qual for, é um meio de intermediação.

Existem duas distintas formas deste crédito, uma que não implica contrapartida (garante) e que existe apenas sob forma de ouro,  prata ou cobre, que são amoedados por conveniência. Não pode ser outra coisa, se excluirmos a troca direta (barter). O termo adequado para as moedas é dinheiro, para o distinguir das promessas de pagamento (em dinheiro) em data futura, o que se designa por crédito. »



PS.1: Um artigo de 04/09/2023, dá-nos uma panorâmica do ouro, enquanto padrão monetário, sendo particularmente interessante os detalhes sobre os erros cometidos durante o século XIX e as perspetivas dum futuro padrão-ouro, deste servir como reserva, garantindo a solidez das divisas: