domingo, 21 de outubro de 2018

CRISTOPHER BOLLYN: O MISTÉRIO DE «9/11» DESVENDADO

Exposição documental da maior burla e crime da história contemporânea: 
- C. Bollyn demonstra que o governo que está a mentir, a ocultar a verdade, a erradicar todas as evidências do 9/11, é exactamente o mesmo que o planeou e executou.

Não admira, portanto, que o Mundo esteja há 19 anos a sofrer com as guerras desencadeadas pelos EUA. 
O projecto do PNAC tem estado a ser cumprido. Ele foi desenhado e executado por notórios sionistas: 
- os neo-cons são simplesmente sionistas enquistados em  lugares estratégicos da administração e da política americana. 

Bollyn tem uma intenção clara e explícita: erradicando a mentira que está na base de tudo isto, espera ajudar a acabar com as guerras desencadeadas, com o pretexto duma interpretação mitificada do 9/11.  



sábado, 20 de outubro de 2018

DO NEOLÍTICO À IDADE DO BRONZE (Parte I)

                                  

“I am especially interested by one issue: It is possible, maybe even likely, that an important fraction of the genetic medical variation that we find in our species arose in the last 10,000 years. Such variation/adaptation may be the result of the intense cultural development that led to agropastoral economies, a lifestyle that introduced major differences in the lives of large sections of humanity in almost every part of the world.”

Cavalli-Sforza (1922-2018)


Penso que não podia haver citação mais apropriada para encabeçar o tema em estudo, que a de Cavalli-Sforza, que morreu a 31 de Agosto deste ano.
Com efeito, ele liderou um projecto internacional em que se tentava fazer a «história dos povos sem história». Tendo, por um lado, marcadores genéticos (de amostras sanguíneas de populações contemporâneas)  e por outro, as famílias linguísticas a que pertencem esses mesmos povos; suas afinidades, quer genéticas, quer linguísticas, permitiam fazer uma gigantesca árvore da família humana. 
Era notória a sobreposição das árvores construídas apenas com dados de genética, com as que utilizavam os dados da linguística. 
O conhecimento das migrações, por outro lado, era a dimensão geográfica indispensável, quer para compreender as afinidades e diferenças genéticas, quer as de língua e cultura. 

O processo de isolar, purificar e sequenciar ADN antigo, desenvolvido pelo Prof. Svante Pääbo no laboratório de Antropologia Evolutiva do Instituto Max Planck de Leipzig, permitiu um avanço espectacular na paleo-antropologia e trouxe-nos uma maior compreensão dos mecanismos de humanação: 
- quais foram os processos genéticos, populacionais, evolutivos, que levaram as espécies ancestrais - homininos - a se transformarem na nossa espécie? 
Pelas estimativas mais recentes, a espécie Homo sapiens existe há cerca de 300 mil anos, enquanto as várias espécies da linhagem «Homo» surgiram há milhões de anos. 
A grande surpresa decorrente dos trabalhos de Pääbo e colaboradores, sobre ADN de Homo neanderthalensis é a de que parte significativa do seu ADN (1 a 3%) está presente  nas populações europeias e asiáticas contemporâneas. Isto significa claramente que, num passado remoto, houve cruzamento dos humanos «modernos» com os neandertais. 
Além de neandertais, existem provas de que houve cruzamento com outras espécies... O nosso ADN é, afinal de contas, um «puzzle» de ADN originário de várias espécies ancestrais.

No entanto, o desenvolvimento da tecnologia com ADN antigo não se ficou pelas formas mais ancestrais da nossa espécie, ou das espécies extintas aparentadas. A inovação técnica permitiu recuperar e purificar ADN fortemente danificado e contaminado e isso permitiu estudar genomas de muitos restos humanos  fósseis, contendo ADN em más condições de conservação, o que antes seria impossível. 
Assim, ADNs de ossos fossilizados de muitos e diversos povos, com 12 mil a  4 mil anos em relação ao presente, correspondentes ao neolítico (idade da pedra polida), ao calcolítico (idade do cobre) e à idade do bronze, foram sequenciados e fizeram-se estudos estatísticos da disseminação de variantes de genes e de «loci» particulares, os SNPs (Single Nucleotide Polimorphisms). 
As partes mais interessantes do genoma, para este género de estudos de genética, correspondem a dois tipos particulares de material genético: 
- O ADN mitocondrial, de transmissão materna exclusivamente: somente recebemos mitocôndrias, com seus genes próprios, das nossas mães; dos espermatozóides, apenas recebemos o ADN dos 23 cromossomas nucleares.
- O ADN do cromossoma Y, que apenas é transmitido de pai para filho. 
Isto tem a ver com a possibilidade de isolar tais moléculas, relativamente pequenas, por isso, menos danificadas, mesmo quando o ADN cromossómico restante está demasiado danificado. Por outro lado, este ADN permite traçar linhagens em intervalos de tempo longos. Com efeito, não existe, nem no ADN do cromossoma Y, nem mitocondrial, possibilidade de recombinação.

David Reich e sua equipa trouxeram dados muito interessantes nesta investigação: compararam o ADN ancestral proveniente de sítios arqueológicos da região do Cáucaso, onde se crê que foi originada a grande migração «indo-europeia», com amostras de diversas populações contemporâneas, por toda a Europa, Médio-Oriente, Pérsia e Índia.

A propósito das migrações destes povos nómadas, já se possuíam dados sobre disseminação linguística, assim como artefactos e técnicas (cultura material), indicando que uma nova cultura «invadiu» o espaço europeu, num espaço de tempo breve. 
Mas não se podia discriminar, com as técnicas tradicionais da arqueologia, se tinha havido apenas uma propagação cultural ou, em alternativa, migrações propriamente ditas. 

                   Bronze Age warriors


- Como é que surgiram e se disseminaram as práticas agrícolas, como viviam as primeiras comunidades agro-pastoris?
- Como se transformaram estas, de forma que tenham surgido as primeiras cidade-Estado, das primeiras civilizações propriamente ditas, com poder centralizado, com religião formalizada em templos, com castas, etc.? 

... Sobre a  «revolução neolítica», estas e muitas outras questões se podem colocar...

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

CASO KASHOGGI - O QUE A MEDIA NÃO NOS INFORMA


Luke Rudkowski, 

da rede independente WeAreChange  faz um apanhado do caso e, sobretudo, coloca a questão em contexto. 

                          

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

CONTROLO DE PRAGAS OU GUERRA BIOLÓGICA?

                

Uma nova invenção à «Dr. Frankenstein» prepara-se no segredo dos laboratórios da DARPA 

Segundo os proponentes da nova biotecnologia, trata-se de fazer com que vírus vegetais capazes de integrar o seu material genético no genoma das plantas infectadas sejam vectores de genes conferindo resistência a pragas, a condições adversas como secas, etc:

        

No entanto, os críticos deste desenvolvimento apontam o facto de que este tem um potencial de dualidade de utilização: ou seja, tanto pode servir para ajudar a proteger culturas, como a disseminar doenças das plantas que arruinariam as culturas de um país inimigo. Este tipo de tecnologias com uso «dual» é explicitamente proibido no âmbito da convenção (assinada pelos EUA) de proibição de armas biológicas. Aquilo que mais faz as pessoas duvidar das boas intenções do referido programa da DARPA é que são bem conhecidas e dominadas as tecnologias de pulverizar aerossóis com vírus (sem necessidade portanto de insectos como vectores). Os críticos da DARPA argumentam, com bom-senso, que a pulverização de tais vírus seria suficiente para proteger as culturas, não sendo de todo necessário os tais insectos-vectores. Além do mais, esses insectos-vectores não são controláveis, ao contrário da pulverização com vírus. 
Por outro lado, o desvio deste instrumento como arma biológica é facílimo, pois basta serem inseridos, nos vírus-vectores, certos genes que inviabilizem as culturas e disseminados os insectos, num país inimigo.

Alguns entusiasmam-se com o desenvolvimento de instrumentos de biotecnologia que tal programa irá trazer, como efeito «colateral». Porém, creio que o risco de uso indevido é demasiado elevado e que estes progressos tecnológicos podem ser levados a cabo noutro tipo de programas, que não tenham o aspecto «Dr. Frankenstein» deste!

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

BRASIL: INTERFERÊNCIA DA CIA / DESFORRA DA EXTREMA-DIREITA

Bolsonaro foi cedo identificado pela CIA como o candidato a apoiar. 


Um dos métodos utilizados pela CIA consistiu em campanhas de difamação nas redes sociais, usando «thralls» que espalhavam calúnias - quanto mais sórdidas, melhor - sobre candidatos do PT.


Bolsonaro é um defensor da ditadura brasileira, instaurada em 1964 e que durou mais de duas décadas. Durante este período houve desaparecimentos, assassinatos, torturas, prisão de muitos brasileiros. 


Mas como é que um indivíduo assim se tornou o candidato preferido do eleitorado?
A sua promessa demagógica de acabar com a delinquência, a criminalidade associada às drogas, que têm apoquentado todos grupos sociais, teve um eco numa fracção do eleitorado. Há muitas pessoas que estão cansadas de sofrer assaltos, de não poderem ter uma vida normal, de correrem risco de vida por saírem à rua. Por outro lado, o PT nestes anos todos não mudou verdadeiramente as coisas, no sentido de fazer com que os trabalhadores tivessem de facto maior fatia de poder.

O debate feito no jornal Mediapart (jornal francês independente on-line) pode  ajudar a compreender o fenómeno:


sábado, 13 de outubro de 2018

SARAH VAUGHAN - «BUT NOT FOR ME» e OUTRAS CANÇÕES DA BROADWAY


                                      
                                 https://www.youtube.com/watch?v=bM68s_C47YU&list=OLAK5uy_n4BorjE9p8P_d9U5DJl0rz_7CabKmGF2Y&index=5&t=0s

A BELEZA da voz de Sarah Vaughan continua a encantar-me após estes anos todos. A maleabilidade e expressividade do seu canto aliam-se perfeitamente a uma concepção clássica do reportório da Broadway, ou seja, das comédias musicais, nos anos 50 - 60. 
Eu posso - pontualmente - preferir uma interpretação de Ella Fitzgerald, ou de Dinah Washington; porém, quando oiço estes temas interpretados por «Sassy», soam sempre inteiramente naturais, como se todas estas canções fossem expressamente compostas para ela. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

OS INCÊNDIOS FLORESTAIS DE GRANDES PROPORÇÕES: UMA FATALIDADE?

No fim de semana passado (6 e 7 de Outubro) no Parque Nacional de Sintra-Cascais , deflagrou um incêndio de grandes proporções. Não irei aqui especular sobre as causas próximas e se a origem do incêndio foi ou não criminosa. O facto de que na zona havia projectos de aproveitamento turístico, com investimentos já efectuados e aprovação (?) dos mesmos pelas autoridades camarárias - como foi relatado por alguma imprensa - será talvez um factor a considerar no inquérito da polícia judiciária. Porém, o meu objectivo é antes o de chamar a atenção para as causas profundas, por oposição às causas próximas.
O domínio florestal, mormente o que é propriedade do Estado ou das Autarquias, deveria ser um domínio que primasse pelo cumprimento das regras de boa gestão da floresta. Ainda por cima, havendo uma classificação de «parque nacional» associada a muitas destas áreas florestais estatais, é de todo indesculpável e criminoso, à luz da lei vigente, pois são criminosos os comportamentos de «deixa-andar», de não intervenção, muito antes das matas e florestas arderem. 


                                         [a- caminho pedestre, Sintra] 




                                     
                                        [b- zona ardida na Beira Interior]


                                    
[c - árvores autóctones, Mata do Buçaco]





Assim, o Estado e órgãos políticos estão directamente postos em causa, não por alguns «exaltados anarquistas», mas por eles mesmos, por manifesta e claramente violarem e ignorarem suas próprias leis! O Estado e órgãos políticos do mesmo, desde o governo central às autarquias, são efectivamente os responsáveis. Mas, não são os únicos: infelizmente, neste país a população ainda está a um nível de analfabetismo político muito primário, pois acaba por se satisfazer com «medidas» e promessas, solenemente anunciadas depois de cada fogo maior, que vão supostamente prevenir os fogos mas que, ou não são cumpridas, ou não têm real impacto ao nível da prevenção.

A hipocrisia consiste em atribuir exclusivamente a mãos de criminosos, a pirómanos, ou até ao desleixo de pessoas que deixaram uma fogueira mal apagada... a responsabilidade do que se passa. Não que seja falsa a existência desses casos; sabemos que eles existem, numa certa percentagem. 



Mas a responsabilidade de cuidar da floresta, de manter as matas limpas, de promover a renovação das espécies, aumentando a diversidade, reduzindo as áreas plantadas com eucalipto e pinheiro e aumentando as áreas com árvores folhosas autóctones, é colectiva: vai dos proprietários privados de terrenos florestais, das autarquias e do Estado central, aos cidadãos em geral, que deveriam exercer enorme pressão para que sejam realizados os trabalhos de manutenção e correcta gestão florestal. 
Do ponto de vista ecológico, evidentemente a questão é de primeira importância, mas também do ponto de vista económico: como emprego directo e indirecto, como fonte de matérias-primas importantes. Note-se que o eucalipto e o pinheiro são madeiras com pouco valor, o primeiro serve apenas para fabrico de pasta de papel e o segundo para carpintaria, sobretudo. 
Os terrenos plantados com estas espécies são maioritariamente deixados ao abandono, vê-se um crescimento de forma desordenada, tendo plantas com os mais variados tamanhos, não havendo espaçamento entre as várias árvores, nem recolha do restolho, nem corte e remoção do mato rasteiro, tudo isto formando uma enorme pira de combustão, pronta a incendiar-se quando as condições climáticas sejam favoráveis.  
Haveria, por isso, que desenvolver um programa de replantação com espécies autóctones, menos susceptíveis ao fogo, com maior valor comercial e conferindo maior diversidade ecológica.
Muito poderia ser transformado, com enormes vantagens. Mas a opção dos parasitas que nos governam é sempre de produzir «lindas e boas» palavras, mas fazer o menos possível! 
Porém, os investimentos estatais ou os incentivos fiscais, de crédito bonificado, etc. para que privados invistam seriamente na renovação da floresta portuguesa, poderiam ser uma enorme alavanca para o desenvolvimento do país. 
O turismo, que tanto é acarinhado, teria muito  a ganhar. Actualmente, os turistas típicos já não são do género de ficar nas praias, no litoral apenas, durante toda a sua estadia: gostam de fazer excursões no interior, de visitar lugares com beleza natural, de fazer caminhadas em floresta...

Não serei eu a inocentar os que ateiam fogos com objectivo criminoso, nem tão-pouco os que por desleixo deixam que fogos acidentais de grandes proporções se declarem... Mas, afinal de contas, existem outros criminosos, nos governos sucessivos, nas vereações camarárias, assim como em muitos gabinetes do aparelho estatal, que deveriam ser responsabilizados. 
A conivência com um crime é crime; a indiferença com que se trata o património de todos, crime é....e também a gestão danosa, ou fraudulenta, ou incompetente. 
Enquanto ficarem impunes estes crimes e sobretudo, enquanto a população não acordar da sua letargia  e não tomar em mãos a resolução dos seus problemas, vamos continuar a assistir a incêndios como o de Pedrógão Grande e do Pinhal de Leiria, em 2017, ou como em 2018, de Sintra-Cascais !!!