Bolsonaro foi cedo identificado pela CIA como o candidato a apoiar.
Um dos métodos utilizados pela CIA consistiu em campanhas de difamação nas redes sociais, usando «thralls» que espalhavam calúnias - quanto mais sórdidas, melhor - sobre candidatos do PT.
Bolsonaro é um defensor da ditadura brasileira, instaurada em 1964 e que durou mais de duas décadas. Durante este período houve desaparecimentos, assassinatos, torturas, prisão de muitos brasileiros.
Mas como é que um indivíduo assim se tornou o candidato preferido do eleitorado?
A sua promessa demagógica de acabar com a delinquência, a criminalidade associada às drogas, que têm apoquentado todos grupos sociais, teve um eco numa fracção do eleitorado. Há muitas pessoas que estão cansadas de sofrer assaltos, de não poderem ter uma vida normal, de correrem risco de vida por saírem à rua. Por outro lado, o PT nestes anos todos não mudou verdadeiramente as coisas, no sentido de fazer com que os trabalhadores tivessem de facto maior fatia de poder.
O debate feito no jornal Mediapart (jornal francês independente on-line) pode ajudar a compreender o fenómeno: