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domingo, 15 de dezembro de 2024

ALL OR NOTHING AT ALL Sarah Vaughan (1962)

 

                  https://www.youtube.com/watch?v=lz6hBGHq6B8




All or nothing at all

Half a love, never appealed to meIf your heart, never could yield to meThen I'd rather have nothing at all
All or nothing at allIf it's love, there ain't no in betweenWhy begin then cry for something that might have been?No, I'd rather, rather have nothing at all
Please don't bring your lips so close to my cheekDon't you smile or I'll be lost beyond recallThe kiss in your eyes, the touch of your hand makes me weakAnd my heart, it may grow dizzy and fall
And if I fell under the spell of your callI would be, I'd be caught in the undertowSo you see, I have got to say no, noAll or nothing at all
All or nothing at allNothing at allThere ain't nothing at allNothing at all

VISIT THE PLAYLIST «SARAH VAUGHAN, THE IMMORTAL»

segunda-feira, 17 de junho de 2024

EROTISMO NA CANÇÃO (Segundas-f. musicais nº5)


Muita gente conhece a canção de Serge Gainsbourg e Jane Birkin «Je t'aime, moi non plus». Tornou-se um enorme êxito comercial e propagou para uma fama ainda maior este par já bastante famoso. Porém, eu não considero que esta canção seja grande coisa, nem do ponto de vista musical, nem do ponto de vista da letra «erótica». O facto de uma letra falar explicitamente de sexo, de ato sexual, não a torna automaticamente merecedora de entrar na categoria de erotismo.
Compare-se com o bolero de Consuelo Velasquez «Besame»(1): Não há dúvida que é uma canção de amor com forte componente erótica (ela explicita somente beijos e abraços)...

Canta Lisa Ono


Bésame


Bésame, 
Bésame mucho
Como si fuera esta noche la última vez
Bésame mucho
Que tengo miedo a perderte, perderte después
Bésame
Bésame mucho
Como si fuera esta noche la última vez
Bésame
Bésame mucho
Que tengo miedo a perderte
Perderte después
Quiero tenerte muy cerca
Mirarme en tus ojos
Verte junto a mí
Piensa que talvez mañana
Yo ya estaré lejos
Muy lejos de ti
Bésame,
Bésame mucho
Como si fuera esta noche la última vez
Bésame
Bésame mucho
Que tengo miedo a perderte, perderte después
Bésame
Bésame mucho
Que tengo miedo a perderte, perderte después
Que tengo miedo a perderte, perderte después

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Com efeito, os surrealistas consideravam que era ingrediente fundamental da poesia erótica(2), esse erotismo estar recoberto dum véu, de haver ambiguidade, incerteza, duplicidade de sentido, que tornam o poema, ou peça musical, muito mais interessantes.
O auditor é confrontado com uma sensação análoga à que tem, quando os traços dum rosto são sugeridos, por detrás de um véu.
O contrário ocorre hoje, em particular nas praias, com o rosto e com o corpo todo, não deixando qualquer espaço para a imaginação.
Para os surrealistas, a Arte erótica era sugestão, provocação encoberta, o «dizer sem dizer»(3). Note-se que esta definição não era inspirada por uma moral puritana, antes pelo contrário. Eles, surrealistas, faziam na sua vida uma experimentação permanente, o desregramento sexual era "regra", não havia para eles tabus de qualquer espécie.

Retrato de 1926 por Man Ray

Porém, hoje em dia, se dissermos "erótico", provavelmente as pessoas irão pensar em sexo explícito, em obscenidades, em pornografia. Mas, estas características estão afinal nos antípodas do verdadeiro erotismo.
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(1) A minha versão preferida é a de Cesária Évora, na minha playlist, aqui: Talentos Latino-Americanos
(2) André Breton: « La beauté convulsive sera érotique-voilée, explosante-fixe, magique-circonstancielle ou ne sera pas »
(3) Aliás, é notável o número de artistas plásticas  femininas surrealistas; estas mulheres-artistas desenvolveram sua própria abordagem do erotismo.
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A canção seguinte, «In the mood for love(4)», sugere que ela está nesse estado quando está na presença do seu amado. Mas, quererá isso dizer que «está pronta para fazer amor»? Note-se que não é o que ela diz, realmente. O efeito sugestivo advém da música, lânguida e sensual, que reforça o caráter erótico da canção.
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(4) traduziria por «estou numa onda de amor» ou algo deste género.



Canta Sarah Vaughan


I'm In The Mood For Love 


I'm in the mood for love
Simply because you're near me.
Funny, but when you're near me
I'm in the mood for love.
Heaven is in your eyes
Bright as the stars we're under
Oh! Is it any wonder
I'm in the mood for love?
Why stop to think of whether
This little dream might fade?
We've put our hearts together
Now we are one, I'm not afraid!
If there's a cloud above
If it should rain we'll let it
But for tonight, forget it!
I'm in the mood for love

Compositores: Dorothy Fields / Jimmy Mchugh

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No poema «Pensionnaires», de Verlaine magistralmente posto em música por Léo Ferré, a situação é explícita e tem um pormenor tal, que se compreende quais as atividades a que se entregavam as duas irmãs. Se há um aspeto explícito de atos sexuais, por outro lado, há o contraste (musicalmente sublinhado) da criança no berço, muito contente e entretida, enquanto as duas amigas se entregam a rituais fogosos.
Escolhi-o, porque é, a meu ver, uma obra-prima poética e porque na arte não existem fronteiras estanques, nem regras absolutas: Apesar do aspeto explícito, parece-me algo só ligeiramente transgressivo. A arte do poeta e do músico, conseguem fazer-nos aceitar a letra como sendo erótica, não como pornografia.

Poema de Paul VERLAINE /Música e Canto de Léo Férré:



Pensionnaires

L'une avait quinze ans, l'autre en avait seize ;
Toutes deux dormaient dans la même chambre.
C'était par un soir très lourd de septembre
Frêles, des yeux bleus, des rougeurs de fraise.

Chacune a quitté, pour se mettre à l'aise,
La fine chemise au frais parfum d'ambre.
La plus jeune étend les bras, et se cambre,
Et sa soeur, les mains sur ses seins, la baise,

Puis tombe à genoux, puis devient farouche
Et tumultueuse et folle, et sa bouche
Plonge sous l'or blond, dans les ombres grises ;

Et l'enfant, pendant ce temps-là, recense
Sur ses doigts mignons des valses promises,
Et, rose, sourit avec innocence.


Este poema foi composto na prisão, juntamente com outros poemas eróticos. Veja abaixo a ilustração feita por Jean Berque, que também ilustrou outros poemas do livro «Amies», publicado em vida do autor sob pseudónimo:





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Françoise Hardy, que faleceu recentemente aos 80 anos, deixou-nos algumas das canções mais belas em língua francesa. Ela tinha um modo de cantar extremamente sensual. Além disso, era excelente compositora e letrista. Ninguém fica indiferente à sua beleza e à sua voz. Oiçam (letra em baixo):

Canta Françoise Hardy

A canção «Moi vouloir Toi» (letra e música de Françoise Hardy/ Louis Chedid), celebra o amor físico entre um homem e uma mulher, enquanto o melhor antídoto para descolar das chatices do mundo. Mas como não é explícita, cai dentro da minha definição de erotismo.
MOI VOULOIR TOI
Pour décoller d'la planète
y a des plans plus ou moins nets
comme les piqûres en cachette
l'alcool et les cigarettes
y a des pilules, des tablettes,
des salades sans vinaigrette
moi je suis toujours à la fête
chez toi

pour décoller d'la planète
et s'envoler à perpète
j'ai la meilleure des recettes
moi vouloir toi

moi vouloir toi
de haut en bas
de bas en haut
sans bas ni haut
sans haut ni bas
moi vouloir toi

pour décoller d'la planète
autrement qu'en superjet
qu'en soucoupe ou en navette
en yogi ou en ascète 
pour perdre carrément la tête
sans presser sur une gâchette
exclusif, je regrette
moi vouloir toi

moi vouloir toi
de haut en bas
de bas en haut
sans bas ni haut
sans haut ni bas
moi vouloir toi

moi vouloir toi
de haut en bas
de bas en haut
sans bas ni haut
sans haut ni bas
moi vouloir toi

moi vouloir toi
de haut en bas
de bas en haut
sans bas ni haut
sans haut ni bas
moi vouloir toi



quinta-feira, 11 de agosto de 2022

I'LL BUILD A STAIRWAY TO PARADISE (SARAH VAUGHAN CANTA GERSHWIN -1957)

Retirei esta linda canção do álbum «Sarah Vaughan Sings George Gershwin»

Não conheço melhor música clássica do jazz que as composições de George Gershwin. 
G. Gershwin nasceu em Nova Iorque (Brooklyn), este judeu de origem russa (nome de nascimento: Jacob Gershowitz), cujos pais emigraram para os EUA. 
A sua criatividade, seu enorme talento e versatilidade, brilham em todos os géneros, tanto de música erudita, como popular. 
Toda a gente conhece a sua obra-prima «Porgy and Bess», mas poucos exploraram a fundo a riqueza da obra deste homem, o compositor Norte-Americano mais celebrado e cujas composições são mais frequentemente utilizadas, quer por formações de orquestra «clássicas», quer por bandas de jazz ou pop.
Quanto à arte de Sarah Vaughan, pode apreciá-la na «playlist» que criei há algum tempo: 
Creio que o reportório de George Gershwin não pode encontrar melhor interprete, embora conheça e aprecie as maravilhosas versões de Gershwin de grandes vozes do jazz, como Billie Holiday ou Ella Fitzgerald. Mesmo assim, prefiro as interpretações de Sarah Vaughan. 


 All you preachers

Who delight in panning the dancing teachers Let me tell you there are a lot of features Of the dance that carry you through The gates of Heaven It's madness To be always sitting around in sadness When you could be learning the steps of gladness You'll be happy when you can do Just six or seven Begin today You'll find it nice The quickest way to Paradise When you practice Here's the thing to know Simply say as you go I'll build a stairway to Paradise With a new step every day I'm gonna get there at any price Stand aside; I'm on my way I've got the blues And up above it's so fair Shoes, go on and carry me there I'll build a stairway to Paradise With a new step every day




segunda-feira, 13 de setembro de 2021

SARAH VAUGHAN - «WHAT IS THIS THING CALLED LOVE» (Cole Porter)




Uma das mais belas composições de Cole Porter, pela fenomenal Sarah Vaughan, no auge das capacidades vocais. 
São dois minutos e 5 segundos, de gravação ao vivo, cheia de swing e bebop! 

Sassy Swings The Tivoli ℗ 1963 The Verve Music Group, a Division of UMG Recordings, Inc. Released on: 1963-10-01 Producer: Quincy Jones Associated Performer, Bass Guitar: Charles Williams Associated Performer, Drums: George Hughes Associated Performer, Piano: Kirk Stuart Composer Lyricist: Cole Porter

 


terça-feira, 10 de agosto de 2021

[Playlist] A IMORTAL SARAH VAUGHAN


Uma voz tão extensa, uma expressividade sempre tão apropriada, uma presença perene, mesmo que tenha morrido há mais de 30 anos ...

Realmente, adorava que novas vozes de igual talento, despontassem na nossa época. Mas não encontro... se calhar existem, mas eu não conheço!

Entretanto, enquanto não descobrir os talentos contemporâneos, que igualem esta grande dama da música negra americana do século XX, vou ouvindo Sarah Vaughan.

E quero partilhar contigo estas jóias de puro prazer !

          https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IN35H9A6CiUXdOMJG3


How High the Moo



2:35
If You Could See Me Now
2:50
I'm Gonna Sit Right Down And Write Myself A Letter
2:27
The Nearness of You
3:20
Black Coffe
3:16
Ain't Misbehavin'
3:00
Mean to Me
2:57
Perdid
2:30
Nice Work If You Can Get It
2:35
Come Rain Or Come Shine
3:24
Summertime
3:15
The More I See You
3:16
Sarah Vaughan: They Can't Take That Away From Me
2:42
Seperate Ways
3:02
Misty
2:59
Body and Soul
3:12
Lullaby of Birdland
3:59
Close to You
3:06
Say It Isn't So
2:50
It's Magic
3:10
Do It Again
3:14
You're Just in Love
3:42
'S Wonderful
2:29
Pennies from Heaven
3:05
If I Knew Then (What I Know Now)
2:30
Last Night When We Were Young
2:53
September Song
5:43
Out of This World
2:30
In a Sentimental Mood
4:06
My Favorite Things
2:46
Sarah Vaughan ft Count Basie Orchestra - You Go To My Head (Roulette Records 1961)
4:56
Over the Rainbow (Digitally Remastered)
3:09
Sarah Vaughan - Vanity (Roulette Records 1961)
4:23
Tenderly
2:31
All Of Me
3:19
Don't Look at Me That Way
2:17
Sarah Vaughan - (In My) Solitude (Roulette Records 1964)
4:01
Everything i have is yours
2:52
Sarah Vaughan ft Jimmy Jones Orchestra - Stormy Weather (Roulette Records 1960)
3:34
Sarah Vaughan - All or Nothing at All
3:13