quinta-feira, 10 de julho de 2025
FINALMENTE! PODE-SE ATRIBUIR UM ROSTO AOS DENISOVANOS
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
NOVA ESPÉCIE HUMANA ANCESTRAL COM CERCA DE 300 MIL ANOS, NA ÁSIA DO LESTE
Esta nova espécie, Homo juluensis, foi estudada em conjunto com as outras espécies do mesmo período, encontradas na Ásia oriental.
No quadro resumo abaixo, pode ver-se as espécies com suas características morfológicas. Os autores deste estudo admitem a possibilidade de que todas estas morfologias sejam de Denisovanos ou derivadas destes.
O artigo que descreve a nova espécie deve-se a Christopher J. Bae e Xiujie Wu
Noto que as teorias anteriormente vigentes em Paleoantropologia têm sido abaladas, levando o autor do estudo comparativo, Christopher J. Bae, a pôr em causa, tanto o modelo «policêntrico» (postulava o aparecimento da espécie humana moderna em vários focos, tendo depois coalescido) mas também, o modelo designado por «Out of Africa» (o género Homo teria irradiado para fora de África em várias ocasiões, porém a espécie H. sapiens formou-se em África e, ao migrar para outros continentes, substituiu espécies aí presentes).
A resultante síntese, segundo este autor, deveria ter elementos das duas hipóteses. A nova visão reconhece as diversas saídas de África ao longo de mais de 2 milhões de anos, mas também que a evolução das diversas linhagens do género Homo, em várias ocasiões, foi impulsionada por introjeções, ou seja, cruzamentos entre espécies diferentes mas aparentadas, com produção de híbridos viáveis. Isso já está provado em relação a H. neanderthalensis, H. sapiens e Denisovanos: em todas elas foram encontradas, pela sequenciação de ADN antigo, sequências de origens exógenas: Por exemplo, em H. sapiens, sequências oriundas de H. neanderthalensis, resultantes do cruzamento entre as duas espécies (ou subespécies), de que resultaram híbridos.
A paleoantropologia é uma das áreas do saber biológico mais dinâmicas. As novas técnicas moleculares e a utilização de algoritmos computorizados para estudo dos ossos fossilizados, trouxeram à luz semelhanças e diferenças - antes insuspeitadas - entre os espécimes , quer em novas descobertas, quer em exemplares descobertos há várias décadas, estudados e classificados com as limitações da época respectiva.
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domingo, 20 de setembro de 2020
ADN ANTIGO E A NOVA CIÊNCIA DO PASSADO HUMANO
Uma magnífica lição pelo Prof. David Reich
sábado, 8 de junho de 2019
ANTIGOS POVOS SIBERIANOS NA ORIGEM DOS POVOS AMERÍNDIOS


A sequenciação revelou a existência de um povo desconhecido, aparentado aos Homo sapiens do paleolítico da Europa, mais do que aos Homo sapiens da Ásia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018
DESVENDADAS ORIGENS E MIGRAÇÕES NO CONTINENTE AMERICANO GRAÇAS AO ADN ANTIGO
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
DO NEOLÍTICO À IDADE DO BRONZE (Parte II)
Os dados são consistentes com uma invasão seguida de miscigenação em que os indivíduos autóctones do sexo masculino - apenas - são excluídos da reprodução, como acontece quando há massacres e/ou escravização massiva dos dominados. Tal cenário seria a explicação mais plausível para o quase desaparecimento dos haplogrupos típicos das populações paleolíticas, anteriores à invasão. Em reforço desta hipótese, observa-se uma continuidade dos tipos mitocondriais ancestrais (transmitidos por via materna, exclusivamente), o que é coerente com a tal hipótese da invasão. Com efeito, os invasores casam com as mulheres da população autóctone.
Note-se que os haplotipos acima referidos são variantes ou «marcadores» dos cromossomas Y. Não conferem - em si mesmos - «vantagem» ou «desvantagem» aos seus portadores. Não se aplica, portanto, o modelo de «selecção natural» de certas variantes genéticas. Estas mudanças são afinal o vestígio, na herança genética, do que poderá ter sido uma limpeza étnica ou genocídio dos autóctones pelos invasores.
Existem numerosas evidências de que estas populações continuaram durante milénios, em plena «era neolítica», o seu modo de vida de caçadores-recolectores, apesar de contactos e vizinhança com outras populações, agro-pastoris, que se tinham instalado próximo dos territórios dos primeiros.
sábado, 20 de outubro de 2018
DO NEOLÍTICO À IDADE DO BRONZE (Parte I)

“I am especially interested by one issue: It is possible, maybe even likely, that an important fraction of the genetic medical variation that we find in our species arose in the last 10,000 years. Such variation/adaptation may be the result of the intense cultural development that led to agropastoral economies, a lifestyle that introduced major differences in the lives of large sections of humanity in almost every part of the world.”
Era notória a sobreposição das árvores construídas apenas com dados de genética, com as que utilizavam os dados da linguística.
O conhecimento das migrações, por outro lado, era a dimensão geográfica indispensável, quer para compreender as afinidades e diferenças genéticas, quer as de língua e cultura.
- quais foram os processos genéticos, populacionais, evolutivos, que levaram as espécies ancestrais - homininos - a se transformarem na nossa espécie?
Pelas estimativas mais recentes, a espécie Homo sapiens existe há cerca de 300 mil anos, enquanto as várias espécies da linhagem «Homo» surgiram há milhões de anos.

... Sobre a «revolução neolítica», estas e muitas outras questões se podem colocar...