A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
Mostrar mensagens com a etiqueta União Europeia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta União Europeia. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

CATALUNHA DECLARA INDEPENDÊNCIA


Após um longo período de incerteza - desde o 1º de Outubro - o parlamento catalão acabou por aplicar aquilo que foi manifesta vontade popular, declarando a independência

O papel de Madrid foi de todo em todo miserável. Não existe termo mais suave aplicável ao comportamento de acicatar as rivalidades, negando todo e qualquer respeito pela vontade do povo, expressa em referendo, o qual foi boicotado e declarado ilegal pelo poder centralista. 
Esta mancha também se alarga para lá das hostes do PP no poder, no PSOE e mesmo à sua esquerda, vários tiveram um reflexo centralista e declararam que não era possível uma autodeterminação, porque isso não estava previsto na constituição. 

Ora, as constituições são fruto de equilíbrios e compromissos históricos, como no caso de Espanha, compromissos que ocorreram no contexto de uma transição pós-franquista, em 1978. Neste contexto, foi considerado que o mais importante era assegurar um Estado de direito consagrador das liberdades fundamentais. 

Mas, em nenhum momento, as instâncias do direito Internacional ou  Europeu afirmaram que o referendo, para auto-determinação de um povo, com eventual separação do Estado no qual se encontrava inserido, era ilegítimo.

Embora seja de saudar a coragem dos parlamentares que declararam hoje, dia 27 de Outubro a República da Catalunha, independente do Reino de Espanha, é com grande apreensão que verificamos haver muito rancor e - mesmo - desejo de vingança de alguns atores políticos em Espanha. 

O contexto da União Europeia, governada por pigmeus políticos, numa comissão imperial de Bruxelas, não eleita, também não favorece a concretização do desejo legítimo do povo catalão. Temo que o papel dos órgãos de comando da União Europeia seja o de querer «por na ordem» os insubordinados catalães. Têm muito medo de que este exemplo alastre a outras regiões da UE, ou mesmo países inteiros, como aconteceu com o Brexit. 

No caso caso do Brexit, eles não podiam fazer grande coisa para contrariar a vontade centrífuga do povo britânico. Fizeram e fazem tudo o que podem para dificultar o divórcio, para que custe muito, para que não sirva de exemplo... 

Porém, no caso da Catalunha, temo algo pior: 
- temo uma repressão militar, com estado de sítio e supressão dos órgãos representativos do povo da Catalunha; 
- temo uma longa guerra de desgaste, com boicote de todos os processos - nomeadamente financeiros e económicos - que poderiam viabilizar a proclamada independência; 
- temo uma declaração de apoio explícito ao centralismo de Madrid pelos poderes eurocráticos e a exclusão explícita da independência, pela maioria dos membros em conselho da UE.

Se um povo está firmemente determinado a conquistar a sua independência, nada o fará recuar. 
Podem lamentar, podem não concordar, mas o mais sábio seria aceitar a situação de facto e negociar algo que não tivesse repercussões nefastas para os restantes povos ibéricos. 

Mas, tendo algum conhecimento da História e conhecendo a mentalidade profunda das elites políticas de Espanha (não o que afixam, mas o seu verdadeiro «credo»), não se pode esperar nenhum bom senso de parte deles: eles estão a jogar - e continuarão a jogar - um jogo de «lose-lose», ou seja, perde a parte contrária (os independentistas catalães), mas a outra parte (resto de Espanha), perde igualmente. O certo é que o poder central de Madrid irá sofrer uma erosão muito maior e verá levantar-se uma forte onda de repúdio, se persistir em tomadas de posição de grande intolerância e sem qualquer sensibilidade para o sentir das gentes. 

Só as gentes do conjunto da península ibérica podem evitar que a situação piore: evitar que um divórcio de uma parte de um Estado plurinacional, se transforme numa tragédia como, infelizmente, estas terras têm sido pródigas ...


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

UM PROJECTO FALIDO NUNCA EVITARÁ SER ARRASTADO PELAS FORÇAS CENTRÍFUGAS

Porque motivo o que se tem passado na Catalunha diz respeito à cidadania europeia no seu todo e não apenas à península Ibérica?

Temos de olhar para o quadro geral: 

1- o fiasco do projecto europeu, protagonizado pela coligação entre centristas neoliberais de esquerda (os social-democratas e socialistas) e de direita (os democratas cristãos e centristas). 
A imposição do tratado de Lisboa, após a derrota por referendo da constituição europeia, significou que o quadro institucional neste continente ficou basicamente congelado, tanto em relação a mudanças sociais, como mudanças de fronteiras. Mas este congelamento é absurdo e irrisório, porque a sociedade e as forças que a impulsionam nunca param, transformam-se sempre, numa ou noutra direcção.

2- o contexto em que surge a constituição espanhola, é o de uma negociação de cúpulas, para viabilizar a «transição»: nesta mudança de regime político, apoiada pelo grande capital espanhol e multinacional, monitorizada pelas instâncias internacionais, sobretudo a NATO (dominada pelos EUA e pelos atlantistas), todos fizeram as suas jogadas para terem um naco de poder. Foi um compromisso entre os dissidentes de última hora do franquismo e as correntes reformistas e neoliberais (inclusive PCE, PSOE...)

3- a existência de uma forte consciência da especificidade cultural própria, uma assinalável diferença na composição político-ideológica e a noção de ser contribuinte líquido crónico duma entidade estatal (o estado espanhol) que largamente desprezou (e despreza ainda, pelos vistos) o sentir e os direitos do povo.

O projecto europeu, tal como foi formulado e mantido, não faz sentido nenhum hoje. Esta contradição e aberração salta aos olhos, quando vemos o comportamento da eurocracia perante a situação criada na Catalunha.

Esta questão, embora estritamente respeite ao povo catalão e afecte os restantes povos ibéricos, não deixa de ter um papel mais geral como factor na desagregação do consentimento tácito dos governados nas «democracias» contemporâneas: as pessoas aceitam e fingem que «acreditam» no sistema, em tempos normais. Mas, quando as coisas atingem um grau intolerável de arbítrio e humilhação, dá-se um sobressalto e um repúdio da eurocracia e dos seus representantes partidários locais. 

O que está a acontecer hoje naquela parte da península hispânica, pode acontecer amanhã noutra qualquer. 
Mas, o mesmo cenário pode ocorrer em muitas outras zonas e Estados do espaço UE. 
 Todos os Estados de grande dimensão (e quase todos os de média ) possuem um certo grau de heterogeneidade étnica e linguística, o que faz com que muitas destas regiões se sintam colonizadas pelas capitais dos respectivos estados e pelos grupos que monopolizam o poder dentro destes. 

                     europe-distinct-separatist-movements




sábado, 30 de setembro de 2017

REFLECTINDO SOBRE O NACIONALISMO

Catalunha, País Basco, Escócia, Flandres, etc... São frequentes nos últimos anos os casos de nações europeias, incluídas à força dentro das fronteiras de um estado, que tentam separar-se do estado, obtendo a independência por meios democráticos. 

                                  Foto de Pepe Escobar.

Porém, a arquitetura da Europa da UE não é nada favorável, com a sua rigidez, com as suas burocracias meticulosamente repartidas entre seus estados-membros, com os seus tratados que têm como um dos principais aspetos a manutenção do status quo. Vemos a difícil separação da Grã Bretanha da UE, o famoso «Brexit». Estes movimentos centrífugos e de recusa do ultra-centralismo, quer seja ao nível de estados-nações, quer ao nível de super-estado (U.E.), têm sido mais vigorosamente expressos nas nações cujo território encerra indústrias ou recursos naturais que permitiriam uma economia viável, fora do conjunto nacional no qual se encontram incluídas. 
Noutros pontos do globo, como nas zonas habitadas por curdos da Síria, Iraque (com potencial para se alargarem para partes do território Turco e Iraniano), verificamos tentativas de avanço para maior autonomia no caso da Síria e para uma completa independência (Curdos iraquianos).  Os traçados de fronteiras artificiais resultantes da 1ª guerra mundial e do desmoronar do império otomano, são responsáveis pela situação, mas também o próprio princípio centralista dos Estados, concentrando ao máximo o poder político, administrativo e económico.
As proclamações da ONU sobre os direitos dos povos à autodeterminação e independência, que foram um importante  apoio à luta e ao triunfo dos movimentos independentistas anti-coloniais, implicava também uma aceitação tácita das fronteiras arbitrariamente desenhadas pelos vários colonizadores. Esta situação fez com que - em África - não existe (que eu saiba) nenhum estado, presentemente, cuja população seja etnicamente homogénea, longe disso. Há zonas de povoamento de etnias cortadas por fronteiras entre estados; há etnias que são muito hostis uma em relação à outra e - no entanto - são obrigadas a coexistirem dentro do mesmo estado, a viverem sob o mesmo governo. 
Os estados e organizações supra-estatais de âmbito regional (como a UE) ou internacional (como a ONU) são totalmente incapazes de se auto-reformarem de modo a que seja mais fácil e natural a separação de povos que vivem dentro de suas fronteiras nacionais. 
O federalismo, como era entendido pela República espanhola , tinha permitido uma larga autonomia das nações que a constituíam.  Os princípios federativos da URSS (embora a prática fosse coisa totalmente distinta) também permitiam uma larga autonomia e a independência, em princípio.
O federalismo de Proudhon e de Bakunin foi largamente inserido nos princípios da 1ª Internacional, que a 2ª Internacional (dos partidos social-democratas e socialistas) herdou. É porém notável verificar-se que os herdeiros (nominais) de tais organizações - como o PSOE - têm uma posição claramente centralista.
Os processos de desagregação dos estados europeus, ou de outras paragens, é sintoma de senescência destas estruturas. Porém, sua decadência pode durar vários séculos.
Estou convencido que a esclerose dos estados vai de par com um maior autoritarismo, o que equivale - na prática - a maior centralização. Nunca se viu uma deriva autoritária de um poder, que não fosse centralizadora. 
Pelo contrário, a descentralização verdadeira, ou seja, a aplicação dum federalismo autêntico, faz com que as uniões entre várias entidades acabam por ser mais sólidas e duradoiras porque não se revestem do odioso duma etnia a oprimir outra, ou outras. 

quinta-feira, 15 de junho de 2017

NÃO SOU «UMA CASSANDRA»

Imagem:  Fresco de Pompeia representando Cassandra, ao centro, profetiza a destruição de Troia. 
Á esquerda, Priam com Pâris criança. À direita, o guerreiro é Heitor.

 
Cassandra, filha do Rei de Troia, segundo a lenda, tinha o dom divinatório; mas o deus Apolo amaldiçoou-a com a incredulidade dos seus contemporâneos, para se vingar de ela se ter furtado aos seus avanços.  

Não serei eu a posar como Cassandra, com certeza. Limito-me a ouvir diversas vozes que se erguem, nos vários sectores de analistas de política, geoestratégia, de economia e outras disciplinas, tentando fazer uma ideia própria do que se está  passando, nestes  últimos decénios e na atualidade. 

Um dos fenómenos que tenho observado, é que o público em geral e, sobretudo, aqueles que teriam mais a ganhar em ouvir atentamente previsões e análises de indivíduos esclarecidos, negam peremptoriamente ou diminuem o valor de quaisquer análises, quando estas contrariam os seus preconceitos. 
Estão muito mais atentos à identidade do mensageiro do que à natureza intrínseca da mensagem que ele (ou ela) transporta.

 Um indivíduo aderente a uma dada escola da economia, a uma dada corrente da política, etc. tem o ouvido atento às vozes, exclusivamente das suas fileiras, que vêm reforçar os seus preconceitos (mas que considera verdades insofismáveis). 
 Porém, repudia ou menospreza de forma altaneira, quaisquer análises, reflexões, mesmo se baseadas em informações factuais, caso estas tenham proveniência de sector que não seja o seu, ou venham de quem ele considera contrário.

Uma situação assim ocorreu comigo, para minha perplexidade, ao me debater com a não-inscrição de um professor universitário de economia. Ele tem  protagonizado uma campanha pela saída de Portugal do Euro. Porém, contrariamente a outros críticos do euro, não põe em causa o papel dos bancos centrais na crise financeira que ocorreu em 2007/2008 e cujos efeitos desastrosos se têm prolongado até hoje. A sua reação de denegação da realidade que lhe apresentei não é racional, mas emotiva. 
Tem uma ideia apriorística, preconiza um determinado caminho para a saída de Portugal da Eurolândia, juntamente com outras pessoas. Curiosamente, deste grupo de pessoas, muitas são marxistas, possuem portanto outra ideologia, travestida de ciência. 

Longe de mim pretender ser Cassandra. Nem aconselho ninguém a sê-lo, num país de vistas tão curtas, tão mesquinhas e em que as pessoas não são capazes de reconhecer que se enganaram, não são capazes de se auto-criticar. 

Compreendo que muita gente queira ignorar os perigos para os quais tento dar o alerta, tal como acontecia com os que ouviam e não acreditavam em Cassandra. 
Pois eu digo verdades que não são ao seu gosto, digo coisas que não possuem os acordes e melodias usuais nas suas capelinhas ideológicas, sobretudo mostro coisas que eles/elas preferem ignorar, porque, se as encarassem de frente, teriam de rever a sua falsa noção de normalidade: teriam de descolar do preconceito da normalidade, ou seja, do futuro como mera projeção do presente, com algumas modificações de pormenor, mas essencialmente na mesma... 

Eu não pretendo ser Cassandra... porém vou buscar os dados aonde eles estão; vou buscar a verdade esteja ela onde estiver, não vou fechar-me a uma informação só porque essa informação é veiculada por alguém que não partilha as minhas convicções. 
No fundo, apenas pretendo exercer o espírito crítico na análise política, geopolítica, económica, sociológica. 
As metodologias e formas de tratar o real, corriqueiras nas ciências «duras» (a biologia, a química, etc.) são adaptáveis às ciências humanas. Em biologia, por exemplo, é claro que se deve evitar a subjetividade, que se devem examinar todas as hipóteses, sem descartar a priori as que são emitidas por alguém que não seja do nosso agrado, etc. 
Nas ciências humanas (das quais a Economia faz parte) este tipo de comportamento sofre muitas vezes desvios significativos. Nada é «desapaixonado» nas ciências humanas, pois tudo é esgrimido, de uma ou doutra forma, para fazer avançar determinada corrente teórica, que se traduz in fine num determinado ponto de vista político.

As pessoas deviam estar conscientes da voluntária cegueira de muitos intelectuais. 
Deveriam aperceber-se que existe um enviesamento, retirando às suas análises a fria lucidez, fruto de um espírito racional, que eles pretendem ser. 
   

domingo, 30 de abril de 2017

MOVIMENTO DEMOCRACIA SOLIDÁRIA E A SAÍDA DO EURO

Participei ontém num debate organizado pela Associação Democracia Solidária sobre o nosso futuro na Europa, onde se falou sobretudo de aspectos relacionados com a política económica que nos é imposta, a troco de sermos membros da «eurolândia»: 

- Continuidade das políticas austeritárias, 
- Relegar para um plano de subordinação económica e política
- Desindustrialização
- Tutela do Orçamento
- Impossibilidade de autonomia 
- Imposição de regras arbitrárias e punitivas

Depois de reflectir sobre a sessão de ontém, 29 de Abril, na Associação 25 de Abril, chego a uma convicção mais profunda e clara: a democracia verdadeira neste país tem-nos sido sonegada em nome da «pertença à Europa». 

Não se pode fazer uma luta profundamente democrática e enraízada no povo sem abordar frontalmente a questão da soberania... ela foi-nos sonegada a partir de Maastricht (1992) e sobretudo do Tratado de Lisboa (2007). 
O povo foi tornado um escravo da oligarquia, a partir desse momento. 
A soberania do povo, em termos políticos, tornou-se um conceito somente decorativo, visto que tem sido negada sistematicamente pela legislação eurocrática.

Para realizar uma verdadeira libertação nacional, o povo português terá de se libertar, não apenas do euro, mas também da eurocracia... 
Terá de entrar em conflito internamente com os que nos venderam... tal responsabilidade «não pode morrer solteira».

As pessoas têm agora que escolher o seu campo: não podem ser pela democracia e serem europeístas... não podem ser pela independência do nosso país e aceitarem que as próprias instituições máximas do mesmo sejam comandadas a partir de Bruxelas...
Se este movimento crescer e se ramificar, se conseguir diálogos fecundos entre várias correntes, sem anátemas, nem dogmas, talvez tenha possibilidade de exercer uma certa pedagogia no seio da base dos partidos, sobretudo em muitos que não são filiados nem simpatizantes de nenhum partido, mas nem por isso desinteressados da vida política. Acho que, neste momento, não são assim tão poucos nem tão irrelevantes como isso.
Parece-me que a condição para que tal desenvolvimento desejável ocorra não é a procura desenfreada de um lugarzinho na media corporativa, através de um qualquer jogo de alianças partidárias eleitorais. Penso que esta associação pode desempenhar um papel muito pouco comum (infelizmente) no nosso país, a saber: ser realmente um fórum (não um clube fechado, não uma seita, não uma capelinha) onde as pessoas desejosas de debaterem civicamente os seus pontos de vista com outros, em respeito mútuo, possam fazê-lo sem receio.

Apoio todas as abordagens fecundas, que estejam claramente apontadas para um futuro para Portugal como país soberano, sem tutelas, sem estar sujeito à dominação de tipo neocolonial.



quarta-feira, 19 de abril de 2017

WILLIAM ENGDAHL - «OS DEUSES DO DINHEIRO»

Estou impressionado com a concisão, clareza e verdade deste autor. Tinha lido vários artigos dele, na imprensa alternativa. Porém, nunca tinha tido acesso a este vídeo.



Embora a conferência aqui reproduzida seja de 2013, não deixa de ser muito actual, pois as forças em jogo são essencialmente as mesmas. Além disso, o que ele explica é fundamental para compreendermos o presente, os jogos dos poderosos. 

Engdahl termina com uma nota pessoal, demonstrando que a força do amor  ultrapassa todos os esquemas dos poderosos; ele é bem a prova disso. 

[Vejam esta actualização a conferência a 11 Setembro de 2016 e sobre o seu livro THE LOST HEGEMON

sexta-feira, 31 de março de 2017

O OCASO DO EURO

É atribuída a Hemingway a frase seguinte: perguntaram-lhe como se entrava em bancarrota, ao que ele respondeu... «Primeiro suavemente, depois bruscamente».
É, de facto, num momento destes que se encontra a totalidade da «União» Europeia e o Euro. 
A possibilidade de - nas próximas eleições em França e Itália - triunfarem partidos defensores da saída do Euro é muito mais elevada do que se possa julgar. A média, ao serviço dos poderes, tende a minimizar os sinais por demais visíveis de que a maioria de eleitores rejeita a continuação de seus respectivos países na zona Euro. Porém, em todos os países do Sul e na França, já existe uma maioria que tem uma visão negativa do Euro nas suas economias. 
Resultados eleitorais conferindo um mandato de saída do Euro, como será o caso na eventualidade de triunfar Marine Le Pen, ou o Movimento Cinco Estrelas em Itália, serão o equivalente de uma condenação à morte do Euro, na sua totalidade. 
A implosão do sistema da moeda única será inevitável e pode mesmo contribuir para graves conflitos entre países europeus. Com efeito, no sistema do Euro, têm-se acumulado desequilíbrios de pagamentos entre os bancos centrais dos países do Sul e o banco central alemão. 
Quando um português compra um Mercedes, por exemplo, esse valor vai ser creditado como activo, no banco central da Alemanha e como dívida pendente no banco central português. Se houver um regresso às moedas nacionais, o que acontece de imediato é que as dívidas comerciais são convertidas nas novas moedas. 
As dívidas que permanecem em Euros, que não são convertíveis, serão apenas as que resultam dos empréstimos feitos ao abrigo de legislação exterior e em contratos estabelecendo que a dívida terá de ser paga em Euros. Tal será o caso de obrigações soberanas emitidas pelos vários países, que são muitas vezes colocadas no mercado ao abrigo de legislação exterior à zona Euro, por exemplo, na praça de Londres.  
Se um país importante economicamente, como a França ou a Itália, com dívidas acumuladas em Euros, sair da zona Euro, o resultado será a crise imediata nos restantes países e, mesmo, ao nível mundial. O Euro é, ao nível global, a segunda moeda de reserva, a seguir ao dólar. Além disso, uma parte importante de comércio internacional é efectuada em Euros. 
Face a esta situação, Portugal, como pequeno país, não poderá fazer uma grande diferença, quer os seus dirigentes decidam - ou não - abandonar o Euro. Porém,  ao nível interno, seria muito mais inteligente terem as pessoas, as organizações, as empresas e o próprio governo, planos de contingência realistas para uma tal eventualidade. 
Estou convencido de que - independentemente do resultado das eleições francesas e italianas - a «União» Europeia se encaminha para um aprofundar das contradições e um afundamento.
 Durante quinze anos, aproximadamente, a Alemanha tem acumulado excedentes, graças a um Euro demasiado fraco, por comparação ao Marco Alemão, o que veio fazer com que, no Sul, as economias absorvessem uma enorme quantidade de produtos alemães. Por outras palavras, o valor do Euro tornou competitiva a economia alemã, face aos seus parceiros comerciais do Sul.
Por outro lado, devido a uma política de contenção salarial, acordada por governo, patronato e sindicatos alemães, em troca de um quase pleno emprego, os produtos do Sul - essencialmente alimentares e outros, de consumo individual - não conseguiram ser absorvidos pelo mercado alemão num volume que compensasse a importação, pelo Sul, de máquinas-ferramentas, automóveis e outros produtos da indústria alemã. 
O desequilíbrio das balanças de pagamentos, que se foi aprofundando com o tempo, gerou enormes tensões e levou ao sobre-endividamento dos países menos industrializados. 
Não é por «preguiça» ou «consumo sumptuário» que os povos grego, italiano, espanhol ou português foram ficando cada vez mais pobres. Foi em resultado duma política económica em que, por um lado as trocas eram em circuito fechado, cerca de 80% das trocas comerciais eram internas à zona Euro, por outro era impossível competir com os países do Terceiro Mundo, usando o instrumento tradicional da desvalorização da moeda, restando uma desvalorização severa - em todos estes países - do valor-trabalho. 
Obviamente, o mercado interno destes países ressentiu-se cada vez mais com as políticas austeritárias impostas, havendo um efeito de círculo vicioso: menos capacidade de compra da população ---> menos escoamento de produtos destinados ao mercado interno ----> falências e despedimentos nas indústrias ---> empobrecimento da população.
Por isso, Portugal não teve, não tem e não terá, qualquer vantagem em permanecer dentro do Euro. Porém, pior seria estarmos «distraídos», não percebendo que as circunstâncias mudaram. Deverá fazer-se um debate ,abrangendo todos os sectores nacionais, sobre o que se deve fazer. 
É evidente que a zona Euro já está em crise, pelo menos, desde o rebentar da crise da dívida da Grécia em 2010. 
Não saberei vaticinar durante quanto tempo, nem como, esta construção artificial irá perdurar. O fim do Euro, porém, poderá estar muito mais próximo do que se imagina. 

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A GESTÃO DAS CRISES PELA ELITE

A elite do poder e do capital só tem uma verdadeira preocupação: sobreviver!

A técnica apurada de lançar sucessivos casos com que entreter a opinião pública, generosa, mas crédula, tem-se verificado nos últimos tempos... basta pensar em toda a histeria inflamada pela media (ao serviço da elite) em torno da eleição de Trump, ou nas inúmeras reportagens sobre os refugiados que são retidos nas fronteiras da Europa (refugiados causados pela destruição de países, pela NATO e seus aliados do Estado Islâmico, Al Quaida, e outros... como está mais que provado).
Assim a extrema direita ou extrema esquerda têm «água para o seu moinho»... Mas o principal não é colocado nas primeiras páginas dos jornais! Isso é cuidadosamente mantido nos segmentos de negócios e nas publicações especializadas em finanças. Falo do maior ataque à liberdade nos países «ocidentais», mas que ninguém considera como grave. O plano agora até já é oficial, na UE, mas não emociona as «massas» entretidas com causas humanitárias que parece terem sido infladas a preceito para que não olhem para onde deveriam olhar!

Trata-se de banir o «cash», o que já está em curso pela impossibilidade de se pagar somas em «cash» para além de um certo montante, variando de país para país. A fase seguinte é o desaparecimento de notas de elevado valor. Veja-se o caso da Índia; funcionou como balão de ensaio.
A oligarquia que nos rege diz que se trata de banir o «cash» para evitar a evasão fiscal e melhor lutar contra o terrorismo. Esta falsidade já foi desmontada por mim aqui, assim como por outros autores, porém este assunto não tem eco nenhum nos media, porque o que se vê são transcrições acríticas das decisões das «autoridades monetárias e outras». Volto a insistir porque quando os poderes apresentam uma coisa como sendo em benefício da população é preciso desconfiar. Neste caso há vastas razões fundamentadas de desconfiar, pois a luta contra a evasão fiscal é simplesmente uma anedota, estes anos todos, em que os muito ricos (incluindo governantes) têm contas off-shore em paraísos fiscais, com pleno conhecimento das autoridades fiscais, policiais e judiciais!
 Quanto ao combate ao terrorismo: acabem com o apoio em armas, material, fundos etc. ao ISIS e outros grupos e deixem de chamá-los «rebeldes moderados», podiam ter feito isso desde 2014 pelo menos, teriam evitado a tragédia da Síria. Já agora, expliquem-me porque votaram a Arábia Saudita (culpada de crimes de guerra contra os civis no Iemen!) para presidir à comissão dos direitos humanos da ONU??? 
São «pequenos» factos como estes que lhes «destapam a careca»... espero as pessoas de boa fé deixem de ser enganadas!
O problema de a totalidade das transações ser feita electronicamente é o seguinte: os governos vão ter um controlo a 100% SOBRE O QUE CADA CIDADÃO FAZ OU DEIXA DE FAZER. Ou seja, o sonho molhado de qualquer TOTALITARISMO. Pior ainda: vão poder «matar economicamente», bloqueando o  acesso às SUAS contas bancárias, qualquer indíviduo suspeito de «terrorismo»: pode ser qualquer pessoa, basta uma denúncia anónima... Tu, leitor/a, podes estar a ser discretamente investigado/a, as tuas contas devassadas, os teus mails lidos, os teus telefonemas escutados...sem saberes rigorosamente nada sobre isso.

Esta mortal ameaça à liberdade está a pairar sobre todos nós, assim a elite globalista terá maior controlo, garantindo a transição para o GOVERNO DA NOVA ORDEM MUNDIAL.  
É certo que eles não o instalam de uma só vez, este processo está em curso... fazem-no discreta e camufladamente. 


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

LÓGICA DE PAZ VERSUS LÓGICA DE GUERRA FRIA

Neste final de 2016, constatamos que o mundo está um pouco menos ameaçado pela guerra global. Isto seria uma quase certeza, caso Hillary tivesse vencido as eleições americanas. 
Não devemos pensar, porém, que tudo se vai compor, não devemos cair na ilusão de que uma détente EUA-Rússia é automática e inevitável, pois existem muitas frentes de fricção que podem, a qualquer momento, especialmente antes da entrada do governo Trump em funções na segunda metade de janeiro 2017, rebentar em conflitos fora de controlo e complicarem muito a situação internacional. 

Esta situação presente poderia caracterizar-se como «nem paz, nem guerra», não se trata de uma situação estável, nem se pode equacionar a nova «Guerra Fria» com o famoso «equilíbrio do terror» da «Guerra Fria nº1». Com efeito, a política agressiva e provocatória dos EUA e de seus aliados da OTAN, tem sofrido revezes de toda a ordem:
- Os tratados de comércio «livre», TPP e TTIP, estão realmente afundados, já estavam seriamente em risco antes da eleição de Trump, sendo que a sua eleição apenas representa o prego final no caixão.
- O lodaçal da Ucrânia tem azedado as relações nem sempre cordiais dos «aliados» (súbditos) europeus na OTAN com os EUA, pois existem demasiados setores industriais europeus a sofrer por causa das sanções à Rússia. Esta, declarou recentemente que as contrassanções, banindo a importação de géneros agrícolas, vão continuar. Muitos outros motivos, como a desesperada necessidade de abastecimento de gás natural, que nunca será substituído pelas energias renováveis, pelo menos no curtíssimo prazo, aconselham os governos a uma atitude de não confronto com a Rússia, que continua a ser um importante fornecedor da União Europeia (especialmente, da Alemanha do Norte).
- A derrota militar na Síria está a tornar claro o jogo sujo lançado pelos EUA, com o pleno apoio da Arábia Saudita e do Qatar. Os objetivos militares eram claramente de empurrar os terroristas do Estado Islâmico (ele próprio uma criação dos EUA, Israel, Arábia Saudita e Qatar) contra o exército sírio governamental, na esperança de causar uma situação crítica e finalmente o derrube de Assad. 
Aliás, isto foi, enquanto estratégia de Hillary, como secretária de Estado do governo Obama, O OBJECTIVO ESTRATÉGICO dos EUA no médio oriente.
- A perda das Filipinas como um dos baluartes de cerco à RP da China. Esta estratégia do «Asia pivot» ruiu com a recusa estrondosa de Duterte em aceitar ser o vassalo obediente dos imperialistas, virando-se claramente para os chineses, para se livrar da dominação colonial secular dos EUA sobre o seu país.
- A redução de influência, em relação aos governos do sul da América: tem surgido uma América Latina cada vez mais independente económica, militar e diplomaticamente do poderoso vizinho do norte.
- Mesmo os aliados mais próximos dos EUA, como a Grã-Bretanha, têm de ter cuidado até onde vão no seu apoio à política «da canhoneira», pois as suas possibilidades de continuarem a desempenhar um qualquer papel no xadrez económico-político-diplomático, dependem das boas relações com a China, e eles sabem-no perfeitamente. Os britânicos ofereceram a praça de Londres para emitir e negociar bonds denominados em yuans, o que lhes daria uma vantagem importante sobre Frankfurt, a principal praça europeia.

Delineei acima algumas de um vasto conjunto de situações, ocultadas ou tratadas de forma completamente distorcida pela média corporativa, mostrando que estamos perante um quadro muito complexo em que a agressividade de uma das partes - o campo «ocidental», nitidamente mais agressivo na retórica e nos atos- acabe por desencadear uma reação da outra. Ou seja, que a provocação constante acabe por causar um passo em falso dos outros. 
Isto é claramente uma estratégia de tensão, que é levada a cabo pelos EUA e aliados (na realidade... súbditos) da União Europeia, agrupados sob o chapéu da OTAN.
- Este posicionamento perigoso é acompanhado por uma torrente importante de propaganda, que faz com que muitas pessoas, incluindo pessoas sinceramente devotadas à causa da paz, confundam as situações e pretendam tomar as suas «distâncias» em relação ao conflito em curso, mas de forma equivocada.
Ora, para se ter uma visão apropriada, deve-se considerar as coisas, não sob a forma que a propaganda quer e deseja que façamos, mas sob a forma que nos parece justa em termos globais, ou seja, sob forma de um desenlace que seja aceitável pelas diversas partes, dentro dum espírito realista de resolução dos conflitos por meios pacíficos, pela prioridade à negociação sobre a confrontação armada, pela reafirmação do princípio da soberania dos Estados, pela não-ingerência de Estados nos assuntos internos dos outros (ou seja, o completo abandono da doutrina de «intervenção humanitária», que apenas trouxe desastres humanitários e destruição total). 
A propaganda tem sempre um objetivo claro em relação à cidadania sobre a qual incide: É desencadear reflexos de medo. O medo impede as pessoas de pensar. Para isso, deflete as questões, não permite que as pessoas percebam onde estão as responsabilidades reais. 
Penso que uma estratégia de paz não passa por contrapropaganda, ou seja, por demonizar aqueles que emitem a propaganda. Isso não é eficaz por várias razões. 
- Em primeiro lugar, porque nos põe, não como críticos, mas como favorecendo apenas um dos lados; ficamos ao mesmo nível que propagandistas. 
- Por outro lado, não permite que se aprofunde, se compreenda, com base em factos e não em opinião, as causas dos acontecimentos. 
Pois é exatamente isso que a média corporativa nos oculta sistematicamente. Esmera-se sempre em obliterar completamente o contexto das notícias, especialmente de conflitos armados, mas - em geral  - faz isso com todo o noticiário de política internacional. 
Pelo contrário, esmeram-se em transcrever e reproduzir todas as declarações oficiais de um dos lados, de forma extensiva, omitindo completamente quaisquer contrapontos. O discurso do poder é registado sem qualquer observação crítica, como um «deus», inquestionável. Para essa média, o «deus» é realmente o poder do dinheiro, seja ele o dos nossos impostos ou o das publicidades que alimentam essas enormes máquinas de propaganda moderna.  
Assim, as pessoas de boa vontade devem educar seus concidadãos a verem a realidade por detrás da propaganda, indo à raiz dos problemas.
Apenas alguns exemplos de manipulações e ocultações recentes da média corporativa internacional:
- Eles sabiam perfeitamente, mas ocultaram quem desencadeou e nutriu as guerras da Líbia, da Síria, quem equipou e subsidiou Al-Nusra, ramo Sírio de Al-Quaida… e como sabemos, estas guerras estiveram realmente na origem do problema – gravíssimo – dos refugiados destas guerras.

- Eles sabiam perfeitamente e ocultaram que houve interesses que se serviram dos refugiados para desestabilizar vários países da Europa central: era conhecido o envolvimento do multibilionário George Soros, que subsidia as ONGs que tiveram um papel de relevo nesta crise.

- Eles sabiam, não apenas do papel das ONGs locais, subsidiadas por Soros, um fator importante na «revolução» de Maidan na Ucrânia, como das forças nazis e antissemitas sem quaisquer máscara, mas que foram apelidadas de «democráticas» pela média e pelo departamento de Estado dos EUA. Foi um golpe de Estado, monitorizado e financiado pelos EUA e com o apoio das chancelarias europeias, nomeadamente alemãs, francesas, britânicas…

Poderia citar mais exemplos, eles estão constantemente a surgir. Mas estes bastam, para se perceber como a média distorce as realidades no terreno, exerce uma forte pressão na opinião pública, não como veículo de informação, que deveria ser, mas como veículo de propaganda.

A meu ver, a propaganda não deve ser combatida com «contrapropaganda», mas com informação objetiva, que desmascare as operações de propaganda. Por isso, importa formar uma cidadania com uma elevada capacidade de pensar criticamente. Não «acreditar» seja o que for, seja de onde vier a informação, sem questionar, examinar as provas da mesma, ver até que ponto se trata de factos, não fabricados, mas objetivos. Depois, ver se estes tais factos suportam ou são coerentes com as teses ou hipóteses defendidas e se não terá havido omissão de outros factos, que iriam contrariar as conclusões…
Esta educação e formação de espíritos livres devem ser assumidas como fator muito importante, essencial mesmo, na construção de um movimento pacifista.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

O QUE TENHO EU A VER COM O «DEUTSCHE BANK»???

- DEUTCHE BANK EM DIFICULDADES E PROVAVELMENTE INSOLVENTE... 
O QUE É QUE EU TENHO A VER COM ISSO? EU NÃO TENHO NEM UM CÊNTIMO NO «DB»! JÁ ESTOU A OUVIR AS VOZES DALGUNS, TENTANDO TRANQUILIZAR-SE E FAZEREM FIGURA DE «VALENTÕES», QUANDO SE LHES ANUNCIA QUE ESTA ECONOMIA DE CASINO ESTÁ À BEIRA DO COLAPSO.
PORÉM, ELES NÃO TÊM NENHUMA RAZÃO PARA SE VANGLORIAR, POIS O CENÁRIO DE UMA DERROCADA COMPLETA DO SISTEMA BANCÁRIO EUROPEU E MUNDIAL É MAIS DO QUE UMA HIPÓTESE. JÁ ENTROU NO DOMÍNIO DAS CERTEZAS MATEMÁTICAS, DEPOIS DE DEIXAR DE FIGURAR NO ÂMBITO DAS CONJETURAS.

- O QUE TEM O «DB» A VER COMIGO? POIS TEM TUDO, VISTO QUE É O MAIOR BANCO EUROPEU. ELE DESDOBRA OS SEUS TENTÁCULOS EM MÚLTIPLAS DIREÇÕES, SENDO CONTRAPARTIDA, ATRAVÉS DE DERIVATIVOS, DE ALGO COMO DEZANOVE VEZES O PIB DA ALEMANHA
A IMAGEM DO CASTELO DE CARTAS NÃO PODIA SER MAIS APROPRIADA. 
O «BD» FOI SALVO DA DERROCADA IMEDIATA, NA SEMANA PASSADA, ATRAVÉS DE UM BOATO LANÇADO A PARTIR DO TWITTER, SEM BASE ABSOLUTAMENTE NENHUMA. ESTRANHAMENTE -OU TALVEZ NÃO - ESSE BOATO FOI ACRITICAMENTE RETOMADO NOS SITES E JORNAIS FINANCEIROS «RESPEITÁVEIS». 
UM COLAPSO DAS AÇÕES DO «BD» DE MAIS DE 10% NO ESPAÇO DE MINUTOS FOI ASSIM REVERTIDO IN EXTREMIS. É POSSÍVEL QUE TAL MANOBRA TENHA SERVIDO PARA RESGATAR AÇÕES DE «HEDGE FUNDS», OU DE OUTROS GRANDES INVESTIDORES. O CERTO É QUE A SITUAÇÃO INCERTA DO «BD» ESTÁ A MINAR TODO O TECIDO DA FINANÇA MUNDIAL, QUE NÃO TEM ILUSÃO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA FALÊNCIA DO GIGANTE. AS FRASES TRANQUILIZADORAS E AS DECLARAÇÕES DE MERKEL EM COMO «NÃO HÁ LUGAR PARA UM RESGATE», APENAS ESCONDEM O DESESPERO DE UMA CASTA POLÍTICA, ALIADA A UMA CASTA FINANCEIRA, AMBAS SEM A MÍNIMA IDEIA SOBRE O QUE FAZER PARA INVERTER O CAMINHO DE DEPRESSÃO PROFUNDA EM QUE SE ENCONTRA A ECONOMIA EUROPEIA E MUNDIAL. 
AS PESSOAS DEVEM TOMAR MEDIDAS AGORA, PORQUE UM PÂNICO NOS MERCADOS FINANCEIROS SERÁ SEGUIDO, DE IMEDIATO, POR UM CONGELAMENTO DE TODA A ESPÉCIE DE OPERAÇÕES BANCÁRIAS. HÁ INDICAÇÕES DE QUE EXISTE POR DETRÁS DA CENA UM «BANK RUN», MAS DO QUAL NÃO SE NOTA NADA AO NÍVEL DA «RUA», POIS VERIFICA-SE APENAS UMA RETIRADA MASSIÇA DO GRANDE CAPITAL, INVESTIDO EM DIVERSOS ATIVOS FINANCEIROS MAIS EXPOSTOS. ELES IRÃO FAZER TODO O POSSÍVEL PARA MANTER ADORMECIDAS AS MASSAS, ATÉ ESTAREM COM O SEU DINHEIRO EM «PORTOS SEGUROS» E ENTÃO, DEIXARÃO IMPLODIR O MONSTRO, DEPOIS DE LHE TEREM EXTRAÍDO GRANDE PARTE DAS ENTRANHAS.
APROVEITARÃO ESTA OCASIÃO PARA CRIAREM  UMA SITUAÇÃO DE «ESTADO DE SÍTIO», EM QUE NÃO HAVERÁ POSSIBILIDADE DE O COMUM DOS MORTAIS MOVIMENTAR AS SUAS CONTAS BANCÁRIAS MAIS OU MENOS LIVREMENTE, ONDE SERÁ RACIONADO O ACESSO AO DINHEIRO FÍSICO ATRAVÉS DE CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO DE NOTAS (COMO FIZERAM NA GRÉCIA E EM CHIPRE).
APÓS ESTA FASE DE CHOQUE, IRÃO IMPOR UM NOVO SISTEMA MONETÁRIO, DESENHADO POR ELES E FAZENDO COM QUE NÓS, OS CONTRIBUINTES, SEJAMOS POSTOS A CONTRIBUIR FORÇADAMENTE, ATRAVÉS DUMA DESVALORIZAÇÃO (DE 20 A 50%) EFETIVA DA MOEDA (DÓLARES, EUROS, LIBRAS, ETC...), PARA QUE SEJA INSTAURADO O NOVO PADRÃO MONETÁRIO. ENTRETANTO, E GRAÇAS A ESTE «RESET», UMA SÉRIE DE DÍVIDAS SERÃO APAGADAS - COMO QUE POR ENCANTO-  E ISSO SERÁ UM ALÍVIO PARA GRANDES DEVEDORES. ENTRE ELES, OS ESTADOS, RAZÃO PELA QUAL ELES ESTÃO DE ALMA E CORAÇÃO CONIVENTES NO TAL «GREAT RESET». 
AS REFORMAS DOS PENSIONISTAS E OS ORDENADOS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NÃO ESTARÃO NUNCA «EM RISCO», SOMENTE O PODER DE COMPRA DE AMBOS FICARÁ REDUZIDO NA PERCENTAGEM QUE FOR PRECISO, PARA AS GRANDES FORTUNAS E OS ESTADOS QUE NOS OPRIMEM PODEREM CONTINUAR A FAZÊ-LO.

ESTE É O CENÁRIO PROVÁVEL, COM MAIOR OU MENOR VARIAÇÃO  NO PORMENOR. 

É ESTE O SIGNIFICADO DE UM COLAPSO DO «DB». SE SOUBER QUE JÁ TERÁ OCORRIDO, QUANDO ESTIVER A LER ESTA NOTÍCIA DE BLOG, ISSO SIGNIFICA QUE, NESSE MOMENTO, JÁ SERÁ TARDE DEMAIS.

domingo, 11 de setembro de 2016

O IMBRÓGLIO APPLE - IRLANDA




Como é que a Apple acaba por ser taxada com uma astronómica soma devida por impostos atrasados e seus juros?

Simplesmente porque a Irlanda, desleal em relação a seus parceiros da EU, aceitou que a Apple fosse considerada como «não residente» para efeitos de impostos, mas mantendo-se como «residente» no que toca a recebimento dos lucros de todas as suas sucursais europeias. 
- Assim, a Apple, com a colaboração da Irlanda, teve de pagar  apenas 0.04%  (sim!) da exportação dos seus lucros, em vez de 12.5%! 

Mas, como de costume, a media corporativa, em vez de nos dar os factos, os duros factos, vem com manchetes sensacionalistas, para  nos vender essas pseudonotícias que apenas são a espuma dos dias, mas que têm como efeito pernicioso e desejado justamente… a ocultação dos FACTOS!

… Aprendi a realidade do enredo Apple-Irlanda ouvindo o excelente show do «Max Keiser report», na RT.