A China e a Arábia Saudita acabam de chegar a acordo em múltiplos domínios, incluindo a possibilidade de pagamento em Yuan do petróleo saudita e o fornecimento de armas pela China ao Reino. É uma viragem decisiva no Médio Oriente. O petrodólar está morto e enterrado; o acordo China-Saudita é a sua «certidão de óbito» e o dólar, enquanto principal divisa de reserva está fortemente afetado.
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sábado, 1 de março de 2025

NO MUNDO INTEIRO , AÇÕES DIRETAS PELA PAZ

UMA DESTAS ORGANIZAÇÕES PACIFISTAS E FEMINISTAS É CODE PINK. 

CONSULTA AQUI O CALENDÁRIO DE MARCHAS PACIFISTAS EM VÁRIOS PONTOS DO GLOBO

 Marching Along: What’s Happening at CODEPINK


Jasmine & Grace, CODEPINK 

15:06 (il y a 2 heures)


CODEPINK

Women's History Month at CODEPINK!

Welcome to March at CODEPINK! This month, as we celebrate International Working Women’s Day, we invite you to reflect on the revolutionary women who have paved the way for our movements today. As reproductive justice and trans healthcare are under attack domestically and the U.S. continues to arm conflicts abroad, we stand in solidarity with the working women of the world, who deserve a life free from harm. 

👇☮️ Join us this month for a full slate of webinars, mobilizations, and ways to plug into your local IWWD actions!

Onward toward peace and justice,
Jasmine, Grace and the entire CODEPINK team

PS: Sign up to organize with us and we will reach out to you for a one-on-one. For questions, or to have local CODEPINK events posted, email Jasmine.

February Actions

CODEPINK was all across the country this month demanding the closure of military bases, standing up against Trump's ethnic cleansing plan, and calling for the arrest of Netanyahu in DC! Check out some highlighted events!

Our DC Organizers gathered at the White House to protest the meeting between President Donald Trump and Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu. We called for the immediate arrest of Netanyahu and rejected the ongoing partnership between the U.S. and Israel.

CODEPINK Bay Area and other local CODEPINK chapters across the country took to military bases as a part of World Beyond War’s Global Day of Action to #CloseBases to highlight the importance of closing all all 800 foreign and domestic U.S, military bases. As we fight to dismantle the war machine globally, we demand our government invests that money and time into life-affirming resources. 


Upcoming March Actions

Mon, Mar 3

Revolutionary Women: Histories, Principles & Practices of International Working Women’s Day, 8pm ET

Join our webinar on the histories of IWWD, a look into some historic and present women on the frontlines of the resistance and how we can implement our transnational feminist values into our everyday lives.

RSVP HERE


Tues, Mar 4

Know Your Rights! Community Safety Training for Direct Actions, 7pm ET

Join CODEPINK and NLG Chicago for a virtual direct actions training! Bring questions, thoughts, and a friend!

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Tues, Mar 4

CODEPINK Congress Capitol Calling Party, 8pm ET

Join CODEPINK Congress as we educate, activate, and mobilize for peace legislation!

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Thurs, Mar 6

CODEPINK New Organizer Onboarding, 8pm ET

Ready to organize for peace in your local community? Want to know the history of CODEPINK and our role in the anti-imperialist movement? Want to learn more about how we organize and how you can get started? Join us for our monthly new organizer onboarding call to learn all this and more! 

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IWWD 2025: Cut the War Budget! Invest in Women's Lives!

Our feminism on International Working Women’s Day, and every day, means standing with all women around the world! This IWWD, we call on you to embrace a feminist outlook that includes women in the Global South. We live in a country that gives over a trillion dollars to fund wars, military bases, and occupations that harm women and communities around the world; feminist values require us to be in solidarity with them!

For our sisters all over the world, it’s time we divest from war and militarism and invest in social services that support our communities! 

Join us on IWWD 2025!

Find a local event or start one of your own!


Mon, Mar 10

Missing Peace Monday with Dr. Rupa Marya, 8pm ET

This MPM, we will be joined by Dr. Rupa Marya, a renowned physician and professor of medicine at UCSF, who is on administrative leave for simply asking that the university examine the implications of inviting students with military backgrounds to join academic and health care institutions without accountability or screening. We need doctors like her ringing the alarm about blatant attacks on medical staff in Palestine!

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Wed, Mar 12

Time & the War Economy, 8pm ET

Join us as we dissect the interplay between the war economy and the experience of time, and how the peace economy gives us back a sense of abundance and fulfillment in our lives.

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Tues, Mar 18

CODEPINK Congress Capitol Calling Party, 8pm ET

Join CODEPINK Congress as we educate, activate, and mobilize for peace legislation!

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Wed, Mar 19

Women in Conflict Zones, 12pm ET

The Women in Conflict Zones webinar, sponsored by World BEYOND War, Southern Anti-Racism Network, International Peace Bureau, Convention for Pan-Africanism and Progress (CPP), and CODEPINK, aims to shed light on the profound impacts of war on women and children and to discuss measures being taken to mitigate these effects.

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Thurs, Mar 27

CODEPINK Community Call, 8pm ET

Join CODEPINK for our monthly community call! This is a space for our organizers to connect, share updates from the past month, and strategize on upcoming actions.

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PINK Keffiyeh!

Show your support for Palestine loud and proud with a pink keffiyeh manufactured in the West Bank! Every purchase supports CODEPINK's mission to end U.S. wars and militarism and spread peace and human rights. 

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CODEPINK · 578 Washington Blvd, #395, Marina Del Rey, CA 90292, United States

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

PAZ AGORA, POSSÍVEL E DESEJÁVEL

 Desde sempre que sou a favor da paz. Numa guerra, de parte e de outra, há  sempre argumentos válidos ou considerados como tais, para continuar e mesmo intensificar as ações bélicas. Mas, sob nenhum prisma, conseguem convencer-me. Tudo o que invocam os generais de poltrona, resume-se a dois falsos argumentos ou falácias:

1) Falácia do "ou eles, ou nós": se não formos nós a infligir uma derrota sem apelo, serão eles a fazer isso mesmo. Esta aparente necessidade "lógica" deixou de fazer sentido, quando sabemos que um inimigo poderoso, em vias de ser derrotado militarmente, pode ter a tentação de recorrer às armas nucleares. Mas, o argumento também vai contra a realidade histórica, visto que muitas guerras se resolveram através de diplomacia, de negociações para a paz. 

2) Falácia d' "os bons versus os maus": Que eu saiba, as guerras são sempre produto de seres humanos. Nunca nenhum lado tem 100% de razão. Os dirigentes políticos, os governantes de um e doutro lado, tiveram oportunidade de resolver o conflito por meios pacíficos, antes de recorrer a meios militares. Se não conseguiram fazê-lo, isso não significa que fosse impossível, mas que não houve empenho suficiente para encontrar um acordo. Os dirigentes e os propagandistas dirão sempre que a culpa, a falta de boa-fé, veio do lado contrário. De facto, os povos de ambos os lados é que são as vítimas, quase todas inocentes, de tudo o que de perverso, cruel, soberbo ou louco, os seus dirigentes congeminaram. 

Não existe qualquer desculpa para as partes em conflito não negociarem um cessar-fogo, verificado por entidades neutrais, como primeiro passo para as negociações de paz.

A passividade das pessoas, ou sua tomada de partido irracional por um dos lados, em detrimento do outro, tem permitido que os elementos belicistas, de um e de outro lado, pressionem os respetivos governos. Porém, qualquer pessoa culta, com conhecimentos de política, história e diplomacia, sabe que qualquer guerra tem, como desfecho, negociações. Nos casos em que não existiu um acordo de paz, as sociedades continuaram a viver no medo do reacender da guerra.

Se qualquer guerra tem de se concluir por negociações de paz, sabendo nós os incontáveis sofrimentos humanos, sabendo também a imensa destruição e empobrecimento geral, além dos perigos reais de confrontação nuclear, só loucos ou criminosos sociopatas não colocam como primeira prioridade o fim desta guerra e negociações para uma paz duradoura.

Na verdade, quem viu com seus próprios olhos uma guerra, sabe que não existe nada mais próximo do  "inferno na Terra", que isso. Mas, não é indispensável ter-se estado numa situação de guerra para se perceber e sentir verdadeira compaixão pelas vítimas, civis ou militares.

A paz agora é possível e desejável, cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para apressar essa solução. A cada momento que passa, nas operações militares em curso, morrem pessoas, quase todas inocentes, mesmo as que vestem uniforme. A melhor maneira de parar uma guerra, é recusar embarcar na lógica falsa que acima apontei e demonstrar - por todos meios - que os povos não querem a guerra, e que os governos têm de trabalhar para a paz.






sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

ROGER WATERS: UM DISCURSO MEMORÁVEL PERANTE A ASSEMBLEIA DAS NAÇÕES UNIDAS




 Roger Waters, um dos fundadores da celebérrima banda rock dos anos 70, Pink Floyd, tem um discurso perfeitamente maduro, perfeitamente em sintonia com o pacifismo e humanismo. Não é diferente da minha posição. Digo isto com toda a tranquilidade, pois esta foi a minha posição desde o início da invasão. 
O princípio da ONU inclui a proteção das populações e aqui registo a enorme frustração que eu e todos os pacifistas experimentam neste ano, pelo apagado desempenho da ONU, ao arrepio dos seus princípios e cedendo perante os grandes poderes, as forças que dominam o mundo. Hoje em dia, a anulação dos direitos humanos fundamentais é utilizada como uma espécie de arma de arremesso de propaganda. Mas, os que o fazem, são desmascarados pelas suas próprias ações ou ausência de ações!
Não se justifica, em nome da humanidade, continuar com esta guerra!
Poderes do mundo, acabem com esta guerra agora! Paz Agora!

terça-feira, 12 de julho de 2022

O VERDADEIRO PACIFISMO

 


Eu não tenho a pretensão de ditar a moral ao Mundo. Quando encontro indivíduos que estão muito imbuídos das suas certezas, que acham que os outros têm de ouvir as razões pelas quais o seu campo, os exércitos de tal ou tal nação, deverão vencer, porque têm a «razão», a «justiça», a «história», do seu lado (agora já passou de moda dizer que têm «Deus a seu lado»), eu simplesmente evito a discussão. Percebo que se trata de alguém autoritário, incapaz de recuo, de análise crítica. Quando, ainda por cima, essa pessoa vem com lições de moral, impor-nos o que considera ser «a solução» para a guerra, autoproclamando-se pacifista, também evito discutir, porque percebo que é de todo inútil. É perder o meu tempo e energia, que são bem poucos e ainda mais preciosos, com indivíduos que não têm em consideração que a guerra, seja ela qual for, nunca foi «solução» para nada, senão talvez para consolidar o poder de ditadores e demagogos sobre as populações, as suas principais vítimas. *

Ser-se pacifista, é advogar-se - no concreto - um imediato cessar-fogo, como primeiro passo para negociações de paz, sob os auspícios duma entidade aceite por ambas as partes. A imposição de uma «paz» após a destruição completa dum dos lados, não se chama «paz», mas «rendição». 

Curiosamente, ambos os lados desta guerra da Ucrânia, que é sobretudo da NATO contra a Rússia, estão a advogar o mesmo. Tanto a Rússia como os EUA e seus aliados, só se satisfazem com a derrota completa do campo inimigo. Nesta fase da guerra, nem um nem outro, desejam que se abram conversações, que desemboquem num cessar-fogo. Aliás, ambas as partes importam-se pouco com os ucranianos, os  civis em particular. 

O povo ucraniano, ou russo, ou de qualquer país da NATO, não é, nem deverá ser considerado como responsável por aquilo que seus governos façam ou deixem de fazer. Na guerra, como no resto, os povos são rebanhos dóceis, sempre atirados para a carnificina, recoberta por discursos altissonantes, hinos patrióticos e, sobretudo, por uma propaganda de guerra, um condicionamento psicológico, de 24 h sobre 24h, onde não é tolerada qualquer outra perspetiva, quer vinda de personalidades, ou do cidadão comum. O silenciamento é real, porque alguém dissidente não tem meios de resposta ao mesmo nível de difusão. Isto não perde validade com a ilusão dos Twitter, ou outras mal designadas «redes sociais»; aliás, os donos das mesmas emitem regras para os «fact checkers» que excluem - sem apelo - qualquer voz realmente dissidente. Estas são, na realidade, as novas máquinas de propaganda ao serviço dos poderes, mas que não se mostram como tal. A perversidade é fazer crer que o vulgar cidadão pode «exprimir-se livremente», desabafar a sua ira,  júbilo, ou ódio, em geral, contra o Outro. O Outro, é aquele que se odeia, que nos condicionaram a odiar, mais que tudo, que se gostaria de ver triturado, anulado, feito em pó. Por isso, não surpreende a grande facilidade com que as potências nucleares se põem a «brincar com o fogo», arriscando a cada momento uma deriva para o que supostamente, «queriam evitar», ou seja, para uma nuclearização da guerra.

Se as pessoas individuais carregam certa dose de responsabilidade, é certo que se trata mais de um crime ou uma falta por omissão. Não se pode atribuir ao soldado raso a responsabilidade pelas decisões estratégicas, decididas pelo governo e pelo estado-maior do seu exército. Isso seria imbecil. Mas o soldado individual tem responsabilidade no que faz ou deixa fazer, por exemplo, se comete um crime de guerra, ou é conivente com ele. 

O mesmo se passa na esfera civil: Se as pessoas insistem em «acreditar», como se fossem factos inquestionáveis, nas mentiras produzidas pela media, embora saibam claramente que inúmeros veículos de informação, desde contas Twitter, a canais do Youtube e até cadeias de TV (o mesmo se passa na China e na Rússia, num certo grau),  são simplesmente censuradas, estão a ser coniventes com os crimes. 

Se alguém assume que determinada narrativa é inquestionável, que «é a verdade» e, sobretudo, não tolera que outras pessoas tenham pontos de vista diferentes, opiniões divergentes ou venham a público expor outros factos, essa pessoa está - na realidade - a colaborar ativamente na transformação de uma situação de supressão das liberdades transitória, para uma permanente.

Como assim? Caminha-se para a institucionalização de um estado de guerra permanente entre grandes potências. Isso conduz ao endurecimento dos respetivos regimes, sempre com o sacrossanto pretexto da «defesa nacional». O condicionamento das pessoas vai ser - cada vez mais - acompanhado por repressão, que pode ir até ao «desaparecimento», quer de pessoas anónimas, ou figuras públicas.

Todos os regimes procedem do mesmo modo: O poder autocrático ou as tendências mais autoritárias que existam numa nação, são sempre favorecidas pela guerra. Quer essa nação esteja a «ganhar» ou a «perder», a casta que domina o governo consegue, através da guerra, consolidar o seu poder, de modo impensável em tempo de paz.  

Esta é a chave para se compreender o que agora se está passar na Ucrânia, na Europa da NATO e na Rússia. Goste-se ou não, o facto é que estão a ser criadas as condições para um eternizar da guerra. Nada disto seria possível, se a guerra fosse resultante da vontade apenas do povo ou de ambos os povos em contenda. Pode existir um momento inicial (nalguns casos) em que a maioria da população, iludida, deseja a guerra. Mas, se fosse ela própria a decidir da continuação ou não da mesma, perante o horror e o cansaço de tanta destruição, tanta barbárie, ela iria rapidamente pedir um cessar-fogo e negociações. 

Creio que Mattias Desmet tem razão ao caraterizar o estado em que se encontra o mundo de hoje, enquanto resultante duma «formação de massas»; na sequência de Gustave Le Bon, no final do XIX, que considerava a psicologia de massas como um fenómeno essencialmente coletivo, que se apodera da vontade dos indivíduos; e na continuidade de Hannah Arendt, testemunha direta de dois monstruosos totalitarismos no século XX (o Nazismo e o Estalinismo) que refletia e escrevia sobre a forma como os poderes estatais se transformam em autoritários e estes «deslizam» em totalitários: A natureza das «simples» ditaduras e dos regimes totalitários é semelhante, à superfície. Mas, profundamente, a «tomada de posse» dos indivíduos, no totalitarismo, ocorre «por dentro», ou seja, os indivíduos são sujeitos a lavagem ao cérebro tão completa, que desejam no íntimo cumprir aquilo que o poder totalitário exige deles, isto é, o sacrifício mais total.** 

Nós verificamos que o condicionamento das massas, desencadeado na grande operação do COVID (que existiu enquanto epidemia viral, disso não tenho dúvidas) foi um laboratório mundial para testar a submissão das massas, a facilidade com que aceitavam mentiras da media, com que deixavam suas liberdades fundamentais serem suprimidas, do dia para a noite. Vimos também a cobardia dos intelectuais, o silêncio dos carreiristas, a conivência objetiva dos que não queriam ficar expostos, apesar de se mostrarem críticos, em conversas privadas. Esta operação não desencadeou, mas tornou mais provável uma guerra como a que tristemente está a acontecer agora em solo europeu. Por sinal, não é a «primeira guerra» intraeuropeia, desde há 70 e tal anos, como a propaganda atlantista dizia: num processo tipicamente «orwelliano», esquece que houve, em 1999, a guerra desencadeada pela NATO contra a Jugoslávia (Sérvia). Durante semanas a fio, houve bombardeamentos da NATO sobre zonas civis de Belgrado. Este crime hediondo foi feito à margem de qualquer legalidade internacional. 

Não sei quem realmente disse pela primeira vez  que «a guerra é a saúde dos Estados»: Existe um ensaio inacabado de Randolph Bourne  com este título. Mas, eu considero tão ou mais rigorosa a frase «War is a Racket» («A Guerra É Uma Chantagem»), título do livro de Smetley Butler, coronel dos EUA  ativo no período das guerras dos EUA contra o México (da qual resultou a anexação do Texas), Cuba (guerra hispano-americana) e as Filipinas. Aliás, obras literárias de militares, ou ex-militares, que estiveram numa guerra, presenciaram seu horror e denunciaram o «racket» (ou chantagem), não são raras. Algumas, têm o estatuto de obra-prima da literatura universal, como é o caso de «Guerra e Paz» de Leon Tolstoi.*** 

Evidentemente, não irei fazer aqui um rol das personalidades que lutaram numa guerra e que depois se tornaram convictas pacifistas. Tenho admiração por elas; elas defenderam pontos de vista muito minoritários em diversas ocasiões e, por vezes, com graves implicações para si próprias. 

Estes exemplos fazem-me ter uma esperança em que se ergam vozes, bem mais poderosas que a minha, com capacidade de mobilização e de iluminação. Espero que, através delas, se despertem as consciências de muitas pessoas que não perderam o essencial do humanismo.

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https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/02/se-queres-paz-prepara-paz.html

A minha posição desde o dia um desta guerra, tem sido de apelar ao cessar-fogo e conversações de paz. São os povos as inocentes vítimas das guerras. Quanto mais se prolonga uma guerra, maior o seu sofrimento, maior a destruição. O movimento pacifista internacional é muito claro, apela a um cessar-fogo. Nenhum dos «manda-chuva» da NATO faz isso. Querem mais guerra e é nisso que apostam.

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* * Não esqueçamos os processos de Moscovo, na era Estalinista, em que bolcheviques da primeira hora se humilhavam publicamente num julgamento fantoche, pedindo da sua condenação sem apelo, como forma última de se redimirem por terem sido opositores ao Secretário Geral, Joséf Estaline.  Também não me esqueço de todos os chorrilhos de mentiras que foram despejados sobre a população alemã condicionando-a odiar os judeus, os bolcheviques, os socialistas, os ciganos, os liberais, etc. De facto, embora se calasse, toda a população sabia que os judeus e os dissidentes políticos iam parar a campos de concentração, mesmo que nem todos soubessem dos detalhes macabros do que se passava lá dentro. Todos sabiam, igualmente, que as grandes fábricas usavam trabalho forçado (escravos), a IG-Farben, Siemens, Krupp, etc.

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*** Infelizmente, certas interpretações do romance distorcem a verdade profunda que Tolstoi quis veicular e que foi, aliás bem captada na sua época, na sua sociedade (segunda metade do século XIX). Mas isto seria, por si só, tema para um artigo dedicado ao grande romancista!