sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

[Sonya Yoncheva] BELLINI: «CASTA DIVA»


Strazza: busto em mármore de virgem com véu (1850)



 Esta ária de «Norma» de Vincenzo Bellini, é muito famosa e foi interpretada por todas as «divas» da ópera. 

 Sonya Yoncheva possui uma enorme capacidade expressiva. Tem colocado o seu talento ao serviço do reportório barroco, embora tenha notáveis intervenções em muitas obras líricas de épocas posteriores.

O enredo de «Norma» desenvolve-se durante a conquista da Gália por Júlio César. 
Norma é a filha dum druida, uma sacerdotisa. Nesta ária, ela pede à Deusa Lua para infundir Paz no coração dos homens. 

LETRA  [Tradução de Manuel Banet]

Casta Deusa, que banhas de prata
Estas sagradas e antigas árvores
Mostra-nos o teu belo rosto
Sem nuvens e sem véu

Tempera, ó Deusa
Tempera aqueles corações ardentes
Tempera aquele zelo audacioso
Espalha pela Terra aquela paz
Que fazes reinar no Céu
Que fazes no Céu


                     

                              Lua cheia sobre o lago de uma barragem, Alentejo 
                      (fotos de Manuel Banet)




quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

[Prof. Didier Raoult] OS PAÍSES COM MAIOR COBERTURA VACINAL SÃO OS COM MAIOR PROPORÇÃO DE DOENTES E MORTES


 Nesta «guerra», presenciamos uma série de reflexos típicos da paixão política, ou dos fanatismos religiosos.

Raoult põe o dedo na ferida!

PS1: Veja-se o caso da Inglaterra, de outros países da Europa, assim como Israel. Quanto mais insistirem nos argumentos de (e para) débeis mentais, sobre a suposta necessidade da «vacinação», mais as pessoas se vão revoltar, mais o governo e a media ficam descredibilizados. Não servirá de nada diabolizar o Prof. Raoult, ou Robert Malone, ou Robert Kennedy Jr. ou muitos outros! 

Quem ficou com o nome gravado na história e na ciência? Não foram os inquisidores de Galileu, foi este mesmo que eles condenaram e tentaram calar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

A «RAZOIRA DE OCCAM» E A PANDEMIA DE CORONA VÍRUS

Sabem qual o significado da expressão «razoira (ou navalha) de Occam». Guilherme de Occam era um filósofo  e lógico da Idade Média, que estabeleceu que as afirmações podiam ser avaliadas pelo princípio seguinte: Para decidir-se sobre várias afirmações, aquela que implique maior economia de argumentos, ou quanto menos passos que impliquem demonstração tiver, é essa que devemos preferir sobre todas as outras, pressupondo que haja numerosos factos desconhecidos e que a realidade não está completamente desvendada. O princípio da «razoira de Occam» (existem outras designações) é um dos critérios pelos quais os cientistas, até à data de hoje, recorrem para escolher entre várias hipóteses. Embora não seja senão uma conjetura razoável, pois não existe demonstração da sua universal aplicabilidade, é uma regra empírica útil. 

A minha hipótese é que na guerra híbrida que os americanos estão levando a cabo aos chineses e vice-versa, têm-se desenvolvido aspetos de guerra biológica encobertos. A existência de laboratórios de alta segurança, como em Fort Detrick, ou no Instituto de Virologia em Wuhan, não pode ser negada. O que aí se faz exatamente, tem sido top secret por «boas» (más) razões. Estão ambos (mas nisso são acompanhados por muitos outros países) a violar um tratado que proíbe o uso e armazenamento de armas biológicas, negociado na ONU e ratificado por grande número de países, incluindo todos os que possuem uma biotecnologia suscetível de ser desviada para fins de guerra biológica. É efetivamente uma lei internacional que têm estado a violar. Por isso, mantêm segredo sobre a natureza das suas atividades, por isso também proíbem as inspeções por elementos neutrais, independentes. Chineses e americanos, embora não se coíbam de fazer acusações  mutuas do crime, não permitem que se esclareça -não só a origem da estirpe de SARS-Cov-2 (ver PS4) - como de muitas outras, já operacionalizadas ou em desenvolvimento. 

A existência duma pandemia seria então responsabilidade conjunta dos países envolvidos nesse desenvolvimento ilegal de investigação aplicada. Note-se que existem provas de que Fauci e outros foram coniventes, sabiam o que estava a ser efetuado em Wuhan e financiaram-no. O chamado «ganho de função», neste caso, consistiu em dotar a estirpe de partida (SARS1) de novas propriedades, a criação artificial, em laboratório, de aumento da afinidade do vírus ao recetor celular específico: 2000 vezes maior que na estirpe de origem. 

A exagerada resposta, ao nível quer nas autoridades de Pequim, quer dos países ocidentais foi - de certa maneira- -  incentivada pela OMS e pela ONU. Isto mostra que eles estavam receosos de que algo tinha acontecido, como a libertação acidental de uma estirpe cultivada em laboratório. Algo para além duma gripe «severa». 

Por outro lado, os eugenistas malthusianos e «filantropos» de todos conhecidos e que detêm enormes partes em empresas (Astra-Zeneca, Pfizer, Moderna, Johnson & Johnson) que fabricam vacinas anti-COVID, estavam mais que atentos, estavam preparados, pois já o tinham planeado ao pormenor (Out-Nov. 2019) no famoso EVENT 201 organizado pelo Fórum Económico Mundial de Davos. Quanto à tecnologia de fornecer ARNm às células, ela foi desenvolvida e era considerada altamente promissora em artigo da Science sobre trabalhos das equipas da MODERNA (fortemente apoiada financeiramente pela Fundação Bill e Melinda Gates) desde 2017, pelo menos. Note-se que as vacinas da Pfizer e da Moderna usam o mesmo veículo genético de ARN-mensageiro nas vacinas, apenas diferindo a composição nas microesférulas usadas para facilitar a entrada do ARNm no interior das células.

Os oligarcas costumam usar o estratagema de criarem um problema, para depois apresentarem a solução (aquela que eles desejam). Neste caso, os criminosos bilionários pretendem ter o controlo sobre os sistemas de saúde, a partir do qual poderão monitorizar as populações humanas, sejam elas quais forem. A pretexto de reforços de vacinas, poderão generalizar o sistema de vigilância, que já é praticado pela ditadura totalitária sobre sua população de 1,4 milhares de milhões de cidadãos.  

Não há prova de todas as coisas que eu afirmei acima, assim como não há prova de todos os passos e ações relacionadas com o crime cometido por um réu, quando este vai a julgamento. Com efeito, pela natureza deliberada e obviamente criminosa, pode-se esperar que um país, um grupo, ou um multimilionário, tomem suas precauções para manter secretas as atividades criminosas e quando tornadas públicas, fazerem tudo para baralhar as pistas e ocultar a verdade dos factos*. 

As grandes farmacêuticas que lançaram as várias vacinas de ARNm e ADN no mercado falseiam os dados dos ensaios, mostrando uma desonestidade total, o que não espanta, pois têm antecedentes criminais, tendo sido julgadas e condenadas.

Além disso, o «establishment» científico compreende que está metido numa «camisa-de-forças», em particular, a ser obrigado a aceitar a «ortodoxia» disfarçada de «ciência», propalada por Fauci, Ferguson e outros. Eles são incapazes de «ver» a verdade, pois isso lhes custaria a carreira: Vários médicos foram suspensos em vários países do mundo, somente por terem uma abordagem terapêutica, ou seja, quererem salvar os seus doentes, com medicamentos «proscritos», como a ivermectina, por exemplo!

Os media inflam indecentemente a psicose de medo, matraqueando assustadoras contabilidades, fazendo sistematicamente noticiário de primeira página (tanto na imprensa escrita como audiovisual) com o «vírus mortífero», fazendo eco exclusivamente aos pontos de vista de pseudo-cientistas como Ferguson (Imperial College) e outros, mas não dando oportunidade a cientistas honestos de mostrarem os dados e as conclusões divergentes, a que chegaram. Fazem processos mediáticos, com vista à liquidação da imagem pública de cientistas sérios, como Didier Raoult, Robert Malone e muitos outros. O comportamento dos profissionais dos media é totalmente antiético do jornalismo e eles sabem-no. Acredito que, explicita ou implicitamente, sejam ameaçados de despedimento, caso se atrevam a dar voz a dissidentes do novo «culto covidiano».

Os políticos, do governo ou da oposição, vão para onde «sopra o vento»: havendo uma psicose coletiva, eles tentam «cavalgar a onda» como o fazem em relação a muitos outros aspetos. Não está «no ADN» deles parece, dizer: «enganei-me, errei, desculpem». Penso que só dizem isso num processo, acossados e em último recurso para ver se conseguem receber uma condenação mais leve pelo tribunal. Os erros não são corrigidos, porque seria necessário explicar aos eleitores que se enganaram, mas isso seria a coisa mais inverosímil. Se há seres que nunca se enganam são os políticos, não sabiam?

A coligação desses interesses muito dúbios faz com que o retorno ao bom senso e a uma abordagem racional, científica, se atrase. Não se trata de algo que não esteja ao alcance da humanidade resolver. Na verdade, se tivesse havido seriedade desde o princípio, se tivesse prevalecido a liberdade de palavra, de opinião e sobretudo a liberdade dos médicos prescreverem a terapia que - em consciência - achavam apropriada aos doentes, não haveria sequer um décimo das mortes e dos casos graves que ocorreram. Deve-se considerar que um número elevado de pacientes morreram, não pelo COVID, mas antes pela imposição administrativa dum tratamento tardio e inadequado, que lhes foi ministrado.

Do ponto de vista da saúde pública, é muito mais sensato deixar «correr o vírus», pois ele é tratável. As pessoas mais suscetíveis, devido a problemas de saúde e/ou de idade, devem ser resguardadas, como sempre foi de boa prática. Mas, neste caso, «optou-se» por confinar populações inteiras, com os resultados desastrosos de aumento de 40% na mortalidade em pessoas saudáveis, entre os 18 e 64 anos: Estão a sair agora as estatísticas das seguradoras. São muito alarmantes, pois refletem uma realidade ocultada, durante estes dois anos de pandemia, pelos governos. Não há dúvida que as medidas «para combater a pandemia» foram, elas próprias, muito mais graves, em termos de mortalidade e de saúde (além do aspeto económico), que a própria pandemia, que elas pretendiam combater.

-----------

(*)As pessoas que continuam a ir atrás da «teoria da conspiração», perguntem a si próprias se esta acusação tem como objetivo desmascarar os «grandes e poderosos» ou quem tenta denunciá-los? Eu diria que em 99% dos casos, a acusação é lançada para inocentar alguém ou alguma organização poderosa, não para esclarecer a verdade. É feita com motivações ideológicas ou de intimidação. Veja, por exemplo, o que relata o ex-Senador Ron Paul (EUA), neste artigo.


-------------------

PS1 : https://www.globalresearch.ca/jaccuse-governments-worldwide-lying-you-people-populations-they-purportedly-serve/5750650 Os médicos e cientistas preocupados lançam um sinal muito claro sobre a loucura das medidas que têm estado a ser tomadas. Eles mostram provas incontestáveis (pelos defensores do sistema), pois são os próprios números das agências oficiais. Porém, não são ouvidos, nem reconhecidos pelas autoridades, pela media e portanto pela maioria da população. É o que se chama uma ditadura sanitária e orwelliana.

PS2: Acumulam-se as provas contra Fauci, confirmando plenamente as informações prévias que eu tinha e que me levaram a escrever o que escrevi, acima.

PS3: Como tenho afirmado neste blog, repetidas vezes, o chamado passe sanitário ou vacinal, não é aquilo que parece. É um instrumento de controlo e portanto de anulação da liberdade dos cidadãos. Oiça Franções Ruffin, denunciando «a banalidade do mal».

 PS4: Vem agora mais um eminente cientista reafirmar a solidez da hipótese de que o vírus não evoluiu na natureza, a partir de vírus presente numa espécie animal. Já o Prof. Luc Montagnier, descobridor do vírus HIV o afirmara antes e desde Fev. 2020, uma equipa científica, por mim assinalada, tinha colocado a hipótese. 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE RELAÇÕES SINO-AMERICANAS


Se queres realmente perceber as questões das relações entre estes dois grandes países de maneira não enviesada, tens de ouvir esta entrevista. 

Stephen Orlins tem uma experiência única de 42 anos no relacionamento com a China, testemunhou as mudanças que ocorreram na China e também nas relações desta com os EUA, em especial desde que, em 2005, se tornou presidente da Comissão Nacional de Relações Sino-Americanas. 

Na entrevista, ele assune estar «na minoria», no que respeita às posições que devem ser tomadas pelo governo dos EUA em relação à China. Mas, disse que não estava muito preocupado com isso, pois também esteve em minoria noutras ocasiões, mas suas posições acabaram por se tornar maioritárias.

Pareceu-me muito interessante e significativo que a CGTN, cadeia de televisão oficial da República Popular da China, tenha feito e mostrado  esta entrevista. Repare-se que Stephen Orlins não hesitou criticar a viragem dos últimos anos, da política externa chinesa, embora ele esteja a favor da reaproximação entre os dois governos e os dois povos.


domingo, 2 de janeiro de 2022

A IMUNIDADE DE GRUPO NÃO PODE SER OBTIDA POR MEIO DAS «VACINAS» DE ARNm ou ADN!

 A velocidade com que a variante Omicron se propaga nunca é explicada ao público pela simples razão de que isso implicaria dar a conhecer a realidade (1). Com efeito, o Omicron foi produzido pela vacinação massiva e sem critério. 



A vacinação produziu uma enorme pressão de seleção, favorecendo variantes do vírus que melhor evadiam as defesas imunitárias. 

As «vacinas» experimentais foram constituídas na base do gene duma única proteína viral (proteína spike), produzida nas células humanas em resultado da injeção de ARN ou ADN contendo a informação genética para fabricar a referida proteína. 

A proteína spike é, ela própria, uma toxina poderosa, causadora de ADE (Antibody Dependant Enhancement) (2, 3).

Além disso, a imunidade a partir de «vacinas» baseada num gene recombinante do vírus é muito mais fácil  de «tornear» para o vírus, do que as vacinas à base de um organismo inteiro, inativado. As vacinas para outras doenças, sejam elas virais, bacterianas, ou outras, continuam a basear-se maioritariamente no princípio de possuírem uma multiplicidade de antigénios apresentados ao nosso sistema imunitário. Isto vai conferir uma sólida imunidade, pois serão fabricados anticorpos e células de memória, dirigidos contra toda uma série de proteínas do agente patogénico. 

A campanha massiva de vacinação teve o resultado  de selecionar as estirpes ou variantes (4) que apresentavam maior número de mutações em sua proteína «spike». Isto era perfeitamente previsível, assim como era a sua capacidade em propagar-se no seio da população vacinada.

O facto de que os governos insistem em fazer vacinar com o mesmo produto (construído com base na estirpe inicial de Wuhan) que já tem demonstrado a sua ineficácia, apenas prova a sua corrupção. 

As pessoas que se sujeitam a «reforço», estão apenas a aumentar o desequilíbrio do seu sistema imunitário. Quanto mais «reforço» tomarem, pior será, não ficarão mais protegidas. 

Ficarão, na mesma, expostas à infeção com o variante Omicron (ou outro). Mas, por outro lado, ficarão com o seu sistema imunitário mais estressado, com desequilíbrios entre os vários tipos de anticorpos.

 Nestas condições, pode-se estar mais vulnerável a infeções virais, bacterianas, etc. O sistema imunitário, hiper-estimulado, não detetará com tanta eficiência, células no início dum processo oncogénico (cancro). A população que se sujeitou às referidas «vacinas experimentais» poderá ter cancro com mais frequência, do que a população não-vacinada. 

Se eu estava cético no início, sobre os benefícios das vacinas deste tipo, agora estou completamente oposto e acho que é um crime sério continuarem esta campanha de vacinação. 

Estamos perante um crime e com intenção malévola, pois não é possível que as chamadas «autoridades sanitárias» não saibam aquilo que eu acima apontei. Logo, como não é verosímil que seja um caso de ignorância ou incompetência, só me resta a hipótese da cumplicidade, da conivência. Quem cala, consente. 

Não devemos aceitar mais que eles nos calem, não devemos aceitar que um bando, agitando uma pseudo-ciência, se apodere das rédeas dos Estados e dos Sistemas de Saúde, calando e reprimindo as vozes discordantes dos cientistas e médicos honestos, dos que não renunciam a dizer a verdade.

É tempo de todas as pessoas honestas perderem o medo e dizerem NÃO!

-----------------

(1) https://www.futura-sciences.com/sante/actualites/variant-coronavirus-variant-omicron-echappe-serum-personnes-vaccinees-pfizer-astrazeneca-95543/

(2) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/oficial-spike-protein-libertada-no.html

(3) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/from-shots-to-clots-science-shows-covid.html

(4) https://worldcouncilforhealth.org/resources/omicron-variant/


PS1: Dr. Robert Malone comenta a notícia sobre o insólito aumento de 40% de óbitos registados pelas companhias de seguros nos EUA, que eu tinha assinalado aqui neste artigo em comentário. Leia e tire as suas conclusões:

https://www.zerohedge.com/medical/what-if-largest-experiment-human-beings-history-failure

PS2: um vídeo de 05-01-2022, «Vaccines and virus evolution - COVID-19 mRNA vaccines update 25», explica com apoio em artigos científicos, por que motivo a campanha massiva de vacinações origina variantes capazes escapar aos anticorpos produzidos pelos vacinados.

PS3: Excelente artigo de Jonathan Cook: Aborda a problemática da imunidade de grupo e da censura dos media e instâncias oficiais em relação às vozes de especialistas de alto nível Covid’s Lesson: When Anxious, Isolated and Hopeless, We’re Less Ready to Think Critically


[J.S. Bach] SONATAS EM TRIO PARA ÓRGÃO (SIMON PRESTON)



Porque não iniciar um novo ano com as belíssimas peças para órgão de J. S. Bach?

0:00:05 - BWV 525 I. - (Sem Indicação de Tempo) 0:02:48 - BWV 525 II. - Adagio 0:10:35 - BWV 525 III. - Allegro 0:14:14 - BWV 526 I. - Vivace 0:17:45 - BWV 526 II. - Largo 0:21:06 - BWV 526 III. - Allegro 0:25:18 - BWV 527 I. - Andante 0:30:46 - BWV 527 II. - Adagio E Dolce 0:36:46 - BWV 527 III. - Vivace 0:40:49 - BWV 528 I. - Adagio - Vivace 0:43:28 - BWV 528 II. - Andante 0:48:39 - BWV 528 III. - Un Poc'Allegro 0:51:12 - BWV 529 I. - Allegro 0:56:07 - BWV 529 II. - Largo 1:01:16 - BWV 529 III. - Allegro 1:05:09 - BWV 530 I. - Vivace 1:08:55 - BWV 530 II. - Lento 1:14:17 - BWV 530 III. - Allegro

J.S. Bach escreveu as seis sonatas em trio para órgão, para serem tocadas pelo seu filho primogénito Willelm Friedmann. Este, mostrou-se desde cedo cheio de talento. Seu Pai considerava-o mesmo como o mais talentoso dos seus numerosos filhos. 
W. F. Bach (Weimar, 1710 - Berlim, 1784) é conhecido sobretudo enquanto compositor de obras para tecla (sobretudo para o cravo e o pianoforte). Foi um precursor do romantismo musical
Contrariamente ao irmão Carl Philipp Emanuel, não teve uma carreira brilhante. Ele subsistia dando concertos, nos últimos anos de vida. Pobre e crivado de dívidas, tentou - em vão - obter um posto como organista em várias igrejas de Berlim e arredores. 
A sua obra continua a ser pouco conhecida hoje, o que me parece injusto.
 

sábado, 1 de janeiro de 2022

GUERRA COM A RÚSSIA: PERCEÇÃO DO PERIGO

Fig.1: Mapa da Ucrânia e das suas regiões, com as componentes étnicas e nacionais respetivas

Vejam o mapa acima, que quantifica as regiões da Ucrânia em termos étnicos e linguísticos. Será que isto pode ser um motivo válido para o desencadear da Guerra Mundial nº3? 
- Os problemas interétnicos decorrem de ou agudizaram-se após o golpe de Maidan, pró- UE e pró-Atlantista, tendo resultado na secessão pacífica, por referendo, da Crimeia, assim como na criação de repúblicas russófonas no Don, mantendo-se, desde então (2014) um conflito permanente com o poder de Kiev.
Estas situações são dramáticas, trágicas em si mesmas para as populações envolvidas. Não me parece que justifiquem que a NATO ou quaisquer outras instâncias tenham que «meter a pata» na Ucrânia. Tão pouco uma invasão russa traria qualquer melhoria objetiva da situação. Do ponto de vista dos interesses estratégicos da Rússia, uma tal hipótese é claramente vista, quer pelos círculos próximos de Putin, quer ela generalidade dos observadores, como um   enorme disparate. 
Resolver o problema, implica uma desescalada. Mas para se desescalar, tem de haver garantias reais e não vagas, de que a NATO não vai englobar a Ucrânia, que não vai incluir este país falido, governado por fanáticos anti-russos entre os seus membros. Compreende-se a preocupação do governo russo: Os adeptos de Stepan Bandera, com influência em sectores do governo e nas forças armadas,  têm uma ideologia ultra-nacionalista e alimentam a histeria anti-russa.  
A inclusão deste país na NATO iria desencadear ataques e provocações permanentes contra a Rússia e contra as repúblicas separatistas russófonas do Don, até ao ponto em que a Rússia seria encurralada (e também pressionada pela opinião pública russa) a reagir. Aí, a clausula de defesa dum membro da NATO justificaria a intervenção da Aliança como um todo. Um contra-ataque seria desencadeado e teríamos a terceira guerra mundial, em breve transformada em holocausto nuclear. Este cenário está bem presente, como forma  de chantagem, face à Rússia; é «brincar com o fogo», pois pressupõe uma escalada, um subir de tensão insuportável. 
Num contexto assim, qualquer manobra mal pensada, de um ou doutro lado, poderá ser o rastilho para a conflagração total. Esta, não ficará muito tempo ao nível de armas convencionais. Isto porque, logo que uma potência estiver «na mó de baixo» militarmente, sentirá o apelo irresistível para usar a arma nuclear. A partir daí, haverá uma troca de ataques nucleares, cujo desfecho é pior do que «1000 Hiroxima e Nagasaki». 
Quando vejo a media propalar, de forma acrítica e criminosa, a tese falsa de que a Rússia ameaçaria invadir a Ucrânia, fico preocupado, não apenas pela «lavagem ao cérebro» que estão a efetuar aos cidadãos, mas porque esta fase de pesadas manobras de propaganda costuma anteceder o desencadear duma guerra «a quente». 
Não, a Rússia não tem interesse nenhum em invadir a Ucrânia. Ficaria a braços com um problema muito pior do que foi o Afeganistão da era soviética e as altas esferas russas, tanto militares como civis, sabem perfeitamente que esta intervenção foi o erro que precipitou a queda da URSS: repetir isso, seria suicidário.

Mas, admitamos (por hipótese) que os russos «são uns mauzões», que não se pode confiar neles, etc. Então pergunto, qual é a relação de forças militares, ao nível mundial, entre as forças russas e as dos EUA, a NATO e todos as outras potências com eles alinhadas?

Só para se ter uma ideia de qual império tem sido mais agressivo, juntei abaixo um mapa das intervenções de cariz militar ou de sabotagem pela CIA, levadas a cabo pelos EUA, desde a IIª Guerra mundial. 

Fig.2: Mapa de intervenções militares dos EUA e de golpes da CIA desde a IIª Guerra Mundial

Afinal, quem são os «bullies»? Não estaremos a ver o «bully» a acusar a parte mais fraca exatamente daquilo que ele costuma fazer? Fazendo acusações infundadas como forma de chantagem e para forçar o apoio dos vassalos à sua causa?

Num cenário de guerra que se inicie na Europa, veja no mapa abaixo a quantidade de bases, dotadas de capacidade nuclear, que a NATO mantém e que são pontos de estacionamento e de trânsito de armas nucleares.

         Fig. 3: Bases da NATO com capacidade nuclear, em torno das fronteiras russas

Para mim, não há dúvida que existe perigo de guerra nuclear. Se ela vier a acontecer será, com toda a probabilidade, em resultado de uma escalada: Haverá continuadas fricções entre superpotências militares, primeiro acendendo guerras «por procuração», seguidas ou acompanhadas por provocações, do tipo de ataques de falsa-bandeira. Isso fornecerá o pretexto para desencadear uma guerra total. 
Os poderes militares em confronto cedo irão ter a tentação do recurso às armas nucleares, quer como forma de «neutralizar» o adversário, quer porque se encontram em situação difícil e o recurso às armas nucleares pode parecer-lhes a «única saída» para evitar um total desastre. 
Conclusão: a desnuclearização deveria ser a questão prioritária nº1 das potências, grandes, médias e pequenas, pois uma Terra devastada, contaminada, incapaz de sustentar a vida humana e as outras formas de vida, não pode ser desfecho desejável para nenhuma das partes. Ou seja, não haverá vencedor. 
Tornar a guerra nuclear mais próxima, mais verosímil, é um crime contra a humanidade, em si mesmo. É isso que as pessoas comuns devem compreender e têm de mostrar aos poderosos (de quaisquer nações) que não aceitam viver debaixo do medo do holocausto nuclear.

----
PS1: No dia do início (10-01- 2021) das conversações entre Rússia e EUA, em Genebra, a perspetiva de um avanço significativo parece não convencer a maioria dos observadores. 
No entanto, os EUA estão numa posição em que não podem ditar as condições de um desanuviamento, à Rússia. Por outro lado, os seus vassalos da NATO, devem estar a pressionar os EUA a serem flexíveis. Perante uma maior deterioração das relações entre Rússia e UE, os perdedores seriam estes últimos. Enfim, na minha perspetiva, os EUA e a NATO têm toda a vantagem em trabalhar para uma solução. O Ocidente está em situação de obter um acordo sem «perder a face»... Desde que exista um mínimo de sentido de responsabilidade, de parte a parte; desde que predomine a abordagem diplomática sobre a militar. 

PS2: um deputado ucraniano, de um partido da coligação governamental diz que possui informações de que EUA e Rússia estão de acordo em que a Ucrânia não deva ser aceite na NATO. Do lado russo insiste-se nas garantias:

PS3: Um artigo de Mike Whitney extremamente bem documentado e demonstrando o absurdo da política americana em relação à Rússia, agora e desde o fim da Guerra Fria: