terça-feira, 4 de novembro de 2025
ESPIRAL ASCENDENTE DA DÍVIDA AMERICANA
MARWAN BARGHOUTI RESISTE NAS PRISÕES DE ISRAEL
Transcrevo artigo de Medea Benjamin
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For more than two decades, Marwan Barghouti has sat behind Israeli bars—a living emblem of a brutal occupation that has denied Palestinians their freedom and dignity. His continued imprisonment is not merely unjust; it silences the one leader most capable of uniting the Palestinian people and leading them toward a political solution. Polls over many years show he is the most popular Palestinian political figure, trusted across factions and generations—even by many who have lost faith in politics. Releasing him is not a concession. It is a prerequisite for peace.
When the Second Intifada (uprising) began in 2000, Barghouti was a prominent member of Fatah, the Palestinian political faction that dominates the Palestinian Authority (PA), which governs limited parts of the occupied West Bank. He was also an elected parliamentarian. He was arrested by Israeli forces on April 15, 2002, and in 2004 an Israeli court convicted him and sentenced him to five life terms plus 40 years, accusing him of involvement in attacks that killed Israelis. Barghouti denied the charges, refused to recognize the court’s legitimacy, and declared himself a political prisoner under occupation.
Independent observers, including the Inter-Parliamentary Union, later found that the proceedings failed to meet international fair-trial standards and bore the marks of political persecution.
Barghouti’s case is inseparable from the larger machinery of occupation: like thousands of other Palestinian prisoners, he has endured brutal and degrading treatment, including torture, solitary confinement, and denial of adequate medical care. Israeli authorities are obligated under international law to ensure due process, humane treatment, and access to counsel and healthcare—obligations they routinely violate.
[The case of Marwan Barghouti] is inseparable from the larger machinery of occupation: like thousands of other Palestinian prisoners, he has endured brutal and degrading treatment, including torture, solitary confinement, and denial of adequate medical care.
Throughout his imprisonment, Barghouti has supported a principled stance: he rejects attacks on civilians and defends the right of a people living under military occupation to resist within international law. He has long advocated for negotiations grounded in equality and self-determination. That combination makes him uniquely capable of serving as a key mediator.
It is precisely this credibility that Israel fears. As his son Arab Barghouti said, “Israel sees my father as a danger because of his ability to bring Palestinians together.” Keeping him locked away serves two aims for Israel: decapitating credible Palestinian leadership and perpetuating the fiction that “there is no partner for peace.”
His family fears for his life, with witness reports that he was severely beaten by guards in September. That fear increased on 15 August 2025, when Israeli Minister Itamar Ben Gvir released a video in which he personally threatened Barghouti inside his prison cell.
The family has repeatedly asked Israel to allow international lawyers and the International Committee of the Red Cross to visit him, but their requests have been denied.
There was hope that Barghouti would be released as part of the recent Gaza ceasefire agreement between Israel and Hamas, and Trump said he was considering pressing Israel for his release, but Israel refused.
For years, world leaders have championed his cause. In 2013, Former President Jimmy Carter, Archbishop Emeritus Desmond Tutu, and other prominent world leaders and Nobel Peace Laureates called for his release. More recently, UN Special Rapporteur Francesca Albanese said, “Anyone serious about ‘peace’ should ensure his release, as the most popular—and unlawfully detained—Palestinian leader.” On October 29, a group of global leaders called The Elders, which was started by Nelson Mandela in 2007, called on President Trump to demand Barghouti’s release, “capitalising on the opportunity opened up by the fragile ceasefire deal in Gaza.”
Even senior Israeli security figures, including former Shin Bet director Ari Ayalon, have acknowledged that if Israel truly wants a partner who can deliver the Palestinian public to an agreement, Barghouti is the one leader with the legitimacy to do it.
But perhaps the most interesting recent advocate is Ronald Lauder, president of the World Jewish Congress, who–behind the scenes–lobbied for Barghouti as a gesture to the Arab countries pushing for his release.
Barghouti’s popularity as a uniting figure is why so many Palestinians call him their Nelson Mandela. Mandela’s release did not solve South Africa’s problems overnight, but it unlocked a door that had been nailed shut. Barghouti’s freedom could do the same.
If Israel truly seeks peace, it must stop locking away the very leadership capable of achieving it. If the international community truly stands for human rights, it must raise the political cost of Barghouti’s continued detention.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2025
PSICÓLOGO EVOLUCIONISTA ANALISA «A Empatia Suicidária» e «A Mente Parasitada»
Para ver a entrevista, clicar no link abaixo:
https://glenndiesen.substack.com/p/gad-saad-the-parasitic-mind-how-bad
O Dr. Saad é um académico do «Declaration of Independence Center for the Study of American Freedom at the University of Mississippi». É autor de muitos livros, incluindo «A Mente Parasitada» e o seu novo livro, «A Empatia Suicidária».
The Parasitic Mind:
https://www.amazon.com/Parasitic-Mind-Infectious-Killing-Common/dp/162157959X
Books by Prof. Glenn Diesen:
sábado, 1 de novembro de 2025
O NOVO SISTEMA OPERATIVO DO OCIDENTE GLOBAL [CRÓNICA DA IIIªGUERRA MUNDIAL, Nº51]
Estamos todos inseridos, quer queiramos, quer não; quer o saibamos, quer não, na NOVA matriz que define ao nível estratégico a condução desta IIIº Guerra Mundial.
Esta nova estratégia, vai transparecendo em reflexões e artigos teóricos, produzidos no âmbito da OTAN e das diversas academias militares de países do Ocidente.
Desde 2016, que tenho acompanhado esta mudança não somente semântica, mas também substancial. Uma destas mudanças, consiste em colocar como recipientes da guerra psicológica, a população em geral. Não somente os combatentes inimigos; também são alvos desta guerra psicológicas populações civis dos países hostis (embora sem se estar em guerra formal com muitos deles), mas também a população dos países «amigos» e as populações do núcleo central do Império.
Com efeito, temos vivido todos debaixo de campanhas sucessivas, massivas e permanentes de propaganda.
No início do novo milénio, as campanhas destinavam-se a nos convencer que tínhamos de sacrificar as liberdades para combater o «terrorismo». Pouco depois, em 2020, tratava-se de fazer guerra a um vírus, uma epidemia que foi pretexto para operações financeiras muito lucrativas para a oligarquia. Foi com condicionamento massivo que forçaram a população a tomar «vacinas» que, de facto, eram não-testadas em ensaios clínicos prévios. Pouco tempo depois e até hoje, a média ocidental dedicou-se a diabolizar a Rússia e Putin, como se a intervenção russa na Ucrânia iniciada em Fevereiro de 2022, fosse uma decisão caprichosa («sem provocação»!) dum dirigente autoritário; como se esta não tivesse sido antecedida por inúmeras provocações; entre outras, a postulada adesão à OTAN do regime neo-nazi, de Kiev, furiosamente anti-russo!
A continuação desta deriva em direção à guerra total, fez-se com a encenação de 7 de Outubro de 2023 em Gaza. Hoje, está provado que a operação tinha sido «permitida»* pelo governo de Netanyahu:
- As comunicações internas do Hamas e da população da Faixa de Gaza eram constantemente interceptadas e monitorizadas;
- Os serviços de segurança do Egipto enviaram alertas muito sérios e detalhados da preparação de algo no referido Território.
- A somar a estes factos, houve uma retirada de muitas tropas israelitas, que faziam o cerco a Gaza, alguns dias antes da referida sortida de 07-10-2023.
A campanha mediática governamental, imediatamente a seguir, foi construída com base em falsidades enormes, óbvias, fabricadas para horrorizar a opinião pública mundial, com o objectivo desta se dessolidarizar da população de Gaza, perante a campanha de «limpeza étnica» e de genocídio que imediatamente foi lançada. A mentira maior de todas é de que a operação da resistência palestiniana apanhou de surpresa as autoridades civis e militares israelitas.
Procurei dar conta disto em muitos artigos deste blog, apontando as efabulações e explicando como as coisas realmente se passaram. Lembremos, entre outras, as declarações dos altos responsáveis de Israel:
- O ministro da defesa de Israel (Galant) disse que todas as pessoas em Gaza «eram do Hamas», como pseudo-justificação do morticínio indiscriminado,
- Netanyahu usou citações do Antigo Testamento para «justificar» a erradicação total dum povo.
Declarações tão cínicas, no príncípio da campanha de genocídio em Gaza, deveriam ter feito reagir, no Ocidente, os defensores dos direitos humanos. Porém, muitos calaram-se, por cobardia ou porque terão aceite «argumentos» sionistas, para «justificar» a barbárie.
Todas as ações dirigidas contra civis inocentes, num contexto de guerra, são violações dos Direitos Humanos. Quando são toleradas por certos governos, é a própria arquitetura dos Direitos Humanos da ONU, que eles estão a pôr em causa. Porém, qualquer país aderente à ONU é suposto respeitar e fazer respeitar esses mesmos Direitos. Os Estados que se apresentavam como os grandes defensores dos Direitos Humanos, têm desrespeitado - por ação ou omissão - a substância dos referidos Direitos de forma mais notória, em relação à população palestiniana dos Territórios Ocupados por Israel.
Um outro exemplo recente: Os EUA e seus dirigentes preparam uma invasão da Venezuela, colocando uma esquadra e meios aéreos nas Caraíbas. Esta é «justificada» com a pretensa participação do presidente Maduro no tráfico de droga, dirigido às costas dos EUA. Tal acusação é desmentida por muitas entidades, incluindo agências especializadas no combate ao tráfico de estupefacientes. No entanto, a marinha dos EUA tem atacado lanchas, matando os seus tripulantes, supostamente por estas transportarem cocaína para a Flórida. Acontece que...
(a) tais lanchas nunca poderiam alcançar as costas da Flórida, pois teriam de encher várias vezes os depósitos de combustível, para lá chegar.
(b) os tripulantes não foram minimamente identificados,
(c) são execuções extra-judiciais, em águas internacionais e com base em suposições vagas.
Tudo isto para desencadear uma reação do governo da Venezuela, que serviria como pretexto para uma invasão pelos EUA.
O pano de fundo, todos o conhecem: É a estratégia imperial dos EUA e ao serviço das grandes empresas de petróleo, para controlar, acaparar e explorar os recursos energéticos da Venezuela. Este país possui a maior reserva terrestre comprovada de combustíveis fósseis.
A guerra psicológica destina-se sobretudo às pessoas comuns, tanto dos países «a conquistar»**, como dos países-sede do Império. Nestes, a mídia de massas é especializada na lavagem ao cérebro.
As pessoas, sujeitas a campanhas permanentes de condicionamento, acabam por não distinguir os factos, da propaganda. Muitas ficam aterradas ou dessensibilizadas e incapazes de reagir. Não conseguem defender o que têm de mais valioso - a própria vida e a dos seus filhos.
Os serviços de guerra psicológica conseguem estes resultados através da combinação de meios, recorrendo ao medo, à ignorância, ao black-out informativo, à desinformação, à alienação, etc.
Este comportamento não é exclusivo das agências, governos e instituições ocidentais. Porém, têm sido estes que têm levado a cabo a guerra psicológica aos maiores extremos. Combinam estas operações psicológicas com a guerra cinética, de desgaste ou de baixa intensidade e - por vezes - de agressão brutal, para submeter países que não se vergaram ao seu domínio.
Muitos países pequenos, que não constituem ameaça para o Ocidente, também estão sujeitos a ataques desestabilizadores: Geralmente, são países que se libertaram do jugo neocolonial. Esta dependência neocolonial fazia com que um país africano, rico em minério de urânio, recebesse apenas cêntimos por cada quilo de urânio extraído das suas minas, por exemplo. Outro, era forçado a aceitar a presença no seu território de forças militares das ex-potências coloniais, sob pretexto de combater o «terrorismo islamista». Na realidade, elas estavam lá para defender as empresas, fábricas, minas, etc. dos referidos antigos poderes coloniais.
As pessoas, nos países-sede do Império, estão a começar a acordar. A viragem para o militarismo, nestes países (EUA, Reino Unido, países da UE e da OTAN) é feita com o pretexto de combater a superioridade da tecnologia bélica dos seus adversários (China e Rússia, sobretudo). Mas, este rearmamento é realizado à custa da destruição das condições de vida das classes laboriosas dos países europeus, através da redução drástica dos financiamentos da Segurança Social, dos Serviços de Saúde Pública, da Educação Pública, etc. Os governos, prevendo a possibilidade de revoltas, reforçam as forças policiais, tanto em efetivos, como equipamentos. Estas forças têm «luz-verde» para usar toda a brutalidade para coagir, prender e maltratar os manifestantes.
Agora, os governos do Ocidente estão apostados em se equiparem com múltiplos instrumentos de vigilância e controlo permanentes. O foco principal dos sistemas digitais de IA incide sobre o comportamento «previsível», ou seja, de «prevenção de crimes»... Mas, para os governantes, será considerado crime «o não-respeito pela autoridade».
As pessoas, individual e coletivamente, SERÃO O INIMIGO a controlar e reprimir quando necessário, tanto nos países centrais do Império, como nos periféricos.
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*) Foi mesmo desejada como um «Novo Pearl Harbour»
**) Veja-se, de novo, a Venezuela (durante mais de um quarto de século), com apoio dos EUA aos oponentes, financiados com milhões de dólares e apoio de agentes da CIA.
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