sábado, 25 de novembro de 2023
ALGUMAS PALAVRAS SOBRE VIOLÊNCIA
AUMENTO DE VOTOS NA EXTREMA-DIREITA EUROPEIA
https://www.statista.com/chart/6852/right-wing-populisms-enormous-potential-across-europe/
A progressão da extrema-direita europeia não é uma fatalidade. Não se pode ficar de braços cruzados...
O que fazer? Gostaria que as forças políticas e sociais fizessem um debate sério sobre o panorama político europeu e dentro de cada Estado. Só assim, haverá possibilidade de acordos entre várias tendências, mesmo que limitados, para a ação.
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
CONTROLA OS SEUS IMPULSOS?
Com efeito, a adição de compra compulsiva é uma patologia muito séria e mais banal que outras adições que não envolvam ingestão de «drogas». Mas, o sistema de escravização do consumidor consegue desenvolver técnicas para o aumento de sua adição.
Por exemplo, as luzes e decorações de Natal nas ruas, nos centros comerciais e nas montras: São, afinal, a criação de um ambiente «feérico» que faz as pessoas quererem voltar à infância e deixarem-se arrastar por impulsos de consumo. Este impulso pode ser motivado por desejo de satisfazer entes queridos (o Natal como festa da Família), mas também aqui se trata de uma relação falseada, porque mediada pela mercadoria. Em geral, quer em ocasiões «normais» ou «especiais», o impulso obsessivo de comprar, desencadeia compras inúteis, que desequilibram o orçamento pessoal.
B- Um símbolo de status; por isso é que bugigangas produzidas em série, são publicitadas como algo «exclusivo». De facto, a adição às compras é cuidadosamente cultivada pelos órgãos de comunicação social de massas, cujos rendimentos são resultantes da publicidade, sobretudo.
O contexto da sociedade mercantil hipervaloriza a aquisição e acumulação de objetos: As pessoas têm uma relação doentia com a posse de certos objetos, em especial se forem caros, de luxo, de «prestígio».
Os objetos a que me refiro, não são adquiridos por necessidade ou conveniência, são como um «investimento» afetivo e promocional.
- Auto-Afetivo, porque as pessoas (simbolicamente) estão a remunerar ou a recompensar, a si próprias.
- Auto-Promocional: Ao exibirem algo ostensivamente caro. Esses itens - mesmo que sejam de pouca ou nenhuma utilidade - estão a exibir a elevada capacidade aquisitiva de seu possuidor.
Numa sociedade onde a aparência é tudo, onde ser economicamente bem sucedido, é ser uma «celebridade» e passar a fazer parte da «elite», mesmo que seja de maneira efémera, as pessoas não conseguem amadurecer o seu ego. Permanecem bloqueadas nos afetos infantis, tanto no que respeita à «gula» de compras, como à gula de comida.
Repare-se nas seguintes situações:
- A epidemia de obesidade (sobretudo, nas camadas menos abonadas),
- A atitude hedónica, não apenas de adolescentes como de adultos (= adolescentes mentais),
- O crescente número de pessoas que ficam endividadas em excesso, usando cartões de crédito,
Todos estes (e muitos mais), são exemplos bem visíveis de patologias sociais. Todos são característicos da chamada sociedade de consumo. Por contraste, as características acima não se observam nos períodos históricos anteriores à revolução industrial, ou nas sociedades que - ainda hoje - subsistem fora do modelo dominante.
A alternativa não reside na pobreza voluntária, ou noutro tipo de autoflagelação, para combater os males sociais. É fundamental educar-nos e educarmos as jovens gerações, para não cairmos no ciclo infernal do «consumo pulsional».
Além disso, temos de compreender que as soluções boas para o ambiente, para a sustentabilidade da biosfera e para uma sociedade harmoniosa são incompatíveis com o capitalismo.
É um facto, que o capitalismo precisa do sobre- consumo desenfreado. Por muito que mostrem preocupações «ecológicas» e «socialmente responsáveis», os comerciantes e os industriais só são verdadeiramente movidos por uma coisa, o lucro.
Não é de admirar, pois o modelo de economia e sociedade capitalista, é exatamente aquele que endeusa o indivíduo que enriquece, seja lá por que meios for. Desde que seja rico/a, é uma pessoa interessante, inteligente, etc. Portanto, as pessoas - mesmo que não sejam comerciantes ou industriais - são fortemente encorajadas a procurar enriquecer-se, sem olharem demasiado aos meios.
A ostentação, o consumo de luxo, o consumo hedónico, são o símbolo e o triunfo desejado pela maior parte das pessoas, dentro do modelo económico e social capitalista.
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
A UM DEFENSOR DO 'STATUS QUO' [OBRAS DE MANUEL BANET]
- Tu, que olhas sobranceiro
Os humildes que sofrem
Labutam e lutam
Por sustento de miséria
- Tu, que te julgas superior
Porque o merecias
Quando afinal pouco
Tens de juízo e saber
- Tu, que te orgulhas
De ser escravo
Exibes como adorno
As grilhetas mentais
- Tu, ricaço estás afinal
Nu, sem resguardo
No meio da sociedade
Que sustenta teu fardo
- Tu, esqueces depressa
A quem tudo deves
Ficas mais frágil
Ainda mais exposto
- Tu, serias cómico
Na tua bruteza
Mas és responsável
Por tantos males
- Vai pró Inferno
Aí tens teu lugar
Corre, ocupa-o!
É bem quentinho.
quarta-feira, 22 de novembro de 2023
FOI HÁ 60 ANOS - 'COME ON' - THE ROLLING STONES
terça-feira, 21 de novembro de 2023
MERGULHÁMOS NA BARBÁRIE, DE NOVO
Eu uso a expressão no título acima, não em termos metafóricos, mas literalmente.
Com efeito, não há nada mais cruel e bárbaro do que a punição coletiva. É isso que governo e exército israelitas estão a fazer em Gaza e nos Territórios Ocupados, incluindo Jerusalém Este.
Qualquer que seja a avaliação que se faça da ação do Hamas a 7 de Outubro, esta nunca pode ser justificação para o assassínio de mais de 10 mil civis, na sua maioria crianças, mulheres e idosos. O governo de Israel e quem o apoia, é que se colocam à margem da legalidade. Todos nós vemos, horrorizados, que estão a cometer crimes de guerra, «justificando-se» com um tecido de mentiras e de frases bíblicas (usadas fora de contexto, claro).
Se existe culpa coletiva, então o Ocidente é culpado:
A Grã-Bretanha, em primeiro lugar e os vencedores da IIª Guerra Mundial, a França, a União Europeia, os Estados Unidos e Canadá.
A Grã-Bretanha, produziu a declaração Balfour, em 1917: Foi negociada com o movimento sionista. Em troca, este devia exercer pressão para a entrada em guerra dos EUA, na 1ª Guerra Mundial. Durante o período entre as duas Guerras Mundiais, muitos judeus foram encorajados a emigrar para a Palestina, mas os autóctones, os palestinianos, não lhes era reconhecido o direito a terem a sua nação. Grupos terroristas judaicos, como a Irgun, fizeram ataques terroristas contra povoações palestinianas, com o objetivo de as expulsar de suas terras. A limpeza étnica e os atos terroristas continuaram depois da IIª Guerra Mundial e da proclamação do Estado de Israel, em 1948. As grandes potências vencedoras decretaram a «solução» dos Dois Estados, que não tinham real intenção de implementar. Os sucessivos governos israelitas, sabendo isso, continuaram a sua política de apartheid e de roubo de terras palestinianas, sem que houvesse real impedimento da parte da ONU. Israel deve ser o país com maior número de resoluções condenatórias na ONU, talvez com a exceção da África do Sul do tempo do apartheid. As guerras Israelo-Árabes de 67 e 73 foram pretexto para causar ainda mais miséria, com a ocupação dos territórios palestinianos. A população nos territórios ocupados tem sido sujeita a brutalidades, prisões arbitrárias, assassinatos pelo exército israelita ou por colonos, expulsão e arrasamento das suas casas, como «punição» por serem da família de membros da resistência.
A França entregou a Israel a tecnologia necessária para construir bombas nucleares. Israel é uma potência nuclear que - hipocritamente - não o reconhece, só para não ter que se sujeitar a inspeções.
Todos os anos, em quaisquer circunstâncias, Israel recebe ajuda dos EUA no valor de 3,5 biliões de dólares. É uma ajuda incondicional, portanto pode ser usada como eles entenderem. Além disso, na situação presente, Biden fez aprovar pelo congresso dos EUA, uma ajuda extra de 40 biliões de dólares e enviou a frota americana para as costas de Israel.
Se há culpa coletiva para os palestinianos, então também existe para os israelitas e também para todos o países ocidentais que apoiam, ativa ou passivamente, a criminalidade monstruosa do Estado de Israel.
Tenho um profundo desgosto por ver isto tudo. Ajoelho-me diante do povo mártir da Palestina.
Não existe humanidade «A», humanidade «B», ou «C». É trágico e traz consequências de longo prazo, que a legalidade internacional, as leis humanitárias, as convenções de Genebra, etc., estejam a ser espezinhadas, com a conivência das autodesignadas «democracias». Cada vez mais, são vistas pela maioria da humanidade como um clube de ricos, com mentalidade colonialista e racista.
Eu sei que muitas pessoas, nestes países ocidentais, não são egoístas. Estão a lutar para que acabe este horror e se abram vias para uma solução negociada. Porém, se houvesse consciência suficiente e geral das populações no chamado «Ocidente», do grau de criminalidade do governo de Israel e dos governos que apoiam as políticas de Israel, as coisas não teriam chegado ao ponto desta tragédia.
O Estado de Israel não é omnipotente: O que faz, sabe muito bem que pode fazê-lo, porque no Ocidente não existe coragem moral dos dirigentes para os obrigar a parar, muito menos de serem julgados como criminosos que são!
Há uma consequência global, para além do que está a acontecer em Israel/Palestina, neste momento:
Criou-se o precedente de que não existem condenação e medidas eficazes para parar um genocídio. Os Estados mais poderosos não estão preocupados com as resoluções da ONU, sequer.
Amanhã, em qualquer ponto do globo, pode haver outro holocausto, semelhante ao que sofre - agora - o povo palestino. Pode ser no teu país, na tua cidade. Ninguém pode contar com as instâncias internacionais, que tinham o encargo de prevenir, minorar e acabar com as guerras e os desastres humanitários: Nem a ONU e suas agências, nem o TPI ou os governos hipócritas que têm a boca cheia da expressão «direitos humanos», mas o cérebro deles está corrompido.
Identifico-me com os ativistas, que em Nova Iorque, em Seul e noutros pontos, fizeram manifestações pela Palestina Livre e contra o Genocídio e Limpeza Étnica que o governo israelita está a levar a cabo. O vídeo mostra algumas dessas ações:
PS1: Abaixo, um sumário da cimeira virtual de emergência dos BRICS, incluindo os novos membros, sobre o genocídio em Gaza e as medidas a tomar (o texto francês tem tradução em inglês e espanhol)
https://www.voltairenet.org/article220045.html
PS2: Jonathan Cook denuncia a deliberada (e transparente) limpeza étnica do governo israelita em relação à população de Gaza, reproduzindo as táticas criminosas da 1ª Nakba, em 1948. Denuncia igualmente a falsa miopia dos órgãos de informação ocidentais que recusam ver e reconhecer que se está perante um crime hediondo: https://www.jonathan-cook.net/2023-11-21/israel-goals-lies-1948-gaza/
PS3: O Dr. Gabor Maté é sobrevivente do Holocausto judaico, durante a IIª Guerra Mundial. Ele, como verdadeiro humanista, tem palavras justas e severas sobre os dirigentes ocidentais, que apoiam o genocídio e limpeza étnica dos palestinianos, que está realizando o governo e os militares de Israel. Mais uma prova de que ser-se antissionista não tem nada que ver com ser-se antissemita:
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
ARTIGO CIENTÍFICO IDENTIFICA «SÍNDROMA PÓS-VACINA COVID»
Dr. Campbell:
«Temos de ouvir o que o paciente diz. Não temos estado a dar atenção ao que ele nos diz»
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PS1: Novo estudo sobre casos FATAIS após vacinas anti-COVID :
https://www.lewrockwell.com/2023/11/jon-rappoport/new-study-death-following-covid-vaccination/
As manobras de encobrimento da medicina institucional e das diversas agências de saúde, já não conseguem evitar que filtre a verdade para o público: Os efeitos secundários e as mortes resultantes de vacinas anti-COVID superam (em muito) aquilo que sobre outras vacinas em estudo, se consideravam como números suficientemente altos - de efeitos secundários e mortes - para se interromper os ensaios clínicos, ou para retirar um medicamento experimental do mercado.