quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

BILLIE HOLIDAY: «KEEPS ON RAININ'»



Letra

One dark and stormy night
Big John was feeling blue
Ain't he didn't seem right
So he didn't know just what to do
I said do please tell me
Ain't you satisfied?
He looked around so pitiful
And to me he replied
Keeps on raining, look how it's raining
Daddy, he can't make no time
Wind keeps blowing, cold wind's blowing
Soon I'll find
In the winter time when it starts to snow
I know, Billy, you've got to have some dough
Keeps on raining, I know how it's raining
Daddy, he can't make no time
"Ain't the snow just beautiful?"
Some people say
But I'd rather see it
In a fine movie play
Keeps on snowing
Look how it's snowing
Your daddy, he can't make no time
No, your daddy, he can't make no time

(Spencer Williams / Max Kortlander)

 Billie Holiday tem aquele «jeito» na voz, que se apropria do conteúdo e faz com que as canções fiquem como «sua propriedade». Muitas das interpretações* são inolvidáveis. Esta é uma delas. 
A música, ao estilo das jazz-band do Sul, é magnífica e faz pensar nas gravações originais dos Blues de Bessie Smith. A letra é fantástica: Consigo visualizar o diálogo entre a cantora e «Big John», como se estivesse no cinema. Em filigrana, a vida difícil do trabalho à jorna; quando não podiam trabalhar por causa do mau tempo, não ganhavam («Daddy, he can make no time»...). 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

KLAUS SCHWAB E GLOBALISTAS ASSOCIADOS



                      
Não se enganem. Hoje em dia, está-se perante uma épica luta com dois protagonistas fundamentais:

- A elite globalista, da ordem dos poucos milhares, tendo como seu Führer, Klaus Schwab. É preciso denunciar os que estão por detrás (1) de todas as medidas repressivas. Por exemplo, a manutenção dos passes vacinais durante mais um ano (pelo menos ...), apesar de ser reconhecido que já não existe perigo público de «pandemia», tem uma lógica própria: É preciso controlar as massas, através dos dispositivos de controlo digital (= passes «vacinais») para quando vierem os momentos de maior agitação social, devido ao colapso das estruturas económicas e estatais no chamado Ocidente.

- Os povos, biliões de pessoas; já alguns milhões começam a ver o que se passa, graças às ações pacíficas de desobediência civil, desde os primeiros «lockdown» em 2020, passando pela resistência de cientistas e médicos íntegros, até às ações recentes de camionistas no Canadá (2). Estes protestos, potencialmente, podem vir a alastrar-se, sob esta ou sob outra forma, nos EUA e na Europa.

No pequeno vídeo acima, K. Schwab gaba-se de ter proporcionado o palco do WEF aos «Jovens Líderes»(ver PS1), e cita nomes de vários, incluindo o de Putin ... que depois lhe terá escapado. Ele (o fundador de Davos) conseguiu assim influenciar governos, colocando neles pessoas que lhe estão «devedoras» pela promoção que tiveram.

Não há dúvida que a luta total pela manutenção das nossas liberdades coletivas está a atingir um novo patamar. Note-se que a ofensiva dos globalistas, embora não derrotada, não está a correr-lhes como previsto. Eles têm pela frente dificuldades em impor a sua «mudança civilizacional» no «Ocidente» (o que inclui o Japão e Austrália, por exemplo).

Entretanto, uma boa metade do mundo, quer em área, quer em população, escapa-lhes completamente: Os países que não alinham com esta tomada de poder. São exatamente os mais diabolizados pelos porta-vozes do governo do EUA, da NATO e pela media corporativa: a Rússia, a China, o Irão...

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(1)https://www.infowars.com/posts/international-criminal-grand-jury-investigation-claims-psychopathic-globalists-used-covid-to-commit-crimes-against-humanity/

 

(2) https://www.armstrongeconomics.com/world-news/civil-unrest/the-sheep-awaken-thank-you-truckers/

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PS1: Veja aqui a lista de algumas celebridades dos Jovens Líderes Globais de Davos, treinados por Schwab:

Already in the first year, 1992, a number of highly influential candidates were elected. Among 200 selected were global profiles such as Angela MerkelTony BlairNicolas SarkozyBill GatesBonoRichard Branson (Virgin), Jorma Ollila (Shell Oil), and José Manuel Barroso (President of the European Commission 2004–2014).[1]

More examples of influential Young Global Leaders [2]:

Crown Princess Victoria of Sweden
Crown Prince Haakon of Norway
Crown Prince Fredrik of Denmark
Prince Jaime de Bourbon de Parme, Netherlands
Princess Reema Bint Bandar Al-Saud, Ambassador for Saudi-Arabia in USA
Jacinda Arden, Prime Minister, New Zeeland
Alexander De Croo, Prime Minister, Belgium
Emmanuel Macron, President, France
Sanna Marin, Prime Minister, Finland
Carlos Alvarado Quesada, President, Costa Rica
Faisal Alibrahim, Minister of Economy and Planning, Saudi Arabia
Shauna Aminath, Minister of Environment, Climate Change and Technology, Maldives
Ida Auken, MP, former Minister of Environment, Denmark (author to the infamous article “Welcome To 2030: I Own Nothing, Have No Privacy And Life Has Never Been Better”)
Annalena Baerbock, Minister of Foreign Affairs, Leader of Alliance 90/Die Grünen, Germany
Kamissa Camara, Minister of the Digital Economy and Planning, Mali
Ugyen Dorji, Minister of Domestic Affairs, Bhutan
Chrystia Freeland, Deputy Prime Minister and Minister of Finance, Canada
Martín Guzmán, Minister of Finance, Argentina
Muhammad Hammad Azhar, Minister of Energy, Pakistan
Paula Ingabire, Minister of Information and communications technology and Innovation, Rwanda
Ronald Lamola, Minister of Justice and Correctional Services, South Africa
Birgitta Ohlson, Minister for European Union Affairs 2010–2014, Sweden
Mona Sahlin, Party Leader of the Social Democrats 2007–2011, Sweden
Stav Shaffir, Leader of the Green Party, Israel
Vera Daves de Sousa, Minister of Finance, Angola
Leonardo Di Caprio, actor and Climate Activist
Mattias Klum, photographer and Environmentalist
Jack Ma, Founder of Alibaba
Larry Page, Founder of Google
Ricken Patel, Founder of Avaaz
David de Rothschild, adventurer and Environmentalist
Jimmy Wale, Founder of Wikipedia
Jacob Wallenberg
, Chairman of Investor
Niklas Zennström, Founder of Skype
Mark Zuckerberg, Founder of Facebook

(retirado de https://www.globalresearch.ca/latest-news-and-top-stories )









domingo, 6 de fevereiro de 2022

DECLARAÇÃO SOBRE MORTES E LESÕES APÓS VACINAS COVID (declaração de D4CE)

 Declaração traduzida a partir de...

 « The Gene-based "Vaccines" Are Killing People. Governments Worldwide Are Lying to You the People, to the Populations They Purportedly Serve»


Um movimento de massa contra a obrigatoriedade de vacinação Covid está em marcha em todo o mundo.

De costa a costa no Canadá e nos EUA, em solidariedade aos camionistas, muitos milhares de pessoas se juntaram  em Ottawa no sábado, 29 de janeiro de 2022.

***

Abaixo está a  declaração Importante dos Médicos para a Ética Covid (D4CE).

Esta declaração deve ser subscrita em todo o mundo. 

Publicado pela primeira vez em 21 de julho de 2021, última atualização, a 28 de janeiro de 2022

***

Carta aberta urgente para informação de:

Todos os Cidadãos da União Europeia (EU), da Área Económica Europeia (EEA) e da Suíça

Todos os Cidadãos do Reino Unido (UK)

Todos os Cidadãos dos Estados Unidos da América (USA)

Para:

Agência do Medicamento Europeia (EMA)

Agência Reguladora de Fármacos e Produtos de Saúde (MHRA)

Administração dos Estados Unidos de Alimentos e Medicamentos (FDA)

Centros para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC)

De:

Doctors For Covid Ethics (D4CE)

21 Julho 2021

Caros/as Senhoras/Senhores,

1. Fontes Oficiais, nomeadamente, EudraVigilance (EU, EEA, Suíça), MHRA (UK) e VAERS (USA), registam agora muito mais mortes e lesões da aplicação de «vacina» de COVID-19, do que de todas as vacinas prévias combinadas, desde que começaram a ser efetuados registos.

Abaixo, encontram-se os dados mais recentes, datados de 28 de Janeiro de 2022 - quinta atualização (os dados mais antigos encontram-se no Apêndice, abaixo, no documento em Inglês):

EU/EEA/Suíça até 15 de Janeiro 2022 – 37,927 mortes relacionadas com injeções da vacina Covid-19 e 3,354,705 lesões, segundo a Base de Dados EudraVigilance.

Reino Unido, até 5 de Janeiro 2022 – 1,982 mortes relacionadas com injeções da vacina Covid-19 e 1,414,293  lesões, segundo o «MHRA Yellow Card Scheme».

EUA até 7 de Janeiro de 2022 – 21,745 mortes relacionadas com injeções da vacina Covid-19 e 4,986,087 lesões, segundo a base de dados VAERS.

TOTAL para EU/UK/USA – 61,654 mortes relacionadas com injeções da vacina Covid-19 e 9,755,085 lesões relatadas até 28 de Janeiro de 2022.

Nota Bene:

É importante ter consciência de que os números oficiais acima (dados ao conhecimento das autoridades de saúde) são somente uma pequena percentagem (1 a 10%) dos valores reais.

Além disso, as pessoas continuam a morrer e sofrer lesões das injeções cada dia que passa.

Por favor, tenha em conta que no momento de escrita deste relatório (28 de Janeiro de 2022) os valores dos dados oficiais são superiores aos dados para os tempos mostrados acima, como sejam: 15 de Janeiro 2022 (EU/EEA/Suíça), 5 de Janeiro (UK), 7 de Janeiro 2022 (USA).

Este número catastrófico de mortes relacionadas com injeções NÃO  foi noticiado pela media convencional, apesar dos dados oficiais acima estarem publicamente disponíveis.

2. O sinal de prejudicial é agora avassalador e, em consonância com o que é universalmente aceite enquanto padrões éticos para ensaios clínicos, Doctors for Covid Ethics exige que o programa de vacinação de COVID-19 seja suspenso imediatamente ao nível mundial.

3. A continuação deste programa, no pleno conhecimento de como tem causado sérias lesões e mortes, tanto em adultos como em crianças, constitui um Crime Contra a Humanidade/Genocídio, pelo qual as pessoas que sejam consideradas responsáveis ou cúmplices, serão pessoalmente constituídas arguidas.

MENSAGEM IMPORTANTE PARA OS POVOS:

1. Os governos em todo o mundo estão a mentir-vos, aos povos e populações que eles têm obrigação de servir.

2. Os dados acima demonstram que as vacinas baseadas em genes são causadoras de morte.

 

Fielmente Vossos,

 

Doctors for Covid Ethics


[Valérie Bugault] A IMPOSTURA TEM DE ACABAR


Segundo Valérie Bugault, as políticas parlamentares e as eleições não mudam absolutamente nada das reais forças em presença, dos que possuem o poder «por detrás dos cortinados», a grande finança.

Estamos em risco de perder o fundamental da nossa humanidade. É «graças» à revolução digital e ao controlo pelas grandes empresas tecnológicas, que se vai instalando o «Great Reset». Este, não é apenas do domínio económico, embora tenha ao comando os detentores do domínio económico.

Acima, apenas apresentei dois aspetos que me interessaram particularmente, mas a entrevista é muito rica de ideias: veja e oiça, tem muito interesse!

....
PS: Ver outros vídeos de entrevistas com Valérie Bugault 



 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A PROPÓSITO DO ANO DO TIGRE

                                          Foto: tigre siberiano fêmea, no seu habitat natural


Esta magnífica foto serve para nos lembrar que estes nobres animais estão, nos diversos habitats que ocupam, em sério risco de extinção.

Segundo a definição corrente, uma espécie considera-se extinta, quando não existe qualquer população natural, capaz de se reproduzir em liberdade. Os animais dessa espécie que possam subsistir, não têm possibilidade, a maior parte das vezes, de repovoar os habitats de origem. Seja por falta de condições dos mesmos, por terem sido de tal maneira perturbados por ação humana, seja porque é impossível prevenir a ação criminosa de caçadores e traficantes de troféus, que depois os vendem por elevado preço. É o caso de defesas de elefantes (e objetos em marfim); dos «cornos» de rinoceronte (usados como ingrediente, afrodisíaco(?) em certas culturas orientais); de vesículas biliares de ursos (usados em «medicina» tradicional chinesa e coreana); e uma enorme diversidade de seres selvagens que são massacrados pelo prazer, ou por «miraculosa» propriedade medicinal.

Na realidade, não existe pior depredador do que a espécie humana, pois tem levado à extinção inúmeras espécies. No caso dos tigres, é muito evidente o seu papel como super- predadores, nos ecossistemas. Os carnívoros que têm essa posição na pirâmide alimentar, são essenciais para a saúde e  equilíbrio dinâmico dos habitats de onde sejam nativos. Eles têm uma estratégia de caça apropriada pois caçam preferencialmente os animais velhos, doentes ou feridos, ou seja, deixam um contingente suficiente de presas em idade reprodutora, capazes de sobreviver e de repovoar a área, na estação seguinte. A pressão de seleção dos predadores sobre as presas tem um efeito de regulação sobre outras componentes do ecossistema, nomeadamente, os recursos vegetais não serão demasiado utilizados. Com o desaparecimento da espécie superpredador (como aconteceu com os lobos, as águias, etc. na maior parte da Europa), os ecossistemas degradam-se rapidamente. Os herbívoros, que antes eram mantidos  sob controlo devido à predação, vão ter uma explosão populacional e as plantas de que se alimentavam entram em extinção, provocando a degradação profunda, a breve prazo, desse ecossistema. Esta espiral descendente tem-se verificado frequentemente, conhecem-se bem as consequências que têm as extinções de espécies do topo da cadeia alimentar, na «saúde geral» dos ecossistemas. 

Na realidade, os tigres existem em várias espécies, ou subespécies, com características - por vezes - bem distintas. Todas estas espécies e subespécies têm uma capacidade magnífica de sobreviver e se integrarem nos ecossistemas de onde  são naturais. 




A frequência com que se veem tigres em zoos, em todo o mundo, não nos deve deixar a ilusão de que os humanos estão a fazer tudo para preservar as espécies em causa. Uma reprodução em cativeiro não significa que as crias, uma vez tornadas adultas, tenham capacidade - por si próprias - de caçar e subsistir, repovoando a zona. As tentativas de repovoamento das zonas nativas de várias espécies saldaram-se por fracassos, demasiadas vezes.

Por exemplo, na Península Ibérica, a reintrodução do lince ibérico, não se pode considerar um sucesso, pois apenas se conseguem mantê-los em parques naturais, onde a caça é interdita, preservando assim os coelhos, a principal presa do lince. 

Fora destas áreas, a possibilidade de serem esmagados por automóveis nas estradas é demasiado grande. Estas e outras dificuldades para uma harmoniosa reintrodução, provam que é muito melhor preservar os ambientes pouco perturbados e conservar as espécies no habitat natural, do que tentar reintroduzi-las nos seus prévios ecossistemas. 

O ecossistema e cada espécie nele inserida, formam um todo: A destruição duma parte, pode significar que o ecossistema no seu todo entra numa fase de degradação irreversível.


 

[Leonid Kogan] CHACONNE PARA VIOLINO SOLO BWV 1004

Johann Sebastian Bach (1685-1750) 
Chaconne da Partita nº2 em Ré menor BWV 1004



Leonid Kogan (1924-1982) violinista russo 
Gravação de  2. 14.1954, ao vivo no Grande Hall do Conservatório de Moscovo
 
Esta peça faz parte da partita nº2, com 5 andamentos:
Allemande - Courante - Sarabande - Gigue - Chaconne

Segundo alguns alunos de Bach, a Partita nº2 e a Chaconne que constitui o seu andamento final, terão sido escritas em memória da falecida esposa, Maria Bárbara.
Esta Chaconne é muito expressiva e plangente. Tem duração muito maior que os outros andamentos. 
A Chaconne (em italiano Ciaconna) é uma dança ternária, inicialmente de andamento vivo, importada das Américas no final do século XVI pelos marinheiros espanhóis e espalhada por toda a Europa, no século seguinte. 
A partir do século XVII, foi adaptada para instrumentos de orquestra ou de tecla. É baseada, tal como a Pasacalle, num tema do baixo com variações.  Numerosos compositores que antecederam Bach, como Louis Couperin ou J. Pachebel, compuseram Chaconnes. A peça composta por Bach está integrada nesta tradição. 
No entanto, a Chaconne de Bach tornou-se muito famosa pois foi popularizada com numerosas transcrições  para vários instrumentos. A transcrição de Busoni é a mais célebre das transcrições para piano.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

SISTEMA REALMENTE NATURAL DE VALOR (EM ECONOMIA E EM TUDO)

 Sempre tive um grande respeito pelas coisas da Natureza. Sempre me interessei pelos mecanismos subtis e realmente adaptados aos seus fins que constituem os sistemas naturais, desde a mais insignificante bactéria, até aos ecossistemas mais exuberantes, regurgitando de vida, como as florestas tropicais /equatoriais. 

Aquilo que caracteriza a nossa época, é um enorme avanço nas ciências, em particular na Biologia, e - em paralelo - um total obscurecimento da mente humana, devido a uma ideologia mecanicista, derivada da «mentalidade de engenheiro» (os bons engenheiros me perdoem!), que prevalece, assimilando o humano e todas as criaturas vivas, a máquinas. Pior ainda, este mecanicismo afirma-se sem qualquer consciência de que o é. Ou seja, nem sequer é uma posição filosófica assumida como tal. Por isso, leva as pessoas, quer sejam muito pouco instruídas, quer tenham os mais brilhantes estudos e títulos académicos, a se comportarem como aquele indivíduo que serra o tronco da árvore no qual está sentado. Os sistemas naturais estão em perigo permanente, devido à predação e depredação - sob todas as formas - que é levada a cabo, devido à acumulação de detritos, poluentes de toda a espécie, produzidos e não apenas impossíveis de serem reciclados pela Natureza, como fator de destruição de espécies e dos seus habitats. No meio disto, a ideologia dominante inventou uma muito exagerada, senão falsa, ameaça do «efeito de estufa» culpando o CO2 pelos piores males do planeta, quando se trata de um gás como outros: Até, com papel fundamental no ecossistema global, visto que é a partir deste, que todas as plantas efetuam a fotossíntese e é graças a ele que temos temperaturas amenas, em grande parte do planeta e uma estabilidade relativa das mesmas, coisas que seria impossível existirem, sem o tal efeito de estufa. 

Mas, o objeto deste artigo é outro. Resumindo a minha tese:

Os objetos naturais e - em particular - os sistemas vivos, são o modelo natural de que os homens se deveriam inspirar em primeiro lugar, para a construção de seu modelo de economia. Com efeito, se observarmos com atenção, a Natureza «inventou» as formas mais eficazes de captar, aproveitar, reciclar e conservar a energia, assim como as matérias-primas de que carece, para construir suas estruturas e manter em funcionamento os organismos. 

A Natureza tem uma eficácia global inultrapassada, no que toca às reações químicas: os sistemas enzimáticos e seu papel na fisiologia da célula, de qualquer célula (desde a bactéria, ao homem), são duma eficácia inigualável pela Química contemporânea. Muitas reações correntes nas suas células, caro/a leitor/a, são absolutamente impossíveis de acontecer em sistemas não vivos, à temperatura e pressão normais. Apenas sistemas com temperaturas e pressões incompatíveis com a vida, poderiam permitir que tais reações (corriqueiras nas células) tivessem lugar e, quase sempre, com rendimento menor ao que se verifica na célula viva. 

Logicamente, querendo resolver problemas de engenharia, seja ela naval, aeronáutica, química, etc. muitos engenheiros e inventores se voltaram para os seres vivos e tentaram adaptar os modelos desenvolvidos por «Éons de evolução» e que têm comprovadamente a maior eficácia, em termos energéticos e do aproveitamento inteligente dos recursos ambientais.

Mas, os sistemas vivos também conseguem fazer uma gestão otimizada nos seus sistemas internos: A economia intracelular funciona, graças ao ATP e outras moléculas com papel nas trocas de energia. Na era em que se trata de sair das divisas emitidas pelos Estados, em que se tenta um sistema desmaterializado do dinheiro, como não pensar no inteligente «porta-moedas» que constitui o sistema bioquímico de "ATP-ADP-AMP"? Este, associado a  outros do mesmo tipo (GTP,etc),  encarrega-se de assegurar que os saldos positivos (ou seja, as reações exo-energéticas) sejam transferidos para reações devoradoras de energia (reações endo-energéticas).

Os sistemas evoluíram no sentido de fazerem o máximo com o que tinham «à mão de semear». Assim, por exemplo, numerosas proteínas, enzimáticas e outras, têm o ferro como elemento não-proteico na sua estrutura, pois este é o mais banal de todos os metais de transição. Estes são metais que possuem uma camada interna dos eletrões, não inteiramente preenchida e podem, portanto, efetuar ligações químicas muito interessantes, aproveitadas pelas enzimas. 

As formas de reserva de energia são muito eficazes; contêm um stock de energia facilmente mobilizável, em caso de necessidade, para o organismo. Há polissacarídeos, como o amido ou o glicogénio, que preenchem esta  função. Mas, o organismo tem uma reserva «estratégica», que são os lípidos, as gorduras armazenadas em tecidos especializados (tecidos adiposos). 

O papel de centrais energéticas celulares é preenchido pelas mitocôndrias, nos seres eucarióticos. Conseguiu a Natureza, nos eucariotas, incorporar e domesticar certas bactérias que usavam o oxigénio como oxidante, ou recetor final de eletrões numa cadeia de oxidação, com várias etapas associadas à síntese de ATP. Assim, a incorporação de novidade trouxe, nos alvores da vida na Terra, esta variedade de formas que hoje conhecemos. 

A Evolução Biológica é o processo que permite a otimização dos seres vivos e opera à escala de biliões de anos. Em cada geração, numa determinada espécie, no entanto, podem dar-se transformações, que se espalham em pouco tempo. Temos aqui um modelo de como combinar a conservação daquilo que tem sido positivo ao longo das gerações, com a aceitação e difusão rápida de inovação, caso esta realmente se traduza em vantagem para os indivíduos que a transportam. 

As «soluções» que os engenheiros encontram* para os problemas da nossa civilização, são extremamente pobres, têm pouca maleabilidade e não têm em conta as externalidades. Por exemplo, a poluição associada ao seu fabrico e uso: São inevitáveis, a um, ou outro nível. Mesmo quando publicitam que tal ou tal aparelho «não poluí», da sua construção não falam, nem da destruição dos ecossistemas e  esgotamento das matérias-primas. 

A economia humana pode caraterizar-se pela quantidade de desperdícios, dos produtos que se transformam em lixo, muito do qual não é reciclado (e nalguns casos, nem é reciclável). A Natureza recicla e aproveita sempre os materiais; o desperdício de uma espécie, é o nutriente de outra. «Nada se perde, tudo se transforma» (Lavoisier): Não sei se a célebre frase está correta à escala do Universo, mas à escala da Biosfera, está corretíssima.

Os seres vivos não vivem para «acumular dinheiro». O seu equivalente do dinheiro, é a energia. Ela é vista como deve ser, como um meio para alcançar um fim. O fim (de qualquer ser vivo) é a manutenção em vida saudável do indivíduo e a sua reprodução.  Não existe obesidade em animais selvagens; mesmo quando têm abundância de alimento. Pelo contrário, os que vivem como animais de estimação na sociedade humana e estão sujeitos às «lógicas humanas», são cada vez mais obesos (ou seja, doentes), tal como os seus donos...

Por estranho que pareça, não há muitos sistemas teóricos que usem - na economia, sociologia, ou noutras ciências sociais - a modelização a partir do que foi observado na biologia dos indivíduos, dos grupos e dos ecossistemas. Historicamente, a economia e a sociologia desenvolveram-se e criaram seus paradigmas no século XIX, quando a ciência biológica estava ainda na sua infância. A compreensão do mundo vivo explodiu literalmente no século XX. Essa explosão prolonga-se no presente século. 

Eu sei que existem modelos que tentam mimetizar o processo da Evolução Biológica, mas também me parecem pobres, inadequados.  Talvez, porque são feitos por economistas, filósofos ou outros, que veem do exterior a Biologia e a Evolução. Não sei se a era da biotecnologia irá mudar o modo como «decisores» políticos, e outros, encaram as questões. Atualmente, vejo antes «uma invasão» de mentalidade tecnocrática, típica de economistas e engenheiros, a infestar os cérebros, nos domínios da biologia aplicada. Talvez seja uma fase transitória. Porém, a formação dos cientistas (sejam biólogos, sejam outros) é cada vez mais precocemente especializada, pelo que eles não têm uma visão panorâmica quer na Natureza, quer da sociedade humana. Para haver inversão de paradigma, seria preciso haver uma mudança radical, ao nível da formação académica.

Basicamente, o que a Natureza nos ensina, é muito simples de adotar porque temos o próprio modelo em funcionamento, literalmente, debaixo dos olhos. Quer o tomemos tal como ele é, quer o transformemos, para servir nossos propósitos, estamos somente a operar como «oportunistas», que se aproveitaram duma longuíssima cadeia de ensaios (desde que a vida começou, há mais de 4 biliões de anos!) e que colhem os frutos da sabedoria acumulada. Mas, afinal, é o mais natural e biológico a fazer. 

Aliás, pode dizer-se que foi graças a essa atitude, que uns frágeis símios das savanas, há uns milhões de anos, criaram a sua tecnologia, transmitiram esse saber técnico e construíram sociedades baseadas na troca, evoluindo até à humanidade de hoje!

Sinto-me impotente para explicar melhor o meu sentimento: Seria preciso haver, na nossa época, maior cooperação e menos competição. Não considero isto original, nem pretendo que o seja, mas tenho impressão de que esta visão da Natureza é desprezada pelos meus contemporâneos. Creio que houve momentos na História das Sociedades e Civilizações,  em que a Natureza foi muito mais respeitada, foi seguida como fonte do que é bom, justo e apropriado (a «Mãe-Natureza»). Quanto mais tarde a humanidade regressar ao paradigma natural, desde a sociologia, antropologia, psicologia, política, urbanismo, à economia, mais irá sofrer. Sofrimento absurdo, porque não há necessidade, nem vantagem, em continuar neste jogo sadomasoquista de destruição, de depredação e de domínio violento sobre a Natureza e os homens. 

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(*) Vejam-se os exemplos dados por Fressoz, na sua conferência, AQUI.


PS1: Pensar-se que o dinheiro é algo «neutro», que é um mero instrumento, que depende só das mãos em quem ele está, é um erro crasso. As pessoas que acreditam nisso, são demasiado ingénuas e podem ser exploradas pelos espertos sem escrúpulos. Quando às que detêm realmente as alavancas do dinheiro, desde a sua emissão, à circulação e à distribuição, sabem que tal não é assim. Dirão que é um instrumento neutro, para confundir e ocultar o facto (tão evidente, afinal) que «quem detém o poder de emissão da divisa de uma nação é quem detém o poder verdadeiro, ao ponto de lhe ser indiferente quem governa e quem faz as leis»... Este pensamento, atribuído a Mayer Amschel Rothschild, continua a ter plena atualidade. 

O sistema monetário «fiducitário» (ou seja, o dinheiro baseado «na confiança» que o público tenha nos que o emitem), é a base do poder da finança. Mas, para que outro sistema o venha substituir, não apenas tem de ser operacional nas condições atuais, mas deverá ter clara vantagem sobre o sistema que ele substitui. Creio que é esse o problema principal contemporâneo; a manutenção e evolução de uma civilização mundializada passam por aí.