Concerto para violino, orgão, cordas e baixo contínuo
I. Allegro (0:00)
II. Grave (3:53)
III. Allegro (7:01)
Composição: segunda metade da década de 1710 (? )
Accademia Bizantina, ‘In furore’
Stefano Montanari, violino
Ottavio Dantone, órgão e direcção
Esta obra excepcional - estimada como de época tardia na obra de Vivaldi - combina vários traços originais:
Os dois «coros» (conjuntos) orquestrais, o violino solista sendo afinado em tom diverso do habitual, e finalmente a longa cadenza, inteiramente escrita; na época, o próprio Vivaldi e seus contempoâneos, deixavam ao critério do solista a improvisação da cadenza.
Este concerto é um exemplo de obra que sai fora do molde vivaldiano habitual, das convenções de escrita na maioria dos concertos presentes nas recolhas publicadas em vida do compositor.
A estrutura geral do concerto e seu belíssimo Andante, de beleza rara, excepcional, não apenas na obra de Vivaldi, como na literatura barroca para o violino, permitem-nos afirmar ser esta uma obra-prima do célebre Padre Ruivo veneziano.
I. Largo e spiccato — Presto — Allegro non molto (0:00)II. Andante (5:29)
III. Allegro (10:33)
Yeol Eum Son: Noturno em Dó # menor, para piano solo, do disco de noturnos de Chopin (alguns são em versão de piano solo, outros com orquestra de cordas).
Sarah Chan: Os puristas dirão que a versão para violino e piano é um atentado contra a música de Chopin! Mas, as pessoas com ouvido e sensibilidade irão apreciar deveras este maravilhoso Noturno, também na sua versão para violino e piano.
Segundo alguns alunos de Bach, a Partita nº2 e a Chaconne que constitui o seu andamento final, terão sido escritas em memória da falecida esposa, Maria Bárbara.
Esta Chaconne é muito expressiva e plangente. Tem duração muito maior que os outros andamentos.
A Chaconne (em italiano Ciaconna) é uma dança ternária, inicialmente de andamento vivo, importada das Américas no final do século XVI pelos marinheiros espanhóis e espalhada por toda a Europa, no século seguinte.
A partir do século XVII, foi adaptada para instrumentos de orquestra ou de tecla. É baseada, tal como a Pasacalle, num tema do baixo com variações. Numerosos compositores que antecederam Bach, como Louis Couperin ou J. Pachebel, compuseram Chaconnes. A peça composta por Bach está integrada nesta tradição.
Esta célebre peça de Paganini - tantas vezes interpretada ao piano, na transcrição de Liszt - está para a música clássica como uma espécie de «êxito pop» que toda a gente conhece.
Para mim, é notável a perfeita adequação estilística e técnica de Vanessa Mae, célebre, entre outras coisas por interpretar Vivaldi no violino eléctrico.
Johannes Brahms - Double Concerto in A minor, op. 102 (1887)
1. Allegro 2. Andante 3. Vivace non troppo
+ Jean Sibelius - Water Drops, JS 216
ESTONIAN NATIONAL SYMPHONY ORCHESTRA
NEEME JÄRVI, conductor
ANNA-LIISA BEZRODNY, violin
JAN-ERIK GUSTAFSSON, cello
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Tenho a música deste concerto nos ouvidos e no coração. Embora tenha na memória o disco com Rostropovich/ Oistrakh, não deixo de considerar esta versão como muito refrescante...
Os desempenhos da orquestra e dos 2 solistas equilibram-se bem. Fico impressionado com a segurança, bom gosto e técnica apurada dos executantes, são de elevado nível.
Com Yehudi Menuhin e David Oistrakh como solistas e a orquestra da RTF, sob direcção de Philippe Capdeville, na salla Pleyel em Paris, 1958: A interpretação magistral e digna, da grande obra de Bach, o concerto para 2 violinos BWV 1043.
A fusão da música dos dois mestres do barroco exprime-se no máximo de expressividade e elegância neste concerto para 4 violinos e orquestra de cordas de Vivaldi, transcrito por Bach para quatro cravos e orquestra de cordas, transcrito para órgão solo, por Daniel Maurer.
Deixo aqui 3 excelentes versões:
1º de Pascale Mélis ao órgão Cavaillé-Coll de São Clodoaldo de St Cloud (França),
2º a execução ao vivo do concerto para 4 cravos BWV 1065 em Alberta,
3º, o concerto para 4 violinos (a partitura original) RV 580 de Vivaldi, pelo Giardino Armonico.
Espero que gozem esta música em todo o seu esplendor!
Em momentos de júbilo, de angústia, de fastio, de concentração... oiço Vivaldi.
Espero que gostem desta coletânea «La Stravanganza», os 12 concertos para violino e orquestra de arcos.
Vivaldi faz respirar - como se tivesse vida - a melodia do violino solista e extrai o máximo efeito possível da orquestra.
Estes concertos para violino (e outras coletâneas) foram realmente célebres no seu tempo, a julgar pelas variadas cópias e pelas transcrições para cravo solo.
Se quisermos ouvir a melhor música romântica das diversas paragens da Europa, temos sempre uma série de fantásticas interpretes do extremo-oriente para nos satisfazer o nosso desejo.
Não há maior requinte, pois captam a essência da música, ao mesmo tempo que interpretam com uma técnica impecável!
Não tenho dúvidas, quando oiço estes exemplos, que o futuro é na China, na Coreia, no Japão!
Já não nestas paragens da Europa (ocidental, central ou oriental) onde prevalece o hedonismo e as jovens gerações ignoram tudo da sua tradição e da sua arte.
- Eis o grande mistério da música: nada mais físico, nada mais espiritual que a música composta e interpretada por pessoas excecionais. A música de grande qualidade convida a uma audição atenta, mobiliza o nosso ser na totalidade e não apenas o sentido auditivo. Se nós nos sentimos transportados e encantados, no sentido forte destas expressões, isso é por razões totalmente compreensíveis: é que se trata de um veículo para o que há de sagrado no coração de cada um de nós.