quarta-feira, 26 de maio de 2021

A INFLAÇÃO AINDA AGORA COMEÇOU A LEVANTAR A CABEÇA...

                             

 O resultado das políticas dos bancos centrais ocidentais, durante a década seguinte ao grande susto de 2008, foi basicamente o de tornar a economia de várias regiões do globo cada vez mais improdutiva, cada vez mais dependente da economia produtiva do extremo-oriente, em particular da China. 
Nenhuma guerra económica «à la Trump ou à la Biden», poderá inverter a situação de uma parte do globo (a «ocidental»), incapaz de autossuficiência, tanto nas matérias-primas (alimentares, minerais), como em relação aos produtos acabados ou semi-acabados. 
Os países do chamado «Ocidente» colocaram-se, voluntariamente, a partir dos anos noventa do século passado, em situação análoga aos países neocoloniais, incapazes de autossuficiência de qualquer espécie. 
Em vez de dependerem da metrópole ex-colonial, os «novos pobres, ex-ricos» ficaram na dependência total dos países que eles antes desprezavam, países de «mão-de-obra barata» e sujeita a exploração draconiana. 
Ironia das ironias, a China e outros países servindo como «fábrica do mundo», eram nominalmente de ideologia comunista, de emancipação dos trabalhadores, etc... 

Os países chamados «ocidentais», consumindo o seu excedente, cedo se aperceberam que não podiam continuar a manter a sua classe trabalhadora em situação de privilégio, não tanto por qualquer dificuldade na repartição dos rendimentos do trabalho, nem sequer por qualquer diminuição da produtividade dos seus trabalhadores.  

A questão não se punha, nem se põe, deste modo para as classes dominantes (oligárquicas): o que está em jogo é mesmo a questão do domínio absoluto, incontestável, dos multibilionários, a oligarquia, sobre as restantes camadas da sociedade. 

O verdadeiro problema para ela é manter o controlo num mundo instável e complexo, com pessoas que compreendem em que consiste a exploração e que desejam combatê-la.

Aquilo que a oligarquia precisa é de criar uma dependência estrutural, em todos e em cada um.

Quais são os instrumentos dessa dependência? 

- A capacidade crítica, o raciocínio independente, não condicionado, a inteligência nos seus aspetos mais nobres, têm de ser suprimidos através de instrumentos que a oligarquia controla diretamente, ou através dos Estados: o ensino (um amestramento), a sociedade de consumo (condicionamento pela mercadoria), a média  (que «faz a lavagem ao cérebro», na verdade - o contrário duma lavagem, pois ela «enche de merda os cérebros»).

- Mas também ela tem de criar uma dependência física, orgânica: as pessoas deixam de ter qualquer autonomia física, alimentar. Qualquer opção de vida autónoma, como o sonho ecologista duma agricultura autossustentada, é isso mesmo... um sonho. As pessoas estão fortemente condicionadas pelas poucas estruturas (hipermercados e grande distribuição, lojas «virtuais») que lhes fornecem tudo, a preço de monopólio.

- Muitas pessoas não produzirão realmente valor, os humanos serão redundantes a 80% (Fórum de Davos dixit). Muito mais eficientes serão os robots e com as vantagens de serem económicos a operar e de jamais se revoltarem... Segue-se que as pessoas receberão um «rendimento vital universal», que dará para elas subsistirem, sem se revoltarem. O rendimento será retirado à mínima manifestação de inconformismo, pelo que a sociedade será pacificada para todo o sempre (isto é o «sonho molhado» da oligarquia).

-Um primeiro ensaio desse estado de coisas surge com os lockdown (confinamentos), oficialmente por causa do COVID, mas, na realidade, como campo de ensaio sociológico à escala real. Aliás, está provado (ver aqui) que os lockdown não serviram para nada, em termos de prevenir a transmissão do coronavírus, o motivo oficial para os instaurar. 

- Com os lockdown, praticou-se em grande escala o helicopter money, ou subsídio incondicional, para as pessoas estarem quietas, consumindo e não se manifestando. 

- Como corolário da distribuição de dinheiro «urbi et orbi» a quantidade de dinheiro aumentou exponencialmente. Está-se agora a ver o princípio duma espiral de inflação, como nunca antes se presenciou. Sobretudo, porque é global, já não é somente uma Alemanha de Weimar,  uma Argentina,  uma Venezuela, etc.  

- A destruição do valor das divisas fiat (de todas as divisas  dos países submetidos ao imperialismo EUA) vai permitir instaurar um controlo absoluto, com base no dinheiro inteiramente digital, onde nada do que façamos com esse dinheiro será impossível de rastrear e onde qualquer transação, pequena ou grande, pode  ser detetada. 

- Assim, a propriedade será distribuída de um modo tão assimétrico, como descrito no livro de Klaus Schwab e Thierry Mallet, que as pessoas terão de alugar todos os meios de subsistência, não possuirão nada. É evidente que alguém ou alguma coisa deverá ter a posse desses bens: Se alguém aluga, haverá alguém que será o «senhorio». 

Serão «senhorios» ... os banqueiros, os homens de negócios, proprietários de indústrias de telecomunicações, de inteligência artificial, de media, etc.

O capitalismo de nível familiar vai desaparecer por completo e, portanto, vai esfumar-se qualquer veleidade de uma pessoa ou duma família se emancipar economicamente das garras dos predadores que controlam a nossa subsistência. 

Não é por acaso que o feudalismo do passado foi tão difícil de derrotar: Ele demorou muitos séculos, desde os alvores (desde a queda do Império Romano, no séc. Vº) até ao final do século XVIII e mesmo até mais tarde ... (as relações de tipo feudal subsistiram no século XIX, mesmo na Europa).

Torna-se vital equacionar os fenómenos num quadro mais vasto. Devemos compreender a lógica dos muito ricos e poderosos, sem acreditar nas ilusões por eles difundidas, tentando extrair um quadro coerente do que estamos a viver. 

Só assim poderemos vogar nas águas cada vez mais agitadas da economia e política contemporâneas. Quem venha afirmar de que «não será afetado» por nada disto, está simplesmente a autoiludir-se. 

VACINAR CRIANÇAS CONTRA O COVID É UM ABUSO, É UM CRIME... SAIBA PORQUÊ


Por que motivo esta organização de médicos dos EUA está a tentar salvar as crianças de serem injetadas com «vacinas» contra o COVID?

( Se isto não o/a levar a ficar alertado/a sobre a questão, então duvido que algo o/a faça:)

https://www.americasfrontlinedoctors.org/

https://childrenshealthdefense.org/defender/americas-frontline-doctors-files-motion-halt-covid-vaccines-children/

- Primeiro, a doença COVID é tratável e curável, logicamente NINGUÉM deveria ser obrigado/a a vacinar-se

- Segundo, a doença não afecta crianças, elas estão NATURALMENTE IMUNES

- Terceiro, a vacinação comporta riscos que - no caso das crianças - NÃO PODEM SER justificados, enquanto compensados pelo benefício da sua proteção.

- Quarto, segundo as normas internacionais de bioética, os pais e familiares das crianças não podem ser coagidos, obrigados, forçados, a deixar que façam essa vacina AOS FILHOS, sob pena de seus filhos não terem acesso à escola, aos locais desportivos, etc... 

- Quinto, a campanha pró-vacina, nas crianças em especial, continua a fingir que ignora que as vacinas têm autorizações de colocação no mercado de «emergência», provisórias e não estarão concluídos os estudos exigidos para sua plena autorização, senão por volta de 2023. 

- Sexto, as pessoas, instituições, do Estado ou privadas, Médicas, Sanitárias ou outras, que induzam a vacinação nas crianças, empurrando os pais a se conformarem com isso, são CÚMPLICES  de crime.
 
Se houver justiça, será feita prova em tribunal da sua atitude criminosa: Tais pessoas serão processadas, julgadas e condenadas. Mesmo que os fabricantes de vacinas tenham uma «isenção» de responsabilidade civil, isso não lhes dá cobertura para atividades CRIMINOSAS,  que estão a ser desenvolvidas neste momento.

SAUDAÇÕES DA «NOVA NORMAL» ALEMANHA, POR CJ HOPKINS

 

                         https://off-guardian.org/2021/05/26/greetings-from-new-normal-germany/

CJ Hopkins é um dos meus autores favoritos, porque põe o seu talento ao serviço da verdade. Essa verdade que os cobardes fingem que ignoram, para não terem que se por em causa a eles próprios, para não terem de se confrontar com poderes que eles sabem ter cada vez maior impacto nas suas vidas.

Leiam e meditem sobre a «Nova Normalidade» na Alemanha e o paralelo que se pode fazer com as medidas implementadas pelo regime hitleriano, assim que chegou ao poder, em 1933.

Como podemos ver à nossa volta, esse mesmo regime de «nova normalidade» continua a imperar em Portugal. Estou a pensar emigrar para o Texas: aí ao menos, o regime de máscara obrigatória acabou e (surpresa?) a epidemia está em franco recuo: 

Leiam «Como o Texas matou o COVID» (pelo Dr. Ron Paul).


segunda-feira, 24 de maio de 2021

«ORDEM INTERNACIONAL BASEADA EM VALORES», SIM MAS... O GENOCÍDO EM GAZA E PALESTINA?

 

HIPÓCRITAS! O QUE ME APETECE GRITAR; TENHO VERGONHA, DE SER MEMBRO DESTA CIVILIZAÇÃO QUE IGNORA E DISTORCE A VERDADE, PARA NÃO SER CONFRONTADA  COM A SUA ENORME FALTA DA COERÊNCIA. 

Com efeito, vive-se um fim de civilização («ocidental»), largamente ignorante das suas raízes espirituais, onde as pessoas estão totalmente desorientadas, porque as «elites» assim o têm provocado, durante decénios. 

Toda a retórica dos governos e figuras públicas do chamado «ocidente» se cala, ou apenas proferem umas tímidas condenações que não o são, pois equiparam a violência do opressor com a reação de defesa desesperada do oprimido. O opressor é o poder de Estado sionista, que defende os colonizadores da Palestina e através dele, o super imperialismo dos EUA, sem o apoio do qual, a clique política que controla o Estado de Israel não aguentaria nem um dia no poder. 

                                           https://www.unz.com/pgiraldi/the-zionists-on-the-defensive/

Trata-se realmente dum regime opressor, sobre várias minorias que, no todo, perfazem uma maioria:

- Os árabes palestinianos, que não são todos muçulmanos, aliás. A media esconde isso, esconde o facto de que existem muitos cristãos na Palestina, desde tempos imemoriais.

- A minoria berbere, não árabe, da qual quase não se fala, mas que tem tanto direito a existir e a preservar a sua cultura como as outras.

- Os cidadãos de Israel não-judeus, que são uma espécie de cidadãos de segunda, pois não usufruem das vantagens étnicas, ou rácicas, de ser-se judeu em Israel.

- Os cidadãos de Israel que, sendo judeus, não pertencem aos grupos dominantes: caso dos judeus oriundos do rebordo do Mediterrâneo, os judeus sefarditas, caso também dos judeus etíopes. Há uma segregação dentro da segregação, que é bem visível no terreno.

- Os estrangeiros emigrantes, com vínculos precários, muitos deles da Ásia do Sul (Filipinas, Tailândia, Índia, Bangladesh, Sri Lanka...), que fazem os trabalhos insalubres e mal pagos. Umas décadas antes, estes trabalhos eram efetuados por palestinianos dos Territórios.

Há os restantes cidadãos judeus de Israel, que gozam de «proteções sociais» generosas. Esta minoria é, de facto, comprada pelos biliões que caem regularmente nos cofres de Israel. As doações feitas pelos EUA, automaticamente todos os anos, como rubrica sempre presente nos orçamentos federais, permitem que o Estado de Israel compre as armas mais sofisticadas (segundo analistas, Israel seria a 5ª potência militar do Mundo).

Os vassalos dos EUA, os governos dos países da UE e vários outros (Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Japão....),  costumam fazer coro com os seus senhores imperiais, sem vergonha.

Uma parte da opinião pública europeia está ativamente contra a opressão violenta do povo palestiniano, mas nos países ditos de «democracia liberal», as opiniões públicas só contam quando servem os desígnios dos poderes.

No geral, a conflitualidade em Israel/Palestina, envolvendo vários povos e várias religiões, não poderá jamais ser resolvida, enquanto prevalecer a vontade duma potência - os EUA - que teima em querer dominar o mundo (o projeto hegemónico), e se considera a «nação indispensável» (sic!). 

A política dos últimos anos dos EUA tem sido de apoio incondicional à ala mais extremista do sionismo no Estado de Israel. Quanto aos sionistas, eles nunca irão desistir voluntariamente de seus propósitos racialistas, expansionistas e de «messianismo» nacionalista. Enquanto tiverem o apoio dos EUA, tudo farão para levar a cabo o programa do Grande Israel (Eretz Israel).

O Mundo e os povos todos (incluindo o povo dos EUA) terão de se livrar do imperialismo americano, pois a sua vontade de hegemonia impede a convivência não belicosa entre vários poderes concorrentes, assim como a possibilidade de resolução pacífica de conflitos, no quadro da ONU.

Quando os EUA perderem a veleidade de superpoder hegemónico, tanto do campo militar como nos mercados financeiros, a resolução de conflitos regionais será possível, nomeadamente, do conflito Israel/Árabe, que tem causado tanta destruição e crimes contra os povos... 

 

  


  

domingo, 23 de maio de 2021

[Juan Martín ] «ZAMBRA MORA», MÚSICA GITANA E MOURISCA IBÉRICA

Hoje, a Zambra é uma dança gitana associada com as festividades nupciais. Mas, a sua origem é moura. A conversão forçada dos mouros do Reino Mouro da Andaluzia levou a que se desenvolvesse uma cultura cripto mourisca, assim como a conversão forçada dos judeus levou à cultura marrana.

O flamenco gitano é herdeiro de tradições mouriscas e judaicas do cadinho de culturas que foi a Ibéria. 

Gosto do génio sincrético e sensual desta música. 

O mestre Juan Martin dá-nos uma interpretação perfeita da Zambra Mora, sob todos os pontos de vista. 

                       



sexta-feira, 21 de maio de 2021

POWELL (FED, EUA) ANUNCIA CBDC («CENTRAL BANK DIGITAL CURRENCY»)


 Comentário
O anúncio de J. Powell não é surpresa para as pessoas que acompanham de perto a evolução financeira. 
É anunciador de um caminho que foi longamente preparado, mas ainda assim, acho que é histórico
Com efeito, a orientação do banco central americano (a FED) é uma espécie de bússola para todos os bancos centrais. O que a FED faz, os outros têm de ter em conta, quer o copiem ou não. 
A passagem ao dinheiro digital a 100%, não está longe. Mas, Jerome Powell nunca iria dizer isso, porque iria provocar uma desvalorização demasiado rápida do dólar. 

No curto prazo, a FED e outros bancos centrais estão interessados em desvalorizar o dólar e as restantes divisas em papel (divisas fiat), mas a um ritmo não excessivo.

Vão abrandar a impressão monetária, vão subir progressivamente as taxas de juro de referência, pois a economia está a crescer mais depressa do que eles previam, com uma inflação - medida pelos critérios deles - a mais do dobro da meta de 2% (na realidade, está a atingir os dois dígitos, mas eles escondem isso). 

Entretanto, ao anunciar publicamente um «dólar digital» para muito breve, a FED dá o passo já dado pela China (Yuan digital) e pela Suécia.  Isto vai arrastar os outros bancos centrais, do Euro e das outras divisas, a acelerar a digitalização a cem por cento. 
Isto significa que o bitcoin e as outras criptomoedas, que pretendiam ser dinheiro fora do controlo das autoridades, dos bancos centrais, do fisco, etc. irão perder parte substancial do seu valor. Os detentores de criptomoedas devem estar agora a desfazer-se delas. 
Isto explica porque a cotação do bitcoin e de outras criptomoedas desceu, em poucos dias, brutalmente, cerca de 50 %, nalguns casos ou mais. Esta quebra brusca deve-se à constatação de que qualquer criptomoeda «privada» será, no mínimo, redundante quando entrarem em circulação moedas digitais, emitidas por bancos centrais;  no máximo, será ilegalizada, sob pretexto de que serve de suporte ao crime, à evasão fiscal, etc.

A conclusão disto tudo é que a transição para o mundo digitalizado a 100 % está a acelerar-se. 

A inflação não será combatida, sob pretexto de que é «transitória». Na verdade, os bancos centrais contam com ela para liquidar o que resta de valor às moedas fiat.

Isto vai empurrar os investidores a adquirirem toda a espécie de activos não financeiros: ouro e metais preciosos, imobiliário, terrenos agrícolas, etc, etc. 

Eu não acredito que os governos e bancos centrais consigam manter sob controlo a inflação; estão reunidas as condições para uma espiral inflacionária incontrolada. Esta fase só terminará quando houver a perda completa de valor, a destruição total, das divisas fiat. 

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NOTAS

1- As «cryptocurrencies», ou seja «cripto-moedas» não são mais do que uma nova classe de activos financeiros. Mas não são, em caso nenhum, «moedas». Podem ter a sua razão de ser e utilidade, mas são demasiado voláteis, demasiado sujeitas a especulação para serem intermediário corriqueiro em qualquer tipo de troca. 
O facto das preferências e afirmações de Elon Musk fazerem oscilar brutalmente o bitcoin e toda a classe de semelhantes instrumentos financeiros, prova-o:

2- O BIS e os bancos centrais estão a fazer com que as cripto-moedas centralizadas emitidas por eles, sejam propriedade destas estruturas. Como tal, vão programar o seu uso. Irão determinar que items são adequados para os indivíduos comprarem. Veja os pormenores AQUI. Estamos a avançar a grandes passos para uma sociedade distópica de controlo total.

3- Edward Snowden escreveu um artigo, rico em conteúdo e crítico sobre os verdadeiros motivos pelos quais os bancos centrais instauram as «CBCD». Ler AQUI

quinta-feira, 20 de maio de 2021

[Chris Hedges] IMPÉRIO DOS EUA, A UMA DÉCADA, DUAS NO MÁXIMO, DO COLAPSO

O império americano está acabado... o jornalista americano Chris Hedges, no seu livro de 2018, «America The Farewell Tour» e nesta entrevista a uma estação de rádio canadiana, prevê que numa década, no máximo, em duas, a América deixará de ser o superpoder dominante no mundo.


COMENTÁRIO

Pessoalmente, acho que Chris Hedges dá demasiado tempo para o colapso ocorrer. O que é curioso, pois ele faz um diagnóstico correto da deliquescência da sociedade americana, dos valores morais nos quais se fundamenta e dos outros aspetos que são fundamentais para o bem-estar duma sociedade (sistemas de saúde, educativo, etc...). 
Ora, a força dos EUA - desde os anos 1940 - era dupla: a hegemonia militar, por um lado, e por outro, a hegemonia sobre o sistema económico e financeiro mundial.
- No campo das armas mais sofisticadas, a Rússia e a China estão na dianteira: por este motivo, é impossível, em termos práticos, os EUA tomarem a iniciativa da guerra contra estes poderes. 
Quanto às guerras à escala regional, desde há muito tempo, os EUA não ganharam uma única guerra: a guerra do Vietname foi uma derrota humilhante; a guerra do Afeganistão apenas consolidou a rejeição dos EUA na Ásia Central e mostrou que os EUA (e aliados da NATO) são incapazes de subjugar um país, mesmo o mais pobre do mundo. 
Quanto ao Iraque, foi um desastre total. Além de ser uma mancha, com todos os crimes pelas forças americanas e britânicas, fez com que o Irão tivesse influência no Iraque, como jamais teve. 

- Quanto ao controlo do mundo económico e financeiro: Tenha-se em conta que os EUA deram o primeiro passo, com o renegar dos compromissos de Bretton Woods, em 1971. 
Desde então, a perda de influência do dólar tem ido de par com o aumento da fatia de investimento internacional e de comércio, da China. Nos últimos trinta anos, o tecido produtivo dos EUA foi literalmente esvaziado da sua base industrial (à exceção das indústrias de guerra), pelo que a sua fraqueza é patente nos mais diversos aspetos. 
Por exemplo, a ruptura recente (causada pela crise do COVID) dos circuitos de abastecimento, tem afetado profundamente a produção e o consumo na América. Outro exemplo, é a resposta caótica e ineficaz à pandemia de COVID, o que demonstra a incapacidade estrutural do poder nos EUA, em fazer algo de positivo para as massas desapossadas. Somente os muito privilegiados usufruem de cuidados de saúde decentes... 
Podia continuar a citar exemplos* de decadência, que mostram que o fim não está por décadas, mas por anos ... Podem pensar que isto é «tomar os desejos por realidades» da minha parte, mas não é. Fico muito preocupado, não pelo colapso do império americano em si, mas pela fuga para a frente dos líderes, que veem o controlo da situação escapar-lhes totalmente e que podem precipitar um confronto bélico global, com o risco de guerra nuclear. 

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*Veja os parâmetros macro económicos mais importantes na tabela abaixo:
              Retirado de https://goldswitzerland.com/everything-is-on-fire/

After the Gold window was closed in 1971, US federal and total debt as well as money supply has gone Exponentially Parabolic and the dollar, the world’s reserve currency has lost 98%.

US Federal Debt up 74X
Total US debt up “only” 49X
M2 Money Supply up 29X>

Debt to GDP 1971: 37% – 2021: 127%