A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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sábado, 15 de fevereiro de 2020

O PAPEL VAI DESPEGAR DA PAREDE...

                        Image result for ghost city wuhan
                                   Imagem: Wuhan, cujas ruas estão desertas

Com efeito, a falsa «recuperação» da crise de 2008, que nos andam a vender incessantemente nos media económicos enfeudados ao capital globalista, está agora como o «papel de parede» que descola e os pedaços tombam devido à «cola» usada, afinal, ser apenas «cuspo»...
Sim, porque o que tem mantido estes mercados numa alta completamente artificial são as auto-compras das grandes empresas, as injecções de dinheiro fresco (e fraudulento!) da FED, do ECB e de outros bancos centrais, e a constante campanha de uma média económica, que fala muito, gasta muito «cuspo», mas apenas para baralhar e descaradamente induzir em erro o pequeno investidor. «Tudo vai bem, Madame Marquesa!» Parece ser este o mote!
A crise do coronavírus está a causar a paragem da economia produtiva mundial mais importante, a China, que está completamente paralisada e não se sabe até onde, nem quanto os estragos se estenderão. 
                        
                                Gráfico: PIB da China com previsão para próximos meses

Porém, acções de grandes firmas como a construtora Boeing, cujas encomendas desapareceram (já em 2019!) estão em alta! O mesmo se passa com a Apple, que tem uma quebra de produção dos seus smartphones na China, o que deveria implicar redução da cotação em bolsa, mas suas acções continuam a crescer! Estamos, como venho denunciando há anos, numa economia do tipo «Potemkin»

Nada pode ser considerado seguro, em termos de investimentos, à excepção do ouro e doutros metais preciosos (prata, platina, palladium), cuja cotação está a subir na exacta medida em que as más notícias reais - mas ocultadas - vão empurrando mais investidores (sobretudo, as grandes fortunas) a comprarem metais preciosos, como seguro contra a descida, mais que certa, da economia mundial ao inferno duma longa recessão. 
O ouro é sistematicamente difamado (não traz rendimento; não serve para nada, a não ser adorno; é uma velharia dos tempos bárbaros...etc)  pelos economistas da treta (quase todos da escola neo-keynesiana) enquanto os seus patrões estão a comprar abundantemente no mercado esse mesmo ouro tão aviltado. 
É o velho esquema de fazer baixar o preço, difamando algo, para logo o ir comprar «por tuta e meia», aos ingénuos que ficaram muito aflitos que esse activo descesse! 

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O QUE ESTÁ EM JOGO NA CRISE DE HONG-KONG?

                                 
                              Hong Kong’s days as global financial hub may be numbered – Jim Rogers

Ela pode ter sido fortemente impulsionada pela comunidade de negócios, aliada com os serviços de «inteligência» dos EUA e britânicos. Mas, o facto permanece que os problemas de Hong-Kong são os mesmos que os da China continental, mas sob outra perspectiva. 


Vou tentar explicitar o meu ponto de vista da forma mais simples possível.

A estrutura do poder na China é a dum capitalismo de Estado (designada «socialismo com características chinesas»). 
Neste capitalismo de Estado, contam sobretudo as ligações orgânicas ao poder político e à hierarquia militar. Os que estão próximos do poder, beneficiam de uma situação de enorme privilégio que lhes permitiu amassar - durante menos de vinte anos - fortunas. A China é um paraíso para bilionários... 
A China reveste-se portanto das roupagens do «socialismo», para levar a cabo um desenvolvimento que efectivamente arranca milhões da pobreza, mas também projecta a desigualdade e a estratificação de classes para níveis do século XIX. 
Os marxistas auto-iludem-se ao ver a China como a grande esperança de um socialismo brotar - como que por encanto - do mais vigoroso desenvolvimento capitalista deste século.  

Quando Hong-Kong entra em revolta dá-se uma coligação frágil de interesses entre defensores de uma visão radical da democracia (essencialmente estudantes) e  uma burguesia, que vive numa bolha artificial de negócios, centro internacional da Ásia como há poucos, com toda a espécie de negócios, o capitalismo sem máscara, glorificado pelos mais fundamentalistas religiosos dos mercados. 
Do outro lado, a burocracia do partido comunista está interessada em Hong-Kong enquanto porta de entrada de capitais frescos para alimentar a economia de exportação - embora esta esteja em desaceleração - na China continental. Este facto é suficiente para esperar que a situação se acalme, em vez de usar a violência da repressão, conquanto não a descarte totalmente, como se pode verificar com o amassar de forças militares na cidade próxima de Hong-Kong, em  Shenzhen.

Com certeza que Hong-Kong, na sua natureza capitalista não disfarçada, contradiz a doutrina socialista com características chinesas oficial. Porém, o facto de ter regressado à soberania chinesa foi um êxito do regime pós-Mao. 
Com efeito, o regime chinês mascara-se de socialista, mas a sua essência é a de  um capitalismo de Estado, de características orientais, evocando o «Modo de Produção Asiático» que Marx inventou para arrumar aquilo que não se conformava nem com o modelo feudal, nem com o capitalista. 
É igualmente importante, sobretudo pela coesão das massas com a elite dirigente, o nacionalismo nesse dito «socialismo com características chinesas». 
A aceitação passiva pelo povo do PCCh, tem a ver com a cultura nacionalista arreigada, nomeadamente, com a atribuição aos imperialistas de todos os males que sofreu o povo chinês no «século de humilhação»(entre 1840 e 1949). 
Mas também tem a ver, por outro lado, com a rápida ascensão do nível de vida de milhões de pessoas, devido ao «milagre» económico das últimas décadas. As pessoas renunciam à esfera política, porque ocupando-se apenas dos assuntos do quotidiano, das suas vidas pessoais, conseguem alcançar uma relativa felicidade, avaliada em termos da construção de uma carreira, de uma família etc. 
Apenas os estudantes, com o seu modo de vida incerto, enquanto grupo social em transição, sem segurança, sem fortes amarras ao mundo da produção, têm atracção pela militância política; em geral ela traduz-se pela defesa de mais democracia, mais liberdade, maior justiça social. As suas posturas tornam-se facilmente extremas e as formas, radicais. 
Isto verificou-se também, ironicamente, nos movimentos radicais na origem do Partido Comunista da China e de outros partidos comunistas da Ásia, na década de 1920.

Em termos gerais, a situação encontra-se num impasse. Mas ela terá uma resolução, seja ela qual for, mais ou menos repressiva. Tal, porém, dificilmente será no sentido de satisfazer os anseios da população autóctone pela conservação da sua democracia e auto-governo, sentimentos generalizados dos que se manifestam pacificamente em Hong-Kong. 

A razão deste meu pessimismo, é que as forças que têm conduzido a contestação não estão interessadas na conciliação com o poder comunista, não querem a negociação: querem prolongar o braço-de-ferro, porque a sua táctica, inspirada e encorajada pelas agências da ex-potência colonial (Grã-Bretanha) e dos EUA, é a de expor o poder de Pequim, como sendo de natureza totalitária. 

As potências ocidentais esperam assim desautorizar a ascensão da China à liderança do Terceiro Mundo, como no tempo do Movimento dos Não-Alinhados dos anos 60 do século passado. Mas agora, esta liderança já não seria sob a bandeira internacionalista (incluindo nela o nacionalismo revolucionário dos movimentos de libertação), mas teria as roupagens dum mundo multipolar, através das «Novas Rotas da Seda».

No ponto de vista geo-estratégico, esta agitação em Hong-Kong é um episódio da guerra híbrida levada a cabo pelos poderes ocidentais e os EUA contra a China. Não existe solidariedade verdadeira com a população de Hong-Kong da parte destes governos, nem da media ocidental; não estão realmente interessados na liberdade dos cidadãos de Hong-Kong. 
Eles tentarão tudo para desencadear uma situação de repressão, com Pequim no papel de «mau da fita».

O jogo das potências ocidentais é triplo: trata-se de 
(1) afundar a sedução das Novas Rotas da Seda junto de governos dos países do «Terceiro Mundo», 
(2) desestabilizar por dentro o regime chinês e
(3) «justificar» perante a sua opinião pública ocidental a agressividade, o cerco militar que têm levado a cabo, iniciado com o «Pivot to China» de Obama e continuado por Trump. 

Se houver um banho de sangue em Hong-Kong, tanto melhor! É assim que eles raciocinam...

PS: uma outra perspectiva sobre HK, no vídeo abaixo. 
https://www.youtube.com/watch?v=a38bOtUEXcc
   

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

INTEGRITY INITIATIVE - OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS BRITÂNICOS DO MI6

UMA INICIATIVA MUITO POUCO (OU NADA...) ÍNTEGRA

Dei com esta «Integrity Initiative», por acaso, há alguns dias. Mas o escândalo das revelações do site «Anonymous» data de há cerca de dois meses. 
A media ao serviço do poder teve o papel habitual de ocultar do público tudo aquilo que poderia ser prejudicial para a imagem dos regimes globalistas, em particular, neste caso, do governo conservador do Reino Unido.
Existem aqui muitos motivos para a media tentar ocultar o escândalo. 
É verdadeiramente um passo para uma «sociedade orwelliana», em que o governo, através de programas confeccionados pelas suas agências de serviços secretos, leva a cabo campanhas de intoxicação da opinião pública. Esta vasta operação utiliza dinheiros públicos, claro. Mas vão ao ponto de desrespeitar o sistema político britânico, inclusive, pondo-se ao serviço dos interesses dos conservadores britânicos, que querem agarrar-se ao poder, à custa da destruição da imagem de Jeremy Corbyn, o líder dos trabalhistas, que tem tido uma política decididamente a favor da Paz: ele é pintado como «russófilo» e «anti-semita».
Mas surgem indícios de que o procedimento destes «defensores do Ocidente» vai ainda mais longe do que a difamação dos adversários políticos e pintar a Rússia e outras potências que não lhes agradam, como a fonte de todos os males de que sofre o planeta. 
A «Integrity Iniciative» aparece imiscuída no processo de deslegitimação do actual presidente dos EUA; uma espécie de golpe de estado em desenvolvimento contra o presidente Trump. A campanha do «Russiagate», com todas as acusações falsas ou não provadas em torno do presidente ou seus próximos, a tentativa de conseguir um «impeachment», ou seja, um processo de destituição de Trump, têm não apenas por detrás Obama, Hillary Clinton e várias personalidades do partido democrata, mas também o contributo - talvez decisivo - da referida organização britânica. Quem o diz é a organização de Lyndon LaRouche, que persegue os seus próprios fins de influenciar os governos, mas que está bem informada no que diz respeito aos bastidores do poder nos EUA e noutros sítios.
Claro que RT e outros meios e comunicação dependentes do Estado Russo são vilipendiados, pela «Integrity» Iniciative. Não dizem porém que as agências noticiosas, os grandes jornais, cadeias de tv, dos países ocidentais, não apenas estão nas mãos de grandes impérios corporativos, como estão completamente penetrados pela CIA e por eles próprios do MI6. 
Com efeito, os media corporativos do Ocidente estão permanentemente a ser fornecidos por propaganda disfarçada em «factos», por estas agências. 
Os grandes fornecedores de «fake news» são eles. Como de costume, acusam os seus adversários de fazer exactamente aquilo que eles próprios fazem. 
Não terão descanso, enquanto não calarem os que potencialmente poderão dar o alerta para os seus crimes e conspirações, nomeadamente os fornecedores de informações independentes, como as rádios locais e os sites do Youtube e da Internet. 
Se não fossem estes, com todos os seus defeitos, já estaríamos agora em pleno totalitarismo globalista.

               https://www.rt.com/op-ed/448689-integrity-initiative-propaganda-media/


                                             DENÚNCIA INICIAL DOS ANONYMOUS




                                          ENTREVISTA COM DIRIGENTE TRABALHISTA


ARTIGO EM INGLÊS: «BRITISH THINK-TANKS CALL FOR US LEADERSHIP»

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

COMO É QUE A ELITE GLOBALISTA PRETENDE CONDUZIR O «RESET»

Agora é tudo claro. 

A utilização da blockchain e de criptomoedas controladas pelos bancos centrais dos diversos países, preconizada pelo FMI, será a «pedra angular» em cima dos modelos não-estatais de criptomoedas. 
Estes antepassados não-estatais, como o bitcoin, poderão existir, um pouco como variedades «exóticas» ou «arcaicas», mas o mundo - segundo os globalistas - deverá evoluir para uma nova «governança» onde a liberdade e autonomia dos indivíduos, das organizações e dos estados, estarão sob vigilância permanente.

O ataque ao pagamento sob forma de papel-moeda, levado a cabo em países tão diversos como a Suécia ou a Índia, tem como base (não afirmada, claro) o desejo de conseguir um controlo total da população. 
A liberdade de usar dinheiro como se entender, sem ter de prestar contas a ninguém sobre o seu uso, é uma liberdade intolerável para os senhores globalistas totalitários. Eles não suportam que uma parte das trocas (o que mantém a sociedade a funcionar, afinal) sejam feitas fora dos circuitos que eles controlam. 
A existência de criptomoedas não coloca em risco esse controlo, mesmo quando as criptomoedas não sejam emitidas por entidades públicas, oficiais. A razão disto é que, usando criptomoedas, uma transacção é sempre registada, pode sempre designar-se quem comprou e quem vendeu, quando, por quanto... há uma transparência total. Os dados são partilhados pela rede de computadores que sustentam a «blockchain» correspondente a essa criptomoeda.  
As coisas passam-se exactamente ao contrário do que diziam há alguns anos, de que as criptomoedas eram preferidas por organizações criminosas, máfias, grupos terroristas, etc. 
Tal utilização criminosa não se verificou, simplesmente, porque essas mesmas pessoas e organizações criminosas logo compreenderam que uma qualquer transacção envolvendo criptomoedas, estava sempre susceptível de escrutínio,  havia sempre uma pista indelével, visto os dados da mesma ficarem registados e disponíveis em qualquer computador da rede. 
Pelo contrário, as criptomoedas tornam mais difíceis as falcatruas, os esquemas criminosos, etc., justamente porque pode sempre ser retraçada a sua origem e movimentações. Aliás, há sérias hipóteses de a tecnologia «blockchain» vir a ser escolhida no futuro para muitas coisas que não são transacções, por exemplo, no registo da propriedade imobiliária. 

A elite que nos governa, depois de uma fase inicial de demonização das criptomoedas, em que tudo o que havia de assustador foi utilizado para afastar «os bons burgueses» da sua utilização, passou a uma tolerância expectante, quando o fenómeno se tornou generalizado. Depois, usando o lema de «se não os podes derrotar, junta-te a eles», foi passando de uma tolerância marginal, a ela própria estar ensaiando a tecnologia. 

Agora, no preciso momento em que o bitcoin, ethereum, etc. estão a perder imenso na sua cotação em dólares e portanto do seu prestígio, entra-se na fase três: o FMI, a vanguarda do capitalismo globalista, vem advogar, num ensaio, que os países deveriam dispor desse instrumento na «caixa de ferramentas» dos seus respectivos bancos centrais, ou seja, prevê que daqui a alguns anos, se generalize este processo de utilização da blockchain e de criptomoedas, sob controlo estatal ou para-estatal. 
A partir deste ponto, parece-me evidente o que papel-moeda irá ficar relegado ao passado. No mundo inteiro, seria a entrada na era do dinheiro electrónico a 100%. 
Em paralelo, isso cria as condições para uma natural aceitação duma divisa universal, que tanto entusiasma os globalistas. Talvez a concebam como um «bancor» renovado (ideia de Keynes na conferência de Brettonwoods, mas afastada pelos americanos). Pode muito bem servir como base para essa tal «divisa universal» a moeda própria do FMI, chamada «SDR» (Special Drawing Rights = Direitos Especiais de Saque). Ela consiste num cabaz de moedas (Dólar, Euro, Libra, Yen e agora também Yuan), que estão numa determinada proporção, tem servido para a contabilidade interna do FMI e para certas operações externas também. 
De qualquer maneira, quem tivesse seu capital sob forma de divisa em papel, dificilmente conseguiria resgatar o seu valor. Viu-se um ensaio disso com a escandalosa conversão forçada, na Índia, das notas mais elevadas, que tinham de ser efectuadas nos bancos: muitas pessoas perderam muito dinheiro, pois na confusão gerada, foram roubadas por intermediários sem escrúpulos.     
Numa outra frente, a elite que nos governa tem destruído as poupanças ao suprimir qualquer rentabilidade dos depósitos a prazo. O pequeno aforrador tem sido compelido a utilizar as suas poupanças em activos com imenso risco. Muitos, nem percebem que correm imensos riscos, quando as colocam em fundos especulativos. A transferência do risco, dos grandes actores para os pequenos, faz-se usando fundos de pensões e outros meios financeiros, dados como «seguros», para as pessoas investirem. 
Os fundos de investimentos e de pensões, como não conseguem obter -apenas investindo em obrigações do tesouro e outras aplicações garantidas - o rendimento mínimo para serem sustentáveis, vão comprar «papel» especulativo, não apenas acções, como também derivados, com enorme risco. 
Por outro lado, devido à repressão financeira como politica oficial, ou seja, o Estado proíbe que os juros de depósitos sejam além de um certo valor, sendo este abaixo da inflação real, nas contas a prazo tem havido uma perda de valor intensa e rápida, pois a inflação é muito superior ao juro praticado...  

Assim, a lição que os grandes aprenderam com 2008 foi a seguinte: 
- Conseguem mitigar os riscos de suas carteiras de títulos, fazendo o Estado ou os fundos de pensões endossar os mesmos. Conseguiram descarregar os activos especulativos que tinham nas mãos, como os pacotes de crédito hipotecário, cuja cotação foi multiplicada na fase de crescimento da bolha, para depois se esvaziar. Nestes casos, os Estados e bancos centrais vieram em socorro aos grandes bancos e compraram - ao valor nominal -  papel «tóxico», ou seja, que já não valia nada, nem era susceptível de vir a valer algo de futuro. 
Nem só os activos financeiros têm sido «descarregados» do dorso dos grandes capitalistas. Também no domínio do imobiliário, se observa o esvaziamento das bolhas, que está a ocorrer agora em centros como Londres, Vancouver, San Francisco, Nova Iorque, etc... depois dos muito ricos terem descarregado apartamentos de luxo a preços mirabolantes.

Está-se já em plena mudança, ou «reset». Mas é preciso entender tal «reset» como a tentativa da oligarquia globalista em salvaguardar o seu capital, o seu poderio: mas, manterem ou aumentarem essa enorme concentração de riqueza, significa que milhões de pessoas ficarão reduzidas à miséria. Pessoas que contavam com as suas reformas, as suas poupanças, ficarão «tosquiadas», num grau tal, que muitas deixarão de se poder sustentar. 

Na proximidade duma generalização das blockchain ou criptomoedas oficiais dos diversos países, acho provável que se proceda à desactivação do dinheiro-papel (retirada de circulação), assim como à aceleração da inflação: Actualmente, dão valores completamente ficcionais desta, para continuarem a pagar cada vez menos, em valor real, nas pensões, etc. Se a inflação na zona euro fosse de 2% ao ano, como eles declaram, quase nem se daria por ela, no dia-a-dia. Mas é o contrário que se passa; nota-se e muito! No mínimo, ela será de 10% anual. 

A revolta dos coletes amarelos em França já dá um ante-gosto do que espera os poderes, mesmo nos países afluentes. Aliás, as pessoas mais revoltadas, em toda a História, não são as que sempre viveram na miséria: são as que possuíram um bocadinho mais do que o mínimo vital. Estas, é que sentem mais a descida para a indigência, da qual julgaram que estavam protegidas. Estas também compreendem que foram enganadas, espoliadas, embora muitas não conheçam o detalhe das falcatruas que a classe possidente e seus agentes governamentais utilizam para as desapossar.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

POPULISMOS e AS POLÍTICAS DO «OCIDENTE»

                         
Sim, escolho o plural «populismos», pois a identidade e propósitos dos movimentos contraditórios que são etiquetados debaixo deste termo depreciativo, são realmente muito diversos.
Na origem, temos a crise da chamada «democracia ocidental», que não é de ontem, nem de anteontem, sequer: foi consubstanciada num modelo de governança pelo establishment, em que a participação real e autêntica dos cidadãos na vida pública foi afastada, de forma sistemática e sub-reptícia, durante décadas:
- Ao cidadão com direitos políticos e com participação na vida política, modelo clássico e ideologicamente utilizado como montra do «Ocidente democrático», foram substituindo o consumidor-rei, o cidadão cujo verdadeiro e único «direito» era o de consumir, consumir o que desejasse. Para tal, a publicidade, baseando-se na ciência psicológica mais avançada, foi talhando um «Homo consumisticus» à medida da saúde dos mercados.
Mas quando o mercado ele próprio entrou em crise, devido à impossibilidade de absorver todos os gadgets e o consumo supérfluo que tinham sido o apanágio da fase áurea do capitalismo de consumo, foi necessário inflectir as regras e o discurso, sempre com o objectivo de preservar o sacro-santo lucro. 
Surgem então as políticas de austeridade, no dealbar do século XXI, especialmente mais virulentas nos países do sul da União Europeia. Tudo foi feito: a chantagem do emprego, a inoculação do complexo de culpa de «demasiado gastadores», a comparação com os miseráveis dos países pobres, empobrecidos pelo neocolonialismo da civilizada Europa e pelos bombardeamentos humanitários contra os regimes que em África (Líbia) ou no Médio Oriente (Síria) resistiam à vaga neoliberal...
A reacção de um público inculto politicamente, em vez de se revoltar e derrubar a sua própria classe dirigente, foi de ser arrastado pelo discurso demagógico das extrema-direitas de diversos países europeus, que viram a sua oportunidade na conjugação de vários factores: as vagas sucessivas de refugiados, as dificuldades cada vez maiores de emprego e o retraimento do Estado Social (Wellfare State).

Especial papel coube aos políticos franceses, em especial a Miterrand e seus seguidores, que fizeram o (mau) cálculo político de proporcionar o desenvolvimento da extrema direita do «Front National», para contrariar os avanços da direita clássica, evitando assim a possibilidade de alternativa a governos P«S», de neoliberalismo disfarçado com as cores socialistas, em que se tornara o PSF.
Infelizmente, o PSF serviu de modelo a diversos partidos homólogos pela Europa fora. 
Foram tão bem sucedidos, ao ponto de que muitos ex-votantes nos partidos «clássicos» da esquerda, PC e PS, se viraram para os «populistas»: 
Houve emergência de populismos de extrema-esquerda; mas estes, apenas fizeram uma actualização das teses clássicas do leninismo e não foram além do terreno eleitoral habitual da extrema-esquerda... 
Muito mais graves são os populismos de extrema-direita, em vários países. Agora, tem-se o culminar de tão «inteligente» estratégia, a tal artimanha de deixar tais movimentos crescer e adquirir respeitabilidade e sobretudo audiência junto de grande parte do eleitorado operário: movimentos deste calibre estão agora no poder, ou em situação directa de disputar o poder com partidos políticos tradicionais, nos mais diversos países, desde a Suécia à Itália, passando pela Alemanha, Áustria e muitos outros. As consequências disto, no curto prazo, serão eleições para o parlamento europeu marcadas pelo avanço da extrema-direita. 
Os que pensam que o contexto vai também no sentido de favorecer o extremo oposto, ou seja, a extrema-esquerda, estão auto-iludidos. Os mais míopes de todos são aqueles, da extrema-esquerda, que apenas vêem o que as suas lentes com filtragem «marxista», deixam ver... Por isso - nos últimos 20 anos - eles e os que têm confiado neles, só tiveram derrotas, tanto no campo da luta social, como política.
Quanto às classes dominantes, elas estão absolutamente  deliciadas com a subida do «populismo», da extrema-direita: nada melhor para elas do que governos que preconizem a «união nacional», o «sacrifício necessário» face à ameaça externa (a pseudo ameaça dos outros globalistas, do eixo russo-chinês). 

O mais vantajoso, do ponto de vista da classe dominante, é que estas «mudanças» permitem manter a ilusão nas massas de que elas mandam, de que «o povo é soberano»! 
Absolutamente ridículo... porém é assim que os poucos conseguem dominar os muitos, ao ponto de que estes muitos elejam quem os vai esfolar e estrangular ainda mais!

domingo, 9 de setembro de 2018

AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SÃO SUJEITAS A CICLOS

                    
                         Queda de neve em Roma, em Fevereiro de 2018

Na politizada, mediatizada, demagógica algazarra em torno das alterações climáticas, tudo tem servido como «arma de arremesso» dos defensores do «culto do efeito de estufa», causado pela poluição de origem humana. 
aqui denunciei a fabricação de um falso consenso, pois consenso verdadeiro é quando toda a gente na comunidade científica concorda com a verdade de uma teoria, facto ou interpretação... O que não é o caso, pois um número significativo de cientistas do clima tem opinião de que o factor primário na alteração do clima são os ciclos solares, os quais se reflectem numa diferente distribuição, espessura e composição das neves, assim como a  composição em isótopos nas bolhas de ar, as quais ficam conservadas em sucessivas camadas compactadas, ao longo de séculos e milénios, nos gelos da Antárctica ou da Gronelândia.

A dificuldade de muita gente em compreender fenómenos que - na sua génese - são cíclicos, como é tipicamente o caso das alterações climáticas, existe porque o modo de pensamento ocidental se foi constituindo dando ênfase às relações lineares, a modelos que se podem traduzir em gráficos dentro de eixos de coordenadas cartesianas. 
O pensamento oriental, por contraste, sempre assumiu naturalmente um modelo do Cosmos como não-linear e cíclico, desde a religião indiana, expressa nos antiquíssimos Vedas, passando pelo pensamento de Lao Tzu ou Confúcio, até aos nossos dias. 

Não vou reproduzir neste artigo os dados que Martin Armstrong fornece no seu interessante artigo, aqui (1), no seu blog. 
Vou apenas dizer que a questão climática é demasiado séria para se fazer política de baixo nível, em torno dela. Têm sido mobilizadas as energias das mais diversas pessoas, imbuídas de um desejo genuíno de preservar o nosso Planeta, mas estas pessoas têm sido vítimas de um aproveitamento e de uma ilusão. 
Os propagandistas da causa da «culpa do carbono» têm sistematicamente atribuído todos os desvios das temperaturas médias, para cima ou para baixo, às chamadas alterações ou mudanças climáticas antropogénicas. De facto, não é difícil atribuir alguma mudança pontual a um aquecimento ou arrefecimento do clima no longo prazo. É tão desonesto, como dizer-se de um relógio parado, que dá as horas exactas duas vezes em 24h!
O clima é intrinsecamente variável, existem ciclos de aquecimento e de arrefecimento. Dentro de ambos há movimentos contra-cíclicos, que podem ter expressão significativa para a vida humana. 

Há efeitos pontuais, que podem acentuar ou atenuar uma tendência longa. Por exemplo, existe um excesso de emissão de poeiras para a atmosfera nos períodos em que se dão violentas erupções vulcânicas...Estas poeiras interceptam e reflectem, num certo grau, os raios solares. Isso provoca um arrefecimento temporário do clima.

O aquecimento climático antropogénico é uma hipótese, não é uma teoria comprovada e demonstrada cientificamente. 
A argumentação a favor desta hipótese, quanto a mim, sofre de muitas deficiências. O debate científico é contaminado, especialmente neste caso, pelas agendas políticas de uns e de outros. 
Os grandes grupos económicos conseguiram impor a sua estratégia das «taxas carbono», que são afinal um meio de continuarem eles próprios (globalistas) ao comando da finança internacional. Ao fim e ao cabo, o sistema por eles instaurado implica toda uma burocracia para determinar se determinado país excedeu (ou não) o teor de emissões carbono que lhe tinha sido atribuído. As colectas de impostos internas para esses impostos carbono das nações, fazem-se pelas «taxas carbono», pagas pelos cidadãos, a propósito de tudo: não apenas o combustível dos carros, mas também o consumo de electricidade ou gás de cidade, etc.... 
Os países que emitem menos carbono podem colocar «no mercado global» os seus direitos de «poluição térmica», para serem comprados pelos países com vigorosa actividade industrial, os quais poderão assim continuar a emitir um «excesso» de carbono para atmosfera, em relação ao que tinham direito. Mas, no fim de contas, estas bolsas de carbono vão ser controladas pelos consórcios de grandes bancos, os quais daí tirarão vantagens: A própria manipulação destas somas enormes, dá uma clara vantagem à grande banca internacional. 
Além disso, como se vai determinar se sim ou não determinado país tem este ou aquele nível de emissões? Imagine-se a complexidade e conflitualidade dos mecanismos que será preciso instalar, assim como das instâncias reguladoras internacionais, a propósito dos níveis de emissões...
A elite globalista imaginou este estratagema das «taxas carbono» nos anos noventa, como forma de manter o controlo sobre os recursos naturais, principalmente dos países em vias de desenvolvimento. Isso implica igualmente um  controlo do sistema financeiro internacional, indispensável para a implementação de tal esquema (o Protocolo de Quioto) que ELES inventaram e quiseram impor a todas as nações, a todos os governos.  

Não digo que não se deva pressionar para uma reconversão das indústrias poluentes. Elas, actualmente, só são rentáveis porque fazem suportar ao ambiente e aos contribuintes os custos da degradação ambiental que provocam. Os poderes instituem a hipocrisia, de tal modo que o lema «poluidor-pagador» nunca seja respeitado! 
Mas, até mesmo o objectivo louvável e necessário da reconversão de indústrias poluentes, tem sido prejudicado pela ênfase dada ao suposto efeito de estufa antropogénico, em detrimento da atenção que deveria ser dada em prioridade a questões de grande gravidade como a utilização de plásticos e sua dispersão nos diversos ecossistemas e cadeias alimentares, a destruição massiva de habitats para satisfazer a gula do consumismo desenfreado, etc. 

Não tenho soluções «na algibeira» para os problemas de poluição e reconversão industrial. Mas, isso não me impede de ver a manipulação a que são sujeitas muitas pessoas, iludidas por um falso paradigma, construído para manter o domínio de uma classe muito rica, a oligarquia globalista.

Se quiserem, podem dizer que meus escritos são típicos das «teorias da conspiração»*. 
Não tenho dúvidas de que existe a CONSPIRAÇÃO GLOBAL DA OLIGARQUIA para se manter no poder.

(*) termo inventado pela CIA, para descredibilizar os que punham em dúvida a versão oficial do assassinato do presidente Kennedy. 
  

(1) https://www.armstrongeconomics.com/international-news/nature/winter-arrived-snowing-in-rome-climatic-change-events-result-historically-in-an-increase-in-violence/

segunda-feira, 18 de junho de 2018

ECB E OUTROS BANCOS CENTRAIS REUNIDOS EM SINTRA

                       
A reunião em Sintra deverá apresentar poucas novidades e não terá outro fim senão propaganda.
 Espera-se que Draghi avance com alguns detalhes sobre a política do ECB para o próximo ano, em particular dê pistas sobre o modo como as compras de activos pelo ECB vão reduzir-se ao longo do tempo. O crescimento anunciado das taxas de juro, esse vai ter que esperar mais tempo. Assim, o ECB mantém as taxas perto de zero, durante pelo menos mais um ano. 
As medidas drásticas pós crise de 2008, a política de zero por cento de juros, a compra de activos -muitos deles tóxicos - aumentando a carteira dos bancos centrais até níveis nunca vistos antes, supostamente terão levado a uma recuperação da crise. Porém, tal não é nada líquido. Primeiro porque esta «recuperação» é a mais incipiente e prolongada no tempo, com uma série de indicações da economia real que os podem legitimamente fazer duvidar do efeito benéfico das medidas. Estas tiveram como resultado mais palpável a subida das bolsas de acções nos vários países ocidentais, mas em grande parte esta subida não corresponde a um efeito de maior desempenho das empresas ou de maior disponibilidade de meios das famílias ou mesmo de investidores institucionais, como os fundos de pensões. Estes aumentos das bolsas explicam-se sobretudo por um lado, pelas auto-compras realizadas pelas grandes empresas, pois obtinham crédito praticamente gratuito, tendo usado largamente esse crédito para aumentar artificialmente a sua cotação bolsista (satisfazendo assim os accionistas  e enchendo com bónus as algibeiras dos gestores) e, por outro pelas avultadas e sistemáticas compras pelos bancos centrais, nomeadamente temos conhecimento do facto no caso do banco do Japão e do banco nacional suíço, mas penso que haverá outros. Além disso, a compra sistemática das obrigações soberanas - pelo ECB - criou uma distorção muito grande no mercado do crédito. A anulação deste «quantitative easing» pelo ECB irá com certeza originar muitas perturbações nos mercados, sobretudo nos do imobiliário e no crédito às empresas, ambos com efeitos «bola de neve» potencialmente catastróficos.
Mas os banqueiros centrais e os políticos dos governos respectivos todos eles dançam a mesma dança: uma vez é o BCE, outra vez a FED, outra vez o Banco Central do Japão. Os bancos centrais da China e da Rússia, às vezes, também participam na valsa, embora não o façam ao compasso dos ocidentais... tentam desligar-se da hegemonia do dólar: o banco central russo desfez-se de metade das obrigações do tesouro dos EUA em Abril. O banco central da China também vem reduzindo a sua exposição ao dólar. 
Num contexto de guerra económica, os prejuízos das altas tarifas no comércio (impostas por Trump) terão como resposta, vendas maciças das obrigações do tesouro dos EUA, originando descidas no valor de mercado das mesmas. Apenas a FED e o Tesouro dos EUA irão adquirir esses activos, mas estão limitados, pois a dívida gerada acumula-se sem controlo. 

Em geral, existe uma orientação globalista dos bancos centrais ocidentais, que permite que a oligarquia se tenha mantido e enriquecido, enquanto a imensa maioria tem vindo a perder capacidade económica. Os dirigentes que andam há quase dez anos a espevitar a inflação, com o objectivo de espevitar a economia,  podem ser responsabilizados pela ruína das «classes médias» na Europa ou na América. Com efeito, aqueles cujos salários ou pensões - no melhor dos casos - estagnaram em termos nominais, desde há uma década, tiveram um decréscimo de nível económico da ordem de 50% ou mais. Mas os economistas com vendas nos olhos ou comprados pela grande finança, continuam a pregar a teoria «neokeynesiana», que cada vez se torna mais grotesca por, sistematicamente, o remédio preconizado levar ao contrário do que tinham desejado. Isto chama-se (para retomar a célebre definição de Einstein)  insanidade, ou seja, repetir vezes sem conta o mesmo acto, apesar de resultados contrários  ao objectivo pretendido: O «quantitive easing» conduz à destruição de capital, pois massa monetária não é igual a riqueza, o que toda a gente sabe!

segunda-feira, 11 de junho de 2018

QUANDO UMA CIMEIRA FALHADA É SINAL DE RENOVO

                     Une image vaut mille mots : quand une photo résume la désunion du G7 à elle seule

A cimeira do G7 não podia ter corrido pior... Sim, isso é a posição que o «mainstream», a media prostituta do poder globalista, tem vindo a proclamar como se fosse uma «evidente evidência»!

No entanto, a mesma media esconde cuidadosamente a razão do conflito entre a posição de Trump e restantes membros: a Rússia. 
Sim, é Trump ele próprio que, para além de todos os pontos de fricção, deseja que a Rússia volte a participar no G7. São os dirigentes dos países europeus (+Trudeau+Abe) que insistem em avançar com um comunicado provocatório, sempre a acusar a Rússia da tentativa de assassinato dos Skripal (sem que fosse apresentada qualquer evidência), insistindo que o regime sírio é o responsável por ataques químicos, cujas evidências vão no sentido contrário, ou seja, falsas bandeiras orquestradas pelos Estado Islâmico e seus satélites...A mesma coisa com a Ucrânia, onde «ignoram» o referendo em que a população da Crimeia votou maciçamente pela reintegração na Rússia (durante a vigência da URSS foi retirada da Federação Russa em 1954, ilegalmente, por Krustchev). 

Trump sabe perfeitamente quão falaciosos são estes argumentos (e os restantes dirigentes também). 
Ele não podia subscrever a linha dura baseada nas falsidades da declaração final, pois ele tem de ter as mãos livres para a aproximação com a Rússia, com a Coreia do Norte e mesmo com a China (e apesar do momento baixo, com as taxas sobre determinados produtos). 

A política de Trump não interessa a uma facção do poder global, que tem o firme propósito de criar uma nova «Guerra fria». 
Trump, apesar das contradições (apoio ostensivo a Israel), tem feito tudo ao contrário do que os poderes globalistas querem. 

Trudeau, May, Merkel, Macron... são, antes de mais, agentes deste poder globalista. Exprimem, na sua política, a forma de ver desse mesmo poder. Não são genuínas expressões duma vontade política dos respectivos povos, sobretudo ao nível internacional.

O tecido de mentiras nos quais se basearam para escrever o rascunho de comunicado final, que Trump não subscreveu, é apenas uma forma de vincular as diplomacias desses mesmos países a seguirem  a agenda globalista, incluindo o cerco militar à Rússia (com a NATO), o isolamento diplomático desta e seus aliados, as sanções económicas e políticas a perder de vista... 

Como eles sabem muito bem, a verdade não tem nada que ver com as «razões» que apresentam, mas sim com a perda de hegemonia do eixo «Atlântico» e a ascensão do eixo «Euro-Asiático» com a Rússia, a China, o Irão, os BRICS e os participantes na «Nova Rota da Seda». 

É a Conferência de Segurança e Cooperação de Xangai, cuja reunião anual ocorreu quase ao mesmo tempo, que irá marcar o tempo e o compasso da transição do mundo unipolar (sob hegemonia americana) para um mundo multipolar, com fortes potências regionais, mas não tão fortes, no entanto, que possam ditar a sua vontade ao mundo inteiro.

domingo, 13 de maio de 2018

A LOUCURA DE ACUMULAR MAIS DÍVIDA PARA RESOLVER UM PROBLEMA DE DÍVIDA

Os bancos centrais do mundo Ocidental apenas sabem uma coisa: produzir dinheiro, inflacionando a quantidade em circulação das suas respectivas moedas. Não importa que o referido dinheiro não corresponda a uma expansão dos negócios, da riqueza produzida. Apenas querem que as pessoas tenham a ilusão de receber «mais» de salário ou de pensão, por forma a induzir um comportamento gastador e fazendo arrancar uma economia exausta.
Porém, o «remédio» apenas agrava a doença, não cura nada! Os índices de crescimento económico do mundo ocidental indicam que, em termos reais, ou seja, com criação verdadeira de riqueza através de bens e de serviços, esta «recuperação» desde o grande abalo de 2007/2008, apenas se pode caracterizar como um crescimento anémico.
O crescimento vigoroso deu-se apenas em sectores onde impera a especulação: o imobiliário e a bolsa. O que significa que a injecção contínua de somas astronómicas nos sistemas bancários pelos bancos centrais tem apenas perpetuado uma inflação nesses sectores, mas não em sectores chave da economia, os sectores de bens e serviços. Caso a inflação de fizesse sentir nestes últimos, isso seria acompanhado por aumento de salários e pensões, um aumento que não tem existido, antes pelo contrário. 
A economia do mundo Ocidental está em estagnação nos sectores produtivos e  em inflação nos sectores financeiros; a «estagflação» que reúne «o pior dos dois mundos».

Com o andar das coisas, o que vai acontecer inevitavelmente é um «crach», porque os juros tendem a subir: já as obrigações do Tesouro, as «treasuries» a 10 anos dos EUA atingiram um valor de 3% e muitos especialistas calculam que os aumentos da taxa de juro de referência da FED - programados para este ano - vão impulsionar os juros para níveis de 4% ou mais. 
Nesta situação, os que pediram emprestado para comprar acções perderão dinheiro. Vai deixar de existir «combustível» para sustentar a subida das bolsas. As bolsas subiram muito nestes últimos tempos devido aos «buy-backs», efectuados pelas grandes companhias cotadas em bolsa, comprando acções delas próprias, usando empréstimos a juro barato.
O estado da economia real não é famoso, mas o efeito «euforizante» das subidas das bolsas tem mascarado, até agora, o panorama verdadeiro. Quando as bolsas começarem a sofrer grandes quebras, o estado real das economias, em particular nos EUA e Europa, vai tornar-se totalmente patente, mesmo aos olhos das pessoas anestesiadas pela media, ela própria possuída pelos grandes grupos económicos. 

                                 

A possibilidade de uma hiper-inflação aumenta, à medida que o tempo passa; muitos analistas pensam que as elites globalistas estão a tentar provocar uma quebra controlada, para poderem impor a reestruturação do sistema financeiro mundial e de cada economia nacional, de acordo com os seus interesses. 
Penso que esta fase é particularmente perigosa, pois não hesitarão, como no passado, em desencadear (ou reactivar) guerras para distrair a atenção das massas. Poderão culpar o inimigo pelos males da economia, não ficando vistas - elas, as oligarquias - como as verdadeiras causadoras (e aproveitadoras) de toda esta instabilidade económica...
Ao nível individual é necessário as pessoas terem algum dinheiro em notas fora do banco (um mínimo de duas vezes as despesas mensais habituais); reforçar a dispensa com diversos tipos de mantimentos não perecíveis (legumes secos, arroz, conservas diversas) , que permitam aguentar uma fase de grande escassez por desorganização dos mercados; moedas de prata e ouro para preservar a riqueza em períodos de inflação e que permitem efectuar transacções, mesmo quando a confiança na moeda-papel desaparece por completo... 

As pessoas devem entender aquilo que tentam ocultar da sua vista, têm de perceber os jogos dos poderes globalistas. 
Os grandes bancos, grandes corporações e os seus lacaios, quer nos governos, quer em instituições internacionais (na ONU, no FMI, etc.) vão fazer tudo para que as massas fiquem convencidas que o colapso é devido às manigâncias de governos «inimigos» (Rússia, China...) e irão suprimir as mais elementares liberdades e garantias em nome da «segurança», sempre com o argumento de «preservar» o modo de vida ocidental, a democracia, etc.
Cabe às pessoas possuidoras de bom-senso e de coragem desvendar aos outros (familiares, amigos, colegas...) a realidade do que se está passando; creio ser esta a resposta prática mais eficaz; quem fica desmascarado, perde a possibilidade de prosseguir com os seus jogos perversos...eles (os globalistas) têm tido o jogo facilitado pela enorme ignorância do público.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

OFENSIVA CONTRA O «CASH» E CONTRA A LIBERDADE

A elite globalista costuma levar as massas ovinas ao corral, para a tosquia, dizendo coisas que as assustam. Não importa a sua lógica ou verozimilhança sequer. Mas o efeito da propaganda massiça e demonização de todas as vozes críticas tem tido o seu efeito. As ovelhas - medrosas - vão aonde a oligarquia as quer.

Vem isto a propósito da guerra feita ao «cash» ou dinheiro líquido, um pouco em todo o mundo.

Quando nos debruçámos sobre as justificações dadas pelos «opinadores» main-stream e pelas autoridades, quer na política quer nos bancos centrais, vemos que o argumento se resume ao «combate à fraude, à evasão fiscal, ao crime...». Esta lenga-lenga é destinada às pessoas apressadas e dispostas a engolir tudo. 
Elas pensam que isto nada tem de grave, não equacionam a perda de liberdade que pode ocasionar um mundo em que as trocas económicas estejam inteiramente digitalizadas. 

Não digam que isso é ignorância, pois muitas pessoas europeias são cultas, mas aceitam sem hesitações um deslize para uma sociedade onde as trocas económicas são todas digitais. O método seguido pela oligarquia aqui, na Europa, é o dos pequenos passos. 

Começaram por anunciar a retirada de denominações mais elevadas, como as notas de 500 € nesta zona do globo.
Mas, de facto, a digitalização completa da economia já está muito mais adiantada na Noruega e na Suécia, e virá a tomar conta da zona Euro, caso a cidadania não compreenda, a tempo, o que está em jogo.

Um grupo decidiu pesquisar uma eventual correlação entre o nível de criminalidade e de corrupção e  a existência ou não, de notas de elevadas quantias. 
Observou que a correlação que existe é inversa, ou seja, os países com mais altos índices de criminalidade e corrupção são aqueles em que a maior nota bancária tem um valor muito baixo (Brasil, Nigéria, África do Sul, Venezuela...) e os países que têm em circulação notas bancárias de valor mais elevado são países onde existe mais baixa criminalidade, maior segurança dos cidadãos, menores níveis de corrupção (Suíça, Singapura, Japão...). Também se aplica o mesmo quanto à evasão fiscal: os países com menos evasão fiscal têm denominações de notas mais elevadas, os países em que não existem notas com elevadas quantias são aqueles em que a evasão fiscal é maior.

Claro que ninguém gosta de negócios escuros, ou criminosos, ninguém quer que alguns fujam ao fisco, tendo a maior parte das pessoas que pagar aquilo que lhes exigem. 

Porém, a questão da eliminação das notas físicas prende-se sobretudo com outros aspectos fundamentais: 
- Se temos dinheiro físico, temos liberdade de movimentos, temos possibilidade de nos deslocar sem ter de deixar rasto, como é o caso se usamos cartões de débito (Multibanco) ou de crédito (Visa, MasterCard, etc). 
Não estou interessado que o Estado e/ou o banco onde tenho conta, saibam exatamente o que eu gastei, onde e quando. 
Não é só uma pessoa criminosa ou que deseje fugir ao fisco, que tem razões para temer esta ingerência. Também uma pessoa sem qualquer atividade criminal ou fraudulenta deve manter a confidencialidade das suas transações, deve ter direito ao sigilo do que compra e onde o compra. 
Alguém que só faça despesas por via digital pode ser seguido de perto, os seus hábitos devassados, as suas andanças cartografadas; tudo fica exposto aos olhares de uma qualquer polícia ou dos funcionários do fisco. 
Note-se que alguém pode ter as suas contas bancárias devassadas por causa de uma simples denúncia. No banco, ninguém irá dar o alarme: todos os funcionários estão proíbidos de avisar o indivíduo cuja conta está a ser investigada! 
É assim, agora, nos países ditos democráticos. 
Havendo uma deriva autoritária do governo, este nem terá que mudar nenhuma lei: já está tudo preparado.
Um indivíduo dissidente poderá ter as suas contas bloqueadas, sem apelo nem agravo, tornando a sua vida impossível. 
Isso seria menos eficaz se ele pudesse contar com dinheiro líquido (dele ou de pessoas solidárias) permitindo-lhe continuar a viver durante algum tempo. 

A existência de uma sociedade «sem cash» significa que um indivíduo poderá ser sujeito a «assassinato económico», em silêncio, sem mecanismo legal que o proteja. Estamos a deixar que se instale uma autêntica sociedade do Big Brother.