sábado, 26 de agosto de 2023

Tempos Conturbados (refletindo sobre intervenções do professor Jeffrey Sachs)

"I know hot what tomorrow will bring" 
Lembro-me desta citação de Fernando Pessoa, as suas últimas palavras rabiscadas num papel, no Hospital de São Luís dos Franceses (Lisboa, a 30 de Novembro de 1935). 
Ele escreveu - talvez - pensando na sua ignorância do Além (se é que havia, ou não, Vida após a morte). Mas também englobando a sua vida individual, com o destino da humanidade.
 Pois -nessa altura- estava-se no meio da tormenta,  do cataclismo que iria conduzir à IIª Guerra Mundial. As forças entrópicas dominavam. O caos era visível. Dava-se a ascensão de todo o tipo de governos e de regimes autoritários, em pano de fundo de um caos económico, do qual não havia saída. A saída da Grande Depressão foi afinal a pior possível: Foi a «Grande Matança» da Guerra Mundial. Ninguém sabia o que iria acontecer, mas todos percebiam que tremendas coisas iriam acontecer.

A entrevista dada recentemente pelo Professor Jeffrey Sachs fez-me lembrar a citação pessoana, pois o Professor americano, por duas vezes, assinala o facto de ninguém saber como se iria desenrolar o futuro. Ele dava uma nota de incerteza, de angústia, perante as políticas irresponsáveis, criminosas e destituídas de qualquer visão no longo prazo, dos principais dirigentes políticos mundiais: Biden e seu «entourage», mas também Putin e as lideranças da Europa.

Os erros dos líderes pagam-se muito caro. Mas - raramente - são os próprios, quem os comete, que os paga: As vítimas são as pessoas que vivem sob o seu controlo.

Visione o seguinte vídeo do Prof. Sachs:



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

INFORMAÇÃO: A QUANTIDADE E O FLUXO [The New Enlightenment with Ashley]


 Consulte a página de Ashley Hodgson; encontrará muitas coisas interessantes!

BULLSHIT NOTE [WILLIAM BANZAI]

 Graças ao talento e boas conexões de William Banzai, podemos mostrar, em primeira mão, o aspeto da nova Bullshit Note, que irá ser posta a circular:


Uma nova era para os EUA é inaugurada, com Joe Biden e seu governo.

Aquela cara parada, o olhar vazio, como de um imbecil, reconhecem? 

O novo formato de «Bullshit Note» tem as assinaturas necessárias para ser legal: 

Volodymyr Zelensky e Hunter Biden. 

Em breve, irá circular nos EUA. Não creio que tenha grande procura mundial, apesar dos esforços conjugados de Jerome Powell, Janet Yellen e todos os destacados «bullshit PhDs».

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CRÓNICA (Nº16) DA IIIª GUERRA MUNDIAL : «NORMALIZAÇÃO» DO ESTADO DE GUERRA NA EUROPA

Uma boa introdução à situação militar e geopolítica no continente europeu, pode ser a visualização da entrevista dada pelo Coronel Douglas Macgregor:

O Coronel explica de forma muito clara porque o melhor que se poderia fazer do lado ocidental era acabar com a guerra na Ucrânia. Porém, o establishment de Washington está cego e insensível à catástrofe que provocou.

Figura: tanque alemão panther destruído pelos soviéticos, na IIª Guerra Mundial. Os modernos tanques panther 
 também têm sido destruídos na guerra Russo-Ucraniana.

Devemos ver os predadores psicopatas que governam os vários países, nomeadamente os mais fortes, como aquilo que são. Os discursos e as posições «de princípio» são apenas paraventos de palavras para encobrir os seus jogos de poder sangrentos.

Os EUA, comandando os seus aliados europeus, obrigando-os a fazer uma guerra não declarada contra a Rússia, estão a ordenar-lhes o «suicídio assistido da Europa».

Com efeito, eles pretendem que o conflito na Ucrânia desemboque numa espécie de situação de instabilidade permanente, nas fronteiras russas.

Eles sabem não haver interesse, da parte dos russos, numa invasão dos territórios onde é maioritária a etnia ucraniana (falantes de ucraniano). Têm já muito que reconstruir nas 4 províncias recém unidas à Federação Russa.

Os americanos desejam que a situação evolua para um cessar-fogo, para viabilizar uma espécie de zona tampão: Uma faixa de território desmilitarizada, que separe os territórios ucranianos, dos novo-russos.

Para eles, isso é satisfatório, pois os países europeus serão obrigados a fabricar armamento em grande escala, para enviar para uma Ucrânia reduzida, mas possuidora de continuidade política. O acordo de cessar-fogo seria suscetível de ser rompido logo que a Ucrânia, «o peão da OTAN», estivesse em condições de levar a cabo uma ofensiva realmente ameaçadora contra o território russo.

Mas este esquema é, para os europeus, o equivalente a terem guerra permanente em casa (no caso das zonas diretamente em conflito), ou muito próximo de casa.

Trata-se da eternização da Europa, enquanto zona de conflito. Os governos americanos adoram a situação, porque continuarão a ser suseranos dos países europeus enfraquecidos e submissos dentro da OTAN.

Por outro lado, a União Europeia, com potencial industrial e a possibilidade de se erguer como bloco autónomo, desaparece. Os EUA vão apoiar os países anglófonos e (re)constituir o seu império com o Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e países do «Commonwealth», que mantêm as suas distâncias com os BRICS, ou seja, países que se conservam na órbita de influência anglo-americana. Quanto à Europa da União Europeia, esta vai ser apenas uma «zona tampão».

O sonho utópico dos europeístas está definitivamente acabado. Só há autonomia política, se houver autonomia militar e diplomática: Mas, estas significam -afinal- que têm a sustentação duma economia largamente independente, embora mantendo elevado nível de cooperação com outras zonas.

Este foi o sonho que os sociais-democratas alemães tentaram realizar, mas tiveram que se submeter ao jogo do Tio Sam. Para tornar as coisas bem claras, o Tio Sam rebentou os gasodutos que forneciam energia barata e viabilizavam uma indústria alemã competitiva .

Não esqueçamos que tanto os americanos, como os dirigentes da OTAN (fantoches dos americanos) recusaram - no Outono/Inverno de 2021 - todas as propostas russas para abertura de negociações com vista a obtenção de garantias mútuas de segurança em todo o espaço Europeu.

Os países europeus mostraram o seu estatuto de vassalos, ao não abrirem conversações diretas com os russos, apesar de serem os mais interessados nas soluções diplomáticas e pacíficas para o continente europeu. O fantoche Jens Stoltenberg fazia, por essa altura (meses antes da invasão russa, em 2021), declarações incendiárias, dizendo, em substância: «de cada vez que eles (russos) vierem propor negociações, nós devemos responder com mais armamento, mais sistemas de mísseis, mais tropas da OTAN, nos Estados que fazem fronteira com a Rússia».



O que eu temo é a indiferença, a sujeição da cidadania. Esta, nunca foi tão intensamente condicionada. Depois do primeiro «ensaio» do COVID, fomos transformados em «ratos de laboratório humanos», para ensaios de condicionamento. Há que escrever uma obra - cientificamente consistente - sobre isto. Até agora, tenho podido ler artigos inteligentes sobre o assunto. Porém, os poderes e seus estados-maiores, possuem departamentos de «contra-informação», que se dedicam à guerra psicológica, à propaganda de guerra. Esta, é dirigida às populações dos países que estão «do nosso lado», mais do que às populações «inimigas».

Note-se que este estado de guerra permanente em solo europeu convém a muitos políticos, que assim podem jogar com o medo para se fazerem eleger (ou reeleger). Também serve os grandes patrões, que podem fazer reinar o terror nas suas empresas, despedindo e discriminando quem lhes apetecer, sob pretexto «de se livrarem de elementos subversivos, a soldo de Moscovo, etc.» Se isto vos soa a Guerra Fria, é porque o é efetivamente. Agora, já não dirigida contra a União Soviética e o «socialismo/comunismo», o grande papão. Agora o papão é a Rússia e «o novo Hitler» Putin, etc...

Realmente, tenho pouca esperança no imediato, pois a classe trabalhadora europeia está de rastos, alienada e sem uma perspetiva independente.

A hipótese de criação duma instância partidária ou duma frente, remotamente semelhante às frentes de classe dos anos 1930, é apenas um devaneio, infelizmente.

Como não vai haver uma resposta capaz de enfrentar o perigo, as populações europeias vão pagar. Elas já estão pagando, pois são europeias as populações da Ucrânia, da Rússia e dos países limítrofes que sofrem diretamente o impacto desta guerra cruenta.

Prevejo a continuação do cenário acima traçado, no curto prazo; mas, também, pode estar para durar por tempo indefinido.

Não faço conjeturas sobre a duração desta nova Guerra-Fria, nem sobre os meios pelos quais os povos se livrarão dela. Pelo menos, tentarei alertar as poucas pessoas, ainda capazes de raciocinar de forma livre e independente, de que o que se prepara é talvez pior e certamente diferente dos totalitarismos que estudámos nos livros de História do Século XX.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

TOM JOBIM/ VINÍCIUS DE MORAES : INSENSATEZ

Nesta atuação ao vivo, Tom Jobim e seus músicos dão-nos a essência do poema de Vinícius de Moraes, através de sua criação musical ímpar.
«Quem nunca amou, não merece ser amado...»




Ah, insensatez, o que você fez?Coração mais sem cuidadoFez chorar de dor o seu amorUm amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim?Assim, tão desalmado?Ah, meu coração, quem nunca amouNão merece ser amado
Vai, meu coração, ouve a razãoUsa só sinceridadeQuem semeia vento, diz a razãoColhe sempre tempestade
Vai, meu coraçãoPede perdão, perdão apaixonadoVai, porque quem não pede perdãoNão é nunca perdoado

Compositores: Marcus Vinícius Da Cruz De Mello Moraes / António Carlos Brasileiro De Almeida Jobim

domingo, 20 de agosto de 2023

Seymour Hersh: O VERÃO DOS FALCÕES

Seymour Hersh: Summer of the Hawks (O Verão dos Falcões)

O tomar os desejos pela realidade continua sendo a regra na equipa de política externa de Biden, enquanto continua a carnificina na Ucrânia.




O Secretário de Estado Anthony Blinken fala durante a cimeira para líderes africanos em Washington, DC, 02 de Agosto 2023. (Foto oficial do Departamento de Estado por Chuck Kennedy)

(transcrevo o artigo da página de Seymour Hersh / Substack )


It’s been weeks since we looked into the adventures of the Biden administration’s foreign policy cluster, led by Tony Blinken, Jake Sullivan, and Victoria Nuland. How has the trio of war hawks spent the summer?

Sullivan, the national security adviser, recently brought an American delegation to the second international peace summit earlier this month at Jeddah in Saudi Arabia. The summit was led by Crown Prince Mohammed bin Salman, known as MBS, who in June announced a merger between his state-backed golf tour and the PGA. Four years earlier MBS was accused of ordering the assassination and dismemberment of the journalist Jamal Khashoggi at the Saudi consulate in Istanbul, for perceived disloyalty to the state.

As unlikely as it sounds, there was such a peace summit and its stars did include MBS, Sullivan, and President Volodymyr Zelensky of Ukraine. What was missing was a representative of Russia, which was not invited to the summit. It included just a handful of heads of state from the fewer than fifty nations that sent delegates. The conference lasted two days, and attracted what could only be described as little international attention.

Reuters reported that Zelensky’s goal was to get international support for “the principles” that that he will consider as a basis for the settlement of the war, including “the withdrawal of all Russian troops and the return of all Ukrainian territory.” Russia’s formal response to the non-event came not from President Vladimir Putin but from Deputy Minister of Foreign Affairs Sergei Ryabkov. He called the summit “a reflection of the West’s attempt to continue futile, doomed efforts” to mobilize the Global South behind Zelensky.

India and China both sent delegations to the session, perhaps drawn to Saudi Arabia for its immense oil reserves. One Indian academic observer dismissed the event as achieving little more than “good advertising for MBS’s convening power within the Global South; the kingdom’s positioning in the same; and perhaps more narrowly, aiding American efforts to build consensus by making sure China attends the meeting with . . . Jake Sullivan in the same room.”

Meanwhile, far away on the battlefield in Ukraine, Russia continued to thwart Zelensky’s ongoing counteroffensive. I asked an American intelligence official why it was Sullivan who emerged from the Biden administration’s foreign policy circle to preside over the inconsequential conference in Saudi Arabia.

“Jeddah was Sullivan’s baby,” the official said. “He planned it to be Biden’s equivalent of [President Woodrow] Wilson’s Versailles. The grand alliance of the free world meeting in a victory celebration after the humiliating defeat of the hated foe to determine the shape of nations for the next generation. Fame and Glory. Promotion and re-election. The jewel in the crown was to be Zelensky’s achievement of Putin’s unconditional surrender after the lightning spring offensive. They were even planning a Nuremberg type trial at the world court, with Jake as our representative. Just one more fuck-up, but who is counting? Forty nations showed up, all but six looking for free food after the Odessa shutdown”—a reference to Putin’s curtailing of Ukrainian wheat shipments in response to Zelensky’s renewed attacks on the bridge linking Crimea to the Russian mainland.

Enough about Sullivan. Let us now turn to Victoria Nuland, an architect of the 2014 overthrow of the pro-Russian government in Ukraine, one of the American moves that led us to where we are, though it was Putin who initiated the horrid current war. The ultra-hawkish Nuland was promoted early this summer by Biden, over the heated objections of many in the State Department, to be the acting deputy secretary of state. She has not been formally nominated as the deputy for fear that her nomination would lead to a hellish fight in the Senate.

It was Nuland who was sent last week to see what could be salvaged after a coup led to the overthrow of a pro-Western government in Niger, one of a group of former French colonies in West Africa that have remained in the French sphere of influence. President Mohamed Bazoum, who was democratically elected, was tossed out of office by a junta led by the head of his presidential guard, General Abdourahmane Tchiani. The general suspended the constitution and jailed potential political opponents. Five other military officers were named to his cabinet. All of this generated enormous public support on the streets in Niamey, Niger’s capital—enough support to discourage outside Western intervention.

There were grim reports in the Western press that initially viewed the upheaval in East-West terms: some of the supporters of the coup were carrying Russian flags as they marched in the streets. The New York Times saw the coup as a blow to the main US ally in the region, Nigerian President Bola Ahmed Tinubu, who controls vast oil and gas reserves. Tinubu threatened the new government in Niger with military action unless they returned power to Bazoum. He set a deadline that passed without any outside intervention. The revolution in Niger was not seen by those living in the region in east-west terms but as a long needed rejection of long-standing French economic and political control. It is a scenario that may be repeated again and again throughout the French-dominated Sahel nations in sub-Saharan Africa.

There are distinctions that do not bode well for the new government in Niger. The nation is blessed, or perhaps cursed, by having a significant amount of the remaining natural uranium deposits in the world. As the world warms up, a return to nuclear generated power is seen as inevitable, with obvious implications for the value of the stuff underground in Niger. The raw uranium ore, when separated, filtered and processed is known worldwide as yellowcake.

The corruption so often “talked about in Niger is not about petty bribes by government officials, but about an entire structure—developed during French colonial rule—that prevents Niger from establishing sovereignty over its raw materials and over its development,” according to a recent analysis published by Baltimore’s Real News Network. Three out of four laptops in France are powered by nuclear energy, much of which is derived from uranium mines in Niger effectively controlled by its former colonial overlord.

Niger is also the home of three American drone bases targeting Islamic radicals throughout the region. There are also undeclared Special Forces outposts in the region, whose soldiers receive double pay while on their risky combat assignments. The American official told me that “the 1,500 US troops now in Niger are exactly the number of American troops who were in South Vietnam at the time John F. Kennedy took over the presidency in 1961.”

Most important, and little noted in Western reporting in recent weeks, Niger is directly in the path of the new Trans-Saharan pipeline being constructed to deliver the Nigerian gas to Western Europe. The pipeline’s importance to Europe’s economy was heightened last September by the destruction of the Nord Stream pipelines in the Baltic Sea.

Into this scene came Victoria Nuland, who must have drawn the short straw inside the Biden Administration. She was sent to negotiate with the new regime and to arrange a meeting with the ousted President Bazoum, whose life remains under constant threat from the governing junta. The New York Times reported that she got nowhere after talks she described as “extremely frank and at times quite difficult.” The intelligence official put her remarks to the Times in American military lingo: “Victoria set out to save the Niger uranium owners from the barbaric Russians and got a huge single-finger salute.”

Quieter in recent weeks than Sullivan and Nuland has been Secretary of State Tony Blinken. Where was he? I asked that question of the official, who said that Blinken “has figured out that the United States”—that is, our ally Ukraine—“will not win the war” against Russia. “The word was getting to him through the Agency [CIA] that the Ukrainian offense was not going to work. It was a show by Zelensky and there were some in the administration who believed his bullshit.

“Blinken wanted to broker a peace deal between Russia and Ukraine as Kissinger did in Paris to end the Vietnam war.” Instead, the official said, “it was going to be a big lose and Blinken found himself way over his skis. But he does not want to go down as the court jester.”

It was at this moment of doubt, the official said, that Bill Burns, the CIA director, “made his move to join the sinking ship.” He was referring to Burns’s speech earlier this summer at the annual Ditchley conference near London. He appeared to put aside his earlier doubts about expanding NATO to the east and affirmed his support at least five times for Biden’s program.

“Burns does not lack self-confidence and ambition,” the intelligence official said, especially when Blinken, the ardent war hawk, was suddenly having doubts. Burns served in a prior administration as deputy secretary of state and running the CIA was hardly a just reward.

Burns would not replace a disillusioned Blinken, but only get a token promotion: an appointment to Biden’s cabinet. The cabinet meets no more than once a month and, as recorded by C-SPAN, the meetings tend to be tightly scripted affairs and to begin with the president reading from a prepared text.

Tony Blinken, who publicly vowed just a few months ago that there would be no immediate ceasefire in Ukraine, is still in office and, if asked, would certainly dispute any notion of discontent with Zelensky or the administration’s murderous and failing war policy in Ukraine.

So the White House’s wishful approach to the war, when it comes to realistic talk to the American people, will continue apace. But the end is nearing, even if the assessments supplied by Biden to the public are out of a comic strip.

© 2023 Seymour Hersh

NOTE TO SCHEERPOST READERS: We are happy to be able to run some of Sy Hersh’s pieces from his new Substack venture. Please, if you can, sign up at seymourhersh.substack.com so you can support Sy Hersh’s work and the ability to bring it here on ScheerPost. Thank you!

CIMEIRA DOS BRICS NA ÁFRICA DO SUL - A AGENDA


 No presente, 23 países solicitaram formalmente a sua adesão aos BRICS.

Veja/oiça a avaliação de Ben Norton sobre o significado da cimeira: