Se quiser saber porque uma boa parte da Humanidade considera que os EUA é governado por loucos senis (tanto Trump como Biden), leia o seguinte artigo de Philip Giraldi! https://www.unz.com/pgiraldi/in-america-its-another-week-to-be-proud-of/

sábado, 1 de abril de 2023

Inflação: o imposto oculto

 Não existe ainda uma consciência na generalidade das pessoas, sobre o modo como o Estado obtém o financiamento para as despesas que faz. Teoricamente, ele funcionaria com o dinheiro dos impostos. Mas, é fácil constatar que ele gasta muito mais do que recebe e, ainda por cima, tem despesa que não está inscrita no Orçamento de Estado.

Como é que os Estados se mantêm, muitas vezes com défices orçamentais que se avolumam de ano para ano?

Existem vários mecanismos que levam a um aumento da receita de imposto, sem que isso se torne muito óbvio para a generalidade das pessoas. Assim, se houver um aumento geral dos preços, todos os produtos que têm o imposto de valor acrescentado (IVA) aumentam na mesma proporção. Dirão: mas o valor maior cobrado vai cobrir as maiores despesas do Estado, portanto em termos líquidos, não é propriamente um aumento.

- Certo, só que as despesas do Estado são, numa grande fatia, despesas fixas ou que pouco aumentam: Estou  a referir-me a despesa com ordenados dos funcionários e agentes do Estado, assim como as pensões de reforma e invalidez. Estas despesas deveriam aumentar na devida proporção do aumento do custo de vida, mas tal não acontece nunca. Um funcionário público, ou um pensionista do Estado, terão mais alguns euros no seu ordenado ou pensão, mas de forma nenhuma tais aumentos atingem o valor que corresponderia à inflação.

Além do mais, o índice de inflação não é objetivamente avaliado. Desta forma, o Estado não tem de desembolsar tanto como seria o caso, se a inflação fosse avaliada corretamente. Se o verdadeiro índice de inflação for de 12 % ao ano, o «cozinhado» que fazem com as estatísticas poderá dar um índice (falso) de 8%. Nestas circunstâncias, não apenas o Estado desembolsa menos 4% com ordenados e pensões, como vai buscar mais na receita do IVA. 

Em geral, o Estado, sobretudo quando estiver em défice, cobre as despesas emitindo obrigações do Tesouro,  títulos de dívida que vencem a prazos de 2, 5 ou 10 anos, por exemplo. Nesse intervalo, o Estado vai dar um juro fixo. Se nesse intervalo de tempo houver uma inflação maior do que a taxa de juro fixo, o Estado vai pagar menos (em valor real) pelo empréstimo feito: nominalmente é a mesma coisa mas, tanto o principal da obrigação, como o juro a ela associado, terão menor valor real (menos capacidade aquisitiva). 

Os Estados do Euro, têm sido «premiados» com a compra automática das obrigações que colocam no mercado e que não encontraram comprador,  pois o BCE (Banco Central Europeu) comprometeu-se a comprar todos os títulos do Tesouro dos Estados aderentes ao Euro. Então, os juros foram baixando para estas obrigações, até ao ponto em que Estados muito débeis, em termos financeiros, como Portugal, tinham um juro associado a sua dívida semelhante, ou mesmo inferior, a Estados com melhor situação económica e financeira. Assim, Portugal estava obrigado a pagar juros da dívida no valor (por hipótese) de 3% em média durante um longo período, mas semelhante juro era o de obrigações estatais de países com muito melhor situação global. Era como se os compradores da dívida portuguesa aceitassem adquiri-la, embora o valor real das obrigações fosse muito menor. 

Com efeito, o valor de uma obrigação é tanto maior quanto mais baixo for o seu juro. Isto reflete o cálculo do mercado sobre os riscos que correm os compradores de - ao fim do tempo definido - não receberem pagamento do principal (situação de bancarrota do Estado), ou de haver interrupção temporária no pagamento dos juros, ou outro tipo de incumprimento. Nestas circunstâncias, o apoio sistemático do BCE através da compra de obrigações dos Estados mais débeis, reflete-se a vários níveis: Estes empréstimos têm comprador garantido, com juro mais baixo e com menor despesa nos orçamentos públicos desses Estados (Os juros da dívida pública são obrigatoriamente inscritos no orçamento de Estado).  

Os ordenados e pensões são sistematicamente depreciados: o seu «ajuste» é feito tardiamente, num intervalo que pode ser dum ano; é baseado num índice oficial de inflação fictício; nalguns casos, provoca o aumento no imposto (IRS), por mudança  de escalão, o que anula o pequeno aumento recebido. 

Os grandes capitalistas também aproveitam a inflação em seu favor. Não apenas nos ordenados que têm de pagar; mesmo aumentando-os, estes terão menos valor, em termos relativos. Eles «antecipam» as subidas de preços, colocando a mesma mercadoria, cuja compra foi ao «preço antigo», com preço inflacionado ou aumentando a margem de lucro porque decidem vender a um preço muito maior que a inflação, que eles próprios sofreram no processo de fabrico.  

Em Portugal, o Estado não tem verdadeiros motivos para se preocupar muito com a subida dos preços, até certo ponto. O ponto crítico é a capacidade da população em suportar uma forte descida do seu nível de vida. Esta descida pode significar a caída na pobreza extrema, para alguns, e o empobrecimento relativo para a imensa maioria. Penso que a generalidade das pessoas estaria de acordo que, em Portugal, o bem-estar económico tem diminuído para a grande maioria, desde há alguns anos, sobretudo desde há cerca de ano e meio, com o agravamento da inflação.

Há perdas acentuadas nos pequenos comércios e nos serviços, que são as empresas mais criticamente dependentes da retração brusca da clientela. Muitos têm de abrir falência, outros têm de reduzir pessoal para fazer face ao novo contexto. Esta concentração favorece os grandes grupos, por exemplo os hipermercados, ao eliminar a concorrência do pequeno comércio de bairro.  

Por fim, a injustiça desta taxa, ou imposto oculto, ressalta se verificarmos que as pessoas pobres, ou com rendimentos médios-baixos, têm como principal despesa a alimentação (e outras necessidades quotidianas): A inflação é sempre mais acentuada neste item. Ora, os ricos têm, proporcionalmente às despesas, muito menos impacto, com o aumento dos preços da alimentação:  A alimentação pode representar uns 60% do rendimento, numa família pobre e somente 20% numa família rica. 


Alimentos subiram 20% na UE, num ano.


sexta-feira, 31 de março de 2023

VÓS QUE AQUI ENTRAIS, ABANDONAI TODA A ESPERANÇA!*

           

 Pintura de Boticelli: Inferno segundo Dante

É difícil de se fazer uma síntese do que se está a passar no mundo, hoje. Temos de interligar as crises bancárias, com as de governabilidade e estas, com o surgimento e desagregação de alianças geoestratégicas e militares. Estas crises entrecruzam-se e têm efeitos claros nas sociedades. Há uma crise de valores, um relativismo ético e uma fuga para falsas esperanças.  

Porém, a crise que eu considero mais grave de todas é a de (des-)responsabilização, quer dos indivíduos enquanto cidadãos, quer dos eleitos, enquanto mandatários dos que os elegeram. Na raiz desta crise, está a deslegitimação do «Estado de Direito», que tem sido protagonizada pelos que mais envolvidos estão nos assuntos de Estado e de governo e, portanto, agravam esta deslegitimação, com a sua conduta frívola, ou irresponsável, quando não francamente corrupta.

Portanto, sem fazer moralismo, direi que se trata de uma crise ética. Ética, no sentido de se saber quais os valores que enformam as ações dos indivíduos. Quando uma casta se considera «naturalmente» acima das regras e leis do «vulgo», estamos a assistir a uma deslegitimação  vinda daqueles mesmos que tinham todo o interesse em manter o sistema, em dar-lhe credibilidade. 

Este complexo de causas e consequências, as crises que se somam, se sucedem e potenciam, não podem ser atribuídas aos povos. Porque, a verdade é que as pessoas vivem permanentemente sujeitas a uma propaganda e esta assume todas as características de propaganda de guerra (mesmo antes de haver guerra, propriamente): a propaganda de guerra incide sobre aspetos que causam grande medo e angústia, nos indivíduos às quais se dirige. Causa uma reação de rejeição do «outro», visto como o inimigo, ou como alguém antissocial (assim eram considerados os indivíduos que não se conformaram com a injeção de ARNm dita vacina anti-coronavírus) e chega ao ponto de negar ao «inimigo» a sua humanidade. 

A propaganda não é algo que surge espontaneamente: ela é pensada por equipas interdisciplinares, que preparam e lançam a campanha. 

Com efeito, a empresa de domínio das multidões por uma ínfima minoria, pode passar por ser apenas um aspeto da democracia, poderia ser vista como fazendo parte dos mecanismos de convencimento, de persuasão, que as diversas forças políticas utilizam na  sua luta política. Sem dúvida, este aspeto existe, mas aquilo que prevalece é o que se pode classificar como «convencimento negativo», ou seja, o denegrir a imagem do outro, seja ele candidato presidencial, ao parlamento, ou a outro cargo político. 

As coisas não param aqui, pois as campanhas de enegrecimento da imagem, de diabolização, têm frequentemente atacado os «dadores de alerta» (whistleblowers), aos quais se reconhece, em teoria, o direito de proteção mas, na prática, são   maltratados, quer por autoridades judiciais, quer pelo aparelho político, quer ainda, pela media corporativa.

Como é evidente, a  dita democracia liberal, não funciona nem como democracia (= poder do povo), nem como liberal (= sistema defensor das liberdades). A própria política está cheia de expressões que são usadas para descrever o contrário daquilo que inicialmente queriam dizer, em linguagem comum (a inversão orwelliana do significado). Esta apropriação do vocabulário e sua distorção, tem o efeito de afastar as pessoas íntegras, de entrarem ou de se manterem na pugna política. Pelo contrário, vai permitir que as pessoas menos indicadas para altos cargos de governo, ou lugares-chave dentro da administração, sejam as que vencem. Eu designo este abastardamento, como a «seleção darwiniana ao contrário», isto é, vencem os menos aptos, os menos éticos, os mais oportunistas e os mais arrogantes. 

Não é possível caucionar este sistema com as virtudes que muitos desejariam ver nele. Se os regimes autoritários não satisfazem também as exigências mínimas em relação aos direitos humanos (o que é uma verdade), a evolução dos sistemas ditos de democracia liberal, nestes 30 ou mais anos, mostra que os políticos que tiveram e têm mais influência e poder, têm transformado as realidades políticas e institucionais, sempre no sentido de esvaziar o poder coletivo da cidadania, pondo o indivíduo mais à mercê do arbítrio do Estado todo-poderoso, incluindo o poder judicial, além de terem sido responsáveis por crimes gravíssimos, pelos quais - na imensa maioria - têm impunidade, mesmo relativamente aos que são conhecidos.  

O mais preocupante é que muitas medidas que eles pretendem implementar, são a cópia direta, ou com adaptações, de medidas adotadas por regimes que - eles próprios, políticos no Ocidente - consideram «totalitários». Estão a copiar os mecanismos de vigilância e controlo, instalados pelas autoridades dos países que eles dizem ser autocracias. Veja-se o que foi desenvolvido a pretexto do COVID; as repressões às pessoas resistentes a serem injetadas com «vacina» da ARN, essas  que eles consideravam «merecer» um castigo tão terrível como a demissão compulsiva do emprego.

Se, há quarenta ou mais anos, eu tivesse conhecimento do que são, hoje, a falta de respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades e garantias, assim como o comportamento dos poderosos, a acumulação de dinheiro e de poder, não teria a mínima hesitação em dizer estarmos perante estados totalitários, ou que para lá caminham. 

Como eu, a imensa maioria das pessoas da minha geração, teve esperança num socialismo libertador, emancipador, numa melhoria do exercício da cidadania e no desenvolvimento do bem-estar material para as classes menos favorecidas. Nenhuma destas expetativas se realizou. Mas, ao contrário dos «amnésicos», eu tenho exatamente a noção do que se perdeu. Isso, tem para mim um valor-chave, para o presente e o futuro: Estou a falar da esperança. Sem esperança, não existe ímpeto, quer nos indivíduos, quer nas sociedades, para trabalhar pela melhoria da sua condição. 

(*) Assim, a acusação que eu faço aos que se banqueteiam com o poder, é que: «Sois os guardiães das portas do Inferno. Segundo Dante, as portas eram encimadas pela seguinte inscrição: Vós que aqui entrais, abandonai toda a esperança!»



quarta-feira, 29 de março de 2023

EM FRANÇA, OS OPERÁRIOS PÕEM EM CHEQUE A POLÍTICA DE MACRON

 https://www.zerohedge.com/markets/strikes-cripple-frances-fuel-supply



As estações de serviço estão a ficar sem gasolina, após 4 semanas de greves e de paralisação das refinarias. Além das operações das refinadoras, as greves também impediram as importações de LNG (liquid natural gas) pois os terminais de importação foram encerrados.

Comentário:

A força e tenacidade dos protestos operários, mostra que a «França de baixo» tem um «raz-le-bol», uma saturação, de aturar a elite corrupta que governa o país, em exclusivo no interesse dos grandes grupos, desprezando não apenas os sentimentos, como as próprias leis, que são a base da República. 

As paralisações têm como resultado prático a impossibilidade de vários milhões de franceses irem para férias de Páscoa. Como estão fartos do governo, isto não significa que ficarão maioritariamente contra os grevistas, mas que se vão zangar ainda mais contra Macron e o seu governo. 

Este tem reprimido as manifestações e tem inserido elementos provocadores (polícias disfarçados) para «justificar» a repressão. Mas, esta tática não resulta, porque os franceses já têm muita experiência, não se deixam enganar. 

A media tem o seu papel de servente do poder, ao apresentar sob o pior aspeto e deformando a realidade, o que se está a passar. 

Esta  explosão de raiva não foi preparada nem por partidos, nem por sindicatos e deve ter também surpreendido o governo. Mas, os «de baixo» têm vivido nos últimos anos uma constante descida do seu nível de vida. A subida da idade da reforma é, na realidade, a «gota que fez transbordar o vaso».  

PARLAMENTO EUROPEU - CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE

 Corruptos Eurodeputados Votando Para Proteger Outros Eurodeputados e Suas Corrupções:

A reputação do Parlamento Europeu e da própria União Europeia é a última das preocupações dos deputados europeus. 

Leia o artigo de Martin Jay e perceba porque esta cadeia contínua de escândalos, protecionismo, favoritismo, corrupção e total desvergonha, raramente toca a média dos diversos países que compõem a União. 

São biliões de euros que fluem dos contribuintes dos países da UE. A manutenção desta máquina de corromper serve os interesses dos negócios e das grandes fortunas. 

No parlamento europeu, quem não é pessoalmente corrompido, encobre os do mesmo grupo que o são.  Quem pensa que existe «pinga» de democracia neste órgão, abra os olhos e desengane-se de vez! 

Bent MEPs Vote to Protect Bent MEPs and Their Graft. What Is the Point of the European Parliament?

The beating heart of the EU institutions is greed and self-gratification either by hook or by crook, Martin Jay writes.

Just how important would you say the European Parliament is, both on a local (European) level and internationally? In a pro-European Belgian newspaper in around 2001 I remember reading the results of a survey of Europeans with over 70 percent agreeing that the institution was an important body, while almost 80 percent admitting they didn’t really know what it did.

The European Parliament’s role often comes into question both by the staunch supporters of the EU and those who have lost faith in the EU as a whole. Recently, it was interesting to see MoroccoGate of QatarGate take up a lot of EU media oxygen as a bribery scandal rocked the very foundations of the parliament forcing its president to act quickly and suspend the MEPs who were milking their positions and the EU for everything they could get. Notably, these MEPs were all fiercely pro-EU, at least in theory glancing at their political stripes (socialists) but in reality you could easily argue that they had no belief in the project as a whole, given that they were happy to piss in its soup.

What emerged not only from the parliament but from the EU as a whole were warnings that such scandals can bring the entire EU project to its knees and that corruption on all levels needs to be tackled head on. But, just as Neil Kinnock in 1999 was brought in as Vice President to supposedly clean up graft, does it mean that in reality, just like Kinnock’s role, the new initiative will be to cover it up better? Kinnock’s legacy as Vice President was to draw up new internal EU roles, which the bulk of the British pro EU press genuinely believed was about preserving the sanctity of the EU. In reality, his first few years were dealt with him dealing with whistleblowers – which largely meant having briefings with journalists where he defamed them and claimed they were mentally unwell. I should know. I was at one of those briefings in his huge Brussels office. He soon drew up new rules which practically made it impossible for whistleblowers to expose corruption and keep their jobs and their rights. Kinnock himself – and his family who all had EU jobs – returned to the UK after almost a decade of riding the EU gravy train at least 6 million quid in assets and cash which the now defunct News of the World wanted to claim was in reality closer to 10m pounds using friends and family to purchase properties on his behalf, before, that is, he threatened to sue them hours before publication.

Corruption is really the very heart of what the EU is about. The beating heart of the EU institutions is greed and self-gratification either by hook or by crook. And with almost no real accountability, looking beyond the phalanx of fake watchdogs or graft investigation authorities, it’s hardly surprising that socialist MEPs – who belonged to the same pan-EU group in the European parliament as the Kinnocks – would be found with millions of euros of cash stuffed in suitcases under their beds in their Brussels’ apartments like Kaili and Panzeri.


Ex-Vice-Presidente do parlamento europeu, a socialista grega Eva Kaili, foi destituída após o escândalo de corrupção a favor de Marrocos. 

But now we are led to believe that the European parliament itself is doing something about this bribery scandal, preventing another one from happening. Some leading MEPs, apparently, believe it would have never happened if Panzeri was not allowed to act as a lobbyist when he lost his MEP seat and continued to work in the parliament in the murky world of consultancy.

Remarkably, this is the focus of attention. We should remember of course that the phoney democracy that the EU is, produced a parliament a couple of years after the entire grandiose project launched. It is only at best a rubber-stamping body which was mainly created to give the EU some credibility as something vaguely democratic. If that were the case, of course, the MEPs would be allowed actually to propose new EU laws. Given that this is beyond their reach, we could at least assume that this institution is merely window dressing at best.

And within this mindset, it is hardly surprising that such scandals which involve bribing MEPs to gain influence or, in the case of Morocco and Qatar, whitewash their appalling human rights records, exist in the first place. I would argue that the latest scandal probably only scratches the surface and that a lot more of this ‘pay-as-you-go’ bribery for influence is happening and that the europress, whenever they stumble across it, feel it their duty – as also part of the corruption – to cover it up. Journalists in Brussels are pro-establishment and actually believe that they are self-harming if they actually do any erudite reporting of the dark side of the EU.

The real story here is that the MEPs themselves – even the ones who are not taking bribes – have known about this murky world and are not remotely interested in cleaning it up, which makes their recent acerbic tutelage which they delivered to the Moroccans about their human rights record and their banged-up journalists preposterous, if not hilarious.

MEPs think about themselves and their careers first, their political party second, their own country third and the EU’s sanctity last, if at all. When they recently suggested that the rules about MEPs becoming lobbyists when they leave office needed amending what they were really doing is thinking about themselves and how hard it would be to keep the payments up, not to mention cash flowing to keep their mistresses in the life they aren’t accustomed – and so came up with this plan which still allowed them to suck the milk from the EU teat while pretending that they cared about sleaze. Six-months break? Are they having a laugh? If they were serious then they would propose an entire five-year gap but this of course would make them very unpopular with their older bosses who are eying a key, high-paying appointment with Weber Shandwhick or Hill and Knowlton or any of the other sleaze operations which represent the interests of shareholders of the largest and most powerful corporations in the world. Fuck the EU.

ESTUDO MOSTRA CUSTOS HUMANO E ECONÓMICO DAS VACINAS ANTI-COVID

 



https://www.zerohedge.com/markets/bombshell-vax-analysis-finds-147-billion-economic-damage-tens-millions-injured-or-disabled

Um estudo para os EUA, dos custos humanos e económicos das vacinações anti-COVID deu os seguintes resultados:

🚨🚨Estimated 2022 US Vaccine Damage Report: Estimated Human Cost: ✅26.6 million Injuries ✅1.36 million Disabilities ✅300k excess deaths Estimated Economic Cost: Total: $147.8 Billion ✅Injuries: $89.9 billion ✅Disabilities: $52.2 billion ✅Excess Deaths: $5.6 Billion

Note que estes resultados apenas abrangem um ano (2022) e que ao longo do tempo, casos da categoria menos grave, podem evoluir para a categoria mais grave e desta para a morte. 

Injuries (efeitos secundários ligeiros) 26,6 milhões; Disabilities (efeitos permanentes)  1,36 milhões; Mortes (300 000). 

Ver o artigo para uma análise detalhada.  

Se extrapolarmos estes resultados para o mundo inteiro, estamos perante uma hecatombe. 

PS1: Nos EUA, depois dos abortos espontâneos e das mortes fetais constatadas, continuam a campanha de vacinação de grávidas!! Leia AQUI.

terça-feira, 28 de março de 2023

EU VIVO NO PARADOXO

 Se dizes que o mundo é feito à nossa medida, não estarás a dizer que tu és feito à medida desse mundo? 

Não estarás a dizer que o mundo que vês com teus olhos, É O MUNDO QUE TUA MENTE aprendeu  a ver?

Se distingues o ser do não ser isso significa, afinal, que és capaz de dar uma lei ou leis dos seres? 

Nunca pensaste que as ideias que se formam no teu cérebro são tributárias das ideias que flutuam por aí?

O que tem a tua pessoa de excecional, de único? Se todos somos únicos, que sentido tem essa expressão?

Somos todos iguais... Sim, se esta construção pretende ser um abreviado de «termos todos os mesmos órgãos, que funcionam de modo muito semelhante em todos os organismos, desempenham as mesmas funções, etc.?»

Não somos iguais nem únicos, somos iguais e únicos. Mas estas afirmações são simultaneamente verdadeiras:  o problema estará na linearidade do discurso, da forma simplista de traduzir realidades complexas em uma sucessão de sons ou de carateres, o que é sempre uma paupérrima tradução do real.

Se o que te preocupa é a verdade, a autenticidade, a coerência... então instaura regras de bom-senso, válidas para ti, no teu quotidiano. Podem parecer rituais superficialmente, mas são diferentes na medida em que um ritual religioso é algo em que nunca se mexe, é sempre o mesmo na forma e no conteúdo. Enquanto uma regra ditada pelo bom-senso, é sempre modificável, na medida em que uma experiência venha apontar uma incoerência em relação ao fim em vista: levar a cabo uma vida equilibrada e feliz.

Contento-me com uma religião da natureza, onde cabem elementos de todas as religiões, onde cabem também elementos de todas as ciências. Assim, traduzo no tempo presente, aquilo que parecia evidente a São Tomás de Aquino e seus contemporâneos.  

Mas, dentro de mim, não existe qualquer certeza, não existe uma «lei» que diga: Faz isto, não faças aquilo, etc. 

Alguém diz-me, «no fundo tu tens algumas certezas, só que as omites a ti próprio» Ao que respondo, «sim, terei algumas certezas das quais eu próprio não tenho consciência, talvez tornadas inconscientes pela própria mente, ou  que não é possível formular devido aos limites da palavra. Em qualquer dos casos, e como todos os homens, terei de estar no tempo presente, na minha vida concreta; não posso estar sempre ou quase, a fazer introspeção. Tenho de admitir o erro, a contradição e a parte obscura na minha mente.»

  Outros dirão: «precisas de certezas, sem elas vais à deriva, ficas paralisado, podes até cometer crimes ou disparates enormes». Para esses, direi: "se a tua lei interna é tributária da lei externa, podes parecer um cidadão exemplar, ou um crente de uma dada religião, ou um cientista integral, etc. Mas, isso tudo são "capas". Se o teu universozinho se desmorona, tu não saberás como te conduzir. Não há bússola, não há credo, não há manual de instruções, nem receita: terás de ser tu próprio, quer gostes ou não. As grandes transformações na vida das sociedades, fazem vir ao de cima o que há de melhor e de pior, em cada um."

De facto, é impossível sair completamente da subjetividade da língua, quando se passa da linguagem matemática, para outro meio. Mesmo o discurso científico mais rigoroso, é um discurso e como tal, sujeito a interpretação. «O que é que o autor quis dizer com esta frase»? É frequente nos depararmos com esta interrogação, enquanto lemos um texto científico, uma comunicação, um tratado, etc.

Sem cair no subjetivismo, podemos nos guiar por uma certa dose de bom senso, de piloto automático, de empirismo. Sempre fazemos isso, quer estejamos conscientes desse facto, ou não. Mas, a vida seria impossível ou tornada tão complicada, que seria um inferno, caso nós estivéssemos sempre colocando dúvidas metodológicas. Isto não implica, de modo nenhum, que não seja necessário colocar estas tais dúvidas metodológicas, num ou noutro momento da nossa busca, da nossa pesquisa.

Porém, «não somos animais racionais, mas racionalizadores» (Robert A. Heinlein): quer dizer que nos julgamos racionais, mas agimos com frequência impulsionados por paixões, por  preconceitos, etc. 

O animal racional, não é sequer desejável. É absurdo, na medida em que se crê igual ou superior a Deus-Natureza. O animal, simplesmente animal, não tem este tipo de confusões. Tais confusões seriam letais para ele, impeditivas da sua sobrevivência e de prosperar o suficiente para deixar descendência (segundo o modelo de evolução darwiniana, ou outro). Os reflexos, as cadeias de ações estereotipadas, etc. são comportamentos tão selecionados e herdados, como as características físicas dos animais. 

Nós - humanos - não somos destituídos de reflexos, mas somos tributários de uma longa aprendizagem, que tem como principal objetivo, não confessado na maior parte dos casos, fazer com que entremos dentro da norma do grupo.

Lamento que as pessoas de hoje não tenham quase nunca um treino em filosofia, não a soma de clichés e de livros de texto, que fazem as vezes de conteúdo dos programas de filosofia, do ensino secundário à universidade. Apenas reforçam preconceitos, de tal maneira, que é mais difícil promover o filosofar em alguém que «tem luzes» (ou seja, que as julga ter!) , do que nalguém que esteja completamente em branco neste domínio. 

Sim, vou ao ponto de ser apologista da ignorância, em vez do atafulhar as mentes jovens com falsos conceitos, falsas certezas, e com visões acríticas e dogmáticas das ciências. É um processo de reprodução do erro, não um processo pedagógico; este último seria algo como encaminhar o aluno a ir - por si só - descobrir os conceitos-chave. 

Primeiro, é preciso perceber o que se deseja; se é a conformidade à norma, ou se é a emancipação, a capacidade de autonomia em todos os domínios, da vida prática aos saberes (incluindo os saberes teóricos, claro). A escola de «massas», do século XIX, XX e XXI é um doutrinamento das «massas».

 Quanto a mim é inútil quase tudo o que «se aprende» em situações de educação formal. Há necessidade de destruir o edifício da educação estatal ou para- estatal, visto que os programas, etc. continuam a ser obrigatoriamente os que o Estado impõe.

A ilusão é contínua, ao se hierarquizar as diversas etapas, do «primário» ao «superior»: uma escala de graduações em que supostamente o aprendiz é cada vez mais apto, até chegar ao topo. Uma perfeita escala hierárquica, conducente a que se veja a vida em sociedade assim mesmo. Há os mais «evoluídos» e os «menos», os que atingiram um grau «mais elevado» que outros, etc.  

A academia e as instituições de ciência (institutos, laboratórios, etc.) estão apenas interessadas em subsistir e prosperar para elas próprias; «sabem» que só o poderão fazer, satisfazendo as exigências do poder, não os «cidadãos em geral», não «os desafios que se colocam ao conhecimento», etc... É preciso distinguir a realidade, dos «floreados» que despejam sobre nós.

O paradoxo é que apenas nós próprios podemos estudar o pensamento de filósofos, sábios, cientistas, prosadores, poetas, etc. usando a nossa curiosidade, buscando quais foram as respostas que eles deram ou esboçaram, etc.. Mas isto tudo, em simultâneo com o desenvolvimento de uma metodologia própria, ancorada na observação do real, não numa tradição, seja ela qual for. Pode-se recorrer a  várias tradições, mas no sentido de extrair delas aquilo que nós consideramos interessante. Isso chama-se apropriação do saber e é completamente diferente do «engolir e regurgitar» que nos impingem como «o saber».


Gosto de contar a história verdadeira de um Jardineiro do Jardim Botânico, da Faculdade de Ciências de Lisboa, que acompanhava as saídas de estudo em Ecologia Vegetal: ele sabia muito mais da identificação das espécies do que os assistentes da faculdade, que acompanhavam os alunos. Era de tal maneira, que eles - assistentes e alunos - iam perguntar-lhe se conseguia identificar uma espécie que  eles tinham dificuldade em identificar. Este jardineiro era modesto, sabia muito, mas não se «armava» por isso. Tinha muito mais prática que qualquer um de nós: sabia distinguir as características das várias espécies de plantas. Fiquei com uma grande lição para toda a vida: vê-lo atuar, em harmonia com os docentes!

OS REGULAMENTOS DOS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E A PSEUDO DEFESA DO AMBIENTE


 Neste documentário, pode ver como as regulamentações são absurdas e não têm as virtudes que proclamam certos (ditos) "defensores do ambiente".