domingo, 27 de novembro de 2022

DÍVIDA PÚBLICA DE PORTUGAL, ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS

 

Dívida Pública Portuguesa
Crescimento em espiral desde há 20 anos 
Valor da dívida pública em 27/11/2022:
                       309 171 508 215 € 


Juros da dívida, por ano 
 9 045 028 729€ 
                        por segundo 287€ 
Dívida pública por cidadão 29 802€ 
Dívida em % percentagem do PIB 154.73%
PIB de Portugal 199 809 976 417€ 
População de Portugal 10 374 289


COMENTÁRIO

A dívida pública portuguesa é monstruosa face às capacidades produtivas do país, isto é, a dívida é essencialmente incobrável. No mesmo plano, na Eurozona, estão a Grécia, a Espanha e a Itália. Não nos equivoquemos: O desenho do euro foi, desde o início, destinado a manter sob domínio alemão os países do Sul da Europa e permitiu 20 anos de superavit da economia alemã, enquanto as economias mais frágeis da Europa ou estavam em  recessão, ou mantinham o seu PIB ligeiramente positivo, devido a manipulações das estatísticas. 
Assim, agora que o Euro está «na agonia», as economias dos países mais fracos do euro vão ter de pagar a fatura, com aquilo que tiverem. Vai ser um fartote de privatização das últimas empresas públicas, isto é, sua venda ao desbarato, como modo de diminuir o enorme défice, que se foi avolumando nestes 20 e poucos anos de existência do Euro. 
Mas, a espiral descendente vai continuar, pois as pessoas vão ficar cada vez mais pobres, pelo que não poderá haver consumo suficiente para arrancar o país da estagnação económica, por mais sacrifícios que a população seja obrigada a fazer.
Os políticos e os barões da finança portuguesa sabem isto muito melhor que nós; têm mantido o rumo catastrófico da economia; são eles os beneficiários desta enorme burla (conjuntamente com seus congéneres da UE).
É para mim inacreditável que o povo continue a votar neles (os políticos em causa) e a confiar-lhes as suas parcas poupanças (os banqueiros ladrões)! 

sábado, 26 de novembro de 2022

TRAGÉDIA DECORRENTE DE LOCKDOWN PROLONGADO EM URUMQI CAPITAL DO XINQUIANG


https://www.voanews.com/a/china-s-economy-contracts-sharply-in-april-on-lockdowns-/6579122.html

A economia chinesa já se tinha contraído de modo significativo com os lockdown de Xangai e de Pequim e de muitas outras cidades industriais e portuárias. Agora, na nova vaga de confinamentos, surgem situações trágicas como o incêndio, relatado na notícia abaixo, que desencadeiam protestos.
https://www.zerohedge.com/covid-19/covid-lockdown-protests-erupt-beijing-xinjiang-after-deadly-fire

Em Urumqi, estima-se que cerca de 4 milhões de habitantes têm estado sob «lockdown» (confinamento), um dos mais longos do país, impossibilitados de abandonar as casas por períodos até 100 dias. Nesta cidade, houve ontem um incêndio num prédio de 10 andares. As portas de entrada do edifício estavam seladas, o que atrasou a intervenção dos bombeiros. Teme-se que mais de uma dezena de pessoas pereceram no incêndio. Esta tragédia desencadeou uma manifestação espontânea, em que se ouvia «Somos seres humanos», «Acabem com os lockdown». Algumas estrofes do hino nacional chinês eram cantadas pelos manifestantes e também eram agitadas bandeiras da Rep. Popular da China, assinalando que eles não estavam contra a China, nem contra o seu sistema político, mas contra a burocracia e a política «zero covid», que se abateu sobre eles.

Em Pequim, também houve manifestações face a um renovo dos «lockdown». Em breve se saberá mais detalhes do que se passou na capital e nas províncias.

Confirma-se a minha compreensão de que os lockdown não se destinam a controlo sanitário, mas, na realidade, são medidas de controlo político das populações, por forma a que a burocracia do partido consiga controlar as massas em situações de grandes dificuldades económicas.

Com efeito, a economia da China estava centrada nas exportações e grande parte destas para países desenvolvidos, da Europa e América do Norte, que agora entraram numa profunda crise. Logo, tem de haver uma brusca redução das exportações chinesas para esses destinos, mesmo que não existam bloqueios ou sanções. A economia chinesa não conseguiu ainda adaptar-se a um contexto mais centrado no próprio país, de satisfazer mais o mercado interno, de exportar mais para países que não sejam do «Ocidente».
Penso que a política de «zero-COVID» tem sido um expediente para um controlo social acrescido, perante as possíveis perturbações decorrentes de desemprego, falta de certos produtos, de dificuldades alimentares em certa zonas do país, etc.
Esperemos que as autoridades chinesas tenham flexibilidade para diluírem as medidas draconianas, em face destes resultados desastrosos.

ATUALIZAÇÃO 1:

Insurreição operária na FOXCOMM (fabrica os smartphones para a Apple) a 22-23 de Novembro

ATUALIZAÇÃO 2:




Os protestos em Pequim incluem os estudantes da universidade de Tsinghua, uma das mais célebres instituições universitárias da China. Houve também protestos em Wuhan e Xangai. No site de «Zerohedge» podes ver a notícia contendo um vídeo da manifestação dos estudantes, em Pequim (univ. de Tsinghua) em 27 de Nov. 

Atualização 3: Uma flexibilização das medidas contra o COVID e a constatação de que a economia sofreu pesadamente com a política de «Covidd Zero»:  

O MAGNUM MISTERIUM - JOÃO RODRIGUES ESTEVES

                              

Diria que o magno mistério (parafraseando o título da obra) na música portuguesa, é como esta ascendeu a uma tão alta qualidade desde princípios do século XVI (pelo menos), tanto na música vocal como instrumental. Ainda mais surpreendente, é a produção musical portuguesa ter depressa retomado a posição notável, logo após a longa "extinção" durante os Reinados dos Filipes. Embora o Reino de Portugal fosse considerado como uma entidade independente formalmente, as artes em geral, ao longo dos 60 anos de união forçada com a coroa de Espanha, sofreram um nítido apagamento.
O renovo da arte musical, após a Restauração (1º de Dezembro de 1640), implica que tenha sido conservada a excelente tradição do período anterior à perda da independência. Terá sido isso que permitiu a reconstituição do esplendor musical, logo após a Restauração,  sobretudo na música sacra. 
Este «2º renascimento» musical é impulsionado pelo próprio rei-músico D. João IV que encabeça a revolta contra Filipe IV de Espanha (em 1640). A Restauração foi seguida por longo período de guerras. Por fim, foi  assinado um tratado que reconhecia a independência do reino de Portugal (1668). A paz entre os dois reinos, no século XVIII, foi consolidada com o casamento da infanta Maria Bárbara de Portugal, com o Príncipe Herdeiro de Espanha, Fernando VI.
Na mesma época, o compositor Carlos Seixas é organista da Capela Real portuguesa. Domenico Scarlatti, compositor de renome e mestre da Infanta Maria Bárbara, segue para a corte em Madrid em 1733, com o cargo de maestro de música ao serviço da Rainha.
Foi João Rodrigues Esteves um dos jovens músicos que D. João V enviou para Roma. Aí, foi aluno do compositor Giuseppe Ottavio Pitoni
«O Magnum Mysterium» é um belíssimo responsório de Natal. Revela grande talento na condução da polifonia. As vozes equilibradas conferem uma sensação de envolvimento, de adoração mística, que ainda hoje tem grande efeito nos auditores.
Quem cantava estes Responsórios, eram sobretudo monges nos conventos. Para eles e para a sociedade desse tempo, o Natal era símbolo da vinda do Cristo Redentor.

Abaixo reproduzo um texto que está junto com o disco: 
 
João Rodrigues Esteves fue un compositor portugués del siglo XVIII y un profesional clave de la composición latina sagrada cuyas obras supervivientes suman alrededor de 100. Todos sus manuscritos se encuentran en las bibliotecas portuguesas, la mayoría de ellas en el archivo de la Catedral de Lisboa. Todo lo que se sabe acerca de Esteves se encuentra en las notas al margen de estos manuscritos, la primera mención de él data de 1719, cuando fue enviado a Roma bajo los auspicios del rey João V para estudiar con el compositor Giuseppe Ottavio Pitoni. Estaba de nuevo en Portugal allá por 1726, pero no fue hasta 1729 que se instaló como maestro de música en la Basílica de Santa María, una capilla adjunta al cuerpo principal de la Catedral de Lisboa. Algunos manuscritos fueron por Esteves desde Roma a Lisboa, y otros se encuentran en Evora y en el palacio ducal de Vila Viçosa.

Después de Domenico Scarlatti y Seixas Carlos Esteves fue el compositor más importante de Portugal en la primera mitad del siglo XVIII. Aprendió con Pitoni y su música de Iglesia latina fácilmente iguala o excede la calidad de la obra conocida por su profesor. Aunque en obras posteriores, parece que Esteves comenzó a ceder ante la presión de las necesidades de virtuosismo y la popularidad de la escritura vocal operística. Para la gran mayoría de su producción Esteves se aferró fuertemente al stilo antiguo, tal y como se practicaba en el siglo anterior al suyo. Entre las composiciones más notables de Esteves están un Miserere en 12 voces, ocho responsorios para la temporada de Navidad en ocho voces y violín, y un tratado sobre la realización continuo, Regras de acompanhar (1719), su única obra puramente instrumental.

-Aunque parece que el trabajo Esteves logró sobrevivir al terremoto catastrófico, el fuego, y el tsunami que se cobró 30.000 y 60.000 vidas y en Lisboa el 1 de noviembre de 1755, parece que el propio compositor no podría tenerlos, ya que no hay mención después de 1751 en todos los manuscritos conocidos o registros públicos. 
Obra extraída del álbum: JOÃO RODRIGUES ESTEVES. Mestre de capela Basilica de Santa Maria Lisbon 1729-1751 Mass for 8 voices, Christmas Responsories, Pinguis et panis . 
Interpretan: CHRIST CHURCH CATHEDRAL CHOIR OXFORD. Dirige: Stephen Darlington. Nimbus Records.

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Oiça também o Magnificat composto por João Rodrigues Esteves AQUI

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

HUMOR NATALÍCIO

          «O CÃO COMEU OS CRIPTOs!!»

                                                     HUMOR DE WILLIAM BANZAI


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Simbólica da época em que se vive, esta colagem humorística de William Banzai.

Num registo não humorístico, deixo-vos esta reflexão sobre aquilo que os poderes que nos governam têm estado a fazer e o que se preparam para pôr no nosso sapatinho de Natal (sem nós lhes termos pedido nada!)



                        O CULTO DA MORTE

A morte é o culto que se perfila, por detrás das horrendas formas de matar que os globalistas, os oligarcas do mundo, encontraram para nos liquidar: 

- (1º) o vírus dito de Wuhan, mas talvez vindo de laboratórios americanos... um vírus com assinatura de ter resultado de manipulação em laboratório, dizem cientistas da área. 

- (2º) Depois, a construção da «vacina» que não só não previne a transmissão do vírus, como aumenta a fragilidade do sistema imunitário, sendo a causa direta (talvez devido ao grafeno que contém) de muitas mais mortes súbitas e danos permanentes, que o próprio vírus, que era suposto combater.

- (3º) Desde há uns anos, vem a charada do clima, que serve como pretexto para neste Inverno matar de frio e de fome, pessoas que não morreram do COVID, ou da «vacina» do COVID...

- (4º) Mas, a forma "clássica" de fazer diminuir a população também é usada: A guerra e as suas centenas de milhares de mortes. Mortes em crescendo, pois eles querem que a guerra continue, até ao último ucraniano! Depois desta guerra, já têm na forja outras guerras, com o potencial de se tornarem nucleares

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

POLITIZAÇÃO DA CIÊNCIA DO CLIMA & COP27

 Ao lermos sobre o resultado da COP27, nomeadamente a criação de um fundo de reparação/compensação do clima podemos ficar embevecidos com tanta «generosidade» dos países ricos e dominantes mundialmente. Estes fundos vão - na verdade - servir o mesmo fim que as famosas taxas carbono, criadas e desenvolvidas para refazer a liquidez dos grandes bancos «sistémicos», numa etapa da mercantilização dos assuntos do clima. Temos agora mais este mecanismo, inventado sobretudo para satisfazer o sentimento de «do gooder» (bonzinho) dos «ativistas climáticos» e dos seus sponsors da oligarquia ocidental. 

A ciência do clima foi completamente afundada na onda de demagogia que se acelerou, sobretudo após o ano 2000. Este transformar da climatologia numa questão política, é impulsionado pela ONU, com o seu «painel intergovernamental para o clima», logo uma estrutura política. Assim, se proporcionava o nascimento dum capitalismo «verde», destinado a fazer  «reconversão industrial» ou, a pomposamente chamada «4ª Revolução Industrial», por Klaus Schwab e seus epígonos. 

Aquilo a que assistimos é ainda mais triste que a história do «COVID-19». Aliás, tanto a narrativa do covid, como das alterações climáticas, fazem parte integrante do cenário de controlo globalista, com organizações que deveriam estar fora e acima da política, como a OMS, transformadas em veículos de fundações de multimilionários (ex. Bill Gates), ou de grandes farmacêuticas (Glaxo, Pfizer, ICI, etc). Sabemos que «quem paga, manda», ora estes interesses privados multimilionários são doadores da maioria dos fundos para o funcionamento da OMS, apesar de esta ser teoricamente uma estrutura intergovernamental (os estados membros contribuem com sua quota).

O lado negro das chamadas conferências climáticas é que o mundo está sendo encerrado dentro de uma redoma de «leis» que são totalmente alheias às vontades e às necessidades dos povos. Tem estado a ser criada, paulatinamente, uma estrutura financeira que não está subordinada a qualquer Estado em particular. Esta estrutura financeira global é - afinal de contas - controlada pelos grandes empórios financeiros e bancários. São eles que controlam o fluxo de dinheiro internacional. São eles que subtilmente vão canalizar fundos para este ou aquele projeto. 

Não pensem que existe um input significativo dos povos, ou mesmo dos seus governos, nesses projetos onde são utilizados fundos obtidos através das «taxas carbono» ou, agora do «fundo climático de compensação». Os que estão nas instâncias «técnicas», são um exército de burocratas (não são eleitos), em cargos do FMI, OMS, Banco Mundial, ou OCDE, são eles que controlam a atribuição de créditos a projetos nos vários países. A banca «sistémica», além da sua intervenção direta neste processo, tem um outro grande incentivo, visto que estas somas colossais vão parar aos seus cofres, vão circular nos mercados financeiros e  contribuem muito para o seu funcionamento. Com efeito, segundo o sistema bancário de reserva fracionária, os bancos não têm obrigação de cobertura a 100 % dos empréstimos que fizerem. Os graus de cobertura são variáveis, mas chegam a ser apenas de 10%. Isto significa que um banco está sempre a emprestar dinheiro, que não é dele próprio.  Quanto maiores forem os ativos presentes nas contas de balanço dum banco (não importa que uma grande parte seja dos clientes e não deles), mais poderá emprestar a juros e maior será o seu lucro. 

A coberto da «virtuosa» compensação «climática», estão a desviar-se colossais somas dos Estados, pondo-as nas mãos da finança internacional, ou seja, da oligarquia global dos banqueiros. Assim, as prioridades de investimento já não serão determinadas pelos Estados nacionais, onde os cidadãos poderiam - teoricamente - ter a sua palavra a dizer. Agora, os mais importantes investimentos, sobretudo em países pobres, serão feitos e dirigidos diretamente por uma burocracia internacional, sob forma de «joint ventures» e de «parcerias público-privadas», segundo o querer dos multimilionários que controlam as organizações supracitadas.  


            https://www.meer.com/en/66417-child-labour-and-child-slavery[José Ramos Horta]

Quanto à montra mediática das «COP», sua não eficácia não é resultante de ignorância: É devido ao facto de estarem muito mais polarizadas em torno do «business», tais como os painéis solares e as eólicas. No estádio em que se encontram estas tecnologias, elas são, sobretudo, mais duas fontes de poluição, pois as matérias-primas de que são feitas, são extraídas à custa de trabalho escravo infantil e com graves prejuízos ecológicos, nos países do Terceiro Mundo. Mas, isto passa-se longe da vista dos sensíveis ecologistas de pacotilha. Além disso, as eólicas e painéis fotovoltaicos que deixaram de estar funcionais, são depositados em «cemitérios», ou seja, não há reciclagem dos materiais porque, dados os custos associados à extração das matérias-primas neles encerradas, não seriam operações rentáveis!

                              Foto: «Cemitério» de palas de eólicas

Assim vai o Mundo! Dai-vos ao trabalho de ir procurar boas fontes de informação e não confiai nas «notícias» nas diversas media. 

Apenas assim, teremos um recuo para ver as questões num tempo longo: O da vida humana, o das civilizações e o dos ciclos naturais.


terça-feira, 22 de novembro de 2022

ARQUEOBACTÉRIAS, PRECURSORES DOS EUCARIOTAS (E DE NÓS)?


 Segundo os dados mais recentes, poderíamos ser  herdeiros em linha direta das arqueobactérias! 

Carl Woese e a sua equipa, associados a muitos outros laboratórios, emitiram, nos finais dos anos 1980, uma «árvore filogenética da vida» que resultou da sequenciação de partes dos genes ribossomais de seres vivos presentes nos diferentes grupos taxonómicos. Os ribossomas são estruturas essenciais a todos os seres celulares, são a «fábrica de montagem» das proteínas. As divergências nessas sequências ribossomais, resultavam de modificações (estáveis) ao longo dos (muitos) milhões de anos de evolução biológica. Esta «árvore de vida» estava de acordo com a visão tradicional das relações filogenéticas entre espécies, nalguns casos mas, noutros, entrava em flagrante contradição com a visão predominante na altura.
As arqueobactérias foram reconhecidas como grupo distinto das restantes (eubactérias), com base na divergência das sequências dos seus genes, mas também lhes foram associados aspetos ecológicos (uma larga parte das arqueobactérias eram provenientes de ambientes extremos, ou seja, que não tinham condições de sobrevivência e multiplicação para eubactérias ou eucariotas), bioquímicos e fisiológicos (usavam, como modo de produção de energia, vias diferentes das usadas pelas  eubactérias), ou ainda estruturais (os lípidos de membrana eram significativamente diferentes dos equivalentes noutros ramos da árvore da vida).
O vídeo diz-nos em que consistem os indícios moleculares que nos aproximam (e a todos os eucariotas) às arqueobactérias.

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PS1: Outro magnífico documentário, centrado nos diplomonades (arqueozoa) dá-nos uma ideia de como terá sido complexo o caminho evolutivo para o aparecimento dos primeiros eucariotas. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

POR QUE RAZÃO A MEDIA CORPORATIVA OMITE ISTO?

UMA NOVA MOEDA DE RESERVA MUNDIAL ESTÁ NA FORJA

NO OCIDENTE, AS PESSOAS CONTINUAM A SER ENGANADAS 



O grande público tem sido condicionado a não investir em ouro ou prata. Apesar de o ouro e a prata, metais preciosos, serem desde tempos imemoriais escolhidos como «metais monetários» (incorporados em moedas). Para os «fazedores de opinião», todos eles alinhados com interesses que não revelam, estes não seriam senão «uma curiosidade» ou algo apenas para os «muito ricos»*.

No Ocidente, em particular, os investidores têm sido «treinados» a desprezar os referidos itens, com o pretexto de que «não produzem rendimento», o que aliás é falso. Os bancos centrais (sobretudo, mas não apenas) fazem leasing de ouro, desde há muito tempo: o leasing permite-lhes obter rendimento para cobrir as despesas de armazenamento e segurança associadas. Os gestores de portefólios costumam dizer aos clientes que seria prudente possuírem cerca de 10% (o número exato varia) de seus ativos em metais preciosos, supostamente para funcionar como «seguro». No fundo, eles - especialistas em precipitar os seus clientes ingénuos para o mercado de ações - querem guardar uma imagem «impoluta», mas também sabem de que o mais provável é os clientes terem perdas significativas.  Em contas dos bancos e sociedades de investimento o ouro desempenha um papel de caução, para os gestores financeiros: Para tomar o ouro dos clientes que tiveram «azar» no jogo da bolsa.
Mas no Oriente, China, Índia, etc. o ouro continua a ser considerado por todos a forma preferida de poupança.
Agora, multiplicam-se os sinais de que os bancos centrais orientais e em todo o mundo estão ativamente a comprar ou a resgatar ouro que estava cativo em contratos de leasing. Na semana passada, o próprio BIS (Banco Internacional de Pagamentos, de Basileia) anunciava discretamente que repatriava 500 toneladas de ouro.

Há um número elevado de bancos centrais a comprar ouro, em quantidades record. Por exemplo, a Turquia, o Uzbequistão e outros países asiáticos, reforçaram recentemente, em muitas toneladas, as suas reservas em ouro. A razão para isto, é que os candidatos aos BRICS e à OCX (Organização de cooperação de Xangai) estão ao corrente dos esforços daquele grupo para lançar uma moeda de reserva digital. Eles querem ter um «bom lugar à mesa».
É praticamente certo que a nova moeda, digital, não seja a moeda nacional de um país. Pelo contrário, há muitos indícios de que irá basear-se em matérias-primas (petróleo, metais raros, cereais, etc.) e nas reservas de ouro de cada interveniente. Cada interveniente terá um peso relativo no cabaz de divisas, de acordo com os seus recursos naturais e do ouro que possua. Assim se prevê será a nova moeda, simultaneamente: Funcionará como reserva dos bancos centrais e nas trocas internacionais.

Isto equivale a uma mudança tectónica na política mundial, não apenas em termos estritamente monetários, mas também em termos geoestratégicos. Pois, esta nova unidade internacional monetária vai retirar a hegemonia de moeda de reserva ao dólar, o privilégio que os EUA usaram e abusaram durante mais de 70 anos.

Como todos sabemos, as guerras económicas, de sanções que os EUA levam a cabo, são contra a legalidade internacional. Só poderia haver sanções legais (o que não significa que fossem justas), se fossem decretadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Pois bem, esta transformação do dólar em instrumento de guerra (económica) é o que exaspera todos, incluindo seus fiéis aliados (como a Arábia Saudita, entre outros).

Como confirmação do que está acima, alguns bancos centrais já estão a fazer as contas. A Holanda tem uma quantidade relativamente avultada de ouro no banco central. Seu presidente veio «sugerir» que se poderia reavaliar esse ouro, deixando de ser contabilizado a 35 $/onça. Este era o valor que vigorava até 1971, quando Nixon unilateralmente retirou a convertibilidade do dólar em ouro. Será esta cotação que ainda está nos livros de balanço dos bancos centrais ocidentais**. Se o banco central holandês «pensa nisso», também outros bancos da eurozona pensarão, nomeadamente o português.

Mas, entretanto, a roleta do grande casino tem de continuar a rodar, os especuladores vão continuar a obter lucro, os «cripto- trafulhas» a fazer seus golpes, etc. O público não pode pôr-se a comprar ouro e prata, senão estes subirão demasiado cedo, antes do tempo conveniente para os banqueiros centrais; e lá desaparece o lucro dos bancos «sistémicos», emissores de «ouro-papel» (contratos de futuros)!

A viragem para uma moeda de reserva internacional, digital e baseada em matérias-primas estratégicas e no ouro, está em vias de se concretizar. Tecnicamente, estará já pronta para ser lançada. O único senão, é as reservas em dólares, consideráveis, que certos países, como a China, o Japão, Arábia Saudita, e outros possuem. Terão de se conformar a perder bastante.

O que se pode prever?
 - O valor do dólar vai se desencher como um balão que encontrou um alfinete na sua trajetória. Nessa altura, muitos dólares voltarão ao «ninho», em grande quantidade. Os EUA serão inundados pelo seu principal produto de exportação (e quase exclusivo: o outro, são armas). O dólar vai ficar como moeda dos EUA, sem que as pessoas no mundo inteiro queiram especialmente essa divisa, pois ela foi «queimada» pela sua emissão intemperada (os famosos QE) e a sua utilização, como parte do arsenal de guerra dos EUA.

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*Na realidade, está ao alcance de muitas pessoas: Custo de 1 grama de ouro hoje (21/11/2022), cerca de $ 56.  
**Hoje, a cotação da onça de ouro (~31.1gr.) é cerca de $ 1740.

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PS1: Preço do ouro em dólares ajustados à inflação: Pode-se ver que o ouro consiste num bom investimento para fazer face à inflação.


(A linha contínua azul clara representa a produção anual de ouro, a linha quebrada azul escura representa o preço do ouro em dólares ajustados ao seu valor de 2021.)