| Todos sabemos que o dinheiro, seja ele em que divisa for, vai perdendo valor com o tempo. Por valor, pode-se entender a capacidade aquisitiva. Assim, se um dólar US de 1913  valer 100, um dólar US de hoje vale apenas 4: houve uma desvalorização de 96%. Isto, em relação à moeda mais poderosa, em princípio, visto que tem sido a moeda mundial de reserva e a moeda preferida no comércio, durante o período que vai desde o fim da 2ª Guerra Mundial (os acordos de Bretton Woods), até ao presente. 
Sabemos também que os bancos centrais, todos eles, sejam do ocidente ou oriente, sejam de países pobres ou ricos, imprimem (ou o equivalente digital disso...), tanto quanto achem que a economia dos seus respectivos países precisa. Mas, esta abundância de divisas, apenas tem como efeito, aumentar a inflação, que vai retirar poder de compra aos salários e pensões, assim como vai desvalorizar as poupanças em dinheiro, quer estejam no banco, quer «debaixo do colchão».  
Uma coisa que poucas pessoas sabem, é que os bancos comerciais são os principais criadores de dinheiro, nas diversas economias. Quando o banco empresta - por exemplo, para adquirir uma casa ou um carro - vai criar a soma correspondente a partir de nada: vai creditá-la na conta do cliente, que - a partir desse momento - tem a dívida e terá de pagar juros sobre ela... pelo menos, era assim no passado! Agora, os bancos estão a dar (literalmente) empréstimos a juro negativo, ou seja, estão a pagar para o cliente aceitar ficar devedor de uma soma!  
Por exemplo, isso passa-se com o banco dinamarquês Nordea que propõe empréstimos a MENOS 0.12% de juro, ou seja, o banco paga para o cliente ficar devedor. Se isto lhe parece uma coisa sem sentido, não será a única pessoa que assim pensa!  
               O estímulo ao gasto atinge um paroxismo nas sociedades ocidentais, todas elas, não apenas na Dinamarca... Pelo contrário, a poupança é fortemente desencorajada, pois os juros pagos pelos depósitos a prazo, são demasiado baixos, tendo como efeito que as pessoas sentem que mais vale «gastar agora», do que esperar dois anos, para obter um juro da ordem de 1%, ou menos.  
A loucura é tal que as empresas das mais deficitárias e que  não conseguem equilibrar os seus balanços, têm subidas espectaculares na bolsa de valores de Nova Iorque: Tesla, Netflix, Uber... 
Os governos europeus, mesmo os que estão insolventes, conseguem obter empréstimos a taxas ridiculamente baixas, taxas claramente inferiores à inflação. E isso não ocorre apenas com nações europeias, pois a Argentina, por exemplo, consegue obter empréstimo a 100 anos (!) pagando quase nada. Sabemos que a Argentina entrou em bancarrota duas vezes, apenas nos últimos 30 anos! 
Nada disto parece fazer sentido. 
Porém, o sistema da dívida pressupõe que existem duas espécies de dinheiro: 
A - O que é efectivamente fornecido por  entidades bancárias (sejam elas bancos centrais ou bancos comerciais) que têm a possibilidade de criar dinheiro a partir de nada. 
B - O que resulta de actividades económicas, das remuneração de trabalho, de lucros das empresas, das transacções comerciais, de imobiliário, etc.  
Muito do dinheiro gerado pelo processo B está destinado a pagar (com juros, maiores ou menores) às entidades emprestadoras, as quais são normalmente bancos comerciais, ou entidades autorizadas a emitir empréstimos. 
Ora, a existência do depósito fraccionário, que todos os bancos têm autorização para realizar, significa que as instituições bancárias têm o direito de fazer uma «alavancagem» de 1 para 10 (ou maior), com os nossos depósitos. Isto quer dizer que um banco tem o direito de fazer um total de empréstimos aos clientes dum valor X, desde que estejam depositados no banco 1/10 de X. Note-se que é do nosso dinheiro que se trata; aqui, não se trata do dinheiro do banco, que este possui como capital próprio. A operação que os bancos (todos) fazem, consiste em emprestar aquilo que NÃO TÊM: seria considerada crime passível de prisão, caso fosse feita por um particular. 
Por outro lado, desde a época pós 2008, com o chamado «Quantitative Easing», os bancos obtiveram dinheiro gratuito disfarçado, fornecido pelos bancos centrais respectivos. Os pacotes de obrigações hipotecárias e outros papéis - sem valor  - de dívidas incobráveis, foram dados como aval, pelos bancos comerciais, aos bancos centrais. Ficaram estes com as dívidas, pelo seu valor nominal, não pelo seu valor de mercado, visto que este seria de zero. Estes activos têm contabilização positiva no balanço dos bancos comerciais; é assim que se apresentam com «solvência» e «solidez»!  
Os bancos são estimulados a emprestar este dinheiro «emprestado» a juro zero, mas que não precisam sequer, na prática, de devolver aos seus bancos centrais respectivos! Se não devolverem o empréstimo, o banco central apropria-se dos tais papeis sem valor, dados em garantia!  Os bancos centrais, mesmo nominalmente independentes do Estado, acabam por repercutir as suas perdas nas contas dos Estados respectivos. Contabilisticamente, «está tudo certo», porém é tudo uma fraude total, com a conivência das direcções dos bancos centrais, dos governos e de todas as «entidades supervisoras ou controladoras» do mercado, que existam. 
Sendo as coisas realmente assim, como as pessoas minimamente informadas sobre as políticas monetárias e financeiras o sabem, o resultado é que os clientes dos bancos estão a pagar com «dinheiro a sério», o seu dinheiro que resulta de actividade económica propriamente dita, empréstimos contraídos junto de entidades que criaram «dinheiro de fantasia», ou seja, houve uma criação monetária sem qualquer esteio, sem realidade económica tangível, «tendo ido extrair o dinheiro do éter...». 
Fica assim explicado o mecanismo pelo qual se caiu nesta situação de juros negativos ou juros de facto negativos, porque abaixo da taxa de inflação. Os bancos comerciais pedem de volta dinheiro que resulta do trabalho, tendo emprestado dinheiro contabilístico. Por outras palavras, pedem de volta dinheiro verdadeiro, tendo emprestado dinheiro fictício. Para isso, têm conivência plena dos governos e bancos centrais.  Todos os bancos comerciais fazem, portanto, operações muito lucrativas e sem risco (para eles). 
Pelo contrário, praticamente todo o risco recai sobre o público, devedor aos bancos de créditos para aquisição de casa, de carro, para estudos, para consumo e sobre a sociedade em geral, que irá sofrer as consequências do colapso do sistema financeiro. 
Mas a gula de capital não acaba aqui, pois vamos assistir à aceleração da inflação, sempre minimizada pelas estatísticas oficiais. As pessoas serão pressionadas a gastar mais, a endividarem-se mais, a desfazerem-se de suas parcas poupanças, porque o dinheiro vai perdendo valor, à medida que o tempo passa.  
Uma das indicações mais seguras disso, é a inversão das taxas de juro das obrigações do Tesouro dos EUA (por exemplo, obrigações a 10 anos, com juros inferiores para termo a 5, ou a 2 anos). Isto já ocorre agora e seu significado é o de que o próprio mercado está convencido de que uma crise está perto.  
Eu prefiro precaver-me duma tempestade, ou dum tsunami, antes que estejam em cima de mim. De nada servirá esperar até ao último minuto, pois já será demasiado tarde. 
Não digam que não vos avisei: a única maneira de salvar o valor  dos activos financeiros, incluindo o dinheiro líquido, é retirar AGORA o máximo dinheiro possível dos bancos e de investimentos financeiros (acções, obrigações, fundos...) e aplicá-lo em bens como comida, água, sistemas de geração de electricidade... e outros bens de primeira necessidade.  
Pode-se armazenar alimentos, que podem ficar  comestíveis durante bastante tempo, se devidamente condicionados. Medicamentos, produtos de higiene e muitos outros bens ditos «consumíveis», podem ser mantidos por períodos longos (dentro do seu prazo de validade). Pode-se fazer uma gestão desses stocks, consumindo aqueles próximo do termo da sua validade, e adquirindo novas unidades para substituir as consumidas.  
Para enfrentar a fase de hiperinflação, convém ter moedas de ouro e de prata; podem ser extremamente úteis.  
Podemos ver que, nas situações de hiperinflação, como a Venezuela, as pessoas tomaram medidas para salvaguardar seu poder de compra: muitas delas compraram dólares no mercado negro.  
Porém, neste caso, se houver uma crise sistémica, não existirá divisa em papel que resista. Umas mais cedo, outras mais tarde, todas elas irão perder o seu valor, numa espiral hiperinflacionária global, até atingirem o seu valor intrínseco, de bocados de papel, ou seja, zero. 
PS1 - Uma entrevista que ilustra claramente a situação: 
PS2 - Paul Craig Roberts explica em pormenor por que razão a percepção que se tem da economia está falseada, intencionalmente:  | 
terça-feira, 4 de junho de 2019
CRISE DO SISTEMA FINANCEIRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
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PS2 - Paul Craig Roberts explica em pormenor por que razão a percepção que se tem da economia está falseada, intencionalmente:  | 
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REUNIÃO DO GRUPO DE BILDERBERG, MAIO/JUNHO 2019 - Veja a lista dos participantes, abaixo
| 
[excerto de   Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- AS MÃOS DESMEDIDAS DO GRUPO BILDERBERG tradução em português de Luísa Vasconcellos] 
O grupo Bilderberg, constituído formalmente em 1954, por iniciativa de
“cidadãos eminentes” europeus e americanos, foi na verdade criado pela CIA e
pelo serviço secreto britânico MI6 para apoiar a NATO contra a URSS. Após a
Guerra Fria, manteve a mesma função de apoio à estratégia USA/NATO. 
Às suas reuniões são convidados a participar todos os anos, quase
exclusivamente da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, cerca de 130
representantes do mundo político, económico e militar, dos meios de comunicação
mediática de destaque e dos serviços secretos, que participam formalmente a
título pessoal. Reúnem-se à porta fechada, cada ano num país diferente, em
hotéis de luxo blindados por sólidos sistemas de segurança militar. Não é
admitido nenhum jornalista ou observador, nem é publicado qualquer comunicado.
Os participantes estão sujeitos à regra do silêncio: não podem sequer revelar a
identidade dos oradores que lhes forneceram certas informações (perante a
proclamada “transparência”). 
Só sabemos que este ano falaram principalmente da Rússia e da China, de
sistemas espaciais, de uma ordem estratégica estável, do futuro do capitalismo.
As presenças mais destacadas eram, como de costume, as dos Estados Unidos: 
Ø  Henry
Kissinger, "figura histórica" do grupo ao lado do banqueiro David
Rockfeller (fundador de Bilderberg e da Trilateral, falecido em 2017); 
Ø  Mike
Pompeo, antigo Director da CIA e actual Secretário de Estado; 
Ø  David
Petraeus, Antigo General da CIA; 
Ø  Jared
Kushner, Conselheiro (e genro) do Presidente Trump para o Médio Oriente e amigo
íntimo do Primeiro Ministro israelita Netanyahu. 
Ø  A
estes segue-se Jens Stoltenberg, Secretário Geral da NATO, que recebeu um
segundo mandato pelos serviços aos EUA. 
Durante quatro dias, em reuniões secretas multilaterais e
bilaterais, esses e outros representantes das grandes potências (abertas e
ocultas) do Ocidente, fortaleceram e expandiram a rede de contactos que lhes
permite influenciar as políticas governamentais e a opinião pública. 
BILDERBERG MEETING 2019 
Montreux, 30 May – 2 June 2019 
BOARD 
Castries, Henri de (FRA), Chairman, Steering Committee; Chairman, Institut Montaigne 
Kravis, Marie-Josée (USA), President, American Friends of Bilderberg Inc.; Senior Fellow, Hudson Institute 
Halberstadt, Victor (NLD), Chairman Foundation Bilderberg Meetings; Professor of Economics, Leiden University 
Achleitner, Paul M. (DEU), Treasurer Foundation Bilderberg Meetings; Chairman Supervisory Board, Deutsche Bank AG 
PARTICIPANTS 
Abrams, Stacey (USA), Founder and Chair, Fair Fight 
Adonis, Andrew (GBR), Member, House of Lords 
Albers, Isabel (BEL), Editorial Director, De Tijd / L’Echo 
Altman, Roger C. (USA), Founder and Senior Chairman, Evercore 
Arbour, Louise (CAN), Senior Counsel, Borden Ladner Gervais LLP 
Arrimadas, Inés (ESP), Party Leader, Ciudadanos 
Azoulay, Audrey (INT), Director-General, UNESCO 
Baker, James H. (USA), Director, Office of Net Assessment, Office of the Secretary of Defense 
Balta, Evren (TUR), Associate Professor of Political Science, Özyegin University 
Barbizet, Patricia (FRA), Chairwoman and CEO, Temaris & Associés 
Barbot, Estela (PRT), Member of the Board and Audit Committee, REN (Redes Energéticas Nacionais) 
Barroso, José Manuel (PRT), Chairman, Goldman Sachs International; Former President, European Commission 
Barton, Dominic (CAN), Senior Partner and former Global Managing Partner, McKinsey & Company 
Beaune, Clément (FRA), Adviser Europe and G20, Office of the President of the Republic of France 
Boos, Hans-Christian (DEU), CEO and Founder, Arago GmbH 
Bostrom, Nick (UK), Director, Future of Humanity Institute, Oxford University 
Botín, Ana P. (ESP), Group Executive Chair, Banco Santander 
Brandtzæg, Svein Richard (NOR), Chairman, Norwegian University of Science and Technology 
Brende, Børge (NOR), President, World Economic Forum 
Buberl, Thomas (FRA), CEO, AXA 
Buitenweg, Kathalijne (NLD), MP, Green Party 
Caine, Patrice (FRA), Chairman and CEO, Thales Group 
Carney, Mark J. (GBR), Governor, Bank of England 
Casado, Pablo (ESP), President, Partido Popular 
Ceviköz, Ahmet Ünal (TUR), MP, Republican People’s Party (CHP) 
Champagne, François Philippe (CAN), Minister of Infrastructure and Communities 
Cohen, Jared (USA), Founder and CEO, Jigsaw, Alphabet Inc. 
Croiset van Uchelen, Arnold (NLD), Partner, Allen & Overy LLP 
Daniels, Matthew (USA), New space and technology projects, Office of the Secretary of Defense 
Davignon, Etienne (BEL), Minister of State 
Demiralp, Selva (TUR), Professor of Economics, Koç University 
Donohoe, Paschal (IRL), Minister for Finance, Public Expenditure and Reform 
Döpfner, Mathias (DEU), Chairman and CEO, Axel Springer SE 
Ellis, James O. (USA), Chairman, Users’ Advisory Group, National Space Council 
Feltri, Stefano (ITA), Deputy Editor-in-Chief, Il Fatto Quotidiano 
Ferguson, Niall (USA), Milbank Family Senior Fellow, Hoover Institution, Stanford University 
Findsen, Lars (DNK), Director, Danish Defence Intelligence Service 
Fleming, Jeremy (GBR), Director, British Government Communications Headquarters 
Garton Ash, Timothy (GBR), Professor of European Studies, Oxford University 
Gnodde, Richard J. (IRL), CEO, Goldman Sachs International 
Godement, François (FRA), Senior Adviser for Asia, Institut Montaigne 
Grant, Adam M. (USA), Saul P. Steinberg Professor of Management, The Wharton School, University of Pennsylvania 
Gruber, Lilli (ITA), Editor-in-Chief and Anchor «Otto e mezzo», La7 TV 
Hanappi-Egger, Edeltraud (AUT), Rector, Vienna University of Economics and Business 
Hedegaard, Connie (DNK), Chair, KR Foundation; Former European Commissioner 
Henry, Mary Kay (USA), International President, Service Employees International Union 
Hirayama, Martina (CHE), State Secretary for Education, Research and Innovation 
Hobson, Mellody (USA), President, Ariel Investments LLC 
Hoffman, Reid (USA), Co-Founder, LinkedIn; Partner, Greylock Partners 
Hoffmann, André (CHE), Vice-Chairman, Roche Holding Ltd. 
Jordan, Jr., Vernon E. (USA), Senior Managing Director, Lazard Frères & Co. LLC 
Jost, Sonja (DEU), CEO, DexLeChem 
Kaag, Sigrid (NLD), Minister for Foreign Trade and Development Cooperation 
Karp, Alex (USA), CEO, Palantir Technologies 
Kerameus, Niki K. (GRC), MP; Partner, Kerameus & Partners 
Kissinger, Henry A. (USA), Chairman, Kissinger Associates Inc. 
Koç, Ömer (TUR), Chairman, Koç Holding A.S. 
Kotkin, Stephen (USA), Professor in History and International Affairs, Princeton University 
Kramp-Karrenbauer, Annegret (DEU), Leader, CDU 
Krastev, Ivan (BUL), Chairman, Centre for Liberal Strategies 
Kravis, Henry R. (USA), Co-Chairman and Co-CEO, Kohlberg Kravis Roberts & Co. 
Kristersson, Ulf (SWE), Leader of the Moderate Party 
Kudelski, André (CHE), Chairman and CEO, Kudelski Group 
Kushner, Jared (USA), Senior Advisor to the President, The White House 
Le Maire, Bruno (FRA), Minister of Finance 
Leyen, Ursula von der (DEU), Federal Minister of Defence 
Leysen, Thomas (BEL), Chairman, KBC Group and Umicore 
Liikanen, Erkki (FIN), Chairman, IFRS Trustees; Helsinki Graduate School of Economics 
Lund, Helge (GBR), Chairman, BP plc; Chairman, Novo Nordisk AS 
Maurer, Ueli (CHE), President of the Swiss Federation and Federal Councillor of Finance 
Mazur, Sara (SWE), Director, Investor AB 
McArdle, Megan (USA), Columnist, The Washington Post 
McCaskill, Claire (USA), Former Senator; Analyst, NBC News 
Medina, Fernando (PRT), Mayor of Lisbon 
Micklethwait, John (USA), Editor-in-Chief, Bloomberg LP 
Minton Beddoes, Zanny (GBR), Editor-in-Chief, The Economist 
Monzón, Javier (ESP), Chairman, PRISA 
Mundie, Craig J. (USA), President, Mundie & Associates 
Nadella, Satya (USA), CEO, Microsoft 
Netherlands, His Majesty the King of the (NLD) 
Nora, Dominique (FRA), Managing Editor, L’Obs 
O’Leary, Michael (IRL), CEO, Ryanair D.A.C. 
Pagoulatos, George (GRC), Vice-President of ELIAMEP, Professor; Athens University of Economics 
Papalexopoulos, Dimitri (GRC), CEO, TITAN Cement Company S.A. 
Petraeus, David H. (USA), Chairman, KKR Global Institute 
Pienkowska, Jolanta (POL), Anchor woman, journalist 
Pottinger, Matthew (USA), Senior Director, National Security Council 
Pouyanné, Patrick (FRA), Chairman and CEO, Total S.A. 
Ratas, Jüri (EST), Prime Minister 
Renzi, Matteo (ITA), Former Prime Minister; Senator, Senate of the Italian Republic 
Rockström, Johan (SWE), Director, Potsdam Institute for Climate Impact Research 
Rubin, Robert E. (USA), Co-Chairman Emeritus, Council on Foreign Relations; Former Treasury Secretary 
Rutte, Mark (NLD), Prime Minister 
Sabia, Michael (CAN), President and CEO, Caisse de dépôt et placement du Québec 
Sanger, David E. (USA), National Security Correspondent, The New York Times 
Sarts, Janis (INT), Director, NATO StratCom Centre of Excellence 
Sawers, John (GBR), Executive Chairman, Newbridge Advisory 
Schadlow, Nadia (USA), Senior Fellow, Hudson Institute 
Schmidt, Eric E. (USA), Technical Advisor, Alphabet Inc. 
Scholten, Rudolf (AUT), President, Bruno Kreisky Forum for International Dialogue 
Seres, Silvija (NOR), Independent Investor 
Shafik, Minouche (GBR), Director, The London School of Economics and Political Science 
Sikorski, Radoslaw (POL), MP, European Parliament 
Singer, Peter Warren (USA), Strategist, New America 
Sitti, Metin (TUR), Professor, Koç University; Director, Max Planck Institute for Intelligent Systems 
Snyder, Timothy (USA), Richard C. Levin Professor of History, Yale University 
Solhjell, Bård Vegar (NOR), CEO, WWF – Norway 
Stoltenberg, Jens (INT), Secretary General, NATO 
Suleyman, Mustafa (GBR), Co-Founder, Deepmind 
Supino, Pietro (CHE), Publisher and Chairman, Tamedia Group 
Teuteberg, Linda (DEU), General Secretary, Free Democratic Party 
Thiam, Tidjane (CHE), CEO, Credit Suisse Group AG 
Thiel, Peter (USA), President, Thiel Capital 
Trzaskowski, Rafal (POL), Mayor of Warsaw 
Tucker, Mark (GBR), Group Chairman, HSBC Holding plc 
Tugendhat, Tom (GBR), MP, Conservative Party 
Turpin, Matthew (USA), Director for China, National Security Council 
Uhl, Jessica (NLD), CFO and Exectuive Director, Royal Dutch Shell plc 
Vestergaard Knudsen, Ulrik (DNK), Deputy Secretary-General, OECD 
Walker, Darren (USA), President, Ford Foundation 
Wallenberg, Marcus (SWE), Chairman, Skandinaviska Enskilda Banken AB 
Wolf, Martin H. (GBR), Chief Economics Commentator, Financial Times 
Zeiler, Gerhard (AUT), Chief Revenue Officer, WarnerMedia 
Zetsche, Dieter (DEU), Former Chairman, Daimler AG  
Temas abordados: 
1  - A ordem estratégica estável. 
2  - O que se segue na Europa? 
3  - Mudança Climática e Sustentabilidade. 
4  - China. 
5  - Rússia. 
6  - O futuro do capitalismo. 
7  - O Brexit. 
8  - A ética da Inteligência Artificial. 
9  - O armamento (weaponization) dos meios de comunicação mediática. 
10 - A importância do Espaço. 
11 - Ameaças cibernéticas. 
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos | 
DIANA KRALL - «DO IT AGAIN»
,
                                        https://www.youtube.com/watch?v=sTY3WiDbgFg
A célebre voz do jazz, intérprete dos clássicos, dá-nos aqui uma versão sensual de «Do It Again», que lhe assenta como uma luva. 
A canção foi escrita por Gershwin e DeSylva. Penso que terá sido primeiro interpretada em 1958, por Judy Garland. A mesma canção, por Sarah Vaughan, tem um toque e sabor completamente diferentes. 
segunda-feira, 3 de junho de 2019
O ESTADO IMPLACÁVEL - UM ARTIGO DE CRAIG MURRAY SOBRE JULIAN ASSANGE
Junho 1, 2019
Estamos seriamente preocupados com a condição de saúde de Julian Assange. Ontem, estava demasiado doente para poder comparecer perante o tribunal e o seu advogado sueco, Per Samuelson, encontrou-o num estado em que Julian estava incapaz de estabelecer uma conversa e dar instruções. Há sintomas físicos muito marcados, particularmente uma perda rápida de peso, e tememos que não estejam a ser efectuados esforços, genuínos e suficientes, para a obtenção de um diagnóstico, a fim de determinar a verdadeira causa.
Durante o ano passado, Julian foi mantido na Embaixada do Equador em condições precárias, muito restritas e cada vez mais opressivas e a sua saúde já estava a deteriorar-se de forma alarmante, antes da sua expulsão e prisão. Uma série de condições, incluindo abcessos dentários, que pode ter consequências muito graves se não forem tratados durante muito tempo e a recusa contínua do governo britânico e, mais tarde, dos equatorianos, de permitir o acesso a cuidados de saúde adequados a um asilado político, foi uma negação cruel e deliberada de direitos humanos básicos.
Confesso que senti um certo alívio pessoal após a sua prisão, porque, pelo menos agora ele receberia tratamento médico adequado. No entanto, percebe-se agora, não haver qualquer intenção de fornecê-lo e, de facto, desde que ele esteve em Belmarsh, os problemas de saúde exacerbaram-se. Testemunhei a cumplicidade do Estado britânico em casos de tortura para saber que esta atitude pode significar mais do que somente uma consequência de negligência não intencional. É extremamente alarmante constatar que o homem mais lúcido que eu conheço, já não é capaz de manter, agora, uma conversa racional.
Não há nenhuma razão aceitável para que Assange precise ser mantido numa instalação de alta segurança destinada a terroristas e infractores violentos. Estamos a ver o motivo por trás da sua longa detenção sem precedentes, para esquivar-se à fiança da polícia quando pediu asilo político. Como prisioneiro condenado, Assange pode ser mantido num regime pior do que se estivesse apenas em prisão preventiva, devido aos procedimentos de extradição. Mesmo que ele estivesse saudável, o acesso aos seus advogados é extremamente restrito e, para um homem que enfrenta grandes processos legais no Reino Unido, nos EUA e na Suécia, é impossível que os seus advogados tenham tempo suficiente para preparar, juntamente com ele, os seus processos adequadamente. Assange está sob as mesmas restrições que são impostas a um condenado.Claro que sabemos, pelo facto de que, três horas após ter sido arrastado da Embaixada do Equador, ele ter sido condenado e sentenciado a uma longa pena de prisão, que o Estado não tem intenção de que os seus advogados se possam preparar.
Perguntei antes e faço-o, agora, novamente: Se fosse uma editora dissidente na Rússia, o que é que a classe política e a comunicação mediática do Reino Unido estariam a dizer sobre ele ter sido arrastado por polícias armados, condenado e sentenciado a prisão por um Juiz sem júri, três horas depois, após uma farsa de um "julgamento" durante o qual o Juiz o insultou e chamou de “narcisista” antes de Assange dizer qualquer coisa em sua defesa? A comunicação mediática ocidental estaria em pé de guerra, se esse caso acontecesse na Rússia. Aqui, eles congratulam-se com esses factos.
A seguir está uma foto de Julian na Embaixada em tempos mais felizes, durante a presidência de Correa, com um grupo de pessoas verdadeiramente surpreendente e forte, cada uma delas com histórias, as quais podemos seguir e com elas aprender:

Da esquerda para a direita: Thomas Drake, Coleen Rowley, Julian Assange Elizabeth Murray, Ray McGovern, Nadira, Ann Wright 
Devo acrescentar que,  juntamente com outros dois amigos íntimos,  estou pessoalmente, a tentar ver Julian Assange, mas, como é óbvio, o acesso é extremamente difícil.
Os objectos pessoais de Julian foram apreendidos pelos equatorianos para serem entregues ao governo dos EUA. Incluem não só os computadores, mas os seus documentos legais e médicos. Este é mais um exemplo de uma acção estatal completamente ilegal contra ele. Além do mais, qualquer transferência deve envolver o material roubado que transita fisicamente em Londres, e o governo britânico não está a tomar medidas para impedi-lo, o que é mais um dos múltiplos sinais do grau de coordenação governamental internacional por trás da frágil pretensão de uma acção judicial independente.
Julian está preso há, pelo menos, mais de cinco meses, mesmo com liberdade condicional (que provavelmente vão encontrar uma desculpa para não conceder). Depois, será mantido em prisão preventiva. Portanto, não há necessidade de pressa. A recusa do tribunal sueco, de atrasar uma audiência sobre um possível mandado de extradição, para permitir que Julian se recupere para poder instruir o advogado e o breve adiamento da audiência de extradição dos EUA em Londres, com a intimação que pode ser mantido dentro da prisão de Belmarsh, se Julian estiver demasiado doente para se deslocar, são exemplos de uma pressa totalmente desacostumada e desnecessária, na maneira como o caso está a prosseguir. Os moinhos de Deus moem devagar; os do Diabo parecem girar a alta velocidade.
Finalmente, para os que ainda acreditam que as acções judiciais contra Julian,  não só na Suécia, são de alguma forma motivadas por uma preocupação em que a justiça seja feita, particularmente os casos de justiça referente a mulheres violadas, peço-lhes que leiam este excelente relato de Jonathan Cook. Quanto ao resumo da série verdadeiramente impressionante de abusos legais por parte dos Estados contra Assange, que a comunicação mediática empresarial e estatal distorceu e escondeu deliberadamente durante uma década, o mesmo não pode ser melhorado.
Reprinted with the author’s permission.
Copyright © 2019 Craig Murray
Publicado de novo, com permissão do autor.
Copyright © 2019 Craig Murray
Tradução: Luísa Vasconcellos
REINO UNIDO RESPONSÁVEL PELA MAIORIA DOS PARAÍSOS FISCAIS

Segundo o gráfico abaixo do site Statista, os Territórios Ultramarinos Britânicos e as dependências da Coroa dominam a lista de locais onde as multinacionais podem fugir ao fisco e esconder os seus lucros.

Somando tudo, o Reino Unido é responsável por um terço da fuga aos impostos mundial. A Holanda vem em segundo lugar, correspondente a cerca de um quarto do volume do Reino Unido.
domingo, 2 de junho de 2019
SNOWDEN FALA SOBRE TECNOLOGIAS DO CONTROLO SOCIAL

https://www.commondreams.org/news/2019/05/31/edward-snowden-technology-institutions-have-made-most-effective-means-social-control
COM A TECNOLOGIA, AS INSTITUIÇÕES CONSTRUÍRAM «O MEIO MAIS EFICAZ DE CONTROLO SOCIAL NA HISTÓRIA DA NOSSA ESPÉCIE» .
O lançador de alerta ex-contratante da NSA, disse - numa entrevista por videoconferência numa série intitulada «Diálogo Aberto» duma unidersidade canadiana da Nova Escócia - que as pessoas que controlam os sistemas de poder exploraram o desejo dos humanos de estarem conectados, em ordem a criar sistemas de vigilância em massa.  Disse que, agora mesmo, a Humanidade se encontra numa espécie de «momento atómico» no campo da ciência da computação 
"Estamos a assistir à maior redistribuição de poder desde a Revolução Industrial e isto acontece porque a tecnologia forneceu uma nova capacidade." 
"Isto está relacionado com a influência que alcança qualquer um, em qualquer lugar". "Não atende a fronteiras. O seu alcance é ilimitado se assim se desejar; porém as salvaguardas não o são".  Sem tais resguardos, as tecnologias conseguem afectar o comportamento humano.
As instituições podem "monitorizar e gravar as actividades privadas de pessoas numa escala tal, que está próxima da omnipotência" disse Snowden. Isto é feito através de «novas plataformas e algoritmos», através dos quais o comportamento pode ser modificado. Nalguns casos, conseguem prever o nosso comportamento ou decisões - e também influenciá-los - em várias circunstâncias. Também exploram a necessidade humana de pertença"
"Nós não subscrevemos uma coisa dessas," acrescentou, descartando a noção de que as pessoas sabem exactamente o que estão fazendo quando se envolvem em plataformas sociais como o Facebook.
"Quantos de vós tendes uma conta Facebook e leram realmente os termos de serviço?" perguntou Snowden. "Tudo tem centenas e centenas de páginas de linguagem jurídica que nem sequer estamos qualificados para ler e avaliar - e no entanto, é considerado que nós estamos obrigados a respeitar esses termos.
"É através de uma ilegítima conexão entra a tecnologia e uma forma incomum de interpretar a lei contratual que estas instituições têm sido capazes de transformar a maior virtude da humanidade - que é o seu desejo de interagir e conectar-se para cooperar e partilhar - transformar isso tudo numa fragilidade."
"Agora essas instituições são tanto comerciais como governamentais ... estruturaram-se de modo que se tornaram o mais potente meio de controlo na história da nossa espécie. Esta realidade é o que se chama de vigilância de massa."
Pode ouvir Snowden na íntegra (começa a falar em torno dos 25 minutos do vídeo.)
https://vimeo.com/337847675
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2203&v=oizhVJstxC4
https://vimeo.com/337847675
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2203&v=oizhVJstxC4
sábado, 1 de junho de 2019
O SISTEMA BANCÁRIO ESTÁ INSOLVENTE
O que escrevi em título parece alarmista, mas não é. 
Basta ver o que se passa com Deutche Bank, o maior banco comercial da Europa e um dos maiores a nível mundial. 
Vejam e oiçam este vídeo muito educativo de Lynette Zang.  
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