Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

[Florença, 25/04/2020] CONFERÊNCIA INTERNACIONAL LIBERTEMO-NOS DA GUERRA

                
CONVITE PARA ASSISTIR À CONFERÊNCIA INTERNACIONAL LIBERTEMO-NOS DA GUERRA, 25 DE ABRIL -- FLORENÇA, ITÁLIA


Caro Amigo, Cara Amiga,

De 1945 até hoje, a guerra não terminou. À Segunda Guerra Mundial segue-se a Guerra Fria, que aumenta o risco de uma guerra nuclear catastrófica.
A guerra, de utilidade para os interesses das elites económicas e financeiras, continua a fazer vítimas, especialmente entre as populações mais pobres. Também é realizada com armas económicas que, geralmente, causam mais vítimas do que as armas propriamente ditas. Tudo isto causa emigrações forçadas e enormes tragédias sociais.
Por esta razão, em 25 de Abril, no 75º Aniversário da Libertação, de onde nasceu a Constituição italiana que repudia a guerra, encontramo-nos em Florença com a consciência de que é necessário formar a maior frente interna e internacional para:
Ø Libertarmo-nos do sistema de guerra de que somos prisioneiros,
Ø Travar a louca corrida armamentista nuclear, que é a principal ameaça ao meio ambiente da Terra,
Ø Reivindicar como direito humano fundamental, uma economia de paz e não de guerra, pondo fim ao desperdício de enormes recursos para fins militares,
Ø Obter direitos concretos de informação e de palavra sobre os principais problemas dos quais o nosso futuro depende.
Perante o avanço da guerra, incluindo a possibilidade de uma guerra nuclear catastrófica, é vital esclarecer as causas encobertas, a começar pelas económicas e construir uma vasta frente de resistência. Por este motivo, convido-te a estar connosco, em 25 de Abril.

Uma saudação cordial
Giuseppe Padovano 

Conferência internacional no 75º Aniversário da Libertação e fim da Segunda Guerra Mundial

LIBERTEMO-NOS DA GUERRA 


Cinema Teatro Odeon Piazza degli Strozzi 2, Firenze, Itália, Sábado, 25 de Abril de 2020

Temas da Conferência
Armas nucleares & Ambiente
Guerra & Economia & Sociedade
Informações & Participações
Campanha para a libertação de Julian Assange

Intervêm oradores da América do Norte, América Latina, Rússia, África, Europa

Primeiros oradores confirmados:
Michel Chossudovsky (Canadá), Professor de Economia, Director do Centro de Pesquisa sobre a Globalização (Global Research).
Vladimir Kozin (Rússia), períto principal do Centro de Estudos Políticos e Militares do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Professor da Academia de Ciências Militares.
David Swanson (Estados Unidos), autor, activista, jornalista e apresentador da rádio. Director executivo de World Beyond War. Laureado com o 2018 Peace Prize da US Peace Memorial Foundation.
John Shipton (Austrália), pai de Julian Assange, jornalista e programador, fundador do WikiLeaks, detido na Grã-Bretanha, com o risco de ser extraditado para os Estados Unidos e de ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte. 
Giorgio Bianchi (Italia), fotojornalista, fotógrafo documentarista e filmmaker, autor de reportagens dos teatros de guerra da Síria, Ucrânia e outros países.
Franco Cardini (Itália), Historiador e ensaísta, especializado em estudos medievais.
Giulietto Chiesa (Itália), jornalista, escritor, Director da Pandora TV.

Manlio Dinucci, escritor, jornalista, analista de geoestratégia e geopolítica.

Promotores:
ASSOCIAZIONE PER UN MONDO SENZA GUERRE
CNGNN (Italia) / GLOBAL RESEARCH (Canadá)
ASSOCIAZIONE PER UN MONDO SENZA GUERRE
CNGNN (Italia) / GLOBAL RESEARCH (Canadá)
em colaboração com Pax Christi Italia, Commissione Giustizia e Pace dei Missionari Comboniani,
Sezione Italiana della WILPF (Lega Internazionale Donne per la Pace e la Libertà) e outras associações.

INSCRIÇÃO NA CONFERÊNCIA
Comunicar o nome próprio, residência, email e/ou telemóvel/celular, a
Giuseppe Padovano
Cell. 393 998 3462

ASSINATURAS
Os organizadores da Conferência, desejando manter uma autonomia total, não solicitaram contribuições financeiras de órgãos públicos e privados, nem de partidos políticos. Portanto, pedem aos participantes que contribuam para as despesas significativas pagando, no momento da reserva/inscrição, 5/10 euros ou mais, se possível. A maneira mais fácil de efectuar o pagamento é através do PayPal, que encontrá no site http://www.natoexit.it

Se ainda não teve a oportunidade de abri-lo, aconselhamos a fazê-lo pela boa qualidade das actualizações e informações que encontrará lá.
Ajude-nos ao bom êxito deste evento.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O ESTADO IMPLACÁVEL - UM ARTIGO DE CRAIG MURRAY SOBRE JULIAN ASSANGE

Junho 1, 2019
Estamos seriamente preocupados com a condição de saúde de Julian Assange. Ontem, estava demasiado doente para poder comparecer perante o tribunal e o seu advogado sueco, Per Samuelson, encontrou-o num estado em que Julian estava incapaz de estabelecer uma conversa e dar instruções. Há sintomas físicos muito marcados, particularmente uma perda rápida de peso, e tememos que não estejam a ser efectuados esforços, genuínos e suficientes, para a obtenção de um diagnóstico, a fim de determinar a verdadeira causa.
Durante o ano passado, Julian foi mantido na Embaixada do Equador em condições precárias, muito restritas e cada vez mais opressivas e a sua saúde já estava a deteriorar-se de forma alarmante, antes da sua expulsão e prisão. Uma série de condições, incluindo abcessos dentários, que pode ter consequências muito graves se não forem tratados durante muito tempo e a recusa contínua do governo britânico e, mais tarde, dos equatorianos, de permitir o acesso a cuidados de saúde adequados a um asilado político, foi uma negação cruel e deliberada de direitos humanos básicos.
Confesso que senti um certo alívio pessoal após a sua prisão, porque, pelo menos agora ele receberia tratamento médico adequado. No entanto, percebe-se agora, não haver qualquer intenção de fornecê-lo e, de facto, desde que ele esteve em Belmarsh, os problemas de saúde exacerbaram-se. Testemunhei a cumplicidade do Estado britânico em casos de tortura para saber que esta atitude pode significar mais do que somente uma consequência de negligência não intencional. É extremamente alarmante constatar que o homem mais lúcido que eu conheço, já não é capaz de manter, agora, uma conversa racional.
Não há nenhuma razão aceitável para que Assange precise ser mantido numa instalação de alta segurança destinada a terroristas e infractores violentos. Estamos a ver o motivo por trás da sua longa detenção sem precedentes, para esquivar-se à fiança da polícia quando pediu asilo político. Como prisioneiro condenado, Assange pode ser mantido num regime pior do que se estivesse apenas em prisão preventiva, devido aos procedimentos de extradição. Mesmo que ele estivesse saudável, o acesso aos seus advogados é extremamente restrito e, para um homem que enfrenta grandes processos legais no Reino Unido, nos EUA e na Suécia, é impossível que os seus advogados tenham tempo suficiente para preparar, juntamente com ele, os seus processos adequadamente. Assange está sob as mesmas restrições que são impostas a um condenado.Claro que sabemos, pelo facto de que, três horas após ter sido arrastado da Embaixada do Equador, ele ter sido condenado e sentenciado a uma longa pena de prisão, que o Estado não tem intenção de que os seus advogados se possam preparar.
Perguntei antes e faço-o, agora, novamente: Se fosse uma editora dissidente na Rússia, o que é que a classe política e a comunicação mediática do Reino Unido estariam a dizer sobre ele ter sido arrastado por polícias armados, condenado e sentenciado a prisão por um Juiz sem júri, três horas depois, após uma farsa de um "julgamento" durante o qual o Juiz o insultou e chamou de “narcisista” antes de Assange dizer qualquer coisa em sua defesa? A comunicação mediática ocidental estaria em pé de guerra, se esse caso acontecesse na Rússia. Aqui, eles congratulam-se com esses factos.
A seguir está uma foto de Julian na Embaixada em tempos mais felizes, durante a presidência de Correa, com um grupo de pessoas verdadeiramente surpreendente e forte, cada uma delas com histórias, as quais podemos seguir e com elas aprender:
Devo acrescentar que,  juntamente com outros dois amigos íntimos,  estou pessoalmente, a tentar ver Julian Assange, mas, como é óbvio, o acesso é extremamente difícil.
Os objectos pessoais de Julian foram apreendidos pelos equatorianos para serem entregues ao governo dos EUA. Incluem não só os computadores, mas os seus documentos legais e médicos. Este é mais um exemplo de uma acção estatal completamente ilegal contra ele. Além do mais, qualquer transferência deve envolver o material roubado que transita fisicamente em Londres, e o governo britânico não está a tomar medidas para impedi-lo, o que é mais um dos múltiplos sinais do grau de coordenação governamental internacional por trás da frágil pretensão de uma acção judicial independente.
Julian está preso há, pelo menos, mais de cinco meses, mesmo com liberdade condicional (que provavelmente vão encontrar uma desculpa para não conceder). Depois, será mantido em prisão preventiva. Portanto, não há necessidade de pressa. A recusa do tribunal sueco, de atrasar uma audiência sobre um possível mandado de extradição, para permitir que Julian se recupere para poder instruir o advogado e o breve adiamento da audiência de extradição dos EUA em Londres, com a intimação que pode ser mantido dentro da prisão de Belmarsh, se Julian estiver demasiado doente para se deslocar, são exemplos de uma pressa totalmente desacostumada e desnecessária, na maneira como o caso está a prosseguir. Os moinhos de Deus moem devagar; os do Diabo parecem girar a alta velocidade.
Finalmente, para os que ainda acreditam que as acções judiciais contra Julian,  não só na Suécia, são de alguma forma motivadas por uma preocupação em que a justiça seja feita, particularmente os casos de justiça referente a mulheres violadas, peço-lhes que leiam este excelente relato de Jonathan Cook. Quanto ao resumo da série verdadeiramente impressionante de abusos legais por parte dos Estados contra Assange, que a comunicação mediática empresarial e estatal distorceu e escondeu deliberadamente durante uma década, o mesmo não pode ser melhorado.
Reprinted with the author’s permission.
Copyright © 2019 Craig Murray
Publicado de novo, com permissão do autor.
Copyright © 2019 Craig Murray

Tradução: Luísa Vasconcellos