Excerto do texto do blog acima citado:
segunda-feira, 31 de março de 2025
(Segundas.f. musicais nº32) AS FOLIAS, DO FOLCLORE AOS MEIOS ARISTOCRÁTICOS
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
GUILLAUME DUFAY e a polifonia da Escola FRANCO-FLAMENGA (Segundas-f. musicais nº15)
Guillaume Dufay (c. 1397-1474) foi uma figura crucial no forjar das técnicas da polifonia. As obras de Dufay e dos outros mestres franco-flamengos estabeleceram o «idioma-base» de todo o Renascimento, nos séculos XV, XVI e XVII.
Um procedimento muito usual na época, era basear uma peça comprida e com várias secções, num «Cantus Firmus», ou seja, numa linha melódica que servia de base, sustentando as outras vozes.
O Cantus Firmus podia estar presente na voz do tenor, ou do baixo. As suas notas forneciam uma base harmónica à estrutura polifónica.
A melodia do Cantus Firmus podia ser extraída do cantochão (canto gregoriano). Mas, com muita frequência, também eram usadas canções profanas, como é o caso de «Si la face ay pale». Em ambos os casos, desempenhavam um papel unificador de todas as partes da missa.
[Pode-se ter acesso às partituras contendo a Missa «Se la face ay pale» e outras peças musicais atribuídas a Guillaume Dufay, na «Opera Omnia» compilada por Alejandro Enrique Planchart. A missa em análise, encontra-se no pdf seguinte: https://www.diamm.ac.uk/documents/184/04_Du_Fay_Missa_Se_la_face_ay_pale.pdf ]
(Abaixo, a letra da canção, em francês arcaico, com as expressões em francês moderno, ao lado)
Se la face ay pale
I
Se la face ay pale (si j'ai le visage pâle)
La cause est daymez (d'aimer)
C'est la principale
Et tant m'est amer (et il m'est tant amer
Amer qu'en la mer d'aimer qu'en la mer
Me voudroye voir; je voudrais me voir)
Or scet bien de voir (c'est bien de voir )
La Belle a qui suis (la belle à qui j'appartiens)
Que nul bien avoir (je ne peux avoir
Sans elle ne puis aucun bien sans elle)
II
Ce pesante malle ((comme) cette pesante malle
De dueil a porter, de deuil à porter)
Ceste amour est male (cet amour est difficile
Pour moy de porter; pour moi à porter)
Car son deporter (car son bon plaisir
Ne veult devouloir veut qu'on n'obéisse
Fors qu'a son vouloir qu'à sa volonté
Obeisse, et puis et puisque telle
Qu'elle a tel vouloir, est sa volonté,
Sans elle ne puis sans elle je ne peux)
III
C'est la plus reale (royale)
Qu'on puist regarder, (que l'on puisse)
De s'amour leiale (de son amour loyal)
Ne me puis guarder, (je ne peux me garder)
Fol suis de agarder (je suis fou d'attendre
Ne faire devoir ni ne mérite
D'amour recevoir de recevoir d'amour
Fors d'elle, je cuis ; seulement d'elle, je crois
Se ne veil douloir (si je ne veux pas souffrir,
Sans elle ne puis. sans elle je ne peux)
- Os 'Warner classics' fornecem-nos uma gravação pelo 'Early Music Consort', de Londres. No vídeo abaixo, pode-se ouvir a obra profana composta por Dufay. Primeiro, o motete «Se la face ay pale» em versão vocal; em seguida, a versão para órgão, que se encontra no Buxheimer Orgelbuch(1):
Kyrie Gloria Credo Sanctus Agnus Dei
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
REPÚBLICA DOS POETAS nº 7: LUIZ VAZ DE CAMÕES
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
e «Erros Meus...» cantado por Amália Rodrigues (música de Alain Oulman)
«Com Que Voz» cantado por Amália Rodrigues (música de Alain Oulman)
domingo, 4 de setembro de 2022
MITOLOGIAS (XI) HISTÓRIA NATURAL DO UNICÓRNIO
‘What—is—this?’ he said at last.
‘This is a child!’ Haigha replied eagerly, coming in front of Alice to introduce her, and spreading out both his hands towards her in an Anglo-Saxon attitude. ‘We only found it to-day. It's as large as life, and twice as natural!’
‘I always thought they were fabulous monsters!’ said the Unicorn. ‘Is it alive?’
‘It can talk,’ said Haigha, solemnly.
The Unicorn looked dreamily at Alice, and said ‘Talk, child.’
Alice could not help her lips curling up into a smile as she began: ‘Do you know, I always thought Unicorns were fabulous monsters, too! I never saw one alive before!’
‘Well, now that we have seen each other,’ said the Unicorn, ‘if you'll believe in me, I'll believe in you. Is that a bargain?’
‘Yes, if you like,’ said Alice.
--------------------------------
(2) Ou não produziam realmente qualquer produto ou serviço, ou - caso produzissem - eram cronicamente deficitárias. Apesar disso, puderam ser inscritas nas bolsas de ações!
########################################################
terça-feira, 21 de julho de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
J. P. SWEELINCK - «Mein junges Leben hat ein End»
quinta-feira, 21 de junho de 2018
DESCOBRINDO A MÁ CONSCIÊNCIA DO PASSADO

terça-feira, 6 de março de 2018
[NO PAÍS DOS SONHOS] TOCCATA L'ARPEGGIATA, POR KAPSBERGER
Paul O'dette no Chitarrone