Veja o que o mais conceituado oncologista japonês diz sobre vacina anti- COVID e os "turbo cancros": https://www.globalresearch.ca/video-oncologist-condemns-mrna-vaccines-evil-practices-science/5856356

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

MITOLOGIAS (cap. X) : CASSANDRA, DA ILÍADA AOS NOSSOS DIAS

Quando falamos de Cassandra, estamos a falar de um mito, independentemente de ter existido, ou não, uma princesa em Troia com tal nome.

 A história contemporânea não reconhece a Ilíada como um escrito histórico, que sobreviveu miraculosamente, primeiro oralmente, depois por escrito, relatando a guerra das cidades-estado do Peloponeso contra Troia. Porém, a constante utilização do longo poema pelas artes, poesia e literatura nos séculos após os supostos acontecimentos,  tem criado a ilusão de que os episódios da obra atribuída a Homero seriam, senão historicamente exatos, pelo menos, verosímeis.

De facto, o que se sabe seguramente pela arqueologia, é que Troia existiu, mas que houve uma sucessão de cidades, umas sobre as outras. Além disso, não houve uma única guerra de Troia, mas sim várias. O relato de Homero (ou atribuído a Homero) poderia ter condensado, numa única narração, o longo período de guerras de  Troia contra exércitos coligados das cidades-Estados gregas.  

Podemos - portanto - considerar que Cassandra, tal como está descrita na Ilíada, releva do mito, mais do que da História mitificada. 

Eu vejo a história de Cassandra (*) como simbólica dos comportamentos das sociedades, em relação às pessoas com maior visão, mais sábias, corajosas, e sabendo que estão a ir contra a corrente mas - ainda assim - dizendo a verdade, custe o que custar,  face aos poderosos e ao povo. 

A obra de Luís de Camões contém uma «atualização» de Cassandra, na figura do «Velho do Restelo». Este desempenha, no poema épico «Os Lusíadas», a mesma função que Cassandra, na Ilíada: Profetizar perigos e desgraças que ocorrerão a Portugal e aos portugueses, em consequência do lançamento das ambiciosas e aventureiras viagens marítimas, a partir dos finais do século XV.  

Uma caraterística comum nas «Cassandras» que se nos deparam ao longo da História, é que seus vaticínios, embora pareçam sensatos quando são lidos após os acontecimentos, foram descartados como  fantasias, sintomas de loucura, palavras vãs, pelos indivíduos que, contemporaneamente, ouviram ou leram tais profecias. 

Figura: Aquando da queda de Troia, Cassandra, que se refugiara no templo de Atena, é  violada e depois feita escrava.

No mito, Cassandra é abençoada com um dom, que consiste na capacidade de ver o futuro e, em simultâneo, é amaldiçoada com a impossibilidade de que suas palavras sejam tomadas a sério por seus concidadãos, incluindo a sua própria família. 

Na nossa época, as «Cassandras» avisaram com detalhe e antecedência e, como na lenda, não foram ouvidas. No âmbito económico, mas com grande repercussão política, a chamada «crise das sub-prime» (2008), levou ao quase desmoronamento do castelo de cartas da economia financeirizada. Esta crise foi prevista - com antecedência - por mais do que um analista dos mercados, incluindo figuras célebres do mundo financeiro.  

Mais recentemente, autores de várias escolas de pensamento económico, têm feito avisos muito enfáticos sobre a iminência de um colapso muito superior, em magnitude, ao de 2008. Os avisos são dirigidos ao poder financeiro nos bancos centrais e ministros da economia e finanças dos governos. Estes preocupantes alarmes têm sido também publicados na media, ao alcance do mais amplo público. 

Estes avisos, como os das outras «Cassandras» da História, estão a ser completamente ignorados, por quase todos: Desde pequenos especuladores, a gestores de Wall Street e doutros centros financeiros, a políticos - tanto no poder, como na oposição. Para mim, esta situação não só ilustra a enorme miopia dos poderes, especialmente após o quase colapso de 2008, como parece ser uma enésima atualização da história de Cassandra da Ilíada.

As multidões costumam ignorar, escarnecer, ou mesmo, violentamente atentar contra pessoas que vêm contrariar preconceitos e medos obsessivos. A fúria das multidões é estimulada por ditadores e demagogos, que assim defletem a ira e a frustração popular para que, perante as consequências de suas decisões aventureiras e fatais, nunca lhes sejam atribuídas responsabilidades, mas ao «bode expiatório». 

As pessoas com lucidez e juízo, nestes tempos conturbados, devem ser discretas. Não se devem expor, pois seriam «arrastadas na lama», ou ostracizadas, no mínimo. Devem preservar-se, pois de nada serve tentar convencer uma multidão fanatizada ou hipnotizda

Estas tentativas vãs apenas irão exacerbar a vontade de vingança das massas enganadas, que julgam que «o mensageiro das desgraças» é o causador das mesmas. O mensageiro é castigado em vez do tirano, que afinal de contas, é o causador das más notícias trazidas pelo primeiro. 

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(*) Citação da «Cassandra» de Friedrich Schiller:

« Por que me encarregaste tu de proclamar as tuas profecias com um pensamento lúcido numa cidade cega? Por que é que me fazes ver aquilo que não poderei desviar do nosso povo? O destino que nos ameaça deve cumprir-se, a infelicidade que eu temo tem de realizar-se, a desgraça que eu antevejo tem de acontecer»...

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ARTIGOS ANTERIORES DA SÉRIE MITOLOGIAS:

terça-feira, 30 de agosto de 2022

J.S. BACH: FANTASIA E FUGA BWV 542

KATJA SAGER & ANASTASIA SEIFETDINOVA: DUAS INTERPRETAÇÕES DA FANTASIA E FUGA BWV 542


A Fantasia e Fuga em Sol Menor de Bach é a peça mais impressionante para o órgão, do Mestre barroco. Eu ouvi, ao longo dos anos, diversas versões da mesma. Porém, a luminosidade e o tempo adequado na interpretação de Katja Sager, dão-lhe uma força e beleza insuperáveis, que me fazem preferir a sua versão a todas as outras.

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Anastasia Seifetdinova, nesta gravação em recital, com seu perfeito domínio técnico e estilístico, permite-nos apreciar a força e delicadeza que emanam da transcrição pianística de F. Liszt da peça para órgão de Bach.





domingo, 28 de agosto de 2022

MITOLOGIAS IX: O QUE SAI DA «CAIXA DE PANDORA»?

 

                                Figura: píxide grega (British Museum)


Segundo as versões mais antigas do mito, Pandora* teria aberto, não uma caixa, mas um vaso. Pouco importa, pois o efeito será o mesmo, num ou noutro caso: 

- Nas duas versões, existe a irreversibilidade de saída dos males que aí se encontravam encerrados. Pandora* está diretamente associada ao mito de Prometeu. Ela casou-se com o irmão de Prometeu, Epimeteu. Foi para castigar Prometeu, que Zeus fez com que Pandora abrisse o vaso (ou a caixa), que Epimeteu lhe tinha dado para ela guardar.

                                  
A curiosidade de Pandora é «culpada» de ter querido indagar o que se encontrava no interior do vaso, ou caixa. Realmente, é difícil encontrar um mito mais misógino do que este: Tal como Eva**, e outras heroínas do panteão da antiguidade, é a curiosidade feminina a «culpada» de todos os males. Mas, se não nos fixarmos demasiado num traço que revela o estatuto social da mulher nas civilizações patriarcais da antiguidade e a culpabilização do género feminino, que durou até recentemente,  creio que a história de Pandora encerra uma sabedoria autêntica e profunda. 

Pandora é o lado feminino de Prometeu, o qual foi castigado pelos deuses por ter roubado o fogo do Olimpo. Prometeu originou a técnica, cujas artes do fogo e da metalurgia eram elementos essenciais, na transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Por outro lado, Pandora simboliza a curiosidade, que tem de existir para haver ciência, progresso técnico, evolução da civilização. 

Obviamente, o mito não especifica quais os sortilégios que se escaparam da caixa de Pandora. Creio que não são males absolutos. Podem sê-lo em mãos erradas. Mas, a humanidade tem tanto a aprender com as «Pandoras», como com os «Prometeus». 

Se Prometeu ofertou a ciência do fogo à Humanidade, Pandora ofertou outras ciências e técnicas benéficas. Estas, porém, podem-se transformar em maléficas,  caso a Humanidade não tenha sabedoria suficiente (como é o caso!).

Destapar o oculto é uma eterna tendência do espírito humano, é uma impulsão para descobrir, para desvelar o desconhecido. Sem este impulso, que eu considero instintivo, não haveria qualquer melhoramento na vivência humana, desde os tempos mais recuados. Os humanos não teriam saído das Culturas da Pedra.  Mas, a criatividade tem um preço.

O aviso explícito da  história de Pandora é o mesmo que o da lenda do aprendiz-feiticeiro, que utiliza sem critério os poderes mágicos do seu mestre, quando este está ausente, causando uma catástrofe no laboratório. O conhecimento dos saberes potentes, tem de ser confinado a sábios que sabem resguardá-los do vulgo, pois este irá causar crises, caos, hecatombes, pela forma irresponsável como manipula tais forças. 

Na antiguidade o conhecimento é considerado, simultaneamente, uma matéria preciosa e perigosa, a manipular com o maior cuidado. 

A caixa de Pandora tem vertido generosamente para a Terra o progresso científico, o conhecimento das leis da Natureza. Isto tem permitido todos os desenvolvimentos técnicos e o aumento do bem-estar das sociedades humanas. 
Em simultâneo, trouxe terríveis desenvolvimentos na «arte» de matar: A pólvora, o aço, a metralhadora, as bombas de fragmentação, o TNT e outros explosivos, as bombas nucleares, os mísseis hipersónicos... Esta lista, sem dúvida, é muito incompleta!  A sofisticação tecnológica implica uma maior letalidade dos armamentos. O contributo da ciência para a guerra não é, nem nunca foi, secundário. Tem sido decisivo ao longo dos séculos. 
Poderíamos continuar, referindo as descobertas em vários domínios: 
- Na biologia, a clonagem ou inserção de genes em vários genomas (e permitindo a construção das bio-armas). 
- Nos microprocessadores, para os computadores e smartphones que dão acesso à Internet (e permitem bombas teleguiadas com grande precisão).  
Etc.

Todos os grandes avanços da Ciência têm originado novos problemas. Às vezes, são referidos como «doenças de civilização», mas o termo peca por impreciso: A civilização não está em causa. O que está em causa é a organização da sociedade e da economia, para que o lucro seja extraído por alguns, à custa da imensa maioria. 

Se nós fossemos desenrolar completamente o conteúdo da «caixa de Pandora», seríamos obrigados a descrever a evolução das sociedades humanas, desde os primórdios, até hoje. Tarefa totalmente inviável e sem sentido, pois nem o fogo de Prometeu, nem a curiosidade de Pandora, nos impõem tal coisa. 

Fiquemos por aqui, sabendo-nos limitados no entendimento e  no saber.  

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(*) Pandora significa: «Aquela que possui os dons de todos os Deuses»

(**) Eva, primeira mulher, criada por Jeová = Pandora, primeira mulher, criada pelos Deuses do Olimpo 

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ARTIGOS ANTERIORES DA SÉRIE MITOLOGIAS:




sábado, 27 de agosto de 2022

MISTÉRIO DA PINTURA DE VERMEER COM 350 ANOS

                              

Depois de visualizarem o documentário, digam-me  o que pensam: Inclinam-se mais para a opinião da conservadora do museu, ou para a do crítico de arte? (escrevam nos comentários, abaixo deste post)

Existem muitos vídeos interessantes sobre Vermeer e sua arte. É notável a influência que exerceu no seu país e internacionalmente. Ainda mais notável é o facto de que os seus 35 quadros conhecidos que sobreviveram serem todos de qualidade superior.
Como explicar o seguinte "mistério", relacionado com a obra de Vermeer: Como é que sua obra consegue muito maior projeção séculos após a sua morte, do que em vida, apesar do razoável sucesso, na sua época e sociedade?

Outro grande mistério é saber como magníficas coleções de arte europeia do passado sobreviveram às guerras, revoluções, incêndios, roubos e destruições, que assolaram frequentemente os territórios da Europa, os mais ricos em monumentos e obras de arte. A guerra, em particular, é cada vez mais impiedosa para os civis e também para o legado civilizacional do passado!

Isto continua a ser verdade: Por exemplo, aquando da guerra e invasão do Iraque em 2003, os americanos não tiveram preocupação em preservar os tesouros arqueológicos das antigas civilizações sumérias e babilónicas; deixaram que o museu nacional de Bagdade fosse saqueado. Também foram saqueados incontáveis sítios arqueológicos. Inúmeras peças valiosas foram vendidas a colecionadores particulares, nos mais diversos pontos do mundo. Infelizmente, existem outros exemplos recentes.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O «GREAT RESET» desmascarado

 




A nossa media corporativa tem feito um excelente trabalho de nos distrair do que é importante, de forma a que nós nunca possamos eventualmente abrir os olhos e perceber aquilo que os oligarcas de Davos nos reservam.

No entanto, Klaus Schawb no livro que escreveu em parceria com Thierry Malleret, não esconde nada do essencial. Embora não sejamos ingénuos, ao ponto de acreditar nas suas palavras propagandísticas, com um mínimo de treino podemos compreender verdadeiramente o que eles, os de Davos, pretendem. 

Com efeito, estes super-ricos, agrupando as mil e tal empresas mais lucrativas do planeta, que pagam «uma pipa de massa» para estarem presentes todos os anos em Davos, são detentores coletivamente de cerca de 15 % do PIB mundial! Eles estão interessados num governo mundial, usando porém mais frequentemente o termo «governança» global, o que não é senão um eufemismo, apenas velado, da velha teoria da «Nova Ordem Mundial» com um governo único mundial, que já vem do início do século XX e da Round Table. Um dos mais eminentes propagandistas do globalismo, em 1940, numa altura em que não era preciso esconder-se com eufemismos, H. G. Wells escreveu um ensaio intitulado «A Nova Ordem Mundial». 

Não é porém tão apelativo, hoje em dia, falar-se de «governo mundial». Estes globalistas são certamente aconselhados por especialistas de sociologia, de psicologia e de outros ramos das ciências humanas, que percebem e manipulam com destreza, na senda de Bernays, os desejos profundos, as aspirações dos públicos aos quais se dirigem, para os melhor levar a aceitar como coisa natural, aquilo que à partida não o era. 

A técnica é velha; trata-se de ir fazendo pequenos passos que aproximam do objetivo, de modo a que o público não veja, nessa deriva, nada que seja disruptivo. Mas, no final, estará em condição de aceitar como «natural» algo que antes poderia causar o seu repúdio. Temos exemplos desta técnica de «progressos» incrementais, na progressiva rutura do contrato social, com a privatização, por etapas, dos serviços públicos, um de cada vez, ao longo de décadas, e sempre deixando um núcleo «nacional» como forma de encobrir a privatização à outrance da grande maioria das infraestruturas de serviços. É visível com a transferência de partes do Serviço Nacional de Saúde, para o privado; de grande parte do ensino, deixando escolas públicas para cobrir somente as necessidades da população mais desfavorecida, que não pode pagar mensalidades enormes para manter seus filhos em colégios privados; o mesmo, nos transportes públicos. Em geral, o setor privado tem abocanhado os segmentos de mercado que são rentáveis e que podem ser ainda mais rentáveis, pois o seu objetivo é somente o lucro e não servir o público.  

Em relação ao governo mundial, temos as sucessivas transferências de soberania dos Estados, para construções supranacionais, como a União Europeia e outras. Temos também as normas de tratados, tais como aquele que Obama queria impor (o TTIP), que limitam muito a margem de manobra dos Estados, obrigando-os a reconhecer, na prática, as multinacionais como iguais aos Estados em Direito, logo com capacidade para processar um Estado, logo que este se ataque aos lucros destas empresas.

Dentro da construção paulatina da governança mundial, pode-se incluir o conjunto de regras, emitidas por agências internacionais, quer sejam da ONU ou de outras instâncias. Os tratados multilaterais, cujo conteúdo passa a fazer parte da legislação dum país, assim que este o ratificar, podem ser vantajosos para alguns e desastrosos para outros, como é o caso das regras instituídas pela OMC. 

Por fim, temos a «defesa», na realidade, a força militar. O caso típico é o da NATO/OTAN, em que, para os pequenos Estados, a parcela de autonomia é nula e a soberania se resume à sua bandeira nacional estar presente nas sedes e nos congressos da aliança militar.  Mas, em circunstâncias de guerra ou de treinos, os Estados mais fracos têm de contribuir com contingentes e de fazer despesas avultadas, para equipar seus efetivos com armamentos, navios, aviões, sistemas de mísseis, etc. 

No sistema mundial, tal como o desejam «os de Davos», a propriedade das coisas, dos bens produtivos, não apenas continua a estar distribuída de forma assimétrica: Querem que esta assimetria ainda seja maior. É este o significado do «slogan»: «Não possuirás nada e serás feliz». Com efeito, a possibilidade de possuir propriedade privada, permite a autonomia dos indivíduos, dos grupos, das comunidades. Sem isso, não é possível dizer «não!» ao senhorio, ao patrão, ao superior hierárquico. Sem a posse plena de bens, os menos poderosos não poderão aguentar, porque perdem logo o acesso aos bens vitais. É, portanto a 1ª parte da frase que nos diz algo de concreto. Quanto ao «ser-se feliz», é doutra ordem: Trata-se de algo não quantificável, pois é bem sabido que a riqueza material não traz, por si só, um acréscimo de felicidade; porém, a privação dos bens materiais, ao ponto de fazer com que não haja o essencial, é um obstáculo maior à felicidade dos indivíduos.  

Poderíamos definir o pensamento dos globalistas como o duma oligarquia que deseja para si própria a «governança global», que apenas está interessada em representar a democracia, que se esforça por conservar as riquezas para si, através de oligopólios. Pense-se no poderio económico e político que detém um pequeno número de grandes empresas  (banca e finança internacionais,  empresas petrolíferas e mineiras, empresas químicas e farmacêuticas, empresas de armamento, de tecnologia informática...). Estas empresas conseguem fazer com que os grandes Estados se dobrem aos seus caprichos; conseguem que eles lhes concedam privilégios, como isenções de impostos e outros, que não dão às empresas mais pequenas; sobretudo, conseguem impedir que seja feita e aplicada legislação anti- monopólios. Estas leis anti -monopólios, ou anti- cartéis, foram introduzidas desde há cerca de um século, em países ocidentais e foram reforçadas após a 2ª Guerra Mundial. Mas, os grandes grupos e os seus representantes políticos, não descansaram enquanto estas leis não foram abolidas ou desvirtuadas. Nas economias contemporâneas dos países capitalistas há, não apenas uma onda de privatizações, como uma cartelização generalizada da economia, pelo que o capitalismo, sem concorrência, foi transformado num corporativismo

Este corporativismo, desejado pelos globalistas de Davos, pode traduzir-se pelo lema seguinte:

- «O 'socialismo' para os muito ricos; a escravatura para a plebe» 

............................... 

NB1: Yuval Harari diz em voz alta, aquilo que muitos dos «de Davos» pensam: 

https://www.zerohedge.com/news/2022-09-06/world-economic-forum-futurist-we-just-dont-need-vast-majority-population


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

HIPOCRISIA ECOLÓGICA

 Eu fico estarrecido primeiro, depois fico deprimido com os «ecologistas» de pacotilha contemporâneos.

Não duvido que existam muitas e boas pessoas que não tomam a ecologia como uma espécie de moda. Que estudaram a ecologia como ciência, sem demagogias, com rigor e abertura crítica. Mas, estes honestos ecologistas científicos (ou com motivações genuínas em defesa do ambiente e - portanto -levados a buscar a verdade dos factos, não as aparências) são submersos pela «onda verde» de falsos ecologistas, pessoas contratadas pelos grandes interesses capitalistas, as grandes corporações, pelo status quo, que pretendem assim fazer «green-washing». De facto, é uma lavagem ao cérebro que atinge mais os jovens,  confrontados com fenómenos de moda, com o falso discurso «alternativo», etc. Estes jovens não aprenderam na escola o pensamento crítico, o ceticismo saudável, a preocupação de objetividade, mas foram injetados de propaganda «green» sob pretexto de «ciência». 

Os dados da psicologia mostram que é muito mais difícil convencer do seu engano uma pessoa que acreditou numa teoria errónea, do que mostrar a uma pessoa, que ainda não tomou partido, que realmente essa teoria é falsa, não repousa sobre factos comprovados reais. Esta perversão das pessoas bem-intencionadas, é um dos objetivos dos multimilionários que se acotovelam em Davos, junto a Klaus Schwab, Bill Gates, a chefes de estado e de governo, além de «cientistas» comprados com benesses, que julgam o seu sucesso mediático ser devido ao seu talento; de facto, são promovidos para fazerem parte da «coudelaria» científica de Davos!

Note-se que a ONU está completamente inserida nesta operação: Com o seu GIEC, que é um painel intergovernamental, portanto não é um comité científico, tanto existindo nele cientistas do clima, como meros funcionários de ministérios e pessoal da política, não cientistas. O mesmo, ou pior, se pode dizer da OMS, tomada de assalto há alguns anos pelas grandes farmacêuticas, as quais, com a Fundação Bill e Melinda Gates e outras mais, se arrogam o direito de ditar ou influenciar de modo decisivo as políticas da OMS: É bem conhecido que o financiamento privado  (fundações + grandes empresas do sector), na OMS, é muito superior ao estatal (os países da ONU, na proporção do seu PIB, contribuem para a OMS e para outras agências da ONU). 

A ONU produziu uma espécie de «roteiro», a AGENDA 2030. Eles preconizam, sob capa de «economia verde, sustentável», o decrescimento, ou seja a versão mais radical, que significa em concreto que muitos no Sul Global vão morrer à fome e de doenças evitáveis, porque assim teremos um mundo talhado à dimensão dos sonhos malthusianos e eugenistas da «elite», desde os tempos de Cecil Rhodes e da «Round Table», que povoam «think tanks», inúmeras comissões governamentais, para-governamentais e intergovernamentais, além das ONG's («Organizações Não-Governamentais») que -afinal - também são governamentais, pois dependem de subsídios e/ou encomendas governamentais.

Todo esse belo mundo usa slogans da «ecologia profunda» para fazer com que haja uma regressão civilizacional, que eles celebram, através de vocabulário que mascara a realidade dura, recaindo sobre a cidadania de seus próprios países: Eles são peritos em palavras, por isso, substituíram a «austeridade» pela «simplicidade», ou seja, os cidadãos são obrigados - em nome da simplicidade - a serem como uns santos, despojados de quase tudo (e até do essencial), para que os Senhores (os donos do planeta) se passeiem de jet, de conferência em colóquio, de simpósio em congresso, sempre para o maior bem da Terra Mãe, claro!



O «reciclável» é uma psi-op (operação psicológica). O mesmo se poderá dizer das máscaras que não protegem da transmissão viral, mas causam dano visível nas pessoas (micropartículas de plástico inaladas e aumento de cancros) e na vida selvagem (inúmeras aves têm uma morte horrível, armadilhadas pelas máscaras que se enrolam nas patas).

E quem julgam vocês que vai sofrer com falta de alimento e com imenso frio, nesta próxima temporada? Serão os ricos, com os seus SUV EV e as suas mansões termorreguladas? - Não serão os pobres, em especial dos países da periferia, dos países pobres, muitos dos quais também são capitalistas, por sinal e até de um capitalismo mais selvagem?? 

A originalidade da situação é que mesmo em países afluentes, como a Alemanha e a Holanda, já se percebe a enorme vaga de descontentamento popular, porque as pessoas estão a abrir os olhos e a compreender toda a conjura, o golpe de Estado global que nos caiu em cima em Fevereiro-Março de 2020.

 Desenganem-se os que atribuem a Putin e à guerra na Ucrânia (provocada pelo Ocidente) todos os males da economia, do clima, da escassez manufaturada de alimentos: Àquela elite globalista convém ter um supervilão, um demónio, uma encarnação do mal, sobre o qual poderão deitar todas as culpas. 

Mas, a realidade é teimosa (como dizia Lenine), ela mostra, por exemplo, que as medidas contra os agricultores na Holanda, nada têm que ver com a guerra na Ucrânia. São tomadas por um governo muito «bem comportado» na NATO e na UE

A vaga de revolta que levou ao derrube do governo do Sri Lanka, foi devida ao aumento brutal dos preços dos bens essenciais. Sim, mas isso é consequência do governo (corrupto) ter decidido, sob influência de conselheiros ocidentais «iluminados», que deveria converter a agricultura do Sri Lanka, imediatamente, sem transição, para agricultura biológica, isto é sem adubagem química de qualquer espécie. A previsível quebra de produção agrícola subsequente, levou à ruína generalizada dos agricultores, ao aumento em flecha dos preços dos bens alimentares, a uma escassez generalizada de alimentos: o arroz subiu de preço até valores incomportáveis para as famílias pobres e médias. Foi este o contexto, nunca tratado nos media «mainstream», que levou à revolta popular. 

Entre os cultores da Nova Ordem Mundial, existe uma crença de que eles, da «raça dos Senhores», irão governar para sempre na Terra pacificada, domesticada, após convulsão por eles mesmos provocada. Assim, aplicam a fórmula «a ordem pelo caos». Pensam que essa «nova ordem» emergirá do caos. Este tipo de formulação é absurda, pois ao provocarem o caos, com vista a que possa daí sair (por milagre?) uma "Nova Ordem", estão a destruir a base da civilização. Estão a provocar a vinda da nova «Idade das Trevas» (*).  A primeira correspondeu a um período que durou vários séculos, entre o ruir do Império Romano e o Renascimento. 

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(*) Nessa altura, as fomes, as epidemias e a quase extinção de trocas comerciais, provocaram um marasmo duradouro, que apenas foi invertido na era seguinte, em que os vínculos feudais foram esbatidos, em resultado da peste negra e da escassez de mão-de-obra. A partir dos séculos 14 e 15, dá-se o Renascimento, com o desenvolvimento do capitalismo mercantil e dos bem conhecidos episódios: viagens ultramarinas, novas rotas marítimas do comércio, "descoberta" de novos povos pelos europeus, redescoberta da Arte, Filosofia e Ciência da Antiguidade Greco-Romana, rutura na Igreja com a Reforma, seguida de Guerras de Religião, etc. 

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PS1: Este autor vem corroborar a minha visão sobre a catástrofe ecológica (e civilizacional, e humanitária ...) manufaturada pela direção malthusiana, eugenista, que quer impor um governo da elite plutocrática (neofeudalismo):

https://www.zerohedge.com/geopolitical/great-reset-perfect-storm

terça-feira, 23 de agosto de 2022

HOMENAGEM A DARIA DOUGUINA, VÍTIMA DO TERRORISMO



Daria Douguine, assassinada há dias em Moscovo, deu uma entrevista (em 2019), em francês:



 O atentado terrorista que a vitimou estava, com toda a probabilidade, destinado ao seu pai, Alexander Douguine, um célebre filósofo russo.

PS1: Leia o artigo de Pepe Escobar sobre o assassinato de Daria e o contexto geral em que ele se desenrola.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

PROPAGANDA 21 Nº15: A GRANDE BOLHA MEDIÁTICA QUE TUDO RECOBRE


Nós estamos inseridos numa espécie de «Matrix», ou seja, numa redoma em que o Universo nos aparece através dos filtros cuidadosamente calibrados para que, aquilo que se convenciona ser «a realidade» ou a perceção da mesma, não seja disruptiva, não afete o moral das tropas, não lhes permita ver através duma brecha, algo que não seja conveniente aos nossos Senhores Feudais

Em suma, a nossa capacidade crítica tem de ser completamente anulada ou muito diminuída, incluindo táticas de propaganda de guerra, que antes da era da Internet, eram dirigidas e aplicadas contra os países «inimigos» do nosso. Lembro a enorme máquina de propaganda Ocidental e Americana, que foi montada e desenvolvida para os países de Leste e da URSS, em particular, com «notícias» destinadas a mostrar a sociedade capitalista como infinitamente melhor que as suas, apontando e amplificando os contrastes desfavoráveis para os sistemas ditos de socialismo real. Não está aqui em jogo saber se o socialismo real  era de facto socialismo, ou se era outra coisa. Todas as sociedades têm aspetos negativos e todas têm aspetos positivos também. A propaganda é verdadeiramente uma arma de guerra, como foi  reconhecido por Edward Bernays há um século. Tem sido o principal instrumento de domínio das classes «superiores» sobre as populações, desde então. 

Não admira, portanto, que a «guerra informativa» seja levada a cabo pelo império anglo-americano, contra a Rússia e a China e vários países que se têm oposto à globalização capitalista. Mas, devo sublinhar que num mundo de informação globalizada, necessariamente, a guerra de informação tem de abranger tanto populações «inimigas», como «amigas», tanto um público doméstico, como um estrangeiro. Não pode ser de outro modo, pela natureza global do sistema mediático e pela impossibilidade de se cortar o acesso à Internet de forma demasiado óbvia, devido ao efeito desastroso, que os iria desmascarar. 

Ainda assim, têm feito muito no complexo «militar-industrial-policial-tecnológico-mediático» para o domínio das nossas mentes.  As catadupas de propaganda constante que se apresentam como «notícias», são - na verdade - o modo mais eficaz para distorcer a imagem da realidade no público, sem que este suspeite disso. O público está convencido que pode confiar nos media da sua escolha, da sua confiança política, sejam estes «mainstream», ou «alternativos». A distorção é eficaz, porque deriva da própria parcialidade das pessoas: Todos nós temos preconceitos, sobretudo no que toca a assuntos de política, de sociedade, de valores, de ideologias. 

A «ciência dos media» é uma psicologia aplicada, usa os avanços do saber fundamental em psicologia. Edward Bernays, no princípio do século XX, serviu-se do modelo psicanalítico e adaptou-o à sua teoria das Public Relations. Aliás, ele escreveu o famoso livro «Propaganda»; porém, depois viu que o termo propaganda tinha adquirido conotação negativa, após o III Reich e a IIª Guerra Mundial, e inventou a expressão Public Relations. 

Desde Bernays e desde Freud, muito se descobriu em relação à psicologia, ao estudo do comportamento humano, ao estudo da sociedade, das interações individuais e coletivas, da forma como a mente se apercebe do real, como as memórias se formam, como são modificadas e atualizadas, etc.

Na guerra da informação em curso, não existe um lado «bom» e um lado «mau». Todos os lados fazem a sua propaganda, todos os lados usam e abusam do seu controlo sobre meios de comunicação de massa para manter ou reforçar os preconceitos no público. 

Se existe arte «maquiavélica», é esta da comunicação mediática, acoplada - como gémea siamesa - à política. Se o que parece ser, é... então para que algo se insira nos nossos neurónios cerebrais, é preciso que haja um «efeito de realidade», que as pessoas «aprendam» a ver e interpretar as coisas, tal como os «senhores feudais» querem. Para esse fim, os poderosos dispõem do acesso ilimitado aos media, à máquina administrativa dos Estados, para exporem e defenderem as suas posições, além de poderem anular a informação dissidente através de blackout ou censura (hoje em dia, no Twitter, Facebook, Youtube...) e com a distorção e difamação dos pontos de vista contrários, sem que os atingidos possam defender-se eficazmente.

 Porém, há um aspeto não evidente do controlo mediático: A torrente constante de «notícias» triviais, misturadas com assuntos importantes, tem o efeito ao nível subconsciente, de fazer equiparar tudo o que chega ao conhecimento do indivíduo. Não se trata de relativizar a informação, o que seria positivo, mas de menosprezar tudo por igual, o que impede de ver o que é importante. Este efeito de «overflow» anula a possibilidade da construção de uma visão pessoal do mundo e do real. As pessoas das sociedades híper-conectadas mostram uma surpreendente ausência de «Weltansschauung». Para muitas, as coisas acontecem «por acaso», ou sem existir relação de umas com as outras. Para esta incapacidade de compreender o mundo, contribui o caos propositado dos fluxos contínuos de notícias. Em consequência, a lógica da narrativa dos media sobre um dado assunto é (inconscientemente) apreendida como correta, também porque é reproduzida pelas inúmeras bocas da hidra mediática.


Reflexão: Às vezes, sonho com o desaparecimento da Internet e das formas de informação de cima para baixo, que veiculam uma certa imagem do Mundo, como a televisão, a rádio, os grandes jornais, a escola, etc. Mas, isso não teria só lados positivos, com certeza. Muito mais realista será encontrar maneira de viver com estes meios, sabendo que não são neutros, que nunca o foram, que estão intrinsecamente ligados ao modo como é exercido o poder. Por outro lado, se a nossa mente está aberta e crítica, conseguimos nutri-la com informação consistente e com pensamentos originais, criativos. Para não «deitarmos fora o bebé com a água do banho», é preciso nos (auto) educarmos no domínio da comunicação, recorrendo a ciências tão variadas como a psicologia social, a neurologia, a etologia comparada, a evolução biológica.

NOTA: Gostaria que o modesto contributo desta série «PROPAGANDA 21», fosse o de chamar a atenção dos leitores para a importância da comunicação de massas. O exame crítico da informação que nos envolve é o meu objetivo, não é inculcar-vos qualquer  ponto de vista sobre estes assuntos.

PS1: Veja este vídeo com excertos de conversas de Andrew Tate (a partir dos 29 min.) e veja a razão real porque foi banido da Internet. Eles usam a falsa acusação de misoginia, como cobertura para a descarada censura política que fazem.

JAPÃO: A GERAÇÃO PERDIDA


 Este documentário é muito interessante: Mostra como as bolhas especulativas, na bolsa e no imobiliário, uma vez rebentadas, produzem um marasmo duradoiro, que se reflete na demografia do país. 
A ideologia neoliberal, tão forte nos anos 90 e que continua a ser hegemónica ao nível académico e mediático convencionais, varreu para debaixo do tapete o caso das décadas de marasmo na economia mais dinâmica na Ásia e no mundo nas décadas anteriores (anos 60-80). 
Note-se que o conceito de quantative easing foi inventado pelo Banco Central do Japão, para «estimular» o consumo interno com impressão monetária. O resultado pode ser visto neste vídeo. 

THE ANIMALS E OS ANOS 60

Os britânicos «The Animals» são um marco inesquecível dos anos 60. Em homenagem ao grupo e seus membros, deixo aqui 40 canções:


               https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IORf7pGl2Et34u40666iOQs

Nestes anos, os jovens eram revolucionários:  Ocuparam fábricas e faculdades, puseram em cheque as políticas repressivas, não tiveram medo de enfrentar tanto a repressão policial, como a repressão burocrática. 

Nos anos 60 passaram-se muitas coisas que eu não imagino possíveis na atualidade. Pelo menos, nos países ditos «ocidentais».  

Era assim, nos anos 60, à beira da revolução que acabou por não acontecer no plano político, mas foi bem sucedida na sociedade civil:

LIBERTAÇÃO SEXUAL, LUTA AUTÓNOMA DAS MINORIAS OPRIMIDAS, LUTA ANTI-COLONIAL E ANTI-IMPERIALISTA, SOCIALISMO NÃO-BUROCRÁTICO.

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IORf7pGl2Et34u40666iOQs


domingo, 21 de agosto de 2022

A JANELA DE OVERTON E A ILUSÃO DA DEMOCRACIA

 Neste país à beira-mar plantado, todo ele com os pés na areia e o sol a queimar-lhes os miolos, seria milagre que aqui alguém prestasse atenção ao que escrevo. Como não acredito em milagres, tenho realmente pouca convicção de que alguém, neste soporífero país, veja e explore as pistas de reflexão que lhes apresento. Mas, o Mundo é vasto e a Internet também. De facto, mais de meio milhar de seguidores anónimos consultam este blog diariamente, da Austrália ao Canadá,  da Rússia ao Reino Unido.

Para meu público anónimo, quero apresentar um autor de vídeos de Youtube, que descobri muito recentemente: Não me identifico com algumas opiniões dele, ou com certas formulações nalgumas questões. E depois? O essencial é saber se o sumo do que ele expõe tem conteúdo, tem informação; se o discurso do autor é coerente e nos provoca. Sem nos confrontarmos ao outro, como diz Byung-Chul Han, não existe discursividade; e sem ela, a democracia fica - no mínimo - castrada, torna-se uma farsa, um jogo sem conteúdo. Creio que foi George Orwell (Eric Blair) quem definiu melhor a democracia, como «quando podes dizer aquilo que os outros NÃO gostam de ouvir».

Regalem-se pois, com o vídeo abaixo (podem ativar legendas automáticas, em espanhol):



quinta-feira, 18 de agosto de 2022

PUTIN, DISCIPULO DE MACKINDER NO SÉCULO XXI

Nota prévia: Tenho a maior consideração pela capacidade e honestidade de Alasdair Mcleod, um conservador britânico, que não cede face a quaisquer seduções de expressar simpatias ou antipatias ideológicas. Sei que ele não gosta de Putin e do regime instituído na Rússia, mas como bom analista em geoestratégia, é realista. Construiu (clicar no título abaixo) uma peça notável de análise geoestratégica, embora os seus domínios de especialidade sejam as relações monetárias e os metais preciosos. 

Geopolitics: the world is splitting into two

O título diz claramente do que se trata. Eu não irei traduzir, nem comentar, pois me parece inútil, face à clareza do seu inglês. Limito-me a transcrever abaixo o gráfico e o respetivo comentário, sublinhando que o conteúdo fundamental do artigo é a estratégia de Putin.
[citação:]

 A EVIDÊNCIA mostra que a volatilidade das matérias-primas está nas divisas nas quais são pagas, não nas próprias matérias-primas. A figura abaixo mostra esta relação comparando o preço do petróleo em Euros (curva a cinzento) e o preço do mesmo combustível, expresso em ouro (curva a amarelo) 


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

TELESCÓPIO JAMES WEBB: IMAGENS DE GALÁXIAS CAUSAM SURPRESA NA COMUNIDADE CIENTÍFICA

 



Estas imagens de galáxias jovens obtidas pelo telescópio espacial James Webb causaram mais que uma sensação, nos círculos dos astrónomos e dos cosmólogos. É que estas galáxias são estimadas muito mais antigas do que se julgava possível. Caso esta estimativa se confirme, o modelo até agora aceite de expansão do Universo, conhecido popularmente como «Big Bang», estará posto em causa, pois as imagens referidas seriam incompatíveis com a teoria «inflacionária», que descreve a expansão do Universo no tempo próximo da sua origem. Trata-se - talvez - de uma mudança de paradigma. Se assim for, é da maior importância para a Cosmologia. 
Veremos se as discussões decorrentes das descobertas conduzem somente ao ajustamento de parâmetros dentro da teoria em vigor, ou se é necessário deitar para o caixote de lixo a teoria do Big Bang, que todos conhecemos. Neste caso, outra teoria cosmológica surgirá. 
Vale a pena visitar a página:

James Webb Space Telescope images reveal stunning galaxies, complex adolescent cosmos




https://www.abc.net.au/news/science/2022-08-16/james-webb-space-telescope-first-month-of-images-data/101322658

(mais imagens de galáxias, de uma beleza estonteante, na página acima assinalada)


PS1: Veja também, sobre o mesmo tema, o vídeo seguinte:

https://www.youtube.com/watch?v=vjcuQzZD7vI

FORASTEIRO À BEIRA MAR [OBRAS DE MANUEL BANET]

                            ,Imagem: quadro a óleo de Eduard Honoré Gandon



Forasteiro à beira mar

Longe está meu pensamento

Outrora ensinou-me o vento

Outrora ensinou-me a amar


Indivíduos nos envaidecemos

Não nos ligamos jamais ao ser

Esquecidos de que irrompemos

Em Universo dum único Ser


Aos meus pés a maré vem

Mas não sou o rei da lenda

O horizonte mil sóis tem

Mil luas e uma legenda


Num tempo esquecido

Alguém olhou e adorou

O canto espairecido

Por cima das ondas soou


Basta um gesto, um olhar

 De beleza o coração cheio

Pode na certeza se firmar

Do passado imenso veio






terça-feira, 16 de agosto de 2022

CDC (NOS EUA) RECONHECE QUE INFEÇÃO COM O VÍRUS COVID-19 DÁ A MESMA PROTEÇÃO QUE A VACINA

 


“O passado era modificável. O passado nunca tinha sido modificado. Oceânia estava em guerra com Ásia do Leste. Oceânia esteve sempre em guerra com Ásia do Leste.” ― George Orwell, 1984


A epidemiologista do CDC divulgou na semana passada as novas linhas-guia aos jornalistas, afirmando o que os peritos em vacinas tinham dito desde há longo tempo: não existe diferença entre a proteção dada pela vacina do COVID-19 e a prévia infeção com o próprio vírus.

“Tanto a infeção prévia como a vacinação conferem alguma proteção contra a doença severa" disse Massetti. “E, portanto faz todo o sentido não diferenciar nas nossas linhas guia ou nas nossas recomendações baseadas na situação vacinal dos indivíduos, neste momento"

Para o artigo completo
 de Paul D. Tacker (em inglês) consulte:

CDC Now Says COVID-19 Prior Infection Same as Vaccination, Let Us Now Commence the Great Misremembering With elections on the horizon is the CDC following “midterm science”? 

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Comentário de Manuel Banet

De facto, a verdadeira ciência foi completamente espezinhada e humilhada por políticos, jornalistas, pseudo- cientistas e médicos pouco escrupulosos. Não se pode perdoar o terem causado sofrimento e enormes prejuízos na vida de cidadãos, que foram discriminados de um modo tipicamente fascista ou nazi, e ainda o são, com base na única palavra mafiosa de «cientistas» dignos do Terceiro Reich. 

Tudo isso para inflar os lucros chorudos da Pfizer, Moderna e das indústrias de saúde, que incluem a feitura de «testes» com um número de falsos positivos tal, que deveriam ser considerados inválidos. Também as restrições decorrentes desta «ciência» implicaram muitas mortes evitáveis, quer pelo agravamento do estado de saúde de doentes de outras patologias que não do COVID-19, como cancros, por exemplo, mas igualmente pelo desencadear e/ou agravamento de doenças do foro psíquico. 

Além disso, houve um grave dano moral e patrimonial causado a pessoas que - dentro da sua ética e contra a onda de histeria - não se fizeram «vacinar». As pessoas que andaram a promover a  ciência de pacotilha e a pôr em prática medidas repressivas e discriminatórias contra os não-vacinados, deveriam ser responsabilizadas, a todos os níveis, do ponto de vista criminal e civil.

Se existisse uma separação de poderes; se os tribunais e magistrados judiciais fossem verdadeiramente capazes e desejosos de preservar o Estado de Direito, teriam já encetado inquéritos e emitido mandatos de captura, para julgar os meliantes que manipularam e usaram seus poderes para oprimir gravemente todo o povo, especialmente castigando as pessoas corajosas, que não se acobardaram e disseram a verdade. 

Tanto na Europa, como nos EUA e noutros países ditos «Ocidentais», entrou-se claramente numa situação de rutura constitucional desde há dois anos e meio, que se manteve. A situação é agravada pela impunidade e continuação do crime. Assim sendo, não vejo diferença substancial em relação às ditaduras fascistas e totalitárias. Onde está a democracia, os Direitos Humanos, o respeito pela Lei? 
A única diferença, em relação a totalitarismos passados, é o grau muito maior de ilusão, cobardia e ignorância das pessoas. 

Nos regimes totalitários do passado (eu conheci alguns) não havia dúvidas na cidadania: As pessoas sabiam que o discurso oficial era apenas uma capa para encobrir a repressão. Hoje, não só não compreendem o que se está a passar, como ao recusar ver as evidências, são fator para perpetuar estas ditaduras sanitárias. A corrupção dos regimes é enorme e é sistémica, os partidos de oposição foram cooptados e estão essencialmente a mostrar-se colaboradores das ilegalidades dos governos; pensam que, assim, não serão castigados eleitoralmente pelos eleitores.