Manuel Banet, ele próprio
Reflexão pessoal, com ênfase na criação e crítica
domingo, 6 de julho de 2025
sábado, 5 de julho de 2025
AS SANÇÕES COMO INSTRUMENTO DE MUDANÇA DE REGIME [por The Dissident]
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Concerto in due Cori con Violino scordato | RV 583 in B♭ major de Vivaldi
I. Largo e spiccato — Presto — Allegro non molto (0:00)II. Andante (5:29) III. Allegro (10:33)
sexta-feira, 4 de julho de 2025
COMO AS GRANDES EMPRESAS DE TECNOLOGIA SE APROVEITAM DO GENOCÍDIO EM GAZA
Os crimes e atrocidades que o exército de Israel está cometendo quotidianamente sobre as populações palestinianas indefesas de Gaza e da Margem Ocidental, são de todos conhecidos. Não serve de nada fingir que se ignora.
Mas, o genocídio não é apenas perpetrado pelo exército e pelo governo de Israel. Existem conivências e apoios objetivos, que vão desde uma maioria da população civil israelita, equivocada, iludida pela propaganda sionista, até à massa de público internacional indiferente ou que aceita sem pestanejar notícias sobre esta parte do mundo, desde que isso não os afete diretamente, pessoalmente.
A estes, deve-se acrescentar o papel dos governos ocidentais, dos EUA e seus aliados/vassalos, que, com muito poucas exceções, fingem que os pseudo-argumentos vozeados pelos sionistas têm algo de verosímil. Estão coniventes e são culpados de genocídio, por ativamente o tornarem possível, por ajudarem a sua continuação, com somas enormes de dinheiro, com armamentos e munições e com apoio diplomático a Israel, como se este país fosse uma «democracia», garantindo que os "bárbaros" não destruam a civilização ocidental. A tal que é a «civilização» do Ocidente; a auto-designada defensora dos direitos humanos (... quando e em relação a quem lhes convém.)
No entanto, poucas pessoas estão conscientes do imenso papel desempenhado por multinacionais de tecnologia -Palantir, Amazon, Microsoft, Google e muitas outras - que formam a infraestrutura da sociedade digital contemporânea, que nós todos usamos quotidianamente.
É o que os dois documentos (um vídeo e um extenso artigo) abaixo vêm nos informar.
Clicar no título para ter acesso ao artigo por «The Dissident» na página Substack :Economy Of Genocide: A New Report Exposes The Corporations Profiting Off The Genocide In Gaza.A New UN Report Shows How The Genocide In Gaza Has Been Profitable By A Long List Of War Profiteers. |
quinta-feira, 3 de julho de 2025
AS ROTAS DA SEDA E O PAPEL DE XI'AN, ANTIGA CAPITAL
AS SEDAS NO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PORTUGAL
A nossa incultura, mesmo nos que se dizem «cultos», sobressai agora devido ao extremo «encolhimento» das distâncias, não apenas geográficas, como também nos modos de vida, uniformizados e semelhantes em boa parte das nações que - no seu conjunto - compõem a ONU. Mas, sempre houve nações mais importantes que outras e a China é um exemplo flagrante disso. Sabia que a China teve uma economia florecescente e uma sociedade muito avançada para os padrões comuns da época, até ao séc. XVIII inclusivé? A prosperidade da China veio sobretudo do trabalho árduo e engenhoso do seu povo, pensemos nas sedas e no delicado trabalho que necessariamente tinha de ser ofício especializado de operários/as, desde o desfazer do casulo de bicho da seda, para libertar os filamentos, até aos tecidos, ao seu tratamento, às cores e motivos estampados. Hoje em dia as operações podem ser parcial ou totalmente mecanizadas, nas várias etapas, mas no século XVIII tratava-se de um trabalho de longa aplicação. O nosso Marquês de Pombal, numa tentativa sem precedentes, decidiu implantar em Portugal uma indústria da seda: ainda existem edifícios da antiga fábrica da seda, no bairro das Amoreiras (as folhas desta árvore nutriam o «bicho» ou larva) e também uma série de casas (todas com traçado idêntico e muito simples) destinadas a alojar a população operária desta indústria. Era plano do governo de então, retirar o monopólio das sedas importadas à Inglaterra, dando oportunidade a uma população fabril ter trabalho, assim como a burguesia e nobreza, principais consumidores destes tecidos de luxo, terem tecidos de comparável qualidade, mas a um preço sensivelmente menor, não tendo que pagar direitos aduaneiros. Além das sedas, também as cerâmicas, com a Fábrica do Rato, a indústria do vidro, dos vinhos, etc. mereceram o impulso régio para sua criação e/ou desenvolvimento. A substituição de importações por produções nacionais, foi um dos objetivos estratégicos do Marquês. Estes e outros aspectos da política económica destinavam-se a industrializar o país, tornando-o auto-suficiente em relação a uma série de bens e mesmo exportador.
Não irei AQUI fazer a história das Rotas da Seda. As pessoas têm abaixo alguns links que poderão consultar: Serão BONS pontos de partida para investigações mais aprofundadas.
https://fr.unesco.org/silkroad/content/xian
https://instaviagem.com/guia/atracoes-turisticas/china/xi-an/bairro-muculmano
O Reino de Xi'an ponto de partida das Rotas da Seda
Apenas acrescento uma nota sobre Xi'an, uma rica cidade comerciante, que também foi capital do reino respectivo e acolheu uma comunidade de mercadores muçulmanos. Xi'an era um dos pontos de partida e de chegada, ou encruzilhada das caravanas da Rota da Seda, que percorriam milhares de quilómetros, de leste a oeste e vice-versa, por terra e por mar, num fluxo de comércio contínuo e lucrativo.
Não só Xi'an acolheu os mercadores de outras etnias e outras religiões (também cristãos nestorianos, sírios e persas) como lhes proporcionou condições dignas de habitação, como o bairro muçulmano, tendo - no seu centro - uma mesquita. Este conjunto monumental foi preservado, sendo visitável hoje.
As fotos mostram vários aspectos dessa mesquita e dos jardins que a envolvem. À primeira vista, parecerão típicos pagodes chineses. Mas, na realidade, são locais de culto da religião de Maomé.
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Mesquita do bairro muçulmano de Xi'an (fotos de Manuela Moita)
Os momentos de apojeu das civilizações, são geralmente os de maior tolerância cultural e religiosa, aceitando pacificamente as influências e trocas com outros povos.
Quando as nações entram em decadência, pelo contrário, tornam-se intolerantes em relação a ideias, costumes e pessoas, especialmente se vindos do estrangeiro... Acaba por se tornar num processo de auto-destruição, até à decrepitude e morte.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
DISCURSO FIRME E SERENO DIRIGIDO A ISRAEL E OCIDENTE
Ibrahim TRAORÉ, PRESIDENTE DO BURKINA
-FASO: