Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

BALADA DAS CONTRADIÇÕES* [OBRAS DE MANUEL BANET]

                      

                     BALADA DAS CONTRADIÇÕES* 


Quem diz do branco cisne, que é corvo negro 

É meu amigo, com enganos me defende

Diz todo o mal de mim, assim me elogia

Sensato parece quem procede com loucura


De todos bem acolhido, por todos escorraçado


Perto da fogueira treme de frio

Muito deseja o que mais despreza

Se faz elogios rasgados, com eles insulta

Quem nos trai, ao nosso lado se posiciona


De todos bem acolhido, por todos escorraçado


Quereis saber, cavaleiro, a verdade?

Ninguém diz o que pensa,  todos mentem

É amarga lição que não se dispensa

Um grande favor que devemos agradecer


De todos bem acolhido, por todos escorraçado


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*Inspirado na «Ballade du Concours de Blois» de François Villon



quinta-feira, 14 de julho de 2022

A INJUSTIÇA DA TAXA CARBONO



 Lembram-se das medidas a favor do ambiente, de luta contra o aquecimento climático, produzidas e reiteradas nas sucessivas COP

Eu aposto que, no concreto, quase ninguém se lembra doutras «medidas urgentes», além das famosas taxas carbono, como se fossem a salvação da humanidade. Em boa hora, avisei os bem intencionados ecologistas de que esta taxa carbono era apenas um esquema perverso dos grandes empórios financeiros, os bancos «sistémicos» e dos governos ao seu serviço, para se capitalizarem, à nossa custa. Impostos carbono, geridos por bancos «sistémicos», capitais disponíveis para distribuir em projetos de «energias verdes» (verdes como as notas de dólar, entenda-se), entre amigos. Isto tudo, sobre o dorso dos pobres.

Desde logo se compreendia que as famosas taxas carbono não tinham logicamente a ver com qualquer redução efetiva da emissão de CO2, mas antes com mais outra forma dos muito ricos extraírem renda da sociedade. 

Agora, vem o próprio símbolo e líder da política económica neoliberal, o Banco Mundial afirmar no seu blog que existem razões sensatas e lógicas para os governos não quererem implementar taxas carbono:

“There are good reasons why governments may not want to use carbon taxes, and one of them relates to their welfare impacts. For example, a carbon tax on fossil fuels is often regressive in its impact- hurting poorer people relatively more than richer ones. Even when it might be progressive, poorer people still suffer a welfare loss when prices rise, making their consumption basket more expensive.”
(Tradução: existem boas razões pelas quais os governos podem não querer implementar as taxas carbono e uma delas relaciona-se com os impactos sociais. Uma taxa carbono sobre combustíveis fósseis é frequentemente regressiva, no seu impacto - atingindo mais os pobres, em termos relativos, que os ricos. Mesmo quando ela seja progressiva, as pessoas mais pobres irão sofrer maior perda de poder aquisitivo, quando os preços  sobem, tornando o seu cabaz de compras mais caro.)
Notável, não é ?
 ... Como passado cerca duma década e meia, o Banco Mundial chega, agora, às mesmas conclusões a que tinham chegado os verdadeiros militantes ecológicos, que nos tinham publicamente alertado. 
Vamos acabar com as paródias de «luta» climática, como as encenações obscenas de «Extinction Rebellion», de Greta Thunberg e doutras formas de desviar pessoas da verdadeira luta. Vamos olhar a realidade em frente e compreender o que se está a passar. Todos temos a capacidade de o fazer, se nos distanciarmos das máquinas de propaganda, chamadas órgãos de «informação», incluindo tudo o que passa por «defender» o ambiente, mas «omitindo» o principal e mais grave poluidor e destruidor dos recursos:- O capitalismo, a plutocracia riquíssima, que quer sempre mais, seja por que meio for.


quarta-feira, 13 de julho de 2022

O IMPÉRIO «WOKE» QUANDO O MOVIMENTO PELA JUSTIÇA SOCIAL CONFLUI COM O NEOCONSERVATISMO


 Esta conversa em profundidade ajuda a compreender como a esquerda (pelo menos, a institucional) tem sido cooptada. 
Não se aplica apenas aos EUA. A influência estende-se muito para além do público e da política interna americanos. 
Muita da chamada «esquerda» europeia está completamente capturada e funciona dentro dos moldes mentais do chamado intervencionismo «humanitário». 
O crime de guerra na Jugoslávia, em 1999, onde a NATO levou a cabo um ataque não motivado, contra um país que não atacou nenhum dos seus membros, foi o ato inaugural do imperialismo, na sua nova fase: 
- As intervenções «humanitárias» sucederam-se durante vinte e poucos anos, após aquele ato bárbaro contra a ex-Jugoslávia: Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Iémen, Ucrânia, e os vários golpes e tentativas de golpes em todo o mundo para derrubar governos que não agradavam ao estado profundo neocon.

terça-feira, 12 de julho de 2022

O VERDADEIRO PACIFISMO

 


Eu não tenho a pretensão de ditar a moral ao Mundo. Quando encontro indivíduos que estão muito imbuídos das suas certezas, que acham que os outros têm de ouvir as razões pelas quais o seu campo, os exércitos de tal ou tal nação, deverão vencer, porque têm a «razão», a «justiça», a «história», do seu lado (agora já passou de moda dizer que têm «Deus a seu lado»), eu simplesmente evito a discussão. Percebo que se trata de alguém autoritário, incapaz de recuo, de análise crítica. Quando, ainda por cima, essa pessoa vem com lições de moral, impor-nos o que considera ser «a solução» para a guerra, autoproclamando-se pacifista, também evito discutir, porque percebo que é de todo inútil. É perder o meu tempo e energia, que são bem poucos e ainda mais preciosos, com indivíduos que não têm em consideração que a guerra, seja ela qual for, nunca foi «solução» para nada, senão talvez para consolidar o poder de ditadores e demagogos sobre as populações, as suas principais vítimas. *

Ser-se pacifista, é advogar-se - no concreto - um imediato cessar-fogo, como primeiro passo para negociações de paz, sob os auspícios duma entidade aceite por ambas as partes. A imposição de uma «paz» após a destruição completa dum dos lados, não se chama «paz», mas «rendição». 

Curiosamente, ambos os lados desta guerra da Ucrânia, que é sobretudo da NATO contra a Rússia, estão a advogar o mesmo. Tanto a Rússia como os EUA e seus aliados, só se satisfazem com a derrota completa do campo inimigo. Nesta fase da guerra, nem um nem outro, desejam que se abram conversações, que desemboquem num cessar-fogo. Aliás, ambas as partes importam-se pouco com os ucranianos, os  civis em particular. 

O povo ucraniano, ou russo, ou de qualquer país da NATO, não é, nem deverá ser considerado como responsável por aquilo que seus governos façam ou deixem de fazer. Na guerra, como no resto, os povos são rebanhos dóceis, sempre atirados para a carnificina, recoberta por discursos altissonantes, hinos patrióticos e, sobretudo, por uma propaganda de guerra, um condicionamento psicológico, de 24 h sobre 24h, onde não é tolerada qualquer outra perspetiva, quer vinda de personalidades, ou do cidadão comum. O silenciamento é real, porque alguém dissidente não tem meios de resposta ao mesmo nível de difusão. Isto não perde validade com a ilusão dos Twitter, ou outras mal designadas «redes sociais»; aliás, os donos das mesmas emitem regras para os «fact checkers» que excluem - sem apelo - qualquer voz realmente dissidente. Estas são, na realidade, as novas máquinas de propaganda ao serviço dos poderes, mas que não se mostram como tal. A perversidade é fazer crer que o vulgar cidadão pode «exprimir-se livremente», desabafar a sua ira,  júbilo, ou ódio, em geral, contra o Outro. O Outro, é aquele que se odeia, que nos condicionaram a odiar, mais que tudo, que se gostaria de ver triturado, anulado, feito em pó. Por isso, não surpreende a grande facilidade com que as potências nucleares se põem a «brincar com o fogo», arriscando a cada momento uma deriva para o que supostamente, «queriam evitar», ou seja, para uma nuclearização da guerra.

Se as pessoas individuais carregam certa dose de responsabilidade, é certo que se trata mais de um crime ou uma falta por omissão. Não se pode atribuir ao soldado raso a responsabilidade pelas decisões estratégicas, decididas pelo governo e pelo estado-maior do seu exército. Isso seria imbecil. Mas o soldado individual tem responsabilidade no que faz ou deixa fazer, por exemplo, se comete um crime de guerra, ou é conivente com ele. 

O mesmo se passa na esfera civil: Se as pessoas insistem em «acreditar», como se fossem factos inquestionáveis, nas mentiras produzidas pela media, embora saibam claramente que inúmeros veículos de informação, desde contas Twitter, a canais do Youtube e até cadeias de TV (o mesmo se passa na China e na Rússia, num certo grau),  são simplesmente censuradas, estão a ser coniventes com os crimes. 

Se alguém assume que determinada narrativa é inquestionável, que «é a verdade» e, sobretudo, não tolera que outras pessoas tenham pontos de vista diferentes, opiniões divergentes ou venham a público expor outros factos, essa pessoa está - na realidade - a colaborar ativamente na transformação de uma situação de supressão das liberdades transitória, para uma permanente.

Como assim? Caminha-se para a institucionalização de um estado de guerra permanente entre grandes potências. Isso conduz ao endurecimento dos respetivos regimes, sempre com o sacrossanto pretexto da «defesa nacional». O condicionamento das pessoas vai ser - cada vez mais - acompanhado por repressão, que pode ir até ao «desaparecimento», quer de pessoas anónimas, ou figuras públicas.

Todos os regimes procedem do mesmo modo: O poder autocrático ou as tendências mais autoritárias que existam numa nação, são sempre favorecidas pela guerra. Quer essa nação esteja a «ganhar» ou a «perder», a casta que domina o governo consegue, através da guerra, consolidar o seu poder, de modo impensável em tempo de paz.  

Esta é a chave para se compreender o que agora se está passar na Ucrânia, na Europa da NATO e na Rússia. Goste-se ou não, o facto é que estão a ser criadas as condições para um eternizar da guerra. Nada disto seria possível, se a guerra fosse resultante da vontade apenas do povo ou de ambos os povos em contenda. Pode existir um momento inicial (nalguns casos) em que a maioria da população, iludida, deseja a guerra. Mas, se fosse ela própria a decidir da continuação ou não da mesma, perante o horror e o cansaço de tanta destruição, tanta barbárie, ela iria rapidamente pedir um cessar-fogo e negociações. 

Creio que Mattias Desmet tem razão ao caraterizar o estado em que se encontra o mundo de hoje, enquanto resultante duma «formação de massas»; na sequência de Gustave Le Bon, no final do XIX, que considerava a psicologia de massas como um fenómeno essencialmente coletivo, que se apodera da vontade dos indivíduos; e na continuidade de Hannah Arendt, testemunha direta de dois monstruosos totalitarismos no século XX (o Nazismo e o Estalinismo) que refletia e escrevia sobre a forma como os poderes estatais se transformam em autoritários e estes «deslizam» em totalitários: A natureza das «simples» ditaduras e dos regimes totalitários é semelhante, à superfície. Mas, profundamente, a «tomada de posse» dos indivíduos, no totalitarismo, ocorre «por dentro», ou seja, os indivíduos são sujeitos a lavagem ao cérebro tão completa, que desejam no íntimo cumprir aquilo que o poder totalitário exige deles, isto é, o sacrifício mais total.** 

Nós verificamos que o condicionamento das massas, desencadeado na grande operação do COVID (que existiu enquanto epidemia viral, disso não tenho dúvidas) foi um laboratório mundial para testar a submissão das massas, a facilidade com que aceitavam mentiras da media, com que deixavam suas liberdades fundamentais serem suprimidas, do dia para a noite. Vimos também a cobardia dos intelectuais, o silêncio dos carreiristas, a conivência objetiva dos que não queriam ficar expostos, apesar de se mostrarem críticos, em conversas privadas. Esta operação não desencadeou, mas tornou mais provável uma guerra como a que tristemente está a acontecer agora em solo europeu. Por sinal, não é a «primeira guerra» intraeuropeia, desde há 70 e tal anos, como a propaganda atlantista dizia: num processo tipicamente «orwelliano», esquece que houve, em 1999, a guerra desencadeada pela NATO contra a Jugoslávia (Sérvia). Durante semanas a fio, houve bombardeamentos da NATO sobre zonas civis de Belgrado. Este crime hediondo foi feito à margem de qualquer legalidade internacional. 

Não sei quem realmente disse pela primeira vez  que «a guerra é a saúde dos Estados»: Existe um ensaio inacabado de Randolph Bourne  com este título. Mas, eu considero tão ou mais rigorosa a frase «War is a Racket» («A Guerra É Uma Chantagem»), título do livro de Smetley Butler, coronel dos EUA  ativo no período das guerras dos EUA contra o México (da qual resultou a anexação do Texas), Cuba (guerra hispano-americana) e as Filipinas. Aliás, obras literárias de militares, ou ex-militares, que estiveram numa guerra, presenciaram seu horror e denunciaram o «racket» (ou chantagem), não são raras. Algumas, têm o estatuto de obra-prima da literatura universal, como é o caso de «Guerra e Paz» de Leon Tolstoi.*** 

Evidentemente, não irei fazer aqui um rol das personalidades que lutaram numa guerra e que depois se tornaram convictas pacifistas. Tenho admiração por elas; elas defenderam pontos de vista muito minoritários em diversas ocasiões e, por vezes, com graves implicações para si próprias. 

Estes exemplos fazem-me ter uma esperança em que se ergam vozes, bem mais poderosas que a minha, com capacidade de mobilização e de iluminação. Espero que, através delas, se despertem as consciências de muitas pessoas que não perderam o essencial do humanismo.

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https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/02/se-queres-paz-prepara-paz.html

A minha posição desde o dia um desta guerra, tem sido de apelar ao cessar-fogo e conversações de paz. São os povos as inocentes vítimas das guerras. Quanto mais se prolonga uma guerra, maior o seu sofrimento, maior a destruição. O movimento pacifista internacional é muito claro, apela a um cessar-fogo. Nenhum dos «manda-chuva» da NATO faz isso. Querem mais guerra e é nisso que apostam.

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* * Não esqueçamos os processos de Moscovo, na era Estalinista, em que bolcheviques da primeira hora se humilhavam publicamente num julgamento fantoche, pedindo da sua condenação sem apelo, como forma última de se redimirem por terem sido opositores ao Secretário Geral, Joséf Estaline.  Também não me esqueço de todos os chorrilhos de mentiras que foram despejados sobre a população alemã condicionando-a odiar os judeus, os bolcheviques, os socialistas, os ciganos, os liberais, etc. De facto, embora se calasse, toda a população sabia que os judeus e os dissidentes políticos iam parar a campos de concentração, mesmo que nem todos soubessem dos detalhes macabros do que se passava lá dentro. Todos sabiam, igualmente, que as grandes fábricas usavam trabalho forçado (escravos), a IG-Farben, Siemens, Krupp, etc.

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*** Infelizmente, certas interpretações do romance distorcem a verdade profunda que Tolstoi quis veicular e que foi, aliás bem captada na sua época, na sua sociedade (segunda metade do século XIX). Mas isto seria, por si só, tema para um artigo dedicado ao grande romancista! 

segunda-feira, 11 de julho de 2022

GUERNICA E A CIMEIRA DA NATO EM MADRID

 


Até onde irá o cinismo dos fazedores de guerras da NATO? Na recente cimeira de Madrid, tiveram o descaramento de pousar em frente do célebre quadro de Picasso, pintado em 1937 para denunciar o bombardeamento criminoso de Guernica pelas forças aéreas alemãs (aliadas de Franco), daquela  aldeia basca, durante a guerra civil de Espanha.

Mobilizou-se o campo da paz, apesar do silêncio cúmplice da media mainstream, e realizou uma manifestação pública em Madrid e a sua contracimeira, na mesma altura em que os valorosos carniceiros da NATO se pavoneavam. 

A repórter e participante na contracimeira «Não à NATO» Ann Wright, dá um testemunho preciso e detalhado das posições dos pacifistas europeus e mundiais. Leia AQUI

domingo, 10 de julho de 2022

[MOON OF ALAMBAMA] AS ILUSÕES DO OCIDENTE EM RELAÇÃO À UCRÂNIA*

[ *Título Original: 'Drinking The Kool-Aid' On The War In Ukraine

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more ]

O autor do blog Moon Of Alambama argumenta contra um analista, Pat Lang , que diz:

«Nunca deixo o patriotismo ou outro sentimento obscurecer a minha análise. A Rússia passou o seu ponto de culminação da sua ofensiva e está sujeita a uma súbita inversão da fortuna.

O ponto culminante é um termo de estratégia militar no livro  "Sobre a Guerra" por Carl von Clausewitz. Nascido em 1780, Clausewitz serviu no exército prussiano. Posteriormente, juntou-se ao exército russo imperial, na guerra contra Napoleão, antes de regressar como Chefe-de-estado-maior da Prússia. Mesmo hoje, «Sobre a Guerra» continua a ser de leitura obrigatória, em muitas academias militares.



[...]

À medida que a batalha ou ofensiva se desenvolvem, a relação de forças (respetivamente, do atacante e do atacado) inicial de 3 para 1, vai encolher primeiro até 2 para 1, depois até 1 para 1, ou mesmo menos. Chega-se a um ponto em que o atacante tem só o mínimo de forças capazes de manter o outro lado em situação defensiva. Para além disto, ultrapassa-se o ponto culminante do ataque. Se a batalha ou a guerra não terminarem antes que tenha sido alcançado esse ponto, é verosímil que se dê a derrota do atacante.

Pat Lang advoga que a Rússia teria alcançado esse ponto culminante e portanto teria ficado com suas forças exaustas e já não possuía as vantagens da ofensiva, pelo que estaria a ponto de ver sua fortuna reverter. Mas, isto presume que estejamos a ver uma guerra típica, como aquelas em que Clausewitz participou, ou como as marchas de Napoleão ou de Hitler em direção a Moscovo, a primeira das quais, representada por  Charles Minard (abaixo),  estava certamente no pensamento de Clausewitz.


                    
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A Grande Armée de Napoleão realmente sofreu uma atrição de 450000, até 10000 homens, o que obviamente excedeu o ponto culminante.

Mas a guerra na Ucrânia é uma «operação militar especial» e muito atípica, por variadas razões. 


[artigo completo e integral no link seguinte:]

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more