Esta conversa em profundidade ajuda a compreender como a esquerda (pelo menos, a institucional) tem sido cooptada.
Não se aplica apenas aos EUA. A influência estende-se muito para além do público e da política interna americanos.
Muita da chamada «esquerda» europeia está completamente capturada e funciona dentro dos moldes mentais do chamado intervencionismo «humanitário».
O crime de guerra na Jugoslávia, em 1999, onde a NATO levou a cabo um ataque não motivado, contra um país que não atacou nenhum dos seus membros, foi o ato inaugural do imperialismo, na sua nova fase:
- As intervenções «humanitárias» sucederam-se durante vinte e poucos anos, após aquele ato bárbaro contra a ex-Jugoslávia: Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Iémen, Ucrânia, e os vários golpes e tentativas de golpes em todo o mundo para derrubar governos que não agradavam ao estado profundo neocon.
Evitarei repetir aqui, aquilo que pode ser visto e lido no «mainstream». Reflicto, utilizando informações às quais poucas pessoas têm tido acesso, embora sejam públicas.
Tudo o que escrevo aqui tem o cunho de provisório, de hipotético, mas penso que dentro de algum tempo poderei fazer um balanço mais bem informado, com base no que entretanto aconteceu e se veio a revelar.
Há algumas pessoas que ficam muito entusiasmadas com a propagação do caos. Com a resposta violenta à violência do Estado. Porém, se as violências dos manifestantes (de alguns) servem para alguma coisa, é para legitimar (face às massas temerosas) a repressão mais violenta e impiedosa. O que resulta daí, é a criminalização da contestação e a declaração de que determinado conjunto de ideias (por hipótese anarquistas e extrema-esquerda) são - por definição - «violentas» e devem ser automaticamente excluídas, perseguidas, suprimidas.
Daniel Estulin afirma que os distúrbios se destinam a impedir a reeleição de Trump, mais do que outra coisa. Que são instigados (na sombra) pelos globalistas banqueiros liberais (como George Soros) e manipulados pelo aparelho do Partido Democrático (principalmente, o clã de Obama e Clinton, que deseja uma desforra).
Tudo o que se vê é a violência contra alvos fáceis; os comércios, a polícia, etc... Não existe qualquer sentido de classe nestes grupos. Não põem em causa o Estado. Passam ao lado do poder oligárquico, como os grandes bancos, a FED, o Pentágono, etc...Não têm nada que ver com «Occupy Wall Street», pese embora a opinião de Pepe Escobar.
O que me parece é que o caos é a resposta para tornar possível e até desejável (por uma parte do povo...) uma Lei Marcial.
Tenho a impressão que a oligarquia tem tudo a ganhar com isto, com este caos desejado e preparado: há forças muito obscuras que pretendem a guerra civil, com os Estados «azuis» (pró Partido Democrático) a entrarem em secessão, contra a maioria dos Estados «encarnados», que apoiam Trump (maioria dos Estados, mas com menos população no total).
Quem tiver ideia de que se assiste a um «levantamento revolucionário», deve realmente pensar duas vezes. Muitos dados vêm contradizer esta hipótese.
Os sentimentos de pessoas envolvidas directamente nos confrontos podem ser genuínos, mas... não será a primeira, nem última vez, que pessoas com espírito revolucionário, são levadas a cometer actos que vão favorecer exactamente os inimigos contra os quais julgavam estar lutando!!! PS1: Daniel Estulin explica de forma magistral como as oligarquias estão a manobrar as pessoas. Veja: https://www.youtube.com/watch?v=i7v2kfcF_AI&feature=youtu.be
Jeffrey
Epstein não era, com certeza, alguém por quem se possa sentir espontaneamente
compaixão. Compreende-se que o pedófilo amigo das altas esferas do poder dos
Estados Unidos, tenha posto voluntariamente fim à vida, na cela da sua prisão
para não enfrentar o julgamento e os possíveis 45 anos de sentença, o
equivalente para ele (com 66 anos) a uma pena até ao fim da vida. Porém, muitos
são os pormenores que não colam, na narrativa do seu «suicídio» , de autoria
de uma fonte anónima relatada pelo NYT.
Com
efeito, multiplicam-se os indícios de que Jeffrey Epstein não era apenas um
homem de negócios muito rico com apetite sexual insaciável por adolescentes.
Ele tinha laços muito estreitos com os circuitos de poder, mais ainda do que
com os de grandes fortunas.
Diz-se que o pai da amante e comparsa Ghislaine
Maxwell, esteve envolvido profundamente nos primeiros tempos do Mossad
(serviços secretos de Israel). Além do facto de Epstein ser judeu, pode-se
reparar no círculo de pessoas que são alegadas terem participado no círculo de
pedofilia por ele e sua comparsa organizado e alimentado que são personagens
muito favoráveis a Israel.
A impunidade de Epstein, durante todos estes anos,
não se explica apenas pelas relações privilegiadas que mantinha com os
poderosos, incluindo Bill Clinton, senadores, governadores e outros políticos
destacados.
Igualmente, a sua fortuna, nunca devidamente explicada, pois não se
conhecia exactamente a natureza dos negócios em que esta teria sido adquirida,
deixa as maiores dúvidas.
Epstein
poderia ter, a partir de vídeos e fotos comprometedoras, um meio eficaz de
fazer chantagem com toda a espécie de políticos e pessoas influentes (incluindo
políticos franceses e ingleses, segundo uma das suas acusadoras).
Note-se que
eles sabiam bem que tal actividade sexual – mesmo que tivesse o aparente
consentimento das menores – era um crime à luz da lei, além de ser considerado
moralmente repelente pelos concidadãos, incluindo seus eleitores. A revelação
de tais relações traria inevitavelmente uma «sentença de morte» política e uma
provável pena de prisão.
Mas as
suas possibilidades em fazer dinheiro com tal esquema estariam multiplicadas
por um factor dez ou mais, caso ele fosse encaminhado por agentes de serviços
secretos, para fazer cair na armadilha certos políticos muito poderosos e
influentes.
De facto, esta é a hipótese colocada por Kim Iversen, uma analista
política americana, que se identifica com a esquerda do partido democrático (VER VÍDEO ACIMA).
Com efeito, alguns conhecidos clientes de Epstein, muitos dos quais pertenciam
a altas esferas do establishment, mudaram repentinamente de posição em
relação a Israel, a partir de certo momento.
Por outro lado, as relações de
Epstein eram nos meios democratas, onde era possível encontrar nos anos
oitenta, tendências críticas à política israelita. Isto é mera especulação, mas
tem como base uma série de factos que se justapõem e permitem construir um
quadro bastante preciso dos meios onde ele se movia e quem eram afinal os seus
clientes.
Agora,
as alegadas vítimas de Epstein não poderão ver reconhecido em tribunal que
foram efectivamente vítimas.
Mas também não haverá lugar para inquérito aos
numerosos nomes sonantes, que têm sido ventilados na media, em declarações das
referidas vítimas.
Isto, junto com todas as circunstâncias estranhas rodeando a
prisão e «suicídio» de Epstein, permite que se coloque a hipótese de assassínio
disfarçado, para calar um personagem incómodo que poderia estar disposto a contar o que sabia.
Talvez
este seja um dos casos mais emblemáticos do sórdido na política nos Estados
Unidos e de alguns dos seus aliados.
Algo bem mais grave e chocante do que mexericos dos tablóides: todos deveriam ver isto!
A media corporativa faz um quase black out, pelo menos em Portugal. Porém, o assunto tem ramificações muito graves com os corredores do poder, sejam do poder político, sejam dos empresários.
Actualização de 10-08-2019: Jeffrey Epstein foi hoje encontrado morto na sua cela às 07.30 da manhã. Ele já tinha feito uma tentativa de suicídio no mês passado. Não estava sujeito a vigilância especial para suicidários. A sua morte pode evitar que importantes personagens da política e negócios americanos sejam inculpados. Ele tinha ameaçado com revelações... As vítimas de abusos e de escravatura tinham vindo, há algum tempo (2017), processar Epstein e sua comparsa (Ghislaine Maxwell) e fornecer evidências em tribunal, sem que a media mainstream, subserviente, desse qualquer relevo a isso.
O bem informado e inteligente autor do blog «Moon Of Alabama» mostra no artigo citado, para além de qualquer dúvida, que o caso Skripal não configura um caso de envenenamento com um agente neuro-tóxico de grande perigosidade, como seria o caso de gás venenoso do tipo «Novichok».
As circunstâncias e a forma atabalhoada como o governo britânico tomou conta do caso, para o transformar em pretexto de sanções contra a Rússia é muito preocupante. Queriam a todo o custo distrair a opinião pública do fracasso das conversações do «Brexit», tendo as eleições britânicas em perspectiva, com derrota prevista para os conservadores?
Do lado britânico pode ser isso e muito mais. Porém, é preciso ter em conta que o outrora orgulhoso Império Britânico ficou reduzido, no último meio-século, a ser o «poodle» do novo Império, do outro lado do Atlântico.
Por isso, inclino-me mais para a tese do «Tio Sam» pressionar a «Tia Albion» a fazer qualquer coisa.
Este caso e seus desenvolvimentos, mostram que estamos perante uma ofensiva poderosa do «Estado Profundo» nos EUA, quase todo dominado pelos Neocons e que o Presidente Trump não tem real capacidade para contrariá-los. Está limitado a dizer que sim a tudo isto no plano internacional, para conseguir obter um mínimo de alianças políticas internas (no Congresso dos EUA, nomeadamente), que lhe permitam sobreviver aos ataques dos Clinton e aliados. O clã Clinton tem conseguido encobrir uma série de crimes, desde assassínios a casos de pedofilia, mas este manto de impunidade e silêncio não irá durar muito tempo, face a evidências cada vez mais chocantes que se vão acumulando.
Brevemente se verá como este enredo de telenovela de espionagem se irá desenvolver.
Podemos estar certos de uma coisa: existem forças poderosas, no Ocidente, que apostaram há muito tempo na cartada da guerra, não hesitando mesmo perante a ameaça dum holocausto nuclear.
A identificação clara e a denúncia destes loucos criminosos urge!
As pessoas nos media e nos diversos aparelhos de Estados, que sabem tanto ou mais que eu próprio, deveriam assumir as suas responsabilidades!