A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

HUMANIDADE E O PARADOXO DA SUA EVOLUÇÃO

Acredito que a espécie humana se deixou enredar numa espiral de ganância de poder e de sensação de omnipotência pela tecnologia. Os humanos, na origem, eram somente uma entre numerosas espécies animais. Havia contemporâneas de Homo sapiens outras espécies de homens, até há menos de 50 mil anos atrás. A evolução tecnológica foi tão rápida na escala de tempo da Evolução geral, que perturbou gravemente o desenvolvimento harmonioso da espécie Homo sapiens. Pode-se compreender, olhando à nossa volta, como todo o aparato dos confortos da civilização, enterram, anulam, substituem, as nossas capacidades naturais, isto é, as que nos foram legadas por milhões de anos de evolução biológica. O efeito desta desconexão é todo o drama da civilização humana atual, da civilização tecnológica, em particular. Tal como com a evolução biológica, esta evolução tecnológica é essencialmente não reversível.

Mas, há uma grande diferença na escala de tempo; a inovação biológica tem de se instalar a partir de uma ou várias mutações, compatíveis -obrigatoriamente - com as funções vitais dos indivíduos que são seus portadores, mas também que se possam integrar no ambiente e através da descendência. Portanto, a evolução biológica, tipicamente, demora muitas centenas de anos, ou várias gerações humanas, para se firmar e consolidar. A evolução tecnológica é incomparavelmente mais rápida, com consequências importantes, não apenas nas vidas humanas individuais e ao nível das sociedades, mas mesmo na natureza, em geral. Nos últimos cem anos, têm ocorrido revoluções tecnológicas consideráveis (em vários campos da atividade humana) mais ou menos todos os 20 anos. A evolução das mentalidades, das instituições sociais, já para não falar da adaptação da biologia humana, não podem acompanhar esta progressão. Ela, ainda por cima, não é uniforme, nem previsível, mas é caótica no sentido matemático do termo (não se lhe pode atribuir uma lei). As pessoas estão completamente expostas aos efeitos «secundários», aos «danos colaterais», da tecnologia contemporânea. A arqueologia estuda a evolução das técnicas como, por exemplo, o talhe da pedra; há evolução, mas apenas em longos intervalos de tempo. Aliás, é por isso que tem sido possível efetuar a datação dum sítio arqueológico, somente pela análise da tecnologia de talhe utilizada. Vemos, no entanto, ao longo das poucas dezenas de milhares de anos seguintes, que houve um acelerar exponencial da inovação tecnológica: no paleolítico, a mesma técnica era aplicada durante intervalos de tempo da ordem de milhares de anos, sem modificação notável ou detetável. Hoje em dia, a modificação durante as nossas vidas, é tal que a geração anterior, a dos nossos pais, parece ter vivido num tempo longínquo: perfeitamente imaginável, profusamente documentado, mas muito diferente do quotidiano presente.

Este desequilíbrio, ou seja, a impossibilidade das sociedades integrarem e assimilarem no seu interior as inovações tecnológicas, faz com que elas apenas reajam, o que é confundido com «adaptação», mas que - de facto - não é. E as pessoas, individualmente, acabam também por ficar disfuncionais, como não podia deixar de ser. Este disfuncionamento é em relação a características que são absolutamente essenciais para a sobrevivência do humano, enquanto tal: a sociabilidade, a empatia, o altruísmo, a responsabilização coletiva, a dádiva, a partilha, a preferência do «ser» sobre o «ter». Existe muito empobrecimento mental e afetivo na sociedade tecnologizada. As pessoas não estão nada adaptadas, daí a enorme explosão de violência irracional, não motivada, em sociedades de abundância material. É nessas sociedades que ocorrem frequentes surtos de violência, com pessoas tornadas loucas, capazes de matar quaisquer outros; noutros casos (bem mais frequentes), a situação de desespero, de vazio, de depressão precipita as pessoas a pôr fim às suas vidas, a suicidarem-se. Estes fenómenos extremos de disfunção social, são noticiados, mas eles recobrem um outro domínio do não-reportado, de profunda disfunção, na vida pessoal e social. O consumo das «drogas», sejam elas prescritas sob forma de medicamento, ou procuradas no mercado negro das drogas ilícitas, tem como causa a insatisfação, a frustração das pessoas, relegadas ao dilema absurdo de consumidores resignados, ou à revolta sem objeto, que não será transformada em revolução, enquanto transformação coletiva e social.

Como estou inserido neste mundo e não tenho a veleidade de me extrair dele para ter uma visão de conjunto, que pudesse fornecer um diagnóstico da patologia social e a consequente cura dos males sociais, resta-me apenas dirigir algumas palavras, que penso de bom-senso, nesta altura de acumulação de tensões, de violências, de protagonismos :

Este contexto, obriga a nos preocuparmos com aspetos básicos, não apenas a nossa sobrevivência material individual, como social.

- Estamos no tempo em que deve haver reforço das interações positivas dentro da família e na sociedade que rodeia os indivíduos (os grupos de amigos, de colegas do trabalho...).

- Não devemos ser ingénuos, não devemos deixar-nos manipular através dos nossos sentimentos instintivos, principalmente o medo e a insegurança a ele associada.

- Construir e preservar o que já está construído, no sentido literal e metafórico, deve ser uma nossa preocupação constante.

- Fazer um esforço real e honesto em direção ao Outro; ou seja, sermos capazes de nos pormos na pele do outro. Isto não quer dizer que - automaticamente - aprovemos as suas ações. Não somos diferentes do Outro, na essência: nem superiores, nem inferiores.

- Devemos ser tolerantes, no sentido de não nos colocarmos numa posição ideológica, seja sobre o que for: As questões concretas é que importam; elas passam-se no terreno do real, não nos vapores etéreos das ideologias. Avaliar as situações através do filtro da ideologia, é pior que usarmos um espelho deformante para ver o real; é como caminhar às apalpadelas, num nevoeiro espesso. Eu sei que todos temos, quer queiramos quer não, uma ideologia (implícita ou explícita), mas acho que neste domínio é preciso relativizar: O que nos parece a «verdade última», também no passado, as gerações anteriores tiveram ilusões semelhantes e os resultados foram geralmente deploráveis.




segunda-feira, 6 de novembro de 2023

ARQUEOLOGIA/ ATUALIZADA EM 2023 [OBRAS DE MANUEL BANET]

                                   



 Recolha de 3 poemas inéditos de 1987 a 2016 , ATUALIZADA EM 2023


1- A Revolta dos Anjos


- Quem somos nós? Quem sou eu, quem és tu?
Somos instantes perdidos na imensidão do tempo
Somos transitórios como a carne
Somos menos estáveis que um grão de areia
Somos somente um elo duma cadeia que se estende desde um ser vivo primitivo…
… Somos tudo isso e temos vaidade em reclamar a imortalidade!

- Segui estrada fora… conheço-lhe os prazeres e os perigos…
… Toda a verdadeira caminhada é solitária
Que este pensamento não sofra contestação
… Bem louco seria aquele que emprestasse os pés, em vez das botas!




   2- Quando…


… Todas as profecias se gastaram no vão desejo do amanhã
… As bocas se calaram no súbito ruir da noite em tom de incêndio
… As fontes secaram fechando as gargantas sedentas de cristal
… A Terra foi a enterrar no espaço sideral





          3-  Tudo…


                     … Nasce, cresce e morre;
Se transforma,
Se vai escoando, se vai esvaindo
Se vai crescendo, se vai desenvolvendo
Se vai… …
… E tu, pra onde vais?
Tu, alma desvalida
Feres onde, vida?
Vives onde, ferida?
Do chão até às nuvens
Clamam vidas
Em seus quatro sentidos
Na água também,
Que é túmulo e fonte de Ti,
- Ó Vida!
....


4- O depois...

Quando a Terra inteira foi a enterrar
Eu lá estava, transformado em poeira
De estrelas, olhando com meus irmãos
O Sol nuclear que se alevantou 
Tudo iluminou de luz glauca
Cegando quem olhava de longe

Quando todas as profecias se cumpriram
Restou uma nuvem de pó denso, tóxico
Na Terra outrora transbordante de vida
Agora, enorme rochedo, imensa esfera
No vazio circula incansavelmente
Em torno do Sol indiferente 
Mais estéril que a própria Morte

Dizem que o Universo
É feito de infinitos paralelos
Podem ter razão; mas cada um
Vai divergir do outro:
Se houver «outros eus»
Não serão «eu mesmo»
Se houver outros viventes
Não serão deste Mundo

Porque o aqui e agora
É o que me interessa
Neste oceano de vida
Eu nado e respiro
Como todas as outras
Vidas, assim percorro
O meu percurso.

5- Uma Simples Prece
 
Ó Vida: salva-te
E salva-nos
Da loucura
Dos humanos!




segunda-feira, 31 de julho de 2023

Se o poema fosse confissão [OBRAS DE MANUEL BANET]

 


Se o poema fosse confissão

Falsa seria. Seria pose, artifício

Porém, num certo sentido

Confessa o que a mente

Ignora


Reflexo e sombra, é o poema

Sopro sussurrado ao ouvido

Do poeta 


Eu não tenho a vaidade

De ser o autor do vento

Da chama, da música

Ouvida ou sonhada.


Produzo um balbuciar

Olhando espantado

O maravilhamento

Deste Mundo


E confesso embaraçado

Que -afinal- os ditos versos

Propriamente de meu

Têm pouco, ou nada.




quarta-feira, 28 de junho de 2023

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA, PARTE XVIII

             Se eu fosse um profissional de escrita e de política, se estivesse envolvido no jornalismo mediático, estaria a remoer o que poderia vender para o meu público, desde a minha última crónica. O meu ponto de observação, sendo de alguém muito pouco interessado na «agenda» de uns e de outros, é na verdade, o que realmente me interessa no tempo transcorrido entre a última crónica (a nº XVII) e a de hoje.

Primeiro, quero dizer-vos que não irei falar do golpe de Prighozin e de Wagner, por uma razão muito simples; estou farto de desinformação, de uns e de outros, não creio que nada de realmente novo possa ser dito sobre o ocorrido, pelo menos nos tempos mais próximos, até porque os arquivos (em geral, só abertos aos historiadores, passados 50 anos...) poderão fazer deitar por terra as versões de uns e de outros, e até mesmo dos que não estejam em nenhum campo. Dito isto, quero deixar claro que lamento o derrame de sangue ocorrido, a morte de aviadores russos; para eles e suas famílias é uma tragédia: Ainda por cima, sem-sentido. 

Olhar o Mundo, como gostaria que isso fosse possível, mas de longe, de muito longe; não no tempo, mas - pelo menos - no espaço!

Há quem diga que a História se repete, há quem atribua essa repetição à incapacidade de jovens gerações «se lembrarem» de eventos ocorridos antes delas serem adultas, ou mesmo de terem nascido. O estudo da História é levado a cabo com uma superficialidade enorme, mesmo entre muitos dos indivíduos que se dizem «cultivados». E, até os que se dignam debruçar sobre a História do Mundo, aprendendo o que ocorreu umas décadas antes de terem nascido, é quase certo que ingiram versões de História fabricadas para confortar esta ou aquela tese. Sabemos que não existe nenhum historiador, no presente ou passado, que não seja (... que não fosse) tendencioso. Todos têm a sua ideologia, todos interpretam os acontecimentos de acordo com os seus credos respetivos. Não posso atirar-lhes a pedra! Pois eu também vejo o presente e o passado de acordo com as minhas convicções e simpatias, ou seja, com subjetivismo.

No presente, eu seria um pouco como o herói de Stendhal, Fabrice (do romance «La Chartreuse de Parme»), no meio da confusão da batalha de Waterloo: 


Vê umas tropas a avançar, depois uma carga de cavalaria, soldados mortos e feridos por estilhaços de balas de canhões, um grande alarido... Mas, ele está tão perto do que se passa, que não consegue perceber nada. Nem quem está a perder, ou a ganhar; nem a lógica dos movimentos de uns e de outros. Nem as estranhas ordens gritadas no meio da confusão... Tudo lhe parece um enorme caos, que efetivamente terá sido. É sempre assim, para quem está metido no meio de uma batalha. 

O fresco magnífico de Victor  Hugo, sobre a mesma batalha, inserido na sua obra-prima («Les Misérables»), é muito diferente. Ele descreve em pormenor a carga da cavalaria pesada francesa, que se desenvolve colina acima, encontrando um inferno de metralha britânica pela frente.

 É, sem dúvida, um estilo épico, mas de certeza que não foi como tal, que o viveram ou sentiram os protagonistas do acontecimento (do lado napoleónico, ou britânico). 

Muito mais próxima da realidade é a descrição da batalha da Moskva, ou de Borodino, em 1812, entre «La Grande Armée», composta por tropas de toda a Europa ocidental e central e o exército russo, feita por Leão Tolstoi

no romance «Guerra e Paz», escrito cerca de meio-século depois da referida batalha. 

De qualquer maneira, o elemento épico dum combate, seja uma escaramuça ou uma batalha decisiva, está completamente ausente, na realidade: É a posteridade que elimina os casos que não satisfaçam os padrões, que não se coadunem com a «coragem» e o «heroísmo», do lado que se pretende glorificar.  Será surpreendente encontrar um escritor de uma dada nação, que faça a apologia do comportamento de militares da nação inimiga. Em geral, as cenas atrozes e reprováveis, são tidas como da responsabilidade do campo que mais se detesta. 

Os pacifistas verdadeiros, que não estão em nenhum dos campos, são considerados «traidores» ou «cobardes», por ambos os lados. Ficam sujeitos a levar um tiro na nuca, ou algo assim, pois estão «fora do quadro»; são uma «mancha» na pintura; quanto muito, serão «homenageados» depois de mortos mas, seu exemplo de retidão moral, de coerência e humanismo, não será cultivado pelas gerações vindouras.

Por estas razões, uma guerra, seja ela qual for, é sempre um recuo civilizacional. Não somente para as gerações que nela participam; também para a descendência de ambos os lados. Os vencedores, segregam um nacionalismo «otimista» e os vencidos um nacionalismo «pessimista».

Por isso, um ciclo de guerra recomeça, após cerca de uma centena de anos: Os horrores da guerra de 1914-18, já não são percetíveis às gerações que nasceram  por volta de 2000. 

Os Estados ergueram monumentos em memória dos soldados caídos nesta guerra chamada «A Grande Guerra», para os enterrar uma segunda vez, mais fundo ainda, no esquecimento. Os livros de história preocupam-se em fornecer causas económicas, aspetos ideológicos ou de geoestratégia, que permitam atribuir os motivos de tudo o que se passou. Mas, apenas alguns livros, romances quase esquecidos, detalham os horrores da tal «guerra para acabar com todas as guerras». 

E agora, temos os bisnetos dos combatentes da Iª Guerra mundial,  a deixarem arrastar-se pelo «fervor patriótico», ou pelo «terror do inimigo», para matar e morrer, como se isso fosse o maior e mais nobre dever. Como se as suas famílias devessem ficar eternamente gratas pelo seu sacrifício inútil! Todos os ditadores, seja qual for a sua tendência, gostam da guerra: ela permite forçar a «união sagrada» em torno dos regimes. Estes, supostamente, seriam a barreira para a «barbárie» (sempre a do outro).

Francamente, isto é realmente estúpido, primário e criminoso, ao ponto de despertar em mim um desejo de não ter nada que ver, de não querer saber de nada, de me retirar física e mentalmente para um refúgio onde possa ilusoriamente desfrutar de paz da alma. Mas, este desejo é contrariado pelo meu entendimento de que as pessoas mais sacrificadas são, quase sempre, as que menos responsabilidades têm no conflito. De que os poderosos - de um e do outro lado - estão a jogar as vidas dos seus soldados e civis, para engrandecer o seu nome e o seu regime... Não há os bons e os maus; há os poderosos e os humildes. Estes últimos, estão destinados a serem triturados sem piedade, para justificar sonhos megalómanos, seja de quem for. 

Não existe «causa justa» numa guerra: Ou melhor; a única causa que se deve considerar humanamente justa é a que defende o cessar-fogo imediato, a procura de uma resolução pacífica para o conflito. 

O que mantém uma guerra, embora reconhecida por todos como tragédia, é que as pessoas foram doutrinadas a considerá-la  «inevitável, por causa de X» (X= nome de Chefe-de-Estado e da Nação inimigos). É um truque muito velho, mas que funciona; e continua a funcionar, porque as pessoas preferem continuar dentro do rebanho, em vez de mostrarem independência, de terem a coragem de dizer «não!».

Não me compete dizer o que os outros têm de pensar ou fazer. Mas gostaria de ver pessoas de elevada estatura intelectual e moral, erguerem-se e denunciarem a barbárie. 

Voltando à Primeira Guerra Mundial, creio que a censura e o fanatismo xenófobo (em todos os países beligerantes), não conseguiram impedir que vozes de vários quadrantes políticos e ideológicos se pronunciassem, falassem contra a corrente: essas personalidades, terão sido mais tarde homenageadas em vida, ou depois de falecerem, por aqueles mesmos que os ignoraram ou insultaram, anos antes.  

Desculpem, mas o que saiu nesta prosa não é verdadeiramente o que deveria ser, ou seja, um relato do que se passou. Os meus leitores me desculpem. Eu realmente disse o que - a meu ver - não deveria ter acontecido, mas acontece e aquilo que eu gostaria de ver, mas que não vejo. Por este motivo, decidi chamá-la «UMA NÃO-CRÓNICA»


domingo, 11 de junho de 2023

Dra. Naomi Wolf revela a agenda de despovoamento da Pfizer



Dra. Naomi Wolf revela a agenda de despovoamento da Pfizer, conforme evidenciado por seus próprios documentos

Pesquisa Global, 11 de junho de 2023
DailyClout 1 de junho de 2023

Publicado pela primeira vez em 5 de junho de 2023

***

“Este é um romance de mistério em que a questão é: como impedir que as mulheres tenham bebês saudáveis? Essa é a história dos documentos da Pfizer.”


“Essas pessoas [poderes constituídos] não querem que sejamos autossustentáveis”, concluiu a Dra. Naomi Wolf diante de uma plateia ao vivo num recente evento da família VAC . “Eles querem que sejamos dependentes e assustados.”

Qual qualidade autossustentável eles mais desejam controlar? Nossa capacidade de reprodução, atestou a Drª. Wolf .


“Uma coisa que as pessoas conseguem fazer há milhares de anos é fazer sexo e ter filhos sem nenhuma intervenção ou ajuda de ninguém. É uma maneira tremenda de a raça humana ser autossuficiente - de poder sobreviver a catástrofes. Bem, os Tech Bros. e - provavelmente - a China querem tirar isso de nós. Isso está claro nos documentos da Pfizer.”

“Há uma seção dos documentos da Pfizer na qual a Pfizer detalha os eventos adversos e conclui que as mulheres sofrem 72% deles”, continuou ela. “E desses – e estas são as palavras da Pfizer – 16% são entre aspas “distúrbios reprodutivos” em comparação com 0,49% para os homens. Então eles estão muito focados na reprodução, na reprodução feminina.”

“Acredito que eles estavam tentando interromper especialmente a reprodução feminina”, determinou a Drª. Wolf . “E a pergunta é, como eu sei disso? E a resposta vem da estrutura do que eles observaram. Mais uma vez, sou uma crítica literária, mas este é um romance de mistério em que a questão é: como impedir que as mulheres tenham bebês saudáveis? Essa é a história dos documentos da Pfizer.”
“Portanto, nos documentos da Pfizer, há um gráfico”, detalhou a Drª. Wolf .

“E como mulher, esta é uma das coisas mais dolorosas de se ver. E eu sou judia. E minha avó perdeu nove irmãos e irmãs no Holocausto. Portanto, não digo isso levianamente, mas este gráfico é um gráfico do tipo Mengele. É a ciência de Mengele.”

“Por que é ciência de Mengele?” ela perguntou. “Porque eles analisam 20 coisas horríveis diferentes que podem acontecer com a menstruação das mulheres.”

Mais eventos adversos reprodutivos estão listados aqui .

Aqui está uma fração das 20 e poucas maneiras diferentes pelas quais a Pfizer admite que a injeção de ARNm pode desregular ou afetar a saúde reprodutiva das mulheres: 
Sangramento menstrual intenso – 27.685 casos
Distúrbio menstrual (dor, sangramento intenso ou ausência de menstruação) – 22.145 casos
Menstruação irregular (duração irregular do ciclo) – 15.083 casos
Menstruação atrasada – 13.989 casos
Dismenorreia (dor durante a menstruação) – 13.904 casos
Sangramento intermenstrual (sangramento entre as menstruações) – 12.424 casos
Amenorreia (ausência de menstruação) – 11.363 casos
Polimenorreia (múltiplos períodos) – 9.546 casos
Hemorragia vaginal (sangramento excessivo do aparelho reprodutor feminino) – 4.699 casos.
Oligomenorreia (períodos menstruais pouco frequentes) – 3.437 casos
“Estou olhando para vidas arruinadas”, lamentou a Drª. Wolf .

“E eles [Pfizer] apenas anotam com calma, caso a caso.”
Prevaricação criminal: a Pfizer sabia que 275 pessoas sofreram derrames graves nos primeiros 90 dias após o lançamento da vacina.

Há também um grupo na França chamado Où est mon cycle, que se traduz em “Onde está a minha menstruação?”

Wolf detalhou “coisas super estranhas” nos documentos da Pfizer, como “meninas de dez anos menstruando ao serem injetadas pela primeira vez” e “mulheres em pós-menopausa prolongada na faixa dos 80 e 90 anos sangrando novamente após serem injetadas”.
Não bastava para a Pfizer assistir à ruína das mulheres, afirmou a Drª. Wolf .

“Mais uma vez, continuo dizendo que este é um agente patogénico respiratório. Por que eles estão tão focados em sexo? Em um ponto, eles acasalam ratos machos vacinados e ratos fêmeas não vacinadas. Depois eles os matam, dissecam e examinam as células de seus órgãos sexuais . OK? Então eles estão muito, muito focados na sexualidade dos mamíferos.”
E você não precisa ser um "grande cientista" para descobrir que as injeções de ARNm da Pfizer causariam problemas de fertilidade, enfatizou a Drª. Wolf .

“Você não precisa de conhecimento avançado em matemática para adivinhar que, se as mulheres estão tendo problemas menstruais horríveis em 2021, haverá problemas de fertilidade em 2023, certo?”




“Portanto, agora é 2023”, lamentou a Drª. Wolf , quando esses problemas de fertilidade se concretizaram. “Igor Chudov comparou bancos de dados de países ao redor do mundo. Há um milhão de bebês desaparecidos na Europa. Eles nunca nasceram. Constata-se o dobro de abortos espontâneos na Escócia e uma queda de 13% a 20% nos nascidos vivos em todo o mundo. Há duas ou três vezes o número de abortos espontâneos em Tel Aviv, em relação ao número de antes. E assim por diante, em todo o mundo. E agora sabemos o porquê. Agora conhecemos o mecanismo.
“Portanto, é um ataque, não apenas à humanidade; é um ataque ao nosso futuro”, determinou a Drª. Wolf .

“Não é apenas um ataque contra nós. Não é apenas um assassinato em massa, que é a terminologia contra a qual a Ofcom se opôs , mas é um ataque existencial. E pense nisso cronologicamente. Estou muito preocupada que uma fonte na Grã-Bretanha tenha dito que queria embargar esta informação durante 20 anos. Porque eu fico a pensar: O que eles esperam que aconteça nestes 20 anos?”

“Acho que esta é a ponta do iceberg”, continuou ela. “Temos [ DailyClout/War Room Volunteers ] um relatório sobre cancros turbo, um relatório sobre derrames, um relatório sobre danos no fígado, danos nos rins.”

“Não quero deprimi-lo, mas em seu redor há pessoas que sofrem de doenças”, lamentou a Drª. Wolf . “Nenhum de seus médicos lhes está dizendo que essas doenças estão nos documentos da Pfizer, como efeitos colaterais e que agora compreendemos seus mecanismos”.
“E se você quiser saber o que está acontecendo com seus entes queridos, por favor, leia os relatórios no Dailyclout.io ”, insistiu a Drª. Wolf .

“Eles são gratuitos . Ou encomende o livro , por favor. Está lá tudo [as evidências]. Mas em seu redor, em meu redor, há pessoas sofrendo e morrendo de efeitos colaterais, que estão nesses documentos, que eles conheciam”.

A íntegra do discurso do Dr. Wolf está disponível para assistir no vídeo abaixo:


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The Vigilant Fox é uma jornalista cidadã com 12 anos de experiência em saúde, focada em "The Great Reset", em protestos mundiais e em COVID-19. Depois de ficar profundamente perturbada com as medidas, a obrigatoriedade vacinal e a discriminação médica do COVID, ela dedicou seu tempo livre e esforço para fazer clipes curtos e informativos - apresentando neles médicos, cientistas e líderes de pensamento de todo o mundo.
A fonte original deste artigo é DailyClout


[Consulte a página da Dra Naomi Wolf:

Post Scriptum: Alguns artigos publicados neste blog, relacionados com as questões da utilização da «vacina» não plenamente testada, com resultados desfavoráveis e ocultados, pela Pfizer e outras empresas:

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA, PARTE XVI

 Estamos no fim de um ano que nos marcou a todos. Eu aqui direi o que sinto, não pelo mero desejo de exibir sentimentos (até sou contrário a isso, neste tipo de escritos), mas antes, porque me parece que a sociedade -toda ela - sente o efeito de uma propaganda «non stop», primeiro, nos dois anos «Covid» e, agora, com a guerra da Rússia contra a OTAN, no território da Ucrânia. 

A guerra não parece estar pronta a chegar a um desenlace, os beligerantes, de um lado e do outro, parecem estar bem decididos a «ganhar» esta guerra. Mas, parece-me que estas guerras não podem ser ganhas. Nem sequer, no plano estrito militar. Ainda mais improvável que uns fiquem em posição económica e social muito mais favorável, que os outros. Os estragos destas guerras contemporâneas fazem-se sentir durante muitos anos. São, com certeza, situações que nunca chegam a termo, do ponto de vista daqueles cuja vida ou a vida de próximos ficou completamente destruída. Pode-se argumentar que populações oprimidas noutras regiões do Mundo têm estado a sofrer durante tanto ou mais tempo, o que as populações ucranianas - quer as russófonas quer as não-russófonas - estão agora a sofrer nestes últimos 8 anos, desde o golpe de Estado de 2014 de «Maidan». Embora isso seja verdade, os sofrimentos de uns não aliviam os sofrimentos de outros. 

Pessoalmente, o que me choca é a indiferença - e falta de pudor - de pessoas «corajosas» em fazer afirmações peremptórias, bem longe do teatro dos combates. Sinto uma certa náusea, quando penso na maneira estúpida como aquelas pessoas, aparentemente mais «informadas», se debruçam sobre a catástrofe dos outros e se apressam a fazer juízos definitivos. 

A involução civilizacional, que eu invoquei em vários textos meus, muito antes de rebentar esta guerra,  está agora à vista de todos. Aliás, esta involução começou muito antes de Fevereiro deste ano. Nem sei ao certo quando. 
Na realidade, o que importa é que vejo que as forças da paz, do bom-senso, da racionalidade, do humanismo e do coração generoso, estão em franca minoria, estão dispersas pelo vendaval de belicismo, que varre as sociedades a Oeste e a Leste, sem que se possa fazer muito mais - de momento - do que constatar o estrago desta onda de imbecilidade e bestialidade coletivas. 
Não temo em relação a mim próprio; estou relativamente bem protegido, ao nível pessoal, das tragédias da guerra e dos males correlativos que a acompanham. 
Porém, estou psicologicamente afetado, desencorajado pela cobardia, pela visão primária de uns e de outros, pela indiferença pelo sofrimento alheio: 
- Onde estão as forças pacifistas, que deveriam erguer-se e afirmar a razão, contra as razões de Estado, de uns e de outros? 
- Onde estão os intelectuais lúcidos, para desmontar a propaganda, mostrando como se aproveitam dos instintos mais elementares - o medo, o gregarismo, a sede de vingança, etc. -  das pessoas? 

Não me admira que a situação piore em termos de confrontos bélicos. Nem que rebentem outras guerras, ou que haja  um alargar da mesma, noutras frentes. 
O mundo está em colapso económico e financeiro e - por isso - as «elites» do poder e do dinheiro estão a servir-se de tudo o que podem, para desviar a atenção das pessoas. Usam agora a guerra, como há escassos dois anos usaram a pandemia do COVID, francamente amplificada e dramatizada. 
Agora, o sistema económico e financeiro está a ruir, em resultado da forma como foi gerido durante décadas. Vários economistas sérios têm dito que não pode haver outro desenlace. Porém, as «elites» não querem que as pessoas vejam, querem - pelo contrário - que todas as desgraças sejam imputadas à guerra e, anteriormente, à pandemia viral: Não querem que as pessoas se apercebam que houve uma estratégia no desencadear destas catástrofes, pelas grandes corporações e setor financeiro: Uma estratégia desenhada e executada para tirar o máximo dos Estados. Assim, essas tais corporações poderão remanejar em seu proveito os sistemas económicos e financeiros, desde as moedas digitais produzidas pelos bancos centrais, à completa destruição do Estado de Direito e do Estado-Providência. 

Se os deixarmos, somente ficará um sistema distópico, cujos elementos já têm sido ensaiados, neste ou naquele ponto do Globo. As massas, aflitas com a «austeridade», que têm de suportar, não conseguirão ver para além da sua sobrevivência imediata. É esse o cálculo da oligarquia que se pavoneia em Davos e noutros «palcos». É assim que os muito ricos e poderosos estão a jogar; têm a pretensão de serem eles a decidir como será o futuro. Esta é a aposta dos globalistas. 

Cabe às pessoas lúcidas e corajosas organizarem-se, para que os planos deles falhem e para que se construa uma sociedade mais justa e mais humana, em vez da sociedade do medo e das desigualdades abismais. 

                                                  Enterro na Ucrânia; foto de Maio de 2022

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA, PARTE XV

               
                                    Imagem: Mansarda com janela em «olho de boi»

Muitas coisas tenho para contar.
Mas, brevemente, primeiro tenho de saudar o que passou: O passamento da Rainha Elizabeth II, personagem tão simpática e incontroversa, que muitas pessoas cismam de não serem súbditos da sua Coroa (não é bonito assistir-se a um casamento real?). Para tais pessoas, muitas vezes, não há cura: Estão cronicamente infetadas com o vírus da «Servidão Voluntária», uma maleita diagnosticada pelo sempre jovem Etienne De La Boétie.

Hoje em dia, há pessoas que rejubilam com mortes na guerra, desde que sejam «os outros», aqueles que fomos ensinados ou condicionados a odiar, desde pequeninos. A humanidade está à beira duma guerra nuclear. Porém, reage como se de nada de importante se tratasse: Com a impressionante tecnologia de persuasão e condicionamento das mentes, a qual anula nos humanos quaisquer laivos de revolta, ou apenas de pensamento crítico. Que caminho percorrido desde os «cães de Pavlov»! Os cientistas comportamentais devem estar orgulhosos.

Não há qualquer outro fator que ative mais as pessoas a pensar, como carências de bens essenciais: no pior dos casos - a fome, mas a simples ausência de condições mínimas de conforto (como aquecimento das casas), ou ainda a impossibilidade de continuar a servir-se do automóvel, já têm consequências. As revoluções de amanhã serão totalmente diferentes das passadas. Os revolucionários «encartados», de todas as tendências, vê-las-ão passar e só depois destas terem um certo avanço, acordarão.

A autoinfligida crise energética tem de ser vista em perspetiva. Farei essa perspetiva decorrer de dois ângulos diferentes:

- No campo atlantista, predomina a raiva anti- soviética, perdão, anti- russa. Eles, atlantistas, são capazes de nos sacrificar alegremente: Um terço dos soldados da Ucrânia (mortos ou estropiados), a quase totalidade da população destroçada económica, psicologicamente, além de ser vítima «colateral» dos combates, uma enorme percentagem foi obrigada a refugiar-se em países vizinhos. Do lado dos «aliados» da NATO, constata-se já o empobrecimento massivo dos que estavam no limiar da pobreza. A Europa ocidental irá sofrer muito mais, nos próximos meses, de frio, de carências alimentares, de desemprego, de rutura dos serviços essenciais. Soma-se a perda de qualquer possibilidade das multidões fazerem eficazmente ouvir-se e respeitar-se pelos poderosos, devido à campanha non-stop de medo, propaganda de guerra, censura, difamação, cilindrando quaisquer vozes, mesmo tímidas, que se pudessem erguer contra o «establishment». Em suma, um Estado totalitário pan-europeu está sendo preparado pelas «elites».
Eles - os atlantistas - podem estar orgulhosos, têm aquilo que sempre procuraram obter: Uma Europa ocidental sujeita a regimes fascistoides, com um semblante de eleições, um semblante de opinião pública, um semblante de oposição - quer política, quer social: A dominação total e sem limites. Torna-se cada vez mais clara e transparente a tentativa da oligarquia de impor uma sociedade distópica, moldada sobre os romances de futurologia mais célebres, desde Aldous Huxley e George Orwell, até à literatura de ficção científica mais recente, descrevendo as distopias mais negras. Estes romances são usados como guias, como manuais de «Como Fazer?».

- No campo não-autoritário, as previsões cumprem-se. Foram baseadas na observação do real, do terreno social presente, não em narrativas mitológicas, nutridas por ideologias completamente ultrapassadas. As pessoas começam a acordar para o facto de terem entregue demasiado poder, sob pretexto de «democracia representativa»*, a  sociopatas, que irão fazer tudo para manter esse poder, sobre os outros.
Podia-se esperar este despertar. Ele tem que ver com a impossibilidade teórica e prática do condicionamento de massas ser permanente e total. Se ele fosse permanente, já teríamos todos sido transformados em «robots» ou «zombies», o que - felizmente - não é o caso. Muitas pessoas não foram inoculadas com o vírus mortal do medo de pensar. Por outro lado, verifica-se que algumas pessoas começam a despertar da letargia em que estavam mergulhadas, desencadeada pelo pavor induzido (estratégia «Shock and awe»). Elas, portanto, recomeçaram a raciocinar. Muitas pessoas, guardam apego à verdade, à honestidade, ao sentido de justiça. Não suportam ver amigos, vizinhos, parentes, serem enxovalhados, despedidos e ostracizados. Nem todas ficam encolhidas de medo, esquecendo o significado de palavras como amizade, solidariedade, dignidade humana. Estas pessoas corajosas, graças a Deus, existem em todas as sociedades. Não posso ter uma percentagem rigorosa destas, mas sei que qualquer um de nós conhece duas ou três pessoas, pelo menos, que não alinham com a narrativa «mainstream». Calcula-se que, em média, existirão 150 relações significativas (familiares, amizades, colegas, etc.) na vida de cada um. Portanto, haverá no mínimo 1 -3 % de pessoas que não dobram a espinha, que mantêm o espírito de luta. É importante percebermos que não  estamos isolados: Num país atávico e onde reina uma ignorância crassa, como é o caso de Portugal, estamos a falar no mínimo de 100.000 a 300.00 indivíduos, de todas as condições, idades e localizações, que manifestam estar em contradição com o sistema totalitário.
É importante que todas estas pessoas se exprimam, senão publicamente, pelo menos, no seu círculo de amigos e de íntimos. Tendo estudado a fundo a psicologia do totalitarismo, Ariane Bilheran, na senda de Hannah Arendt e de Mattias Mesmet, deu-nos o aviso: Ao contrário das «simples» ditaduras, a ditadura totalitária, uma vez plenamente instalada, irá impiedosamente esmagar toda a oposição sobrevivente. Nunca irá flexibilizar as condições para a dissidência, pelo contrário, irá suprimi-la. Isto aconteceu repetidas vezes na História. Para que se atinja este estádio, tem de haver uma renúncia, um baixar de braços da oposição a esse regime. Enquanto existirem denúncias dos comportamentos totalitários, estes mesmos totalitários não estarão à vontade para «limpar o terreno». Afinal, eles também sabem que o povo, embora se deixe enganar algumas vezes, não pode ser enganado na sua totalidade e durante todo o tempo.
                                      
São iniciativas de base e cidadãs, como da Associação «Habeas Corpus», que têm o maior potencial para manter o espírito de liberdade. Infelizmente, os partidos, incluindo os de esquerda**, seja qual for sua tendência ou dimensão, estão completamente paralisados, ou comprados, ou sem orientação, pois continuam a não fazer o seu papel.
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(*) O termo «democracia representativa» é tanto mais inadequado que, mesmo nos moldes estreitos do pensamento político convencional, há uma constante e plena fraude: com efeito, os partidos são eleitos em função dos muitos milhões que são «oferecidos» (com condições) por grandes magnates e donos de grandes corporações, para as suas campanhas eleitorais. O debate é falseado sem vergonha, pois não têm voz nos grandes media, aqueles que não se vergam ao poder corporativo. Estes regimes são - na verdade - o poder das corporações, são plutocracias (= poder dos muito ricos). Chamá-los «democracias» ou «poder do povo» é um insulto à inteligência do povo, é escarnecê-lo. Nunca teve tão pouco poder como agora, o pobre povo, por muito que os poderosos se autoelogiem de terem uma «democracia».

(**) Note-se que a «esquerda parlamentar», em peso, tem-se mantido numa ambígua posição, a de «parecer» oposição, sem o ser. Nos períodos iniciais da «crise do COVID», os dirigentes e deputados do PCP e do BE, partidos que se reclamam do socialismo e das classes trabalhadoras, insistiam em aplicar um regime mais estrito de confinamento/«lockdown». «Lockdown» é um termo que  significa o castigo do fechamento dos presos, especialmente quando estes fazem reivindicações. Aplaudiram ou ficaram calados perante a repressão selvática aos que não aceitavam as regras arbitrárias e anti-constitucionais. A existência duma classe coordenadora ficou mais uma vez demonstrada. A sua utilidade para o capital é evidente, pois ela permite que os trabalhadores se mantenham «tranquilos», «ordeiros», dentro da «legalidade»...