sábado, 25 de agosto de 2018

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A DECADÊNCIA DOS IMPÉRIOS PODE DURAR CENTENAS DE ANOS...

                         


A DECADÊNCIA DOS IMPÉRIOS PODE DURAR CENTENAS DE ANOS ... MAS O SEU COLAPSO É SÚBITO.
Faço esta reflexão como resposta ao último artigo de Dmitri Orlov, que foi publicado no «Russia Insider». 

A retórica de Orlov está bem construída nas suas premissas, porém as conclusões pecam por incoerentes com seu objectivo de explicar uma transição para o mundo pós-hegemonia dos EUA. 
De facto, ele próprio é um dos fornecedores de argumento mais sólido contra a possibilidade de se «projectar» uma estratégia com viabilidade para tal fim. 
Não foi Orlov que dissecou com acuidade e senso crítico o processo de corrupção interna que levou à queda do Império soviético? 
- Seria lógico aplicar a teoria do caos nesta situação da queda dos impérios; não existe uma «lei natural» que nos diga como, ou aquilo que desencadeia o  colapso dum império. 
É da ordem do contingente, é como uma porta com os gonzos enferrujados... que pode ser aberta por um empurrão mais forte, ou a queda acidental de um tronco de árvore, ou um inverno mais chuvoso, cuja humidade acaba por desfazer por completo o metal enferrujado, etc... Ninguém sabe - antecipadamente - a causa imediata de tal acontecimento futuro; porém, sabendo-se as circunstâncias e tendo um conhecimento sobre os mecanismos físicos e químicos que operam e o ambiente no entorno dessa tal porta, podemos fazer predições sensatas sobre ela. Do mesmo modo, podemos fazer predições sensatas sobre a queda dos impérios. 

Curiosamente, Orlov parece não ter em conta que a condição histórica mais comum para a decadência e queda de um império, é a ascensão de outro; a vontade de uma nova potência exercer, ela própria, um domínio hegemónico.
Não digo que a China tenha esta ambição - pelo menos, por enquanto - mas se um mundo multipolar se tornar um facto dentro de algum tempo, o que muitos analistas têm defendido,  ele será essencialmente instável.  Só haverá solução, dentro do capitalismo global actual, com a ascensão de um novo império.

 Praticamente, os analistas (mesmo de esquerda) não arriscam ver o fim do capitalismo, enquanto sistema de domínio mundial, tendo o imperialismo como suporte de poder, essencial para o sistema. 
Porém, as condições de funcionamento do capitalismo deterioram-se, a capacidade de arrancar lucro é cada vez menor, esse lucro é sempre feito à custa de um maior sofrimento das populações e do ambiente. 
Em suma, é um capitalismo depredatório numa escala global, que pretende sempre mais e mais crescimento, o que não é compatível com um mundo finito e cujo funcionamento saudável depende de subtis equilíbrios ecológicos, os quais estão a ser gravemente postos em causa.

Não podemos predizer exactamente como este capitalismo mundializado irá acabar, mas temos a convicção profunda de que é inviável no longo prazo. 
Assim, a era da História em que o domínio mundial de um império é sucedido pelo domínio de um novo império, vai necessariamente acabar, conjuntamente com o capitalismo globalizado e depredador. 
Pode ser que não deixe de existir capitalismo, num ou noutro ponto do globo ou até disseminado por todo o globo, mas já não como forma dominante de produção de mercadorias e serviços. Analogamente, o sistema feudal não se eclipsou totalmente do mapa com o triunfo das burguesias no século XIX.  Na verdade, muitos aspectos do feudalismo foram incorporados de forma subordinada, na nova ordem.  
Não se saber as circunstâncias concretas de queda de um sistema, não implica que se ignore as leis da física e de todas as outras ciências, que determinam as condições de existência e de evolução de um sistema. 
Num sistema, quase infinitamente complexo, como a sociedade humana, a entropia exerce-se. Se a entropia pode ser exportada para o exterior ou para as margens durante algum tempo, não o será eternamente. 
Os seus efeitos já não serão sensíveis somente nas periferias do sistema; irão cada vez mais surgir, no próprio âmago do sistema, o que irá gerar mais e mais entropia, até haver uma ruptura.

Os impérios, tal como as civilizações, são mortais... Só não sabemos - nem podemos saber - qual a causa imediata da morte futura do império dominante.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

LEMBRA-SE DO URSO POLAR A MORRER, «DEVIDO AO AQUECIMENTO GLOBAL»?

Vale a pena ver este curto video que desmonta a atribuição da situação do pobre urso polar às «alterações climáticas», numa reportagem de Dezembro de 2017. 


É assim se que altera a percepção de milhões de pessoas: muitas delas, nunca irão saber que o próprio National Geographic deu a mão à palmatoria e reconheceu que não tinha sido correcto.

Nós temos estado sujeitos desde há vinte anos, pelo menos, a intenso bombardeamento, para nos persuadir da realidade do aquecimento  antropogénico do clima.  
Mas isto é feito pelos métodos típicos da propaganda, não através da razão e da evidência científica, a qual é sempre susceptível de ser discutida, e tudo isto porquê? 
Leia:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2017/02/falsificacao-de-dados-climaticos-para.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2017/06/alteracoes-climaticas-fraude-cientifica.html

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

CRÓNICA DE PEQUIM - A ARTE DE IMITAR OS SONS DA NATUREZA (POR EDUARDO BAPTISTA)

                      

Neste artigo em língua inglesa «Master of Mimicry» Eduardo Baptista apresenta-nos um expoente da arte chinesa de imitar os sons da natureza, apenas com a boca e as cordas vocais.

PARA QUANDO O FIM DO DÓLAR COMO MOEDA DE RESERVA?

Já há algum tempo que tinha aventado esta hipótese e mesmo afirmado ser inútil, ao fim e ao cabo, uma moeda de reserva (ver aqui). No entanto, estes processos são «tectónicos», ou seja, no mundo de hoje, estendem-se por dezenas de anos. 
Um caso muito típico disso, é o do ministro alemão que apela à criação de um sistema europeu em alternativa ao sistema SWIFT, de pagamentos internacionais. Este sistema, embora sediado na Bélgica, é controlado nos EUA. Todas as pessoas bem informadas sabiam disso, evidentemente, desde a sua criação. Mas, o facto do ministro alemão exprimir isso, mostra como as sanções irracionais e prejudiciais contra a Rússia e agora também contra o Irão, impostas pelo Império têm um efeito negativo, não apenas nos referidos países, como também nos aliados (na realidade súbditos) europeus. Os EUA queriam afirmar, com essas sanções, a sua posição de potência hegemónica; afinal, o que conseguiram foi afastar os seus melhores aliados na Europa.
Do lado do grupo dos «sancionados», a reacção foi criar um sistema financeiro alternativo. A Rússia e a China possuem sistemas equivalentes ao SWIFT, mas sob controlo dos seus bancos centrais respectivos. A contrapartida para a NATO é um sistema de defesa e segurança, a Organização de Cooperação de Xangai, que agrupa também as ex-repúblicas soviéticas da Ásia e à qual o Irão está em processo de adesão. A Turquia fez um pedido formal, na última cimeira da organização, facto que se pode correlacionar com a guerra económica decretada por Washington. A Rússia, a China e mais de sessenta nações constituem os parceiros de um banco internacional de desenvolvimento, o equivalente do Banco Mundial, que tem financiado múltiplos projectos, principalmente em África, atraindo assim um número crescente de nações deste continente a fazerem parte de um mundo onde as trocas são feitas fora do dólar. 
A forma preferida de reserva dos dólares, detidos ao nível dos bancos centrais, tem sido as obrigações do Tesouro dos EUA, a dez anos. Estas têm sido vertidas no mercado, em grande quantidade nos últimos tempos, pela Rússia e pela Turquia. Também o foram, há algum tempo atrás, pelo Japão. Ora, a cotação destas obrigações não se alterou de modo significativo, o que implica terem sido absorvidas por entidades misteriosas, como o Luxemburgo ou as Ilhas Caimão, sem dúvida por ordem do governo dos EUA, visto que a Reserva Federal (o banco central dos EUA) não terá sido um comprador maciço destas «treasuries», nestes últimos tempos. Os EUA não poderão indefinidamente usar estratagemas para aguentar a cotação das «treasuries» e portanto do dólar. Chegará um momento, quando houver um volume significativo de trocas usando o Yuan (não esquecer o recente lançamento do petro-yuan, um contrato de futuros para compra de petróleo usando a moeda chinesa), em que muitos países não verão vantagem nenhuma em possuir em reserva dólares, visto que as suas trocas comerciais e seus pagamentos serão maioritariamente fora do mundo dominado pelo dólar.
Caminha-se assim, a passos largos, para um mundo formado por dois grupos de Estados, num sistema internacional bipolar. Um mundo estará dentro da esfera de controlo angloamericano, com o dólar a reinar como dono e senhor de todas as transacções comerciais que se efectuem no seu interior. Outro, será o mundo dominado pela nova potência dominante mundial - a China - tendo como parceiros e aliados, a Rússia e praticamente toda a Ásia central e oriental. Mesmo o Paquistão, mesmo o Japão, estão a orientar-se em direcção aos BRICS e a participar activamente em projectos importantes da Nova Rota da Seda. Porque têm simpatia pelos Estados fundadores dos BRICS? Porque têm afinidades com o regime herdeiro de Mao? Porque eles próprios mudaram radicalmente seu governo? Não, não e não! Simplesmente, sabem ver de onde o vento sopra e não querem ficar para trás.
As «luminárias» que se exibem nos media neste país e, infelizmente, também no chamado «mundo ocidental», nunca põem as questões pertinentes, nunca explicam o contexto em que as coisas ocorrem. Também o seu «império» é de curta duração: Ao fazerem um «blackout» de todas as notícias que contradizem a narrativa simplista de Washington, Londres, Bruxelas... ao sonegarem dados importantes sobre os BRICS e questões associadas, estão a descredibilizar-se junto duma parte do público, a parte que não renunciou a pensar pela sua própria cabeça.
Temos de recorrer à RT e ao Asian Times e outros meios informativos, ditos «alternativos», pois a media «mainstream» tornou-se repositório da pior propaganda, não havendo praticamente nenhuma verdade nas «notícias» por eles cozinhadas...



https://www.zerohedge.com/news/2018-08-21/germany-calls-global-payment-system-independent-us

http://thesaker.is/so-what-will-the-sanctioned-supergroup-do/


terça-feira, 21 de agosto de 2018

ÚNICA MANEIRA DE VIVER SAUDÁVEL [JOEL FUHRMAN]


              https://www.youtube.com/watch?v=gBGnX8aLc6A

Este video é muito rico em informação. Não é exagerado, é realista. Oiçam e vejam, vale a pena!

Ver também o vídeo do artigo seguinte:

ALIMENTAÇÃO E DOENÇA: O ALIMENTO COMO DROGA


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2017/07/alimentacao-e-doenca-o-alimento-como.html

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

COMO AS CRIANÇAS ESTÃO A SER CONDICIONADAS

[Vídeo censurado no Youtube, ver em https://www.bitchute.com/video/zf2PDkW_wEo/]


Este video The War On Children de David Icke foi produzido pelo autor depois dele ter recebido a informação de que no Reino Unido, as hospitalizações por tentativa de suicídio de moças adolescentes, com menos de 18 anos, duplicou num ano. As causas seriam, segundo o próprio Sistema Nacional de Saúde britânico, o facto de terem demasiado estresse devido a exames e o abuso de utilização de «smart phones» e «redes sociais».
David Icke coloca a questão das causas que levam a este índice claro de mal estar de jovens que deveriam normalmente ser felizes, gostar da vida, ter uma mentalidade positiva.
A existência de um sistema dito de «ensino», que mais não é do que condicionamento maciço para a entrada na norma, nunca é colocada em causa. A suposta necessidade de «aferição» através de testes e exames, a pressão de pais e professores para desempenho escolar baseado nessa «corrida de obstáculos», em que a capacidade medida é apenas a de saber responder «correcto», como o sistema lhes impõe. 
Já tinha analisado (ver aqui) o fenómeno, num artigo deste blog. 



Vale a pena ouvir este audio de Alan Watts sobre educação ...

que deve ter sido gravado aquando de uma de suas múltiplas conferências, na Califórnia nos anos 60  e 70.

O fenómeno da adição aos telemóveis e redes sociais agravou ainda mais o condicionamento brutal a que são sujeitos todos os indivíduos, mas com especial violência crianças e jovens. 
A necessidade de se estar «conectado», a ausência de interacção significativa presencial com os seus pares, a monotonia e ausência de perspectivas de vida... tudo isso contribui para um enorme empobrecimento da experiência com o mundo, com a sociedade, de que todas as crianças e jovens precisam. 
O mundo dos smartphones é um mundo fictício, um mundo falso, que se torna doença obsessiva, muito facilmente. As redes sociais são um «ersazt» para os verdadeiros contactos sociais, para a verdadeira sociabilização de que crianças e jovens necessitam  para se desenvolverem, para formarem a sua personalidade, para construírem a sua identidade e relação com os outros.
A questão da irradiação a que estamos todos sujeitos, e mais ainda os utilizadores compulsivos de smartphones, tem sido ocultada como real problema de saúde pública, conforme o interesse das companhias gigantes de produção destes gadgets e as redes de distribuição de sinal para os mesmos. Mais uma vez, se verifica o princípio de que o «poluidor nunca é pagador» e não é verdade que seja aplicado o de «poluidor - pagador»: pois se assim fosse, ou não haveria mais a tal poluição, ou aquela implicava uma soma exorbitante em indemnizações, que inviabilizaria a rentabilidade do negócio. 
Mas, pior ainda que a poluição electromagnética, será a «poluição mental», decorrente do fenómeno de adição às redes sociais, a necessidade compulsiva de conversar («chat») em todo o lugar e a toda a hora, com amigos, namorados, colegas, etc. 
As pessoas parecem cada vez mais zombies, incapazes de um comportamento normal e civilizado, ou seja usando com moderação e discrição os telefones celulares, onde quer que estejam. 
Parecem incapazes de viver sem esses pequenos objectos, que levam para todo o lado. 
Assim, de forma  bastante estranha, cumpre-se a profecia de Aldous Huxley, num célebre romance, em que as pessoas estavam completamente amestradas, tomando uma «soma» ou seja, uma droga, que lhes dava uma fictícia sensação de felicidade. Os senhores do mundo apenas tinham de fornecer à «turba» esta droga, para terem a sociedade inteira, voluntariamente sujeitando-se à condição de escravos.