domingo, 26 de janeiro de 2025

JORNALISTAS SÃO PRESOS E PERSEGUIDOS POR DIZEREM O QUE SE PASSA EM GAZA



A perseguição dos jornalistas, usando instrumentos legais ad hoc, está a tornar-se cada vez mais frequente. Em especial, quando eles efetuam reportagens sobre o genocídio dos palestinianos, por Israel,  em Gaza. Um recente caso, é o do jornalista Ali Abunimah, um cidadão palestiniano/estadunidense, na Suíça.

De acordo com o site The Electronic Intifada, Abunimah “foi preso pela polícia suíça antes de participar numa reunião pública em Zurich no Sábado à tarde.”
O site menciona o seguinte:

A detenção ocorreu depois de Abunimah ter chegado a Zurich para uma série de conferências.
Quando chegou ao aeroporto de Zurich na sexta-feira, Abunimah foi interrogado pela polícia durante uma hora, antes de ser autorizado a entrar no país. 

A detenção de Abunimah aparenta fazer parte da onda de repressão dos governos ocidentais contra as expressões de solidariedade com o povo da Palestina.

Embora informações suplementares sobre esta detenção ainda tenham de vir a público,  a detenção é - quase certo - estar relacionada com suas reportagens sobre a Palestina.

Ler abaixo a notícia completa neste link da página do «substack»:

A jornalista australiana Caitlin Johnstone publicou na sua página um artigo sobre o caso:




Multiplicam-se os casos de reporters arbitrariamente detidos, interrogados e condenados a prisão, apenas por fazerem o seu trabalho. A hipocrisia dos governos ocidentais atingiu o cúmulo: Continuam a fabricar leis anti-constitucionais nos seus países, para «justificar» legalmente estes atos, em tudo contrários aos Direitos Humanos, que eles dizem defender. Os manifestantes em solidariedade com o povo de Gaza, sofrendo genocídio, têm sido apelidados de «terroristas»,  reprimidos violentamente e presos, por exercerem pacificamente o seu direito de manifestação e expressão das suas opiniões. 

Como tenho dito neste blog, assistimos (desde há algum tempo) à instalação de um clima de terror contra os  dissidentes, desencadeado pelos próprios governos coniventes com os massacres. 

Estes estão realmente a violar a legalidade internacional ao fornecerem armas ao Estado Israelita quando este leva a cabo uma campanha genocida, há um ano e 4 meses em Gaza e nos Territórios ocupados da Margem Ocidental, assim como invasões de Estados vizinhos, nomeadamente, no Sul do Líbano e no alargamento da ocupação ilegal dos Montes Golã, que pertencem à Síria.


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HÁ DEMASIADAS EVIDÊNCIAS DE GENOCÍDIO DOS PALESTINOS POR ISRAEL

ISRAEL: O COLAPSO ISRAELENSE É A CONSEQUÊNCIA DO GENOCÍDIO




sábado, 25 de janeiro de 2025

Duke Ellington's Jukebox (Segundas-f. musicais nº 28 )


                                                                     
                    Duke Ellington's Jukebox 


                                                       































 

















quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

BLACK ROCK APROVEITARÁ DA EXPLORAÇÃO (DEPOIS DA GUERRA) DAS RIQUEZAS UCRANIANAS

Gerard Autier diz-nos tudo o que precisamos saber sobre a empresa de gestão de ativos,  com valorização de 150 milhares de milhões de dólares.

BLACK ROCK E OUTRAS GRANDES EMPRESAS OCIDENTAIS POSICIONARAM-SE NO INÍCIO DA GUERRA UCRÂNIA/ RÚSSIA. EM 2022 BLACK ROCK ASSINOU UM ACORDO COM O GOVERNO ZELENSKY, CRIANDO UM «FUNDO PARA A RECONSTRUÇÃO». SERÃO NECESSÁRIOS CERCA DE $ 300 000 000 000 (trezentos milhares de milhões de dólares), PARA ESTE FIM. 
AS GRANDES EMPRESAS - BLACK ROCK E OUTRAS - PODERÃO EXPLORAR AS RIQUEZAS DA UCRÂNIA, PARA APROVEITAREM AS «TERRAS RARAS», O LÍTIO, AS TERRAS AGRÍCOLAS E RECONSTRUÇÃO DE IMOBILIÁRIO E INFRAESTRUTURAS DEPOIS DA GUERRA. 
MAS A UCRÂNIA ESTÁ EM DECLÍNIO POPULACIONAL IRREVERSÍVEL; SÓ SERÁ POSSÍVEL RECONSTRUÍ-LA COM UMA IMPORTAÇÃO MAÇICA DE IMIGRANTES.





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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

AS MAIORES BOLHAS ESPECULATIVAS NAS ECONOMIAS AMERICANA E MUNDIAL

Seleccionei estes dois vídeos, importantes pela informação que podemos obter em «condensado». 

Note-se que a media corporativa não nos esclarece sobre o que se está a passar na economia real, por oposição à economia especulativa, de casino...






[...] Chamei a atenção para a acumulação de bolhas de crédito que nunca foram desinfladas, nunca se eliminaram os maus investimentos e os endividados zombies. Em consequência disso, as bolhas anteriores foram insuflar a maior bolha de dívida em dólares da História, com um aumento dos riscos, igualmente, nas outras divisas.

Até agora, as taxas de juro e as remunerações das obrigações dos EUA subiram do nível zero até cinco por cento, o que ainda não foi suficiente para fazer rebentar a bolha do crédito. Neste intervalo, os mercados de ações continuaram a subir.  Mas, pelo contrário, todos os mercados da dívida ficaram numa situação instável. [...]

Alasdair McLeod (20/01/2025)*

* ver também:  Interview with Jon Dowling


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

WHITNEY WEBB: «A RAZÃO PORQUE ELES QUEREM O CANADÁ E A GROENLÂNDIA É ATERRADORA»


 Whitney Webb desmascara Trump como cabeça do governo das multinacionais, reflectindo os interesses dos multimilionários da «Silicon Valley». 

RELACIONADO:

Segundas-f. Musicais nº27: Rameau e os Enciclopedistas / cosmopolitismo e nacionalismo




                                           Livro de Rameau sobre erros musicais na Enciclopédia


Rameau e os Enciclopedistas

 A vida e obra de Jean-Philipe Rameau já foram citadas, neste blog [ver em baixo*]. 
Porém, faltava descrever a relação conflituosa deste grande compositor com os Enciclopedistas, nomeadamente com D'Alembert (que estudou, do ponto de vista matemático, o sistema de harmonia proposto por Rameau)  e com Jean-Jacques Rousseau. Este último, adoptou uma postura antagónica e polémica contra Rameau, defensor da ópera genuinamente francesa. A controvérsia conhecida como «Querelle des Bouffons» teve grande eco, pois envolveu em campos antagónicos, não apenas os citados filósofo e compositor, como muitos outros, colaboradores da Enciclopédia (tomaram o partido de Rousseau, em maioria), além de numerosos membros da aristocracia e burguesia. 
O público da época tomou partido, contra ou a favor de Rameau e da ópera francesa, iniciada no século passado com Jean-Baptiste Lully, músico ao serviço de Luís XIV. Os «pró-ópera francesa» não eram grandes apreciadores de ópera italiana e vice-versa. 
Itália tinha-se tornado mais que uma moda, pois invadira (literalmente) as cortes e os palcos dos teatros, desde São  Petersburgo a Lisboa, passando por Londres, Paris, Hamburgo e todas as grandes cidades da Europa do Século XVIII. 
Hoje em dia, Jean-Jacques Rousseau é conhecido como autor de obras tais como «Le Contrat Social» e «Les Confessions». Porém, Rousseau também foi autor duma peça musical ao gosto italiano, «Le Devin du Village» pouco conhecida e relegada, hoje, à categoria de «curiosidade musical». Ela estaria totalmente esquecida, se não fosse seu compositor, o célebre Jean-Jacques Rousseau. 

                               D'Alembert, por Quentin de la Tour (1753)

 O matemático e editor da Enciclopédia acolheu muito favoravelmente -no início - as contribuições de Rameau para a Enciclopédia. Os artigos do músico sobre teoria musical continuam relevantes hoje e não apenas em História da Música. Mas, D'Alembert acabou por se incompatibilizar pessoalmente com Rameau. Talvez isso explique a sua preferência pelos pontos de vista de Jean-Jacques Rousseau.

Os artigos redigidos por J-J Rouseau para a Enciclopédia e os seus panfletos, em defesa apaixonada da ópera ao gosto italiano, podem parecer-nos excessivos... Mas, neste século XVIII, a vivacidade das trocas era normal. 
Havia paixão pelas ideias na elite intelectual, apadrinhada por reis filósofos, como Frederico da Prússia, ou damas aristocratas como a Marquesa de PompadourNos salões palacianos, conviviam aristocratas com os intelectuais em voga. O ambiente de ecletismo e tolerância, "a libertinagem do espírito", contribuiu para forjar e difundir as teorias filosóficas das Luzes, para além das habituais intrigas políticas, dos mexericos e das modas. 


Nacionalismo e Cosmopolitismo


E hoje, pergunta-se; que resta de tudo isso?

- Na minha modesta opinião, a polémica dos «Bouffons», em si mesma, nada trouxe de essencial ao avanço das teorias e estéticas musicais. Porém, julgo encontrar aí um "fio de Ariadne", que liga a estética do barroco tardio ao século seguinte, o romântico século XIX
Ideologicamente, no século XIX houve uma ascenção das correntes nacionalistas; enquanto as tendências cosmopolitas perderam parte do seu lustre.
Compositores célebres - como Verdi, Wagner, Brahms, Liszt, Tchaikovsky, Bizet, Debussy etc. -, eram defendidos pelos públicos das pátrias respectivas: Mas, afinal, por motivos que pouco tinham de musicais. 
O legado de Rameau foi essencial para a construção do gosto francês, cosmopolita, centrado na elegância do discurso musical, tendo recurso frequente aos enredos mitológicos da antiguidade clássica para as óperas. 
Quanto ao gosto italianizante, este apreciava a leveza da construção musical, o predomínio da melodia, a utilização de clichés teatrais, como nas intrigas da «Commedia dell' Arte». 
A escola napolitana - com Pergolesi, autor da ópera buffa «La Serva Padrona» - influiu nos compositores ibéricos: Como exemplo de estilo italiano, cite-se o português Francisco António de Almeida, autor de óperas italianas. Enquanto a comédia em língua portuguesa, «Guerras do Alecrim e da Manjerona», de António José da Silva, posta em música por António Teixeira, é mais próxima da tradição teatral ibérica. Quanto a Carlos Seixas, utiliza a matriz da sonata bipartida de Domenico Scarlatti, mestre de música da Infanta Dona Bárbara e futura Rainha de Espanha. Porém, Carlos Seixas não abandona a tradição da Escola portuguesa e o Tento ibérico, por um lado; por outro, inclui frequentemente danças, inseridas enquanto 2º e 3º movimento das suas sonatas: o Minueto, de origem francesa ou a Giga, de origem inglesa. 


                                  Ópera-Ballet «Les Indes Galantes» 
 
O Século XVIII é cosmopolita, na música e nas outras artes. Os compositores integraram suas tradições nacionais com outras formas, vindas do estrangeiro. Muitas peças do Século XVIII foram compostas à maneira de uma escola nacional, embora seus compositores fossem doutra nacionalidade. São abundantes os exemplos nas obras de Bach, Haendel e Telemann


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(*) Alguns artigos sobre a vida e obra de Rameau, neste blog:



 

domingo, 19 de janeiro de 2025

ORIGENS DA IDEOLOGIA MAIS MORTÍFERA NO PLANETA [Neutrality Studies]

 


David Gibbs aprofunda e dá o contexto da intervenção dos «neocons», desde a sua origem. A sua rigorosa análise histórica ajuda-nos a compreender a política externa dos EUA, assim como a sua política de «defesa»: Estas só podem ser  compreendidas tendo em conta este contexo. 
Indispensável!