quarta-feira, 28 de setembro de 2022
A MINHA INACREDITÁVEL ENTREVISTA COM BIDEN ( J.P. Sears )
O "inacreditável" tem se revelado verdade, infelizmente!!
terça-feira, 27 de setembro de 2022
ITÁLIA E A ETIQUETA «FASCISTA»
ESTA ETIQUETA É DADA PELA MEDIA CORPORATIVA A TUDO O QUE VAI CONTRA A AGENDA GLOBALISTA.
Giorgia Meloni e os Fratelli di Italia podem ser conservadores e anti-imigração, mas estão longe de serem fascistas. O seu sucesso eleitoral resulta da saturação do povo italiano pela destruição do seu modo de vida, pela burocracia globalista que lhes quer impor os seus «não-valores». Este partido conseguiu 26 % dos votos. Sendo o maior partido, pode formar governo com outras duas formações de direita (Forza Italia e Liga Norte ). Conjuntamente, terão uma maioria absoluta nas duas câmaras (deputados e senado).
O principal problema que leva as pessoas a votar nestas formações tem a ver com a sua sensação de que perderam o controlo sobre o seu próprio país, com as imposições da Comissão Europeia. Com efeito há dezenas de anos que tiveram de arcar, sozinhos, com as consequências das vagas sucessivas de migrantes vindos do Norte de África. De facto, o problema não é especialmente italiano, mas sim global.
Imigrantes ao largo das costas italianas
É um problema da responsabilidade de países ditos ricos e democráticos. Deveriam trabalhar sem paternalismos, nem ambições de neocolonialismo, com as instituições dos países de origem, para que haja uma solução para os problemas terríveis que assolam esses países.
Em vez disso, como hipócritas que são, continuam com a sua ingerência permanente e com exploração das riquezas naturais desses países, mas sem os custos de países coloniais (como o foram no passado, muitos deles).
Hipocritamente, aceitam os imigrantes económicos disfarçados em refugiados políticos, porque isso lhes permite ter mão-de-obra barata e precária nos setores desertados pelos trabalhadores de origem dos seus países. Muitas vezes, leis destinadas a acolher perseguidos políticos, servem de cobertura à aceitação indiscriminada de imigrantes económicos. A constante utilização do direito de asilo, em casos que não o são, obviamente acaba por fragilizar os verdadeiros asilados políticos.
As economias de onde vêm os imigrantes, foram pilhadas e exploradas nas épocas colonial e neocolonial. Os problemas estruturais desses países são mantidos ou agravados pelas políticas das chamadas «democracias», que têm participado no processo de manutenção desses países sob tutela. Basta ver o que têm feito no Mali, no Burkina-Faso, na Líbia ou na Síria, e em muitos outros casos.
Quanto aos países que se tornaram pontos de acolhimento dessa migração do desespero, ficam com a estabilidade social, económica e política, postas em causa. A velocidade a que tudo ocorre, impede qualquer assimilação da população imigrada. Esta é mantida em guetos.
As populações de origem, que vivem na proximidade desses guetos, encontram-se confrontadas quotidianamente com pessoas de outras etnias, de outras culturas. Isto faz com que aquelas se sintam acossadas e desenvolvam complexos racistas e xenófobos.
Mas, os que, nos seus condomínios privados de luxo, nos seus bairros da classe alta, tomam as decisões - em Bruxelas, Berlim, Roma, ou Paris - não têm que partilhar o seu espaço com esses imigrantes. Não lhes custa pessoalmente nada mostrarem-se «virtuosos». Não lhes custa impor aos cidadãos do seu país, o acolhimento forçado de outras etnias e culturas.
A verdade é que os imigrantes são um «exército de reserva», ou seja, desempregados, disponíveis para as tarefas mais duras ou menos bem remuneradas, muitas vezes abaixo dos mínimos salariais e em condições de sobre-exploração. O estatuto de «clandestino» ou «ilegal», que aflige muitos, é mais um instrumento de pressão, para a classe patronal e para as autoridades do país em que trabalham.
Tanto na Suécia, como na Itália, estou convencido que os fatores principais da viragem à direita, foram o problema da imigração não-controlada e da agenda globalista, que os respetivos governos anteriores perseguiam. Aliás, os mais prejudicados são os mais pobres da população autóctone, os quais têm de aguentar a concorrência da mão-de-obra do exterior, sobretudo em empregos manuais (construção civil, restauração, etc.).
A incapacidade de lidar com este problema é uma das razões porque a classe trabalhadora, seja na França, na Itália, na Suécia, etc. se tem desviado massivamente dos partidos de esquerda, os quais se reclamam de «origem operária», mas que se tornaram estranhos ao sentir dos trabalhadores. O mesmo se pode dizer dos sindicatos. O resultado, é que o voto na «extrema direita» é - cada vez mais - o voto das classes populares e o voto na «esquerda» é - cada vez mais - o voto das classes médias-superiores, com diplomas universitários e bons empregos.
Tenho visto pessoas ditas de «esquerda» negar a evidência, mostrando-se realmente incapazes de raciocinar. É tal o seu medo de serem consideradas «racistas» ou «fascistas», ou outra etiqueta do género, que são incapazes de pensar objetivamente e de encontrar caminhos para a resolução destes problemas.
De facto, a oligarquia globalista é a única a beneficiar deste estado de coisas. Tem ao seu dispor uma massa de trabalhadores dóceis, não sindicalizados, que não se misturam com os trabalhadores autóctones, fragilizados e incapazes de fazer valer os seus direitos legais.
O fenómeno também toca a Portugal: Veja-se a enorme quantidade de imigrantes vindos do Sul da Ásia, que estão a trabalhar na Costa Alentejana, em propriedades agrícolas e em estufas.
Por outro lado, os oligarcas têm garantido o controlo dos diferentes países, ao nível político, pelas divisões criadas no interior da cidadania: as cidadanias desses países de acolhimento, digladiam-se em lutas fratricidas. Não sabem mais nada, senão chamar nomes de «fascistas» ou de «comunistas»!
Por fim, a média que está sempre ao serviço do grande capital reforça - constantemente - os estereótipos. Ela é propriedade de grandes capitalistas, ou tem necessidade da publicidade, paga por esses mesmos capitalistas.
Chamar fascista a Georgia Meloni e ao seu partido é o adjetivo fácil; mas, se a media em Portugal seguisse os mesmos critérios, seriam «fascistas» dirigentes do CDS-PP e PSD, partidos portugueses onde há /houve elementos das direções que foram fascistas, incluindo ex-membros do último governo fascista, derrubado no 25 de Abril de 74. E, pela mesma lógica, seria fascista o PS, que teve como membro o Prof. Veiga Simão, ex-ministro de Marcelo Caetano*, que aderiu ao PS após o 25 de Abril de 74 e foi membro de governos pós-25 de Abril. O caso do Prof. Veiga Simão não é único - longe disso! - na «democracia portuguesa».
Esta etiquetagem traduz o incómodo dos lacaios do grande capital, face a alguém que sai fora do «consenso» (fabricado por eles). Chamar nomes, como «populista», «extrema-direita» ou «fascista», esconde o facto deste governo se apresentar contra Bruxelas, contra a Comissão Europeia, pelos interesses fundamentais dos italianos.
Resta agora ver se o novo governo italiano está disposto a fazer frente às ingerências (que começaram antes da votação, com declarações de Úrsula von der Leyen), ou se cede perante a pressão conjugada dos globalistas europeus e americanos.
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*Presidente do Conselho de Ministros, que sucedeu a Oliveira Salazar. O seu governo foi derrubado pela revolução de 25 de Abril de 1974
NORDSTREAM I & II FORAM SABOTADOS [GONZALO LIRA]
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
domingo, 25 de setembro de 2022
SE A CHINA IMPLODIR...
15 Set. - Protesto em Shenzen, de investidores em Evergrande
Tenho acompanhado atentamente nestes últimos anos a situação económica interna da China, embora eu esteja longe deste imenso país, o mais populoso e a segunda maior economia, ao nível mundial. Este país realizou muitos «milagres» passando de país pobre, para um dos mais desenvolvidos e onde muitos milhões foram arrancados à pobreza. Porém, este desenvolvimento também exacerbou desequilíbrios, como o fosso entre ricos e pobres, que não cessa de se alargar (é um dos maiores a nível mundial), o enorme volume de construção para alojar milhões, vindos das zonas rurais do interior para as grandes cidades costeiras e muitas outras questões, que fragilizam a economia do gigante da Ásia.
Talvez o maior problema económico atual da China seja a existência de um setor imobiliário que durante anos cresceu à custa da psicologia dos chineses: Com efeito, os chineses são dos povos mais poupadores do mundo. As famílias têm esse comportamento, interiorizado por séculos de cultura. Ora, perante a ausência de segurança nos produtos financeiros, visto que na China ainda são mais voláteis e perigosos que nos países ocidentais, os chineses viram no imobiliário um investimento seguro e «sólido» e usaram-no como meio de guardar as suas poupanças, mas também de crescer, nomeadamente pedindo emprestado a bancos locais.
Por sua vez, estes bancos locais são propriedade ou estão associados aos governos regionais e estes têm interesse em que o imobiliário continue a desenvolver-se: Vai trazer muitos outros negócios, vai implantar novas indústrias, vai fixar as pessoas a essas províncias, etc.
Mas, os negócios das grandes imobiliárias consistem em «esquemas de Ponzi» (ver o vídeo abaixo) e muitas pessoas ficaram com apartamentos inacabados nas mãos (invendáveis, portanto). Como elas tinham pedido empréstimos a essa banca local, é evidente que estes empréstimos ficarão por pagar.
Não sei até que ponto e durante quanto tempo, o Banco central da China (por ordem do Partido Comunista) poderá continuar a colmatar as enormes perdas dos referidos bancos. Se eles não fossem recapitalizados, mais de metade já estaria em falência total.
Os blocos de apartamentos inacabados, ou sem condições de habitabilidade, nas chamadas cidades-fantasma, são um monumental desperdício de matéria, energia, de trabalho e capital. Estes grandes blocos de apartamentos têm sido implodidos.
O ruir destas aventuras especulativas das grandes imobiliárias, de que «Evergrande» é somente o exemplo mais conhecido no Ocidente, tem muitas implicações, quer ao nível da banca local, quer da confiança dos cidadãos chineses nas instituições e vai fazer com que os grandes investidores dos países ocidentais saiam da China, onde estavam investidos em setores de ponta, de alta tecnologia.
Não será exagero pensar que a economia capitalista dinâmica da China, nestes últimos decénios, em que tudo era facilitado para que houvesse um máximo de investimento (sobretudo estrangeiro) na economia, arrisca transformar-se numa economia em marasmo, onde a confiança de investidores chineses e estrangeiros desapareceu e onde o Estado central acaba por sabotar - ele próprio - o Yuan, multiplicando a impressão (eletrónica) monetária, no afã de «resolver» os problemas graves e estruturais da economia, inundando-a com dinheiro frescamente impresso. Estratégia aliás adotada pelos países ocidentais, com os resultados desastrosos que já são visíveis, mesmo pelas pessoas mais míopes!
Neste vídeo, a apresentadora explica em resumo toda a amplitude da bolha imobiliária chinesa e por que razão se trata realmente dum Esquema de Ponzi.
A conexão com as economias dos países ocidentais continua a ser muito forte, facto que é obscurecido pelas tensões aos níveis político e de geoestratégia.
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
REFERENDOS NAS REGIÕES RUSSÓFONAS DO LESTE E SUL DA UCRÂNIA
Tenho acompanhado a crise e a guerra na Ucrânia por consulta regular de fontes credíveis, na circunstância de um claro viés a favor da Ucrânia e contra a Rússia, independentemente do que seus governos façam, por parte da media ocidental. Nisso, estão a descredibilizar-se, no longo prazo. Mas, no curto prazo, estão a participar ativamente na guerra de propaganda, ou guerra psicológica, lançada pelas forças da NATO, com especial virulência desde que Putin e a Rússia se afastaram da agenda neoliberal e adotaram posições de defesa da Rússia, do seu povo e dos seus recursos vitais.
Abaixo, transcrevo e traduzo uma parte do excelente artigo do excelente Blog «Moon of Alabama»:
https://www.moonofalabama.org/2022/09/historic-context-of-the-referenda-in-ukraine.html#more
[...]
" A divisão é consistente com as diferenças étnicas e linguísticas entre aquelas partes da Ucrânia.
maior
Em 2014, após o violento golpe fascista em Kiev, uma das primeiras leis que foram implementadas pelo novo governo removia o russo enquanto língua de uso oficial. Em vez de ultrapassar as diferenças entre etnias do seu povo, isso apenas reforçou a divisão predominante na Ucrânia.
A promessa eleitoral do atual presidente Vladimir Zelenski, de fazer as pazes com os rebeldes pró-russos das regiões do Don, pondo em prática as decisões dos acordos de Minsk 2, foi recompensada com larga parte de votos do sul e do leste, para a sua eleição como presidente. No entanto, após ter sido ameaçado de morte por fascistas, Zelenski fez uma viragem de 180 graus e tem-se posicionado, desde então, como nacionalista ucraniano. Em consequência disso, perdeu todo o apoio popular das regiões do Leste e Sul da Ucrânia.
As regiões do Sul e Leste da Ucrânia de hoje, foram - durante séculos - parte do Império Russo. Foram somente adicionadas à República Socialista da Ucrânia no tempo de Lenine em 1922 e, no caso da Crimeia somente em 1954, por Nikita Khrushchev, ele próprio originário da região do Don.
maior
É verosímil que ocorra uma elevada votação e um voto maioritário para adesão à Federação Russa, o que apenas irá corrigir um desarranjo histórico, criado por essas transferências ilógicas."
PS1: Graças a Paul Craig Roberts podemos ler na íntegra e em tradução em língua inglesa a comunicação feita pelo Presidente Putin há alguns dias quando anunciou os referendos e a mobilização parcial dos reservistas. Encontra-se no link : https://www.unz.com/proberts/putins-address-to-the-russian-people-september-21-2022/
Abaixo, transcrevi a parte final deste discurso, que causou tanta celeuma, devido à distorção intencional pela media ocidental. A censura é a prova cabal de que não existe democracia, seja qual for o significado exato que se dê à palavra «democracia». Se ela jamais existiu, deixou de existir.
Dear friends!
In its aggressive anti-Russian policy, the West has crossed every line. We constantly hear threats against our country, our people. Some irresponsible politicians in the West are talking about plans to organize the supply of long-range offensive weapons to Ukraine – systems that will allow strikes on Crimea and other regions of Russia.
Such terrorist strikes, including those using Western weapons, are already being carried out on border settlements in the Belgorod and Kursk regions. In real time, using modern systems, aircraft, ships, satellites, strategic drones, NATO carries out reconnaissance throughout the south of Russia.
Washington, London and Brussels are directly pushing Kiev to transfer military operations to our territory. Without hiding their intention any longer, they say that Russia must be defeated at all costs on the battlefield leading to the loss of all Russian sovereignty, the complete plundering of our country, and the destruction of Russian political, economic, and cultural existence.
Nuclear blackmail is also used. We are talking not only about the Western-encouraged shelling of the Zaporizhzhya nuclear power plant, which threatens an atomic catastrophe, but also about the statements of some high-ranking representatives of the leading NATO states about the possibility and admissibility of using weapons of mass destruction against Russia – nuclear weapons.
For those who allow themselves such statements regarding Russia, I would like to remind you that our country also has various means of destruction, and in some components – more modern than those of NATO countries. And when the territorial integrity of our country is threatened, we certainly will use all the means at our disposal to protect Russia and our people. It’s not a bluff.
Russian citizens can be sure that the territorial integrity of our Motherland, our independence and freedom will be ensured, I stress this again, by all the means available to us. And those who try to blackmail us with nuclear weapons should know that the same can happen to them.
It is in our historical tradition, in the fate of our people, to stop those who are striving for world domination, who threaten to dismember and enslave our Motherland, our Fatherland. We will do it now, and so it will be.
I believe in your support.
CONCERTO Nº1 PARA PIANO E ORQUESTRA, DE PROKOFIEV [solista: Lugansky]
Leia AQUI uma nota sobre o jovem Prokofiev e a génese deste magnífico concerto para piano!