sábado, 30 de outubro de 2021

PARLAMENTARES EUROPEUS CONTRA O PASSAPORTE DE VACINA: DECLARAÇÃO DE EURODEPUTADA ALEMÃ


 Retirado de : https://off-guardian.org/2021/10/30/watch-meps-protest-vaccine-passports/

No dia 28 de Outubro houve uma conferência de imprensa de parlamentares europeus contra o passaporte sanitário. Nessa ocasião, a parlamentar europeia Christine Anderson (da Alemanha) proferiu o discurso mais potente da história da União Europeia. 


Abaixo, a minha tradução:


«Em toda a Europa, os governos fizeram todos os esforços para fazer vacinar as pessoas. Foi-nos prometido que esta vacinação seria «uma mudança qualitativa», que iria restaurar a nossa liberdade... acontece que nenhuma destas afirmações é verdadeira. Não ficas com imunidade, continuas a poder contrair o vírus e continuas a ser infecioso(a).

A única coisa que esta vacina fez, de certeza, foi derramar biliões e biliões de dólares nas algibeiras das companhias farmacêuticas.
Eu votei contra o certificado digital verde, em Abril passado, infelizmente foi ainda assim adotado e isto apenas vem mostrar que existe somente uma minoria de eurodeputados que realmente se ergue pelos valores da União Europeia. A maioria dos eurodeputados, quaisquer que sejam as suas razões, que eu desconheço, obviamente apoia a opressão das pessoas, enquanto defende - sem vergonha - que faz isso para o bem do seu próprio povo.
Não é o objetivo que torna o sistema opressivo, são sempre os métodos pelos quais os fins são atingidos. Sempre que o governo clama que tem  o interesse do povo no coração, devemos pensar de novo. Em toda a história da humanidade nunca houve uma elite política sinceramente preocupada em relação ao bem-estar das pessoas comuns. Por que motivo alguns pensam que seria diferente, agora? Se a idade das luzes trouxe algo de valor, então será certamente o seguinte: nunca tomai algo que o governo vos diga, como a verdade literal.
Questionai sempre tudo o que qualquer governo faz, ou deixa de fazer. Vede sempre quais seus motivos ulteriores. E perguntai sempre «cui bono?», a quem isso beneficia?
Sempre que uma elite política força, de maneira tão brutal, determinada agenda; quando recorre à extorsão e manipulação para conseguir seu objetivo, podemos, quase sempre, estar certos que o benefício não é o vosso, não era vosso bem que eles tinham em mente.

No que me diz respeito, não serei vacinada com nada que não tenha sido testado e certificado devidamente e que não tenha prova científica de que os benefícios são superiores a deixar a doença, ela própria, ocorrer; que ultrapassam potenciais efeitos colaterais de longo prazo, dos quais - até hoje - não sabemos nada.

Não irei ser reduzida a cobaia, vacinada com uma substância experimental e com certeza não irei ser vacinada porque o meu governo me diz para o fazer e me promete um retorno à liberdade.

Vamos ser claros, em relação a uma coisa: ninguém pode prometer-me a liberdade, porque eu sou uma pessoa livre.

Por isso, desafio a Comissão Europeia, o Governo Alemão: atirem-me para a cadeia, fechem-me e deitem fora a chave, não me importa! Pois nunca podereis obrigar-me a ser vacinada quando eu - cidadã livre, como sou - escolho não ser vacinada.»




APRESENTAÇÃO DE JESUS AO TEMPLO por REMBRANDT

Trata-se de uma das melhores obras do Mestre. Todos os elementos estilísticos típicos da pintura de Rembrandt estão presentes. 


A cerimónia de apresentação de Jesus ao Templo, por Maria e José, quando a criança completara 40 dias de vida, fazia parte da tradição judaica. 

Segundo a Bíblia dos Setenta, Simeão (o sacerdote que está em primeiro plano) pronunciou então as palavras que vieram a ser conhecidas como o «Cântico de Simeão». Neste cântico, «Nunc Demitis»,   Simeão agradece a Deus por lhe ter proporcionado ver o Messias, o Salvador e que, agora, pode ir-se em paz (morrer).

Uma das mais belas composições de Rembrandt, composta tardiamente, esta «Apresentação de Jesus ao Templo»: 

Nela, vê-se um raio de luz iluminando o sacerdote Simeão, o mesmo raio que banha a Sagrada Família. O resto da tela está na penumbra, onde se encontram alguns vultos.

A luz cintilante, dourada, contrastando com os castanhos escuros, é típica das composições de Rembrandt. Neste quadro, em particular, a grandiosidade e solenidade da cena é enfatizada pelo contraste entre a luz e a penumbra.

 



quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PROPAGANDA 21, [Nº10] «COMO DESARMAR A PROPAGANDA»


MAIS UM NÚMERO DA SÉRIE «PROPAGANDA 21», INICIADA COM O ARTIGO QUE PODE LER AQUI.  APRESENTO-VOS NOVO EPISÓDIO, INTITULADO:   «COMO DESARMAR A PROPAGANDA»

MARK CRISPIN MILLER É ENTREVISTADO POR J.CORBETT DE SOLUTIONSWATCH

Pode ter acesso ao conteúdo desta entrevista, a partir do link seguinte: PROF. MARK MILLER SOBRE PROPAGANDA

Se preferir, poderá ouvir o podcast da entrevista, aqui:

NOTA: JÁ PUBLICÁMOS OUTRO VÍDEO COM O PROF. MILLER, EM JULHO DESTE ANO. VEJA  AQUI.


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

SENILIDADE NAS PESSOAS INTELIGENTES

 Vem o presente escrito enquanto comentário a uma entrevista desastrosa de Noam Chomsky, um célebre intelectual, ícone da esquerda radical e libertária. Nesta entrevista, Chomsky advoga que os não-vacinados contra o COVID deveriam ser forçados ao isolamento. Alegava que os prejuízos, para eles próprios, eram inteiramente da sua responsabilidade. Curiosamente, pelo menos na entrevista, nem sequer faz exceção dos já infetados e curados, que realmente possuem bem melhor proteção, que os que não têm senão a proteção (precária e transitória, além de muito parcial) das vacinas, pelo menos das correntemente usadas nos EUA.

Creio que existem pessoas extremamente inteligentes e com uma grande bagagem teórica, que também caem na rigidez mental agora exibida por Noam Chomsky. Penso que muitas coisas que escreveu Chomsky permanecem válidas, quer ele tenha agora feito, ou não, declarações desastrosas e tomado certas posições contraditórias com posições prévias dele, basicamente libertárias (ele próprio define-se como «socialista libertário»). 

O nosso sistema mediático promove o «estrelato», que não se confina a «Hollywood», também abrange o mundo académico e a intelectualidade. Muitos são os que se tornaram celebridades, com a fama adquirida por obras de reconhecido mérito, que depois «dormem sobre os louros», ou seja, não produzem nada de valor, de grandeza ou de inovação equivalentes, no resto da vida. Com efeito, é uma raridade ser-se um Leonardo Da Vinci ou um Pablo Picasso, ou outros raros, que até ao fim da vida produziram arte ou literatura ou filosofia de grande nível, de nível equivalente ou semelhante às produções realizadas quando eram jovens e que lhes concederam a celebridade. Aliás, não raras vezes, alguém é reconhecido como criador valioso somente no final da vida. Só então, por vezes devido a circunstâncias fortuitas, sai da obscuridade mediática e se torna célebre. 


De facto, esta situação pontual confrangedora, como Jonathan Cook* tão bem disseca, não é única. Muitas individualidades no passado, que eram fulgurantes críticos do sistema, ou polemistas temíveis contra o convencionalismo, tornam-se -elas próprias - muito convencionais, nos finais de sua vida.

Há quem diga que «adquiriram» o juízo que lhes faltou durante a juventude, mas eu penso que tal não deve ser visto deste modo. Até porque não é infrequente intelectuais senis defenderem posições extremistas ou insensatas, mas em sentido oposto às defendidas na juventude. 

Creio que a rigidez da mente, decorrente de um mau funcionamento dos circuitos neuronais ou da perda de capacidades é geral, a partir de determinada idade. 

Não há ninguém que escape à determinação biológica da senilidade. Mas, se alguém toda a vida foi medíocre, na sua forma de pensar, não se espera que tenha melhor qualidade durante os anos tardios, antes pelo contrário. Porém, ilogicamente, espera-se que alguém, intelectualmente brilhante na juventude e na maior parte da idade adulta, assim permaneça até ao fim da vida, mesmo que centenária!

Há aqui algo de estranho: Talvez tenha a ver com o culto da celebridade, com a imagem de «sempre jovem» que se quer guardar de certos artistas, que nos encantaram quando nós também éramos jovens ou, mesmo, crianças? 

Pessoalmente, creio poder dissociar-me desse culto, como aliás do oposto, ou seja, o de desprezar alguém só porque tem idade provecta. No humanismo, não se apreciam as pessoas através de «avaliações» estúpidas (como são sempre as mediáticas), mas segundo outro critério: Do valor intrínseco do ser humano, enquanto tal. Eu penso que devemos respeitar as pessoas de provecta idade, como se fossem o próprio pai, ou mãe. Ou, como nós gostaríamos de ser tratados, quando estivermos em tal fase da vida. 

Desprezar os idosos é um sinal de arrogância e autoritarismo. Mas, não devemos pedir à natureza aquilo que ela não pode dar. Todos os seres que envelhecem têm de sofrer um declínio de suas capacidades, não apenas físicas, como mentais. 

Isso não torna as pessoas menos estimáveis e dignas de respeito, aos nossos olhos. Pelo contrário, deveríamos resguardá-las duma exposição mediática cruel. Creio que foi o caso de Chomsky, na medida em que a entrevista deixa para a posteridade palavras (escritas ou ditas) cujo sentido é fraco e está em contradição direta com a sua obra e com a maior parte da sua vida.

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* Artigo no blog de Jonathan Cook: «Is forced isolation of the unvaccinated really the left’s answer to the pandemic?»

  

VERDADE CHOCANTE SOBRE AS VACINAS CONTRA O COVID


SE FOI VACINADO CONTRA COVID, NUNCA CONSEGUIRÁ OBTER IMUNIDADE TOTAL. AS PRÓPRIAS ESTATÍSTICAS DO GOVERNO BRITÂNICO MOSTRAM ISSO!
(Tradução de parte de artigo por Ethan Huff)

«O governo britânico «DESTAPOU A CARECA» sobre o fato de que uma vez que você seja “vacinado” para o coronavírus, você nunca mais vai ser capaz de adquirir imunidade natural completa.
No “Relatório de vigilância da vacina COVID-19” da 42ª Semana, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido admitiu na página 23 que “os níveis de anticorpos N parecem ser mais baixos em pessoas que adquirem infeção após duas doses de vacina”. Isso significa que essa diminuição de anticorpos é basicamente permanente.
“O que isso significa? Várias coisas, todas elas ruins ”, escreve Alex Berenson. “Sabemos que as vacinas não impedem a infeção ou a transmissão do vírus (na verdade, o relatório mostra, noutras partes, que os adultos vacinados agora estão a ficar infetados, em taxas muito MAIORES do que os não vacinados).”
“O que os britânicos estão a dizer é que agora descobriram que a vacina interfere na capacidade inata do corpo de produzir anticorpos após infeção, não apenas contra a proteína spike, mas também contra as outras partes do vírus. Especificamente, as pessoas vacinadas parecem não produzir anticorpos para a proteína da cápside, do envólcro viral, que é uma parte crucial da resposta nas pessoas não vacinadas. ”

Comparando a imunidade natural contra SARS-CoV-2 com a imunidade induzida por vacina: reinfeções versus infeções nas pessoas vacinadas

A longo prazo, as pessoas que tomarem a injeção de "ARN-mensageiro de proteína viral” ficarão muito mais vulneráveis ​​a quaisquer mutações da proteína spike que possam surgir, mesmo que já tenham sido infetadas e recuperadas, uma ou mais de uma vez.
Os não vacinados, por sua vez, irão adquirir uma imunidade duradoura, senão mesmo permanente, perante todas as estirpes virais, após serem infetados com uma dessas estirpes, naturalmente, pelo menos uma vez.
“Isso também significa que é provável que o vírus selecione mutações que vão exatamente nessa direção (mutações na proteína spike), porque essas irão, essencialmente, dar-lhe acesso a uma enorme população tornada vulnerável, que poderá facilmente infetar”, adverte Berenson. “E, provavelmente, isto reforça a evidência de que as vacinas podem interferir com o desenvolvimento duma imunidade robusta, de longo prazo, após a infeção.”»
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[copiado de Globalresearch.ca]
A fonte original deste artigo é BigPharmaNews.com
Copyright © Ethan Huff , BigPharmaNews.com , 2021

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PS1: O Dr. McCullough foi entrevistado no vídeo seguinte, por Michael Welch:




terça-feira, 26 de outubro de 2021

[LOUIS FOUCHÉ / MÉDICO FRANCÊS] OFENSIVA NEOLIBERAL PARA LIQUIDAR O HOSPITAL PÚBLICO


Louis Fouché, médico internista num hospital público francês viu-se forçado a pedir a suspensão do contrato, oficialmente para se ocupar da família, na realidade porque estava sendo sujeito a assédio por parte das entidades administrativas do seu local de trabalho. Ele descreve em síntese a sua visão em como a pandemia de COVID foi aproveitada pelos neo-liberais, as «gentes de Davos e companhia» , para desencadear uma ofensiva contra as estruturas públicas de saúde. Ele reconhece que a ofensiva é geral e que abrange todos os sectores, não apenas a Saúde Pública, como a Educação Pública, a Previdência, etc. Todas as estruturas, afinal, construídas e mantidas  numa lógica, que não era capitalista, que não era uma lógica do lucro. 
Ele tem carradas de razão e o «remédio» que preconiza ainda o torna mais simpático a meu ver. A resistência a esta ofensiva passa pela inteligência das pessoas, passa por construírem a sua autonomia e serem portanto capazes de viver (bem melhor) sem as «prendas envenenadas» que as multinacionais lhes querem impingir.
Este médico e autor vai ao encontro de muitas das minhas reflexões. Poderá significar, não uma coincidência fortuita, mas que as ideias, que ele e eu defendemos ,«andam no ar»!

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

O «ADN LIXO» QUE AFINAL NÃO ERA


O artigo acima, muito interessante, mostra que se pode inativar especificamente uma zona não codificante de um cromossoma de mamífero, com efeitos catastróficos na formação dos embriões e dos fetos, apesar de todos os genes terem permanecido intactos. Assim, a manipulação descrita no artigo mostra que existe um papel relevante desta região do ADN. Ainda não se sabe qual a sua função concreta e como a desempenha, neste estádio da pesquisa. 

Algumas das histórias mais fascinantes das descobertas da genética molecular relacionam-se com o mal nomeado «ADN lixo». O ADN que não codifica para nenhum gene é a imensa maioria do ADN que compõe os cromossomas, no ser humano, nos animais e, mesmo, em todos os eucariotas, constituídos por células com um núcleo isolado do citoplasma por uma membrana. 

Em geral, convenciona-se que, para haver um gene, isso implica que sua sequência seja uma ORF (= open reading frame): Isto significa que, dentro da sua sequência, não exista nenhum codão stop (daí chamar-se um «quadro de leitura aberto»). A presença de um tal codão stop iria finalizar precocemente a tradução do ARNm no ribossoma. Igualmente, uma tal sequência deveria ter um promotor funcional, ou seja, um local de ancoragem das ARN-transcriptases, as enzimas capazes de transcrever uma sequência de ADN, em sequência de ARN mensageiro. Sem isto, não poderá haver a expressão de um gene, no seu produto, a proteína respetiva. A ORF será, portanto, aceite como um «provável gene», mesmo que se ignore tudo sobre o seu produto e função. 

Mas, fora e além de todas as «ORF», existem numerosos «pseudo- genes», isto é, sequências que já não são genes, ou porque foram interrompidas por um ou vários codões STOP, inviabilizando a formação completa da cadeia de aminoácidos, ou porque foram destruídas as sequências promotor, portanto a ARN-polimerase já não pode iniciar a sua transcrição. Tais pseudo -genes estão presentes no ADN de mamíferos (incluindo o homem) mas, também, em muitas outras espécies estudadas.

Tais pseudo -genes correspondem, muitas vezes, a retrovírus que se integraram algures no genoma, durante a evolução, tendo perdido a possibilidade de se replicar e permanecendo aí como «fósseis retrovirais». Os retrovírus, quando se conseguem replicar normalmente, usam de um processo semelhante aos elementos transponíveis ou transposões. Estes elementos, presentes tanto no nosso genoma, como no de muitos outros eucariotas, foram primeiro descobertos no milho (Zea mays), por Barbara McClintock, o que lhe valeu o prémio Nobel.

                                                                               Barbara McClintock em1947.

Será relativamente fácil que certos transposões inativos se «reativem», bastando para isso reverter uma ou duas mutações, para eles voltarem ao seu estado inicial.
Embora tal mecanismo seja raro, foi observado algo semelhante em bactérias, onde genes para a produção de certos enzimas, envolvidos no processamento dum nutriente raro ou pouco frequente, estão inativados por mutação. Estes são «reativados», na presença desse nutriente.

É fascinante verificar que os elementos que estão na base da divisão celular (mitose e meiose) e da repartição equitativa dos cromossomas, como os centrómeros e os telómeros dos cromossomas eucariotas, possuem sequências muito iteradas, repetitivas. O mesmo tipo de sequências também são a «marca» deixada pelos transposões ou pelos retrovírus, quando se inserem e depois se propagam, de um ponto para outro do genoma.

Longe de ser um ADN lixo sabe-se, desde há bastante tempo, que o facto de ser abundante e não codificar aparentemente para proteínas, não retira a funcionalidade a este ADN. Sabe-se que zonas não codificantes do ADN desempenham funções muito relevantes na mitose e no processamento dos cromossomas que esta implica. Vão sendo descobertas outras funções nessas zonas do ADN, desde a regulação da expressão dos genes, a fatores de «empacotamento cromossómico» fundamentais no ciclo celular. 

O facto de que os genes dos eucariotas estejam, em geral, interrompidos por sequências intrónicas («intrões»), aumentando muito a sua extensão, também não pode ser considerado como «lixo», pois existem muitos casos (de funcionamento normal) em que há formação de proteínas distintas, a partir de pedaços (exões) alternativos. Este processo (a «maturação») ocorre durante a transição do ARN pré-mensageiro em mensageiro, pelo corte e excisão dos intrões, seguido de sutura dos exões.

A visão que existe atualmente da evolução ao nível molecular, permite dar um papel de relevo a todo esse ADN não diretamente envolvido na codificação e expressão dos genes. É que existe muito mais potencial num genoma eucariota, comparativamente a bactérias, sejam elas eubactérias ou arqueobactérias. Embora se conheçam algumas (raras) sequências de intrões em arqueobactérias, os genomas bacterianos são extremamente compactos, em regra. Todas as partes do genoma bacteriano - uma molécula de ADN circular - têm uma função precisa. A evolução das bactérias está limitada pelo seu modo de vida unicelular (apesar de formarem colónias), onde a única inovação pode provir apenas de mutações, que ocorrem no seu genoma.
Aquilo que o mundo bacteriano tem a seu favor é a rapidez e os grandes números, que conseguem produzir em condições favoráveis. Pelo contrário, o eucariota possui, no seu organismo individual, um certo número de recursos que lhe permitem adaptar-se. O recurso da sexualidade vai conferir aos eucariotas uma maior variabilidade e adaptabilidade. Estas propriedades estão inegavelmente associadas ao genoma eucariota, embora seja ainda difícil de perceber profundamente os mecanismos moleculares envolvidos.

NB1: Cerca de 3 meses depois do que escrevi acima, leio um artigo que dá conta de investigações, cujos resultados vêm confirmar as minhas visões sobre os genomas eucariotas. Não será inteiramente por acaso; tenho estudado genética, biologia molecular, bacteriologia, evolução... desde 1972!