Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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terça-feira, 26 de outubro de 2021

[LOUIS FOUCHÉ / MÉDICO FRANCÊS] OFENSIVA NEOLIBERAL PARA LIQUIDAR O HOSPITAL PÚBLICO


Louis Fouché, médico internista num hospital público francês viu-se forçado a pedir a suspensão do contrato, oficialmente para se ocupar da família, na realidade porque estava sendo sujeito a assédio por parte das entidades administrativas do seu local de trabalho. Ele descreve em síntese a sua visão em como a pandemia de COVID foi aproveitada pelos neo-liberais, as «gentes de Davos e companhia» , para desencadear uma ofensiva contra as estruturas públicas de saúde. Ele reconhece que a ofensiva é geral e que abrange todos os sectores, não apenas a Saúde Pública, como a Educação Pública, a Previdência, etc. Todas as estruturas, afinal, construídas e mantidas  numa lógica, que não era capitalista, que não era uma lógica do lucro. 
Ele tem carradas de razão e o «remédio» que preconiza ainda o torna mais simpático a meu ver. A resistência a esta ofensiva passa pela inteligência das pessoas, passa por construírem a sua autonomia e serem portanto capazes de viver (bem melhor) sem as «prendas envenenadas» que as multinacionais lhes querem impingir.
Este médico e autor vai ao encontro de muitas das minhas reflexões. Poderá significar, não uma coincidência fortuita, mas que as ideias, que ele e eu defendemos ,«andam no ar»!