Pandémie et Great reset : la classe moyenne sera laminée
*[tradução:
Le genre de chanson célebrant Paris et ses icônes en valse musette et accordéons, avait déjà fait l'objet de dérision du grand poète et compositeur Boris Vian, dans sa chanson «Moi, mon Paris», ici interprétée par Renée Lebas.
(Boris Vian )
Moi, mon Paris, je me le promène dans ma tête
Le Bois de Boulogne avec les violettes
Les petites impasses où tous les soirs il m'emmène
Où il m'embrasse à perdre haleine
Et sur les bancs reservés aux amants on va s'asseoir quand il fait beau temps
Et quand il fait moins beau on descend dans le métro, les oiseaux n'y sont pas
Mais ça va, on a chaud, on attend que la pluie cèsse
Moi, mon Paris c'est celui-là que je chante
Au fil des rues dans mon vieux quartier
Ça n'est guère la peine de parler de la Seine, tout le monde la connait
Et la Tour Eiffel mais on le sait qu'elle est belle qu'est-ce que ça nous fait
Saint-Germain des Prés c'est du rechauffé c'est hors de saison
Et sur la Butte Montmartre les petites toques de martre ça pousse à foison
.....
Soldados americanos no Vietname
Conhecido desde a antiguidade grega, estudado pelo médico português Garcia da Orta, muito usado pelas suas propriedades anestesiantes e analgésicas, o ópio foi, desde cedo, reconhecido como substância causadora de grave adição.
Esteve na base das guerras imperialistas que subjugaram o «Império do Meio» (a China Imperial) à potência britânica, a qual impôs o comércio do ópio (vindo das colónias da Índia e comercializado por britânicos) à China, com as devastadoras consequências de espalharem a miséria, a destruição das bases mesmas da sociedade, subjugando o poder político, ferindo de morte a reverência propriamente religiosa da generalidade dos chineses ao poder imperial.
Mais tarde, após a IIº Guerra Mundial, quando o imperialismo dominante passou a ser o americano, foi utilizado pela CIA no contexto de apoio à contra-guerrilha, nas florestas do Laos contra as forças comunistas. Daí a criação de uma zona fora de todo o controlo, o «Triângulo Dourado», que se tornou uma das principais fontes de heroína. Paradoxalmente, esta mesma heroína foi uma das causas da perda da guerra do Vietname, pois era largamente utilizada pelos GI's, os Marines, e outros corpos de soldados americanos envolvidos nesta guerra. Mas também causou a perda de referências, a desestruturação das mentes, a destruição dos indivíduos na sede do Império. Inicialmente usada, juntamente com outras substâncias, como o LSD, em programas secretos (MKULTRA) para destruir a resistência crescente da juventude americana, em especial, dos estudantes nos campus, a heroína tornou-se uma adição para milhões de pessoas nos EUA, causadora de imensas perdas em mortes por «over-dose» e de vidas desfeitas, sem esquecer a criminalidade dos gangs associados à droga.
A chamada «guerra contra a droga» (War on Drugs) foi efectivamente uma investida contra os países da América Central e do Sul, como demonstraram Noam Chomsky e outros intelectuais e activistas.
Mas o princípio de utilizar as drogas, como estratégia para desmoralizar, enfraquecer, corromper e tornar mais fácil a submissão de populações e regimes, continuou.
No Afeganistão, a produção de papoila do ópio tinha sido quase eliminada pelos Taliban. Eles tinham um acordo, assinado com Bill Clinton, em que os EUA aceitavam levantar o embargo de petróleo, permitindo assim que este país paupérrimo da Ásia Central tivesse acesso a uma fonte energética absolutamente vital para eles. Em contrapartida, os Taliban comprometiam-se a acabar com a cultura do ópio e sua exportação.
A situação foi completamente subvertida, quando a pretexto de ir atrás dos responsáveis pelo 11 de Setembro de 2001, os EUA desencadearam ataques ao Afeganistão, seguidos de ocupação pelas forças dos EUA e aliados da NATO. No encalço dos americanos, vieram bandos de «senhores da guerra» que também eram «senhores da droga» (do ópio e heroína), coligados na «Aliança do Norte». A partir deste ponto, com pleno apoio de militares e dos agentes da CIA, estes criminosos chefes de bando tinham luz verde para dominar e fazer o que entendessem nos territórios que controlavam, desde que pusessem à distância as guerrilhas ligadas a Al Quaida e aos Taliban (principalmente vindos das tribos Pashtun).
As forças americanas especiais, com apoio e enquadramento da CIA, faziam sair a droga clandestinamente, para abastecer os mercados europeus, onde obtinham um lucro enorme e quase nenhuma concorrência.
Na Europa, a difusão da heroína foi feita a partir das bases americanas de Rammstein (Alemanha) e do Kosovo, assim como de outras. A CIA, com os lucros enormes deste tráfico obviamente ilegal, financia operações «negras». São operações que os dirigentes da CIA não querem dar a conhecer, nem querem ser responsabilizados por elas perante o Congresso. As comissões do governo e do Congresso dos EUA, que supervisionam as actividades da CIA, não têm de «saber oficialmente» da existência de tais operações, nem terão de discutir financiamentos para tais fins.
É evidente que uma media vendida ao imperialismo não lhe dirá o que está acima, nem dará pormenores sobre a guerra suja da CIA e das forças especiais americanas.
Quem não pesquisar por si próprio/a, não saberá nada: só assim será possível acreditar no mito de que os EUA são um império «benevolente», preocupado com os «direitos humanos» e com uma visão «moral» da política...
https://en.wikipedia.org/wiki/Opium_Wars
https://en.wikipedia.org/wiki/CIA_involvement_in_Contra_cocaine_trafficking
https://en.wikipedia.org/wiki/Allegations_of_CIA_drug_trafficking
https://chomsky.info/199804__-2/
https://www.unz.com/pescobar/an-empire-in-love-with-its-afghan-cemetery/
Documentário de RT: https://www.youtube.com/watch?v=gMz049ZskQw
https://thegrayzone.com/2021/04/16/biden-afghanistan-war-privatizing-contractors/
https://www.globalresearch.ca/the-spoils-of-war-afghanistan-s-multibillion-dollar-heroin-trade/91
https://www.counterpunch.org/2021/05/07/united-states-withdraws-from-afghanistan-not-really/
ou UM MUNDO FRACTURADO...
Isto já não se pode chamar «guerra fria». Visto que as relações entre países estão ao mais baixo nível, com medidas de agressão económica (sanções, bloqueios, embargos, tarifas, proibições de exportação) que são assimiláveis a guerra (económica) não declarada formalmente, mas com efectivação muito concreta. Os tiros podem não ser de canhão ou míssil, porém, os efeitos directos e colaterais arriscam-se a ser ainda mais destruidores que os de uma guerra com tiros. Note-se que não é lícito dizer-se que «ao menos este tipo de guerra não causa vítimas». Pois é patente que as causa, e as mais inocentes, as crianças são as vítimas principais dos embargos de exportação de alimentos e medicamentos. Trata-se de algo absolutamente repelente, efectuado sem a mínima consideração pelos direitos humanos dos povos que são alvo destas sanções económicas. Estamos a falar de um número assustador de crianças que morrem de fome, de doenças evitáveis, de doenças facilmente tratáveis. No meio da histeria da crise do Covid, os EUA e UE não tiveram vergonha em bloquear a exportação das vacinas para países do Terceiro Mundo, que não são do seu agrado.
Não há justificação pragmática sequer para isto. Eu pergunto; estes embargos e sanções têm efeito sobre os ditadores (ou supostos tais), sobre a elite que os sustenta, nas altas patentes militares? - Não, a verdade é que estes embargos e sanções enfraquecem... mas pela penúria que causam na subsistência da imensa maioria do povo, com exclusão das elites. Estas, estão ao abrigo de tais efeitos.
Para mim, não há nada mais odioso do que uma punição colectiva. Algo que se abate sobre todo um povo ou uma grande parte do mesmo. Um povo, que pode ou não, apoiar os seus líderes. De qualquer maneira, não existe «culpa colectiva».
«Culpa colectiva», eu não aceito isso, em nenhuma circunstância. Nenhuma pessoa com formação humanista (resultante das Luzes de que tanto o Ocidente se envaidece), o aceita. Embargos, que não sejam de armas e material de guerra, são fortemente condenáveis, independentemente das «razões» alegadas para os impor.
No Ocidente existe uma visão enviesada, unilateral, dando como «normal», que os seus governos usem a retórica dos direitos humanos para imporem sanções. Eles estão, na realidade a violá-los, da maneira mais cínica e atroz. Porque sabem perfeitamente que, quem vai efectivamente sofrer, são pessoas indefesas, não culpadas dos males (reais ou fictícios, não importa) dos dirigentes desses países.
Os intelectuais e académicos, os activistas e os políticos que se reclamam de correntes anti-imperialistas, todos eles deveriam erguer bem forte o seu protesto, contra essa violação constante, continuada e deliberada da Carta da ONU, de todas as convenções dos Direitos Humanos, assinadas pelos seus países.
É mesmo absurdo e grotesco que algumas potências aleguem violações dos direitos humanos, em certos países. Desacreditam-se no imediato, ao lhes imporem sanções, pois sabem perfeitamente que (além de ilegais face à lei internacional) são uma punição colectiva, brutal e totalmente imerecida das populações, não dos dirigentes.... E eles sabem-no.
Estou convencido que a guerra económica implacável que os EUA, com seus súbditos (incluindo Japão, Austrália, Nova Zelândia, Israel, Coreia do Sul...além dos países da NATO), estão decididos a levar a cabo contra a Rússia, a China e todos os que desejam emancipar-se das garras imperialistas, vai conduzir a um mundo fraccionado, fracturado:
- Por um lado, um eixo Euro-asiático, com a China e Rússia como locomotivas principais, uma múltipla aliança de povos e nações que têm sido espoliados, explorados e por vezes invadidos e subjugados, tanto na era colonial como na neo-colonial (que se prolonga até hoje).
- Por outro lado, as potências ex-coloniais e também neo-coloniais, mantidas numa aliança sob hegemonia dos EUA e apoiante de regimes bárbaros (como o da Arábia Saudita), mas que estão do «lado bom» e portanto, não são inquietados...
Esta situação é muito menos estável que a «Guerra Fria nº1»:
- Não é raro a passagem de um campo para outro, quando um chefe de Estado deseja tirar vantagem de acordos de ambos os lados, para fazer o seu jogo próprio (por exemplo, a Turquia e outros).
Esta situação, instável, arriscada para a paz mundial, é piorada pela captura dos principais órgãos dependentes da ONU por oligarcas globalistas (a OMS, financiada e controlada, em grande parte, pelos grandes grupos farmacêuticos e pela Fundação Bill e Melinda Gates).
Nem sequer o Secretário-Geral da ONU (António Guterres, neste momento), tem independência - e meios físicos - para impor algo que desagrade ao império e aos neo-conservadores. Estes, têm tomado conta das rédeas do governo americano, e conseguem também dominar a agenda de organizações multilaterais, regionais e mundiais. Por outras palavras, a ONU não pode ser vista como elemento capaz de dissipar os perigos resultantes da guerra-fria cada vez mais quente.
As diplomacias dos países sob ameaça, sob chantagem, sob sanções, sabem-no perfeitamente. Na minha visão, eles tentaram tudo por tudo. Estender a mão a quem se coloca na postura de inimigo é difícil, mas fizeram-no, repetidas vezes. Estão a perder a esperança em conseguir que os seus países tenham paz e boas relações com os mais diversos parceiros, de que tanto necessitam. Renderam-se à evidência; perceberam que era inútil procurar alianças, pactos, acordos ou entendimentos. Porque, do outro lado (dos governos «ocidentais» e poderes não-eleitos que os controlam), essa vontade não existe.
Abaixo, deixo links para notícias, do dia 06 de Maio de 2021, que ilustram alguns dos pontos expostos acima. Infelizmente, notícias deste género têm-se multiplicado nos últimos tempos:
Plangente
VEJA O VÍDEO
PS1: Os últimos desenvolvimentos reforçam os argumentos do Prof. Chossudovsky: