Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

QUANDO OS POLÍTICOS FALAM...

                          

Ninguém consegue controlar, todo o tempo e perfeitamente, a comunicação sub-liminal.

O modelo de comunicação de Albert Mehrabian {7-38-55} diz que somente 7% da comunicação de sentimentos e atitudes tem lugar através das palavras que utilizamos, enquanto 38% ocorre pelo tom e volume da voz e os restantes 55% da comunicação destes factores é feita pela linguagem corporal usada (especificamente as nossas expressões faciais).

Por exemplo: Quando os políticos falam, aquilo que deve prender menos a nossa atenção é o conteúdo explícito do discurso. A informação real ou a significação real do que ele/ela veicula, está mais seguramente no tom de voz, na postura corporal, enfim, em todos os aspectos que não são controlados, pelo menos não o são a 100%. 
Mesmo grandes actores / actrizes, não conseguem evitar uma dissonância no tom de voz, na atitude, etc. Sobretudo, se o que é pensado é contraditório - ou mesmo, antagónico - daquilo que é falado. 
Os políticos de carreira são mentirosos consumados. 
Mas nós podemos ser psicólogos consumados e ler as suas expressões faciais, o seu tom de voz, etc. : Podemos avaliar a mensagem sub-liminal que alguém emite quando fala. 
Nós até já fazemos isso intuitivamente: ficamos (ou não) convencidos que certa pessoa nos fala verdade (ou não), consoante a postura não-verbal nos dá sinais (ou não) de «sinceridade», e isto, muito mais do que pela coerência intrínseca da sua mensagem verbal.
Uma afirmação verbal pode ser negada ou estar em contradição com um gesto, uma expressão facial. 
Por exemplo, se alguém pergunta a um trabalhador/a: «estás contente com o teu trabalho?», não é impossível que este/a diga que «sim», porém com um tom de voz ou uma linguagem não-verbal, que deixam pressentir que não é exactamente assim.

Para melhor conhecimento sobre a teoria de Mehrabian da comunicação não-verbal:


1 comentário:

Manuel Baptista disse...

Muitas afirmações hipócritas dos políticos anunciam exactamente o contrário de que proclamam textualmente: «defesa da liberdade», «defesa do Estado de Direito», etc... fazem quase sempre o contrário do que afirmam. Mas as pessoas estão tão adormecidas que «toleram» isso nos políticos, quando não tolerariam o mesmo num familiar, num amigo, num colega...