O impedimento do debate científico, mormente em assuntos de grande relevância social, deveria ser um sinal de aviso de que uma nova vaga de intolerância e de censura se está a levantar nos países que têm sido os arautos da «democracia liberal», EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Europa e alguns outros. Sunetra Gupta é epidemiologista, Professora de Oxford: denuncia a campanha de intimidação e difamação contra cientistas que questionam a racionalidade dos confinamentos.
Porém, não apenas tem sido censurada a opinião dos mais eminentes cientistas das áreas relacionadas com virologia, epidemiologia, biologia molecular, medicina preventiva, como têm sido postas em prática restrições aos movimentos e direitos dos cidadãos, que não têm qualquer racionalidade e apenas têm como resultado a criação de desespero, de raiva, de muitos casos de mortalidade e do agravamento de doenças crónicas, em resultado do lockdown... Para qualquer espírito lúcido, a pergunta que se impõe é:
«A quem isto beneficia?»
A resposta não é linear, mas tem de ir buscar elementos sobre a economia e o modo de agir dos muito ricos (os multimilionários) como Bill Gates e a sua fundação. A oligarquia globalista, reunida no Fórum Económico Mundial de Davos, está naturalmente a favor destas medidas de confinamento, pois vão entroncar com as suas visões do futuro.
E quais são elas?
- uma «economia verde» que de verde, propriamente só tem o nome, pois se trata de uma desindustrialização (ainda maior) dos países que foram os protagonistas da revolução industrial, há dois séculos atrás, com consequente regressão dos padrões de bem-estar e de qualidade de vida das multidões. Ainda por cima, eles não dizem, mas compreende-se, que hipocritamente aceitam como tácito que o Terceiro Mundo irá fazer as tarefas insalubres e poluentes, que o mundo dito rico já não quer fazer.
- uma política sanitária com laivos de totalitarismo, pois as pessoas são forçadas a vacinar-se com uma vacina largamente experimental, cujos perigos e contra-indicações são pura e simplesmente ignorados, assim como a instituição de um «certificado imunológico», sem o qual não se poderá viajar, obter determinados serviços, candidatar-se a emprego, inscrever-se na universidade, etc, etc.
- uma concentração total nos principais ramos de actividade económica; o mercado ficará dominado por pouquíssimas empresas, acentuando a desertificação do pequeno comércio e indústria, nos países ditos afluentes. Na realidade, deixarão de sê-lo, visto que se irão transformar em servos cativos de gigantes (Amazon, Google, Walmart, etc...)
- um globalismo exacerbado, que se traduz em ditar as políticas aos Estados, desde instâncias como a ONU e suas agências (OMS, FAO, etc...), cooptadas pelos grandes interesses. No caso da OMS, é conhecida a dependência desta instituição, em relação às «ajudas» dos grandes empórios farmacêuticos e fundações como a de Bill Gates. Mas, algo muito semelhante se passa com as outras instâncias internacionais, reflectindo os interesses dos muito poderosos, a OMC, o FMI, o Banco Mundial, o BIS de Basileia, etc.
- esta situação global explica a razão por que a media, ela própria controlada pelos mesmos interesses, faz campanha ininterrupta de medo, de pânico, de desenvolvimento duma psicose colectiva nas populações. Este estado de paradoxal uniformidade numa media supostamente «plural», incita as pessoas a retraírem qualquer expressão de curiosidade, de simpatia para pontos de vista diferentes. É um mecanismo bem conhecido em psicologia, quando uma mole de gente aparenta adoptar um certo ponto de vista, as pessoas que não o possuem sentem-se coagidas a ficar silenciosas, a não expressar sequer dúvidas em público, com medo de serem ostracizadas e, nalguns casos, perseguidas e reprimidas.
Estamos perante um quadro de fusão dos governos de uma parte do mundo com as grandes corporações (com maior capitalização do que o PIB da Suíça!), para produzir uma espécie de «governança mundial», que tem sido proposta, sob vários nomes, em documentos oficiais da ONU (Agenda 2021) do FMI e de outros.
Curiosamente, Mussolini definia o fascismo (1) como «a fusão do Estado e das Corporações». O que se está a presenciar, ao nível internacional, é a deriva das chamadas «democracias ocidentais» para um modelo semelhante.
Além do aspecto económico e estrutural, um Estado totalitário tem que exercer uma repressão sobre qualquer sector não conforme da população. Aquilo a que se assiste hoje, na Austrália, no Reino Unido, na Alemanha, na Espanha, etc. é a negação do direito de manifestação, de expressão do pensamento, quando este assume formas ordeiras e não violentas, mas contra os objectivos do totalitarismo sanitário instaurado.
Os «confinamentos» não são mais do que «estados de sítio» mitigados, disfarçados. Eles são ensaiados com o pretexto do Covid. Mas, na realidade, são instaurados porque o «Great Reset» começa a ser implementado. Ele pode definir-se como a maior tomada de poder sobre as nossas vidas, a nossa capacidade de sobrevivência económica, sobre as nossas liberdades e direitos.
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(1)... «The fascist conception of the State is all-embracing; outside of it no human or spiritual values can exist, much less have value. Thus understood, fascism… interprets, develops, and potentiates the whole life of a people.» Pode-se consultar o artigo inteiro em: https://www.cs.mcgill.ca/~rwest/wikispeedia/wpcd/wp/f/Fascism.htm