Este nº11 da série de vídeos musicais é bastante «leve», pois estamos em férias. Sugiro que aproveitem a sesta para se deliciarem com as 5 composições cantadas por grandes interpretes.
Houve uma moda, nos anos 50 e 60, de fazer versões em inglês de canções inicialmente compostas em francês, ou noutros idiomas (italiano, espanhol...). Depois, muitos cantores e grupos não anglófonos, começaram a cantar diretamente em inglês. Perante o sucesso comercial obtido, reforçaram esta anglofonia.
Hoje em dia, quando os oiço, confesso que os acho - quase sempre - ridículos, patéticos. Porém, o talento faz com que uma «salada anglo-francesa» se torne palatável e até mesmo agradável, como é o caso das canções aqui apresentadas.
A mistura de duas línguas tão diferentes no modo de as pronunciar, apesar de tão próximas dos pontos de vista da Geografia e da História, resulta algo insólita. Penso que seja tal contraste que desencadeia o efeito cómico, nestas obras superiormente interpretadas pelos respetivos artistas: Patachou, Charles Aznavour, The Beatles, Louis Armstrong e Léo Ferré.
Procurei selecionar as canções que mais me agradam e que são do agrado geral. Mas também atendi aos fatores diversidade, criatividade, qualidade de interpretação.
Este cantor/autor francês, de origem arménia, é o mais conhecido e cantado da sua geração. Faleceu em Outubro de 2018. Este ano, comemora-se o centenário do seu nascimento (a 22 de maio 1924 ).
Aznavour, não só foi o autor da letra e música das canções - mais de duas centenas - como também foi um cantor excecional, com grande expressividade e nitidez na dicção.
Digam-me se concordam que os 20 sucessos de Aznavour desta playlist pertencem às suas vinte melhores composições/interpretações !
Uma nova playlist, com o melhor do melhor da canção francesa. Não posso agradar a todos os gostos, evidentemente, por isso usei o critério de agradar a mim próprio.
Há quem pense que «as pessoas são aquilo que comem»... Porém, eu sou aquilo que amo. As canções que eu amo, com os interpretes que eu considero os melhores*.
JULIETTE GRÉCO, ÉDITH PIAF, BORIS VIAN, LÉO FÉRRÉ, JACQUES BREL, ADAMO, FRANÇOISE HARDY, MIREILLE MATHIEU, CHARLES AZNAVOUR, YVES MONTAND, CHARLES TRENET, GEORGES MOUSTAKI.
* Outros grandes nomes - Georges Brassens, Serge Gainsbourg e Jacques Dutronc - já tinham sido incluídos em playlists exclusivas. Na presente playlist, eu decidi limitar-me a incluir somente doze interpretes com 2 canções, cada (24 canções no total).
O bardo Vysotsky, prematuramente desaparecido em 1980, com apenas 42 anos, era uma espécie de Jacques Brel soviético, cantor/autor e também actor, que foi muito conhecido e reconhecido para lá da sua morte, embora em vida também fosse muito amado e acompanhado pelo público russo e internacional. O seu estilo como cantor, aparentemente rude, é resultante de uma forma intermédia entre fala e canto. Ele possuía uma voz de baixo-barítono, que ele manipulava com destreza para simular todos os sentimentos. A sua voz e criatividade colocam-no numa posição única.
Mas, especialmente único, também é Charles Aznavour, desaparecido há bem pouco tempo, e cuja carreira tanto de cantor como como de autor, é completamente ímpar, tal como a de Vladimir Vysotsky. Não digo isto por ser uma das mais longas carreiras que jamais existiram, mas porque foram os seus contributos para a canção francesa de meados do século XX tão importantes, que se tornou referência incontornável de autores mais jovens e de interpretes, que têm retomado muitas das canções que deixou.
Ambos interpretam aqui uma canção cigana, «Duas Guitarras», que evocam as agruras do «filho pródigo» confrontado com o fracasso das suas ambições e se refugia na embriaguês. Uma temática bastante triste, mas quase alegre, devido ao seu final com andamento endiabrado...
Talvez seja esta a canção que mais aprecio neste extraordinário cantor/compositor, pela intensa qualidade do texto, inteligível e profundo, mas também pela melodia muito bela e adequada ao texto.
Soyons conscients de ce que chacun de nous a besoin d’amour. D’un amour qui ne
soit pas simplement l’expression d’une carence... qui soit, au contraire,
au-delà du désir.
Ce
mot «amour» est trop plein de signifiants, donc je dois en clarifier le sens:
dans ce contexte, j’entends que l’amour est une profonde communion d’intention,
de la sympathie profonde et réciproque, l’ouverture à l’autre et un refuge dans
le cœur de l’autre. «L’autre», s’entend, quelqu’un d’âge, de sexe, de condition
sociale, familiale, etc.…identique ou différente.
Il faut être attentif à l’autre, non seulement parce qu’on attend
quelque chose de lui ou l’elle. Être attentif à l’autre en soi-même.
Si
tu veux recevoir l’amour de l’autre, tu dois d’abord fortifier ton
cœur de telle sorte que ce soit une «maison» où cet autre aimera s’y tenir.
Offrir de l’assurance, de la confiance, de la tendresse, c’est cela l’amour
véritable.
Peu
importe que cet amour soit entre parents et enfants, entre mari et femme, entre
amis etc… Sans cela, où
est l’amour? Ce serait une posture philosophique abstraite, sans
substance!
Je dois encore me perfectionner beaucoup
dans mon for intérieur. Mais, heureusement
j’ai compris ce que l’amour n’est pas. Je me suis détaché de cela. Il me reste
des obstacles internes à dépasser, mais je crois être dans la bonne voie. Je
suis tranquillement optimiste parce que je compte, aussi, sur mes amis. Nous
savons bien que l’amitié vraie et sincère est une forme d’amour!
Je sens et je pense; je pense et je sens. Je donne et je reçois, je reçois et
je donne. Mais je ne fais pas de «marchandage» avec les sentiments. Je préfère
donner. Si j’ai le bonheur de recevoir en retour, je suis heureux et
reconnaissant. Mais si je ne reçois pas, la vérité est que j’ai déjà du plaisir
en offrant… J’aimerais donner sans même y penser.
Nous devons regarder les autres avec respect,
avec le même respect que nous pensons qui nous est dû. On ne va pas cesser de
faire ce que l’on doit faire, simplement par peur du regard et
du jugement des autres. Mais, cependant, on doit être éveillés, ne pas ignorer
l’entourage. Ne pas se comporter comme si l’on vivait en vase clos.
Regarder l’autre, les autres, sans peur et sans
mépris c’est apparemment une chose très difficile, cependant c’est très important, si l’on veut se placer dans une voie de transformation
intérieure.