sábado, 17 de agosto de 2024

DENIS NOBLE: PALESTRA «A MÚSICA DA VIDA» + ENTREVISTA SOBRE EVOLUÇÃO

Denis Noble é um fisiologista britânico que se tem interessado pela evolução. Há cerca de 18 anos, publicou o livro «The Music of Life»  [A Música da Vida](ver 1º vídeo), onde propõe uma abordagem organísmica e integrada da expressão genética e do desenvolvimento do indivíduo. O organismo, o ser na sua totalidade, é que estará ao comando, em relação à expressão dos genes, segundo Denis Noble. Hoje em dia, esta sua abordagem é consensual. Porém, ainda existem resistências nas hostes «neodarwinianas», porque estão envolvidas, principalmente nos EUA, numa longa polémica com os criacionistas, situação que não ocorre no continente europeu. 

A entrevista que deu (ver vídeo nº2), intitulada «A Terceira Via do Evolucionismo», esclarece o seu pensamento sobre evolução. Ele próprio considera que sua visão se confronta apenas com as formulações erradas dos fenómenos, ou seja, com barreiras artificiais, resultantes da forma simplista, redutora, como os livros de texto continuam a tratar os assuntos da Evolução.





                                            https://www.youtube.com/watch?v=IAKE1SI9LJc


 

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A CHINA, COMO NÃO É NOTÍCIADA NO OCIDENTE


 

                                          https://www.youtube.com/watch?v=PLphverPXMc

Na competição capitalista internacional, a importância de proteger e promover os produtores do próprio país, face à competição internacional, são pedras de toque para um vigoroso e autónomo desenvolvimento. Igualmente, a possibilidade de comerciar com quem estiver disponível para fazê-lo, sem interferência de terceiros, será a chave para uma expansão do comércio e relações bilaterais. 

A política imperialista raivosa dos EUA, que se aperceberam - um bocado tarde! - de que o seu favorecimento da China, enquanto «fábrica global», estava a permitir o desenvolvimento dum competidor que iria em breve arrebatar os primeiros lugares na competição industrial, tecnológica e no comércio global, é de uma imbecilidade (dos dirigentes ocidentais), que não tem paralelo. Esta política foi de curto prazo e continua a sê-lo; enquanto a política industrial da China é de desenvolvimento, no longo prazo.

Nesta guerra pelo controlo dos mercados, o que sobressai é a transformação em «arma de guerra» do dólar o qual, enquanto moeda de reserva global, deveria ser essencialmente um veículo neutro. Mas ele foi transformado no veículo para tornar eficazes as sanções económicas. Estas são outra arma de guerra económica, totalmente ilegítima, que os EUA se habituaram a colocar aos que punham em causa a hegemonia americana. 

Mas, a resposta, por parte da Rússia e da China (e numa certa medida, também do Irão), fez com que os efeitos dessas sanções fizessem «boomerang»: As sanções apenas aguçaram o engenho de contorná-las nos mercados financeiros (ver o vídeo, AQUI), e sobretudo, pelo desenvolvimento da produção nacional, em substituição de artigos importados. 

No caso da Rússia, sobressai a rapidez e eficácia com que - perante as sanções - soube desenvolver a sua agricultura, ao ponto de que em vez de ser importadora líquida de produtos alimentares, passou a ser largamente autónoma e, mesmo, exportadora de cereais. 

No caso da China, o que mais sobressai, na repercussão da ultrapassagem das sanções colocadas pelos EUA, são os enérgicos desenvolvimentos, com consequências nos setores da indústria chinesa mais avançados tecnologicamente, como (AI) Inteligência Artificial, indústrias eletrónicas (semicondutores ou «microchips») com aplicações militares, ou ainda os carros EV (veículos elétricos).

Uma visão da China dominada por um regime comunista, em que as pessoas estão essencialmente oprimidas pelo mesmo, é o que a propaganda ocidental tem feito passar. Uma pessoa não motivada pela ideologia e que não partilhe os pressupostos sobre os quais assenta o regime chinês, deveria, porém, em nome do realismo, compreender o que está a passar-se:

 Deveria ver a China como outra civilização, que usou e assimilou um certo número de valores e técnicas do «Ocidente», mas adaptadas às circunstâncias da sua multimilenar civilização. Não tem sentido projetarmos nossos medos, nossas frustrações, no povo chinês. Isto traduz-se por racismo e cedência perante o que existe de mais opressor, nos nossos países ocidentais.

Daí a dizer que tudo corre bem no «Império do Meio», é outra coisa. Não creio que nenhuma sociedade, seja ela qual for, está isenta de problemas internos, de problemas que são fruto da sua História, ou que resultam dos caminhos tomados no seu desenvolvimento. 

O capitalismo foi promovido na China, durante 40 anos. Uma série de magnates surgem, neste contexto, com bom relacionamento com a hierarquia do Partido Comunista. O povo chinês, somente, é que terá de resolver as contradições que se vão desenvolvendo. Toda a ingerência neste domínio tem como origem, de facto, a tentativa de domínio (territorial e populacional). Nada de bom se pode esperar de tais tentativas desesperadas do imperialismo EUA, em declínio.

Se ele conseguisse seus intentos, iria ter mais força para oprimir o povo chinês e outros povos, pelo Globo fora. Se ele falha (como parece ser o caso), a guerra híbrida está deixando marcas que só dificultam o advento da cooperação entre nações e povos. 

O que é cada vez mais premente é construir a paz em torno de objetivos realistas, baseada em princípios universalmente reconhecidos: As vantagens mútuas nas relações; a resolução de diferendos pela diplomacia,   não pela guerra; a não ingerência de potências nos assuntos internos de um país;  a cooperação em relação a desafios globais da humanidade (ex.: ecossistemas, saúde, exploração espacial).


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

O ESCOL* DE XANGAI - A ELITE DO FUTURO


          (Documentário em francês; legendas automáticas em francês)

* O vocábulo escol, em português carrega um sentido totalmente diverso de «escola»: Não é o local onde se aprende, mas sim a elite de uma nação. Dando o título acima,  estou a qualificar a excelente educação obtida por rapazes e raparigas e, sobretudo, aquilo que farão com essa aprendizagem, no futuro. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

O SENTIDO DO SAGRADO E A TRAGÉDIA DA HUMANIDADE

 Sinto-me, por vezes, completamente fora de tudo o que se passa, nestes dias, não por me desinteressar, ou por «desligar» das notícias, mas antes por estar em profunda contradição com a modernidade ou a pós-modernidade e com as atitudes levianas das pessoas de poder e dos que fazem quotidianamente comentários e tecem considerações sobre o que vai no mundo. Mas não é minha intenção falar aqui sobre o jornalismo de sargeta, nem a escumalha parasita dos estados e das sociedades. 

Quero dizer-vos em como a mente humana tem  capacidade única de interrogar-se sobre a natureza das coisas, quer seja uma mente alojada num «civilizado», numa das nossas cidades-formigueiros, quer seja de um «primitivo», vivendo num local inóspito, debatendo-se para conseguir a sua subsistência.  Todos os humanos são eminentemente questionadores. São capazes de abordagens do real,  tanto mais argutas, quanto significam um ganho de bens materiais, ou melhor capacidade de subsistência. Mas também, uma melhoria de estatuto, ganhar ou guardar a admiração dos outros e inclusive na sedução para satisfazerem seus desejos amorosos. Mas, para além destes aspetos - chamemos utilitários - existe um fundo de curiosidade não motivado por qualquer espécie de ganho (material ou simbólico). É essa curiosidade que levou muitos, já muito antes dos séculos «científicos» (o séc. XVII e seguintes), a descobrirem, inovarem. Foi o homem de há mais de dez mil anos a iniciar empiricamente a seleção das espécies vegetais e animais assim como tratamentos para várias doenças, administrados juntamente com encantamentos, porém com eficácia prática. 

Foi preciso a arrogância de «novos-ricos» de alguns intelectuais do Séc. XVIII, os enciclopedistas, os «sábios» das luzes, para enterrar tudo o que fosse ou soasse a «gótico», tendo sido este termo usado com conotação pejorativa, como sinónimo de Idade das Trevas. Por outro lado, a Antiguidade Greco-Romana, o berço civilizacional  da Europa, era guindado a modelo inultrapassável de civilização. Por exemplo, as conceções políticas dos primeiros republicanos eram fortemente influenciadas pelas suas leituras das instituições da Grécia antiga e de Roma. 

Não foi o advento das teorias marxistas ou anarquistas, no século XIX, que diminuiu  a adoração dos intelectuais pelo passado, mas um passado peneirado de forma a só serem evocados os pedaços que serviam «a causa». Evidentemente, a utilização ideológica de dados objetivos, científicos, sempre existiu. Porém, neste século XIX, a arrogância dos «iluminados», que se consideravam herdeiros da «filosofia das luzes», tornou-se mais pesada, não só diziam estar de acordo com a ciência; iam ao ponto de substituir-se à ciência. Não irei aqui dissertar sobre as monstruosidades resultantes, das «ciências» que vigoraram nos regimes nazistas ou leninistas. Ficará para outra ocasião. 

O que me angustia é que as pessoas continuam a ser crédulas e a tomar como verdadeiras as construções mais falsas, que lhes são servidas pelos aparelhos de media, que veiculam as formas atuais da propaganda. A propaganda que atinge melhor o seu objetivo  e que, portanto, é mais insidiosa, é a que combina a falsa informação, com informação truncada ou distorcida, misturada com elementos reais, mas descontextualizados. A maioria dos que recebe essa informação, dificilmente terá acesso a outra, devido à censura que entretanto se instalou por todo lado: primeiro, a pretexto de «desinformação» sobre o COVID, logo seguida sobre a guerra Russo-Ucraniana. Portanto, pode-se dizer que tanto nos media convencionais, como nos vários canais de Internet,  a moldagem das mentes de milhões de pessoas tem sido feita, impunemente, pelos detentores do poder do Estado e do Capital. 



Se uns ideólogos vêm opor as «democracias ocidentais» aos «autoritários regimes da China ou Rússia», eles sabem que isso é completamente falso, pois os cidadãos de uma ou outra parte, são «regados» com uma chuva de falsa informação e de propaganda disfarçada, sem terem jamais a possibilidade de confrontar uma dada visão (a do poder), com outras narrativas, com vozes críticas. Estou convencido que não há diferença notável, em relação ao grau em que as pessoas estão a ser condicionadas. O conteúdo das informações viciadas e a designação dos «maus» muda, obviamente. Porém, o objetivo é fazer as pessoas comuns aceitarem uma guerra mundial. Um «truque» muito usado é apresentá-la como se ela estivesse para vir. Ora, ela tem estado aqui, sem tréguas, desde 1999, pelo menos e sua preparação vem do ano de 1991. A meu ver, passámos de uma Guerra Fria Nº1 (1945-1990), para a preparação (1991-1999) da IIIª Guerra Mundial. Esta foi iniciada com a guerra criminosa e ilegal contra a Sérvia, sob pretexto falacioso e usando a máquina de guerra da OTAN, para esmagar qualquer oposição socialista ao projeto globalista e afirmar seu domínio na Europa, face ao poder em declínio da Rússia.

Penso que o trágico disto é que o poder dado pela tecnologia e pela ciência, foi colocado nas mãos dos muito poderosos. Foi com estes conhecimentos que construíram toda a maquinaria de morte que é usada no planeta. Foi com o capital acumulado a partir do trabalho de inúmeras pessoas e em várias gerações, que estes instrumentos de morte têm sido contruídos. Foi com a ciência do comportamento humano, a sociologia, a psicologia, as neurociências, que afinaram as máquinas de destruição massiva das inteligências, que são os media corporativos.

A humanidade pode muito bem ser reduzida - de forma drástica - por uma nuclearização da guerra em curso (a Terceira Guerra Mundial). Mas, se tal acontecer e se não houver o desaparecimento total da espécie humana, os que subsistirem, vão herdar um planeta severamente «doente», empobrecido no plano das realizações técnicas e científicas, assim como artísticas, mas sobretudo no plano dos recursos naturais, das espécies, aos vários ecossistemas; dos oceanos, aos rios... Os sobreviventes serão mais infelizes do que os que morreram pulverizados, pela explosão dos engenhos nucleares. Porque, os sobreviventes não terão assistência médica, não terão comida suficiente, não subsistirá qualquer resto de «civilização», haverá criminalidade à solta, será um inferno na Terra. Isto é a promessa real da escalada de agressividade entre potências, até ser alcançado o apocalipse nuclear.

Os gregos consideravam que a húbris (a embriaguez da vitória) era causadora dos piores desastres quando se apossava dos soberanos ou generais. Agora vemos certos líderes a falar, todos inchados, quando os vemos rejeitar, com soberba, quaisquer iniciativas diplomáticas que poderiam conduzir à paz. Estarão, eles mais os seus conselheiros, tomados por húbris e são muito piores para os seus respetivos povos, do que se imagina.

Mesmo que - no imediato - haja uma paz, será uma trégua, mais do que uma paz. Porque a arrogância e húbris dos poderosos permanece. A ambição não satisfeita de uns e a cobardia de outros, farão com que, passado pouco tempo, se reiniciem as ações bélicas. O cenário de uma guerra permanente, ora incendiando certos continentes, ora outros, também é possível e mesmo, provável.

A subjugação da cidadania, sua redução a servos modernos, em mais de 90% dos casos, é o que tem permitido isso. Tem sido através do condicionamento mental em massa, das campanhas de medo e desinformação, da repressão selvática de quaisquer resistências, mesmo as mais pacíficas. Mas, por sua vez, a posse do poder de Estado e do poder de empórios privados em pouquíssimas mãos, veio permitir que uma ínfima minoria continue a fazer o jogo sujo e triste de oprimir muitos milhões, sem quaisquer rebates de consciência. Esta classe oligárquica é formada por psicopatas e sociopatas: Julgam-se «realmente uma raça superior» ao vulgar e, como não têm moral nenhuma, fabricam - à medida dos seus intentos - as «justificações» que mais lhes convêm. Os motins, causados pela exacerbação do ódio entre comunidades justapostas, mas não convivendo pacificamente umas com as outras, é-lhes favorável: Permite manter uns contra os outros (dividir para reinar) e faz com que a maioria das pessoas não veja os desvios de dinheiro público, que são os seus impostos, para consolidar o poder dos novos senhores feudais sobre a plebe através da privatização dos bens públicos e do desvio constante de colossais somas para o complexo militar-industrial.

A tragédia grega punha em cena uma série de personagens, que eram arrastadas pelas suas paixões até à destruição inexorável: Este era, afinal, um castigo dos deuses.

O simbolismo da tragédia grega deve estar presente nas nossas consciências pois se aplica aos nossos tempos, para caraterizar a deriva da humanidade para a autoaniquilação: Como se chegou a este ponto?

O despertar da letargia tarda em se verificar: O caso do genocídio que é infligido ao povo de Gaza e da Palestina, em geral, está perante todos. Não pode ser esquecido, nem minimizado. Sobretudo, porque nos países ditos de democracia liberal, tudo tem sido feito para não incomodar os sionistas que têm levado a cabo esta brutal «limpeza étnica». Os cúmplices do enorme crime que se desmultiplica em milhões de crimes, são aqueles que, sabendo a verdade, não a dizem, não fazem nada, como se nada fosse com eles. A humanidade toda, sem exceção, está condenada, porque caminha para um destino terrível. Mas as pessoas ainda têm o potencial de inverter o caminho para o abismo. Porém, para isso, têm de tomar consciência e assumir as suas responsabilidades nas suas vidas. Se algumas pessoas com inteligência e sageza se associarem, podem alavancar suas qualidades respetivas e ajudar a solucionar alguns problemas concretos nas suas sociedades. Elas têm, para conseguir algo, que perceber a natureza perversa do poder instaurado e organizarem-se de forma tal, que aquele poder não consiga desbaratar os seus esforços. É uma longa e difícil tarefa, mas não vejo outra saída.




terça-feira, 13 de agosto de 2024

Estamos às Portas de uma Nova Idade Média [Dra. Marguerita Torres & Coronel Baños]

«Estamos a trair a herança de milhares de homens e mulheres que se sacrificaram, entregando a nossa liberdade aos novos senhores, por um prato de lentilhas (transgénicas)»

Historiadora Marguerita Torres

[legendas automáticas em espanhol]

A conversa entre a historiadora medievalista Marguerita Torres e o politólogo coronel Pedro Baños, é mais que interessante; é um raro momento de esclarecimento.


PS: Veja um exemplo de neo-feudalismo; Blackrock está a apoderar-se de imobiliário pelo  Mundo: 

https://www.youtube.com/watch?v=88VU1JjmEps&t=150s

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Músicas dos Filmes de Charlot (Segundas-f. Musicais, nº12)

Charlie Chaplin, todos conhecem... mas, talvez só superficialmente. Como todos os génios, ele tinha imensas facetas. Não somente era o argumentista, realizador e ator principal dos seus filmes, como também produziu uma boa parte das músicas que acompanham a evolução das cenas no écran. Nesta pequena amostra, são do próprio Chaplin 6 das 8 composições selecionadas. 
As 2 composições que não são de Chaplin são «La Violetera», uma habanera que estava na moda cerca de 1914 (vídeo 2), e a popular «Dança Húngara nº5» de Brahms (vídeo 6). 

Chaplin escreveu muitas outras músicas para seus filmes; eu apenas quis dar uma amostra de como ele utilizou o seu talento de compositor para pôr em relevo as cenas, cómicas ou românticas, nos seus filmes.
Chaplin, em sua carreira bastante longa, soube manter uma qualidade e originalidade das obras, absolutamente ímpares. Não conheço toda a obra de Chaplin, alguns filmes do princípio são difíceis de encontrar. Mas, o que conheço, deixa-me maravilhado: As câmaras de filmar e outros meios técnicos eram bastante primitivos, se comparados com os de hoje. Porém, com a sua arte, conseguia obter efeitos cénicos de uma comicidade total.

1/
Célebre tema de Limelight: Música original do filme.
 Muitas pessoas conhecem este trecho romântico, mas nem todas sabem que é o tema musical  de Limelight /Luzes da Ribalta*.



"La Violetera" (City Lights): Chaplin aproveitou a habanera célebre (de José Padilla), para uma cena comovente com a vendedora de flores cega, no filme City Lights

3/
https://www.youtube.com/watch?v=o9NfXIXzgnA
(City Lights/ Boxing Match. A cena de boxe é de um cómico absolutamente irresistível )

4/
https://www.youtube.com/watch?v=6n9ESFJTnHs
(Tempos Modernos, Cena na Fábrica)

5/


( Tempos Modernos - a Dança e a Canção Absurda)
(O Grande Ditador: No Barbeiro - Dança Húngara)


7/
(A Corrida ao Ouro: A valsa dos Sapatos)

8/
       (
Condessa de Hong Kong: This Is My Song)
- Versão instrumental:
- Versão vocal (The Seekers):

...............

Os vídeos acima foram agrupados numa PLAYLIST, clique em MUSIC FROM CHAPLIN MOVIES

(*) O filme Limelight, Luzes da Ribalta, contém uma cena com Buster Keaton, de humor surrealista, inesquecível: Já foi reproduzida esta cena no nº1 da série "Segundas-f. Musicais".

domingo, 11 de agosto de 2024

OPUS VOL. III 21: AGUARELA


O pincel desloca-se suavemente sobre o papel branco

Este absorve a tinta fixando espirais de cinzento

Recolhe mais tinta no tinteiro; aplica curtos traços

Nos intervalos brancos do papel; surge uma figura

Uma paisagem, um céu que se destacam do fundo

Como se sempre lá estivessem, mas invisíveis

Esta arte de pintar é toda em subtileza

A mais ambiciosa, na modéstia dos meios usados

Não admira que vejam nela meditação profunda.



Os esfumados que nos dão a espessura, os vazios

Que se enchem de luz, as linhas apenas sugeridas,

Os relevos de corpos gráceis ou pesados

As humanas formigas que descem a colina

Encosta abaixo, até aos telhados de colmo


Arte pensada, imaginada, antes de executada

Toda ela tensão entre o interior e o exterior

Poesia realista e onírica que mais aprecio

Mas que nunca alcançarei!